Postal raro dos anos 30
O Theatro José de Alencar é um dos maiores símbolos da cultura cearense. Até o nome “theatro”, com “h” mesmo, preserva a grafia de outrora. A estrutura é um espetáculo tão grandioso quanto às apresentações que têm o privilégio de entrar em cartaz no José de Alencar, batizado em homenagem a um dos maiores escritores do Ceará, autor dos romances Iracema, Cinco Minutos, A Viuvinha, Senhora, entre outros. A construção começou em 6 de outubro de 1908, quando a estrutura metálica importada da Escócia já se apresentava exposta em praça pública depois de cruzar o Oceano Atlântico. A inauguração aconteceu somente em 17 de junho de 1910, com direito a show pirotécnico e apresentações culturais.
O primeiro espetáculo teatral foi apresentado no dia 23 de setembro de 1910, pela Companhia Dramática Lucile Perez, com a peça “O Dote”, de Artur Azevedo.
A história do Theatro José de Alencar começa em 1896 quando o então presidente da Província - Bezerril Fontenele - fincava a sua pedra fundamental no centro da Praça do Patrocínio (posteriormente Praça Marquês do Herval e hoje Praça José de Alencar).
No entanto, só em 1908 no governo de Nogueira Acióli, tiveram início os trabalhos de construção, obediente à planta elaborada pelo engenheiro militar Capitão Bernardo José de Melo, devidamente autorizado pela Assembleia Estadual por força da Lei n. 768, de 20 de agosto de 1904. A obra teria estrutura metálica, com fachada em estilos art nouveau e coríntio, segundo os preceitos dos chamados "teatros-jardins".
Ontem
Hoje
Inicialmente, o José de Alencar foi projetado para ser um teatro jardim, mas somente em 1975, 65 anos após a inauguração, em uma das reformas pelas quais passou o equipamento, o jardim foi construído. A estrutura possui duas fachadas: a primeira em estilo eclético, mas com predominância do neoclássico, e a outra em art-nouveau, que chama atenção pelos belos vitrais coloridos. No interior, pinturas indescritíveis são as principais atrizes dessa peça arquitetônica. Na boca de cena, acima das cortinas, estão pintados personagens de José de Alencar. Outros dois prédios em anexo fazem parte da estrutura do Theatro José de Alencar.
Em 1987, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Em 1987, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Quando foi inaugurado oficialmente no dia 17 de Junho de 1910, a banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pelos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge fez o espetáculo musical. Na praça, rodas de fogo, morteiros, foguetes e girândolas num milagre pirotécnico, abrilhantavam a festa.
Curiosidades e dados históricos:
Na parte superior, a face alegre de Baco, deus grego do vinho e inventor do teatro
ladeado por duas musas.
No andar superior, salão nobre ou foyer, dois anjinhos (Cupido e Psiqué), no frontal da porta principal, representando a união do corpo e da alma.
Construído na década de 30 do Século XIX.
Funcionou onde é hoje o Palacete Iracema, na esquina da Rua General Bezerril com Guilherme Rocha.
Em 1842, mudou-se para a Rua Barão do Rio Branco atuais N° 1080 e 1084, funcionando durante 46 anos, até 1876.
Inaugurado em março de 1876 funcionou na Rua Senador Pompeu, atuais N° 931 e 937.
De propriedade do empresário João do Carmo, inaugurado em 21 de janeiro de 1877, na Rua Senador Pompeu com Dr. João Moreira (Sudoeste), não tinha cobertura e os espectadores tinham que levar cadeiras.
Propriedade de Joaquim Feijó, no mesmo local do Variedades – 1880 a 1886.
Frequentado por camadas sociais mais exigentes, nele se apresentavam grupos de outros Estados do Brasil, recebendo inclusive a visita do maestro Carlos Gomes.
Fundado por volta de 1897, idealizado por Papi Júnior.
Compunha-se de um corpo orquestral (destacando-se o maestro Henrique Jorge) e um corpo cênico.
Localizava-se na Rua Barão do Rio Branco, sede do Reform Club, depois encampado pelo Clube lracema.
Existiram outros Teatros, só estes foram selecionados como introdução ao José de Alencar.
Em 1896 o Presidente rescindiu o contrato da construção e submeteu a obra a exame, sendo a mesma condenada.
Resolveu, o Presidente, mandar construir a versão atual no local onde Adolfo Herbster havia projetado o teatro Santa Tereza em 1864, área que estava servindo de pátio para os cavalos do Batalhão de Segurança, cujo quartel ocupava a área utilizada pelos Jardins do Teatro.
A versão atual foi edificada, sob a direção do Engenheiro Militar Capitão Bernardo José de Melo.
Lançamento da Pedra fundamental, pelo Presidente do Estado Coronel Bezerril Fontinele no Centro da Praça.
Inicio das Obras
Raimundo Borges Filho, oficial do Exército Comandante do Batalhão de Segurança do Estado e genro do Presidente do Estado, Nogueira Acióli.
Execução da Obra
Walter Mac Farlanes & Co. e Serrancen Fondri, de Glascow, Escócia.
17 de junho de 1910, com um Concerto apresentado pela Banda de Música do Batalhão de Segurança sob a regência dos Maestros Henrique Jorge e Luigi Maria Smido.
Principais Reformas
1918
Introduzidas as instalações elétricas e agregadas duas escadas internas, semelhantes às já existentes (fundidas no Ceará).
1938
Passa por restauração, orientada pelo engenheiro José Barros Maia.
1957
As cadeiras de palhinha (estilo austríaco), são substituídas por poltronas estofadas.
1974
Recomposição da estrutura metálica, das cadeiras de palhinha e construído o jardim lateral, com projeto do arquiteto Burle Marx, na área anteriormente ocupada pelo centro de saúde, demolido em 1973.
1989/91
Recomposição do jardim e instalação de espaço cênico ao ar livre para apresentação de espetáculos.
Como parte desta reforma foi construído do lado oposto ao jardim um prédio anexo, com dependências administrativas.
No anexo funcionam um auditório para 100 pessoas, a Galeria de Artes Ramos Cotoco, biblioteca especializada, bar e cozinha industrial.
No pátio um palco ao ar livre onde são apresentados espetáculos produzidos pelo teatro.
Curiosidades e dados históricos:
Fachada
Na parte superior, a face alegre de Baco, deus grego do vinho e inventor do teatro
ladeado por duas musas.
No andar superior, salão nobre ou foyer, dois anjinhos (Cupido e Psiqué), no frontal da porta principal, representando a união do corpo e da alma.
Em seu interior encontram-se pinturas raras dos seguintes artistas:
- Ramos Cotoco, cearense (1871-1916) pintou os nomes das obras de José de Alencar sobre as grades das frisas e as figuras femininas no teto da sala de espetáculos.
- Jacinto Matos, (1882-1947) pernambucano, pintou os florões no forro da sala de espetáculos.
- Paula Barros, artista natural do Pará pintou os retratos de Carlos Gomes e de José de Alencar além da representação das três artes – pintura, música e drama – na cúpula oval da sala de espetáculos.
- Rodolfo Amoedo, carioca, (1857-1941) pintou a moldura circular, acima do Pano de Boca. Rodolfo Amoedo foi aluno de Victor Meireles e professor de Portinari.
- João Vicente pintou as imitações de mármore nas paredes da Boca de Cena.
- Gustavo Barroso, cearense (1888-1959) escritor e historiador auxiliou o arquiteto mineiro Herculano Ramos na pintura do 1º Pano de Boca, representando o encontro de Iracema com o Guerreiro Branco.
Os Teatros Anteriores ao Teatro José de Alencar
- Teatro da Concórdia ou da Ópera.
Funcionou onde é hoje o Palacete Iracema, na esquina da Rua General Bezerril com Guilherme Rocha.
Em 1842, mudou-se para a Rua Barão do Rio Branco atuais N° 1080 e 1084, funcionando durante 46 anos, até 1876.
- Teatro São José.
- Teatro das Variedades.
- Teatro São Luiz.
Frequentado por camadas sociais mais exigentes, nele se apresentavam grupos de outros Estados do Brasil, recebendo inclusive a visita do maestro Carlos Gomes.
- Clube de Diversos Artistas.
Compunha-se de um corpo orquestral (destacando-se o maestro Henrique Jorge) e um corpo cênico.
Localizava-se na Rua Barão do Rio Branco, sede do Reform Club, depois encampado pelo Clube lracema.
Existiram outros Teatros, só estes foram selecionados como introdução ao José de Alencar.
O primeiro projeto do Teatro José de Alencar, foi de lssac Amaral e Roberto GO Bleasby e deveria ser construído sobre os alicerces de uma obra que seria um mercado no centro da Praça a qual havia sido abandonada.
As obras do teatro chegaram a ser iniciadas e depois paralisadas por falta de verbas e insuficiência nas fundações.Em 1896 o Presidente rescindiu o contrato da construção e submeteu a obra a exame, sendo a mesma condenada.
Resolveu, o Presidente, mandar construir a versão atual no local onde Adolfo Herbster havia projetado o teatro Santa Tereza em 1864, área que estava servindo de pátio para os cavalos do Batalhão de Segurança, cujo quartel ocupava a área utilizada pelos Jardins do Teatro.
A versão atual foi edificada, sob a direção do Engenheiro Militar Capitão Bernardo José de Melo.
Dados Históricos
- 1894
- 6 de junho de 1908
Direção da Obra
Raimundo Borges Filho, oficial do Exército Comandante do Batalhão de Segurança do Estado e genro do Presidente do Estado, Nogueira Acióli.
Walter Mac Farlanes & Co. e Serrancen Fondri, de Glascow, Escócia.
Inauguração
17 de junho de 1910, com um Concerto apresentado pela Banda de Música do Batalhão de Segurança sob a regência dos Maestros Henrique Jorge e Luigi Maria Smido.
Principais Reformas
1918
Introduzidas as instalações elétricas e agregadas duas escadas internas, semelhantes às já existentes (fundidas no Ceará).
1938
Passa por restauração, orientada pelo engenheiro José Barros Maia.
1957
As cadeiras de palhinha (estilo austríaco), são substituídas por poltronas estofadas.
1974
Recomposição da estrutura metálica, das cadeiras de palhinha e construído o jardim lateral, com projeto do arquiteto Burle Marx, na área anteriormente ocupada pelo centro de saúde, demolido em 1973.
1989/91
Recomposição do jardim e instalação de espaço cênico ao ar livre para apresentação de espetáculos.
Como parte desta reforma foi construído do lado oposto ao jardim um prédio anexo, com dependências administrativas.
No anexo funcionam um auditório para 100 pessoas, a Galeria de Artes Ramos Cotoco, biblioteca especializada, bar e cozinha industrial.
No pátio um palco ao ar livre onde são apresentados espetáculos produzidos pelo teatro.
Fontes: http://www.guiace.com.br/ http://www.skyscrapercity.com
Leila, tem um blog de um cara daqui de fortaleza que ele também tem umas fotos dessas.
ResponderExcluirah também queria dizer que qualquer coisa que eu posso ajudar com o blog eu estou aqui.
sim deixa eu te dar uma dica, tira fotos do prédio do sesc de frente do dragão do mar, e também tem um empresa de informatica ao lado Lanlink eu faço cursos lá, o prédio também é histórico. e é todo no Cedro. muito show! gosto muito de fazer curso lá, me enche os olhos ver aquela arquitetura antiga.
te passar aqui o link do blog do cara lá
http://blogdoguilhon.blogspot.com/
ah e outra, seria legal um comparativo da foto antiga com um foto moderna do mesmo local.
Valeu Daniel, pode deixar que eu vou atrás de conseguir fotos do prédio e saber mais sobre a história do mesmo, tá?:)
ResponderExcluirE se você puder e quiser mesmo colaborar com o blog, meu e-mail é nobremaciel@hotmail.com ou tbm nobremaciel@yahoo.com.br, ficarei muito agradecida!!!
Vou dar uma olhada no blog que vc falou, obrigada!
Abraços e espero vê-lo novamente aqui, qm sabe até com créditos em algum post, né? rsrsrs
bjos
A força da cultura no espírito dos antigos. No início do século XX ainda não havia rádio, nem tão pouco televisão. Só havia o jornal de acesso a poucos. As pessoas liam as pessoas. Nas salas de visitas os mais velhos conversavam e as crianças ouviam...às 19 horas todos iam dormir. Existiam pessoas muito interessantes. Eu conheci uma chamado Fernando Amaral. Ele visitava muito Paris. Eu menino lhe perguntava: Fernando como é Paris? Ele saia abanando com o chapéu de feltro e muito risonho dizia ao longo: Paris é oh! oh!oh!
ResponderExcluirSe compreendi bem, o referido prédio é o da Casa Boris, de 1869.
ResponderExcluirInteressante notar nessa matéria, é que todos são mencionados em suas funções e qualificações, até os músicos e artífices, pintores e escultores, exceto o principal criador e autor do projeto, condutor da maior parte da obra, o Engenheiro militar, Capitão de Engenharia Bernardo José de Mello, cujo projeto não foi o ganhador da concorrência pública, aliás que foi desprezada em face da grande aprovacao popular ao superar os que haviam vencido a concorrência. Será porque era militar, o governo sendo esquerdista hoje, não foi dado ênfase ao seu papel?
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