Entre alguns ex-moradores ilustres do bairro, estão o ex-governador Virgílio Távora; o desembargador Leite Albuquerque; o ex-prefeito de Fortaleza Acrísio Moreira da Rocha; o ex-governador do Piauí, Alberto Silva; o padre Antônio Thomás; o ex-ministro Brasil Soares; e o industrial Philomeno Gomes.
Nos primeiros edifícios da década de 20, os apartamentos funcionavam apenas como unidade de habitação. A área de serviço ficava longe do convívio da família, no último andar.
No fim da década de 40, o Jacarecanga era cheio de mansões e bangalôs. O calçamento era de pedras toscas e os trilhos dos bondes corriam ao longo da avenida, bem como os fios apoiados em postes da The Ceara Light and Power Ltd. (que fornecia energia elétrica para a cidade). As árvores eram pés de ficus-benjamins, regularmente podadas. A região, mesmo na época dos bondes, foi servida pelos ônibus de Oscar Pereira (que hoje dá nome a outra antiga rua do bairro).
Ao cruzar o século XVIII , Fortaleza é uma aglomeração urbana bem modesta, mantendo-se sem muita alteração, seja demográfica ou física, pelo restante do século . Este quadro começa a alterar-se a partir de 1930 com um crescimento desordenado , a cidade sofre uma experiência de inchação . As famílias abastadas localizavam-se em chácaras e palacetes , constituindo a área de maior manifestação dos traços arquitetônicos trazidos da Europa. Fazendo parte desta influência, esta a casa do intelectual Thomaz Pompeu Sobrinho, com influência do art-nouevau italiano, edificada na parte oeste da cidade, antigo bairro Fernandes Vieira, hoje Jacarecanga.
Esta zona, originalmente residencial, começou a degradar-se paulatinamente com o surgimento de indústrias, fazendo com que, as famílias de melhores condições financeiras fossem para a zona leste, desvalorizando-se gradualmente suas chácaras e palacetes.
Thomaz Pompeu de Sousa Brasil ou Th. Pompeu Sobrinho, intelectual brilhante, fez construir em 1929, no bairro Jacarecanga - fortaleza, uma edificação que lhe serviu de residência até o seu falecimento , em 9 de novembro de 1967, aos 87 anos de idade.
Destaca-se ainda pela imponência de suas linhas arquitetônicas originais, retratando bem a aristocracia de Fortaleza no início do século, época em que Jacarecanga era o bairro nobre da cidade. Até hoje, o bairro mantém a originalidade de parte do seu acervo de arquitetura residencial, destacando-se o palacete de Thomaz Pompeu Sobrinho, como uma referência para seus moradores, memória do passado e da história da cidade de Fortaleza. Protegida pela lei estadual nº 9.109/68 e adquirida pelo Governo do Estado do Ceará, a casa de Thomaz Pompeu Sobrinho será restaurada, ficando asseguradas as condições ideais para a sede da escola de artes e ofícios do Ceará num projeto conjunto entre a secretaria de cultura, o Instituto de Cooperação Ibero-Americano e o Ministério da Cultura.
Remanescente de um acervo praticamente desaparecido, a casa sobressai das demais edificações do bairro por suas linhas de inconfundível exemplar de arquitetura art-nouveau, conscientemente projetada, de acordo com a variante dita, liberty, de procedência italiana.
Classificação geral da construção:
Autor do projeto: Thomaz Pompeu Sobrinho
Proprietário original: Thomaz Pompeu Sobrinho
Proprietário atual: Secretaria de Cultura e Desporto
Avaliação: monumento histórico arquitetônico
Época de construção: século XX, 1929
Na paisagem urbana do Jacarecanga estão impressas as marcas deixadas nos diferentes momentos da historia da industrialização cearense. Com a chegada das indústrias e das habitações operárias, sobrados e casarões, que remetem ao passado nobre da área, são abandonados pela elite fortalezense, cedendo lugar a instalação de indústrias, comércio e cortiços. A ação do poder público na construção de distritos e pólos industriais na região metropolitana, a oferta de atrativas vantagens fiscais para instalação de empresas em cidades interioranas e a cobrança excessiva de tarifas e impostos favoreceram a migração de indústrias da capital para outras cidades e o esvaziamento da função industrial do Jacarecanga. Bairro, densamente ocupado por famílias de baixa renda, deixou de ser prioritariamente industrial para ser comercial, de serviço e residencial, apesar de existir ainda algumas indústrias em funcionamento. Uma considerável parcela da população constituída de mão de obra não especializada e que trabalhava nas indústrias, encontra-se desempregada, pois não é considerado viável economicamente o deslocamento dos trabalhadores para o distrito industrial de Maracanaú. A atividade industrial, tão vulnerável as oscilações do capital, foi decisiva na estruturação do espaço do Jacarecanga, mas a sua migração também modificou profundamente a organização intra-urbana de Fortaleza.
Menina, qdo comecei a ver seu blog, a primeira coisa q me meio a mente foi esse casarão. Sou simplesmente facinada por ele. Morei algum tempo no Jacarecanga e todo dia passava em frente a esse casarão p/ir ao trabalho. Fico muito triste em ver q muitos outras belissimas arquiteturas antigas foram demolidas. Mas vc ta de parabéns por manter essas fotos e assim resgatar um pouco de nossa história. Um abraço Edvane
ResponderExcluirOi linda, fiquei mto feliz ao ver seu blog,homenageando e resgatando a memória desse bairro que eu amo tanto, apesar de não morar nele...minha paixão pelo Jacarecanga, começou com a Itapucca Villa, ainda na ifãncia...chorei mto quado a demoliram e até hoje não me conformo. gostaria tanto de saber mais sobre ela, sua história e ver fotos pra matar a saudade...
ResponderExcluirOlá Edvane, eu tbm fico muito
ResponderExcluirtriste ao presenciar essas demolições
sem sentido, acabando com a história
de Fortaleza e com o nosso patrimônio.
Obrigada pela visita, fico feliz que tenha
gostado do blog, volte sempre!
Olá Rochelle, vou tentar me informar
ResponderExcluire quem sabe, fazer um post especial
para que vc possa matar a saudade!
Beijos e obrigada pela visita
Neste predio visinho a escola de aprendzes marinheiro, fiz o curso primario até à admissão ao ginásio,onde funcionava, o curso navegantes da professora, "Jarina"
ResponderExcluirMuito interessante........ é importante saber que existem pessoas preocupadas em preservar e difundir histórias do nosso querido jacarecanga!
ResponderExcluirParabéns, amei!
Muito obrigada!!! :)
ResponderExcluirseria bom que os nossos governantes tivesse o bom senço e chamasse para se a responsabilidade de restaurar alguns bangalõs, e assim resgatar uam parte do passado glorioso deste bairro. e por que não tombalo como patrimonio cultural de nossa querida fortaleza.
ResponderExcluirIsso seria um sonho!
ResponderExcluirOLá,
ResponderExcluirEstou realizando uma pesquisa sobre a Escola de Artes e Oficios Thomaz Pompeu Sobrinho e gostaria da sua ajuda, se possivel,com fontes sobre o assunto.
Att,
Cassia.
Olá,
ResponderExcluirMeu contato é cassia_mscbs@hotmail.com
Olá Cassia, boa tarde!
ExcluirVou lhe mandar por e-mail
Abraços
Que tal uma lei em Fortaleza obrigando as construtoras de predios - espigoes - responsaveis pela devastaçao dos antigos imoveis, a restaurar ou mesmo a reconstruir, com a mesmissima arquitetura, casaroes ja' demolidos? Em Milao, na Italia, um dos maiores pontos turisticos é a belissima galeria Vitorio Emanuele II. Pouca gente sabe mas a mesma foi completamente demolida no segunda guerra mundial, com um bombardeamento e reconstruida depois em todos os detalhes. Por que lamentar a destruiçao dessas casas, palacetes e mansoes se existe remédio para isso?
ResponderExcluirConcordo em gênero, número e grau, Ricardo!
ExcluirUma ótima ideia pra resgatar nossos casarões já demolidos para dar lugar a prédios e estacionamentos.
Forte e caloroso abraço
Faltou meu e-mail para contato:
ResponderExcluirRicardo Martins Soares
lusoparana@yahoo.com.br
Obrigada, Ricardo, o meu é fortalezanobre@r7.com :)
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