Abrigo Central em 1949
"A foto antiga data de meados da década de 1950 e mostra o movimento daquele logradouro que deixou saudades. Ali havia o encontro de classes, tendo lugar determinado para todos, como o local de reunião dos músicos, dos alfaiates, dos melômanos, dos aficionados de futebol, etc. Existiam ali os cafés "Presidente", "Hawaí", "Wal-can", o "Pedão" da bananada, a "Livraria Alaor", um box de venda de selos de consumo, a "Discolândia", além dos engraxates, bancas de jornal e revistas como as do Bodinho e do Holien, a banca de venda de discos de segunda mão do Raimundo, onde adquirimos muitos discos de cera.
Por trás do Abrigo vemos o Edifício Sul América e o Edifício Jereissati (Savanah) ainda em construção, mas com o andar térreo já pronto, abrigando a Loja Brasileira de Preços Limitados - Lobrás, loja que trouxe uma novidade para a cidade, a primeira escada rolante." Nirez
Abrigo Central na década de 50 - Arquivo Nirez
Existia na Praça do Ferreira um quarteirão entre as ruas Floriano Peixoto, Guilherme Rocha, Major Facundo e Travessa Pará, com várias casas comerciais entre elas as mais famosas como a "Casa Mundlos", a "Crysanthemo", a "Livraria Edésio", o "Café Emygdio", o "Auto-Volante", além do antigo sobrado que abrigava a Intendência Municipal. Em 26 de agosto de 1941 após ocorrer um incêndio em algumas casas comerciais do quarteirão, o mesmo foi demolido, sob a alegativa de que seria ali construída a sede da Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF que nunca foi construída. Foi então feita uma praça provisória, separada da Praça do Ferreira apenas pela Rua Guilherme Rocha.
Em 1949, na administração do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, foi aberta uma licitação para construção ali de um abrigo para pessoas que esperavam ônibus, sendo vencida pelo comerciante Edson Queiroz. Foram iniciadas as obras da construção do Abrigo Central, que vemos na foto antiga, que data do final daquele ano. Ele ainda não estava pronto, sua inauguração deu-se no dia 15 de novembro do mesmo ano. Tinha o nome oficial de Abrigo três de Setembro.
Em 1949, na administração do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, foi aberta uma licitação para construção ali de um abrigo para pessoas que esperavam ônibus, sendo vencida pelo comerciante Edson Queiroz. Foram iniciadas as obras da construção do Abrigo Central, que vemos na foto antiga, que data do final daquele ano. Ele ainda não estava pronto, sua inauguração deu-se no dia 15 de novembro do mesmo ano. Tinha o nome oficial de Abrigo três de Setembro.
No Abrigo Central existiam as paradas de ônibus, as reuniões profissionais, discussão de classes, comentários em torno de esportes, política, música, enfim, todos os assuntos. Nos boxes funcionavam cafés, casas de merendas, vendas de selos de consumo, armarinhos, casas de vender discos, além dos boxes portáteis como a banca do Bodinho e do Raimundo - este vendia diversas coisas, entre elas discos de segunda mão e onde parte do acervo discográfico do Arquivo Nirez e do pesquisador Christiano Câmara foi adquirido.
"Praça construída na administração do prefeito José Walter Cavalcante, em 1967 - Após a demolição do abrigo, foi iniciada a construção da então nova Praça do Ferreira, que agora seria maior, pois até então no comprimento ia da Rua Pedro Borges até a Guilherme Rocha e agora iria até a Rua Pará. A nova praça trouxe no local do abrigo, imenso caixote de concreto muito sem graça e sem função, como pode ser visto na foto." Nirez
Em 1967, na administração José Walter Cavalcante, sob a alegativa de que estava para ruir, foi demolido o Abrigo Central, que para afrouxar suas fundações necessitou até de dinamite. Depois foi feito o prosseguimento da Praça do Ferreira que foi construída pelo prefeito José Walter e que agora, felizmente, foi demolida.
Em 1957, a imprensa começou a publicar notícias sobre as rachaduras no Abrigo Central, que ameaçavam a estrutura do prédio construído por Edson Queiroz, vencedor da licitação. Em entrevista ao jornal Gazeta de Notícias, Dr. Luiz Sabóia protestou contra a falta de impermeabilização quando as mesmas surgiram. Colocou-se cimento e dez anos depois, foi ao chão pelas mãos do homem. De acordo com o memorialista Nirez, a atitude lamentável foi devido a ditadura para impedir as grandes concentrações populares. Fotos Manuel Lima.
Acervo Lucas Jr
Acervo Lucas Jr
A foto mostra as bancas de jornais e revistas, tendo ao fundo uma casa de bingos no local onde foi a Lobrás no Edifício Jereissati (hotel Savanah) e onde foi inaugurada a primeira escada rolante de Fortaleza.
A atual praça foi construída na gestão de Juraci Magalhães.
No local onde antes funcionou a Lobrás, vemos o Savanah Bingo
Há telefones públicos, alguns bancos entre os quiosques, algumas árvores, sobre um piso quadriculado. A iluminação é moderna e graciosa. Por trás, os mesmos edifícios, porém abrigando outras casas de comércio.
Praça do Ferreira ainda com o Abrigo
eu moro no centro eu queria saber se tem criança de 0 mes a 1 ano pra se adotada se tem entra em contato com migo por favor 87916872
ResponderExcluirAntes as cidades, as coisas e os fatos permaneciam em sua originalidade por décadas. Eu nasci em 1945 na cidade de Cedro-Ceará e fui à Fortaleza pela primeira vez em 1954, Exitiam ainda os trilhos dos bondes na Praça da Ferreira. Nos anos seguintes, em outras viagens, conheci o Abrigo Central e seus tipos populares como o Mundico do "pega-pinto" (refresco) e o Pedão da Bananada. Assiti filmes nos cinema Majestic, Moderno, Rex, Toaçu, Jangada, Samburá, entre outros. No requintado Cine São Luiz os homens só entravam de terno. Os onibus para a avenida Dom Manoel parava em frente ao S. Luiz - (hoje a gente vai pé, é pertinho)
ResponderExcluirJornalista Luiz José
Poderia entrevistá-lo?
ExcluirNossa, muito bom essas lembranças...a gente viaja só de fechar os olhos...
ResponderExcluirGostaria de saber sobre o armarinho vollece que ficava na major facundo em frente ai posto Pará nos anos entre 1950 a 1960
ResponderExcluirConheci esse abrigo com 10 anos,(1964) com meu pai. Ainda tomei uma bananada no "Pedão" por sinal o mesmo nome do meu pai, Hoje olhando essas fotos, senti uma saudade imensa de TUDO. Até do cheirinho de castanha torrada da Brasil Oiticica na Fco Sá. (tempos idos e vividos).
ResponderExcluirQual telefone do abrigo quero ser voluntária
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