No endereço atual, teve sua pedra fundamental lançada em 14 de Fevereiro de 1914.
Foi criado como opção de Lazer, cultura e assistência social para os trabalhadores do Círculo de trabalhadores Cristão Autônomos de Fortaleza.
A Fundação Círculo Operário e trabalhadores de São José foi fundado em 29 de Junho de 1913 pela Arquidiocese pelo Padre alemão Guilherme Waessen.
Em 1914, teve início às obras do prédio do Teatro São José, construído em estilo eclético. Seu fundador, deu início a obra construindo um grande galpão coberto de zinco, com a colaboração dos operários de boa vontade, que trabalhavam dia e noite, e feriados, sem pagamento algum. Foi inaugurado em 1915.
Vista aérea da década de 20 ou 30
Com palcos improvisados, para apresentação de peças teatrais, sessões de Cinema, Drama aos domingos, jogos de dominó, sueca, gamão... Essas atrações eram usadas em busca de donativos, para a obra que estava sendo construída.
Foi desse modo que o CTCAF surgiu, com seu belíssimo Teatro, onde todas as peças de Carlos Câmara foram encenadas.
A primeira fundação artística teve a denominação de Grêmio Recreativo São José.
Foi criada nessa época a célebre Banda de Música cujo maestro era o Sr. João Gomes de Souza, e depois o maestro Silva Novo. Esse Grêmio funcionou até 1927.
No começo da década de 40, houve um movimento artístico, de grande repercussão. Levava-se no Círculo São José a peça de teatro o “Mártir do Golgota” encabeçada pelo grupo do português Esmeraldo Matos, essa peça foi apresentada várias vezes e com muito sucesso.
O Teatro viveu vários dias de glória apresentando artistas da terra e de outros estados como Carmem Miranda e recebendo autoridades.
1917 - 1941 Funcionou o Cinema São José, onde a plateia era dividida por sexo.
Museu do Maracatu: fundado em 25 de Março de 1984.
1975: Em crise, recebeu verbas através do deputado Wilson Gonçalves.
1994: Nova reforma, custeada pela Fundação Cultural de Fortaleza, R$ 150 mil reais, aumentando a capacidade de 400 para 530 pessoas, construtora TRAMA, com projeto elaborado na primeira gestão de Juraci Magalhães, inauguração 3 de Fevereiro de 1995.
Em Março de 1975, foi eleita para dirigir a entidade a Dra. Lyrysse Pôrto de Araújo.
Além do Teatro, atualmente se realizam outras atividades de grande importância para a cidade como o Museu do Maracatu, o Centro de Convivência do Idoso, que atende 300 idosos com alimentação diária, programas culturais, assistência médica, dentária e serviços funerários, bem como uma escola de arte.
Evolução funcional , construtiva e formal:
O teatro inicialmente era uma nave única e posteriormente se agregaram os dois balcões, o palco, camarins, e outras dependências, entretanto que no resto do conjunto se foram realizando obras desordenadamente o que trouxe um caos espacial e má qualidade construtiva do conjunto expressado fundamentalmente na fachada oeste, acesso do Museu do Maracatu.
Análises dos elementos componentes da edificação:
A edificação se encontra composta por uma nave em forma retangular, com pé direito duplo , balcão ,saguão de acesso, e palco. Os balcões de formas bem simples apoiam em colunas, tendo forma de ferradura, a coberta de armaduras de madeira que cobrem totalmente o espaço são apoiadas nos muros de carga exteriores com grande. simplicidade deixando a telha à vista. Os balcões totalmente de madeira ( varanda, estrutura, piso). Toda a platéia é rodeada de portas-janelas de altura considerável o que permitia uma ótima ventilação e iluminação. A ornamentação exterior e simples lhe dão grande elegância as fachadas do Teatro.
Analises da estrutura e Possibilidades de recuperação:
A estrutura em linhas gerais se encontra em bom estado , precisando de manutenção geral e revisão em alguns pontos. O Circulo Operário necessitará de projeto de Restauração completo para cumprir com as novas necessidades.
"Teatro São José pede socorro" - Manchete do Jornal Diário do Nordeste
Roubos ao prédio em qualquer hora do dia ou da noite. Aqueles que trabalham no teatro pedem policiamento
O espetáculo tem de continuar... Mas como é possível com roubos constantes, banheiros danificados, portas arrombadas, um som que só se ouve quando alguém que vai se apresentar leva etc. etc. etc? Emociona a qualquer um, o apreciador da arte ou mesmo o espectador que vê o palco pela primeira vez, a situação do Teatro São José.
O primeiro ato desse drama é narrado pelo presidente da Associação do Círculo de Trabalhadores Cristãos Autônomos de Fortaleza (Ctcaf), José Couto Alvarez Neto. Pertencem à entidade, o prédio do teatro e o anexo administrativo. Ele assumiu há dois anos o lugar da mãe, Lyrysse Porto de Araújo, que aos 89 anos já não tem mais forças para lutar e conta que os principais problemas são as invasões e os roubos, a qualquer hora, dia ou noite.
Arquivo O Povo
Instalações elétricas e hidráulicas, frisos de alumínio de portas e janelas, sifões, a placa de bronze da reinauguração, a aparelhagem de som e, nos últimos dias, até um fogão foi tirado por ladrões às vistas de muitos. Uma das testemunhas foi uma funcionária da Biblioteca Menezes Pimentel, contígua ao teatro, que prefere não se identificar. “Uma viatura do Ronda do Quarteirão veio, mas pelo lugar errado e os bandidos conseguiram escapar”.
Problemas que fizeram o presidente do Ctcaf, trocar a mesa do escritório por ferramentas para repor os canos do banheiro. É porque o dinheiro para manter o teatro é pouco, não sendo suficiente à contratação de serviços como esse. Ele vem das mensalidades dos 600 associados da Ctcaf, na maioria, pessoas muito humildes, que pagam em troca de assistência funerária, do aluguel para shows de humor e das doações do presidente da Ctcaf.
O pouco que resta, depois das retiradas mensais para energia e outras despesas, paga o “Seu Luís”, uma espécie de serviços gerais do lugar, e a secretária Eunice, que recebe os associados. “A gente não tem mais sossego”, desabafa. “Não consigo mais dormir porque o telefone não pára de tanta gente ligando por conta dos roubos”, diz Couto, emocionado.
Outras consequências? Alguns sonhos deixados de lado. Por exemplo, o Centro de Convivência do Idoso, que atendia a 300 pessoas em regime de semi-internato, foi fechado. O dinheiro não dá mais para manter parte da alimentação (a outra era mantida pela prefeitura), muito menos o material de trabalho para as artes. Hoje, o que se vê é uma mesa de sinuca abandonada numa sala e, logo adiante, uma cozinha praticamente destruída, com pias quebradas e azulejos danificados.
E o Museu do Maracatu, fundado por Lyrysse, em 1984, e desativado há cerca de oito meses em razão de sérios problemas estruturais, resume-se agora a uma desordem de caixas que se acumulam em dois cômodos escuros e sujos. Sem contar um depredado consultório odontológico, que prestava assistência aos idosos do Centro de Convivência. Resta apenas uma cadeira para pacientes em estado deplorável.
Editado:
Prefeito Roberto Cláudio reinaugura Teatro São José
Equipamento cultural foi entregue em 19 de Setembro de 2018. Uma programação especial e gratuita ocorreu no Teatro até 30 de Setembro daquele ano, para marcar a reinauguração.
O equipamento, tombado como patrimônio do Município em 1988, recebeu obras de restauro e diversas novas estruturas. Dentre elas, a ampliação do espaço em 40%, a construção de prédio anexo e a reestruturação completa da tradicional edificação, construída, em estilo eclético, inaugurado no ano de 1915.
Reformado pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), o equipamento será administrado pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor). Orçadas em R$ 6,2 milhões, as intervenções, iniciadas em 2016, incluíram minuciosos trabalhos infraestruturais. Além da restauração de pisos, portas, balaústres e mezaninos, o palco do Teatro foi equipado com novo tablado, nova iluminação e sonorização, oferecendo melhor experiência à plateia de até 346 pessoas, que, durante os espetáculos, será acomodada em assentos retráteis em madeira e tecido bordô.
Totalizando 1.446 m² de área construída, o Teatro passará a oferecer, ainda, espaços paralelos, como cafeteria, banheiros, salas multiuso, depósito, bilheteria e pátio externo com áreas de convivência.
Crédito: Ofipro, Diário do Nordeste e https://www.fortaleza.ce.gov.br/
OI, EU AMO SEU BLOG... ASSIM COMO AMO ESSA CIDADE! ACREDITE! MORO AQUI DESDE 1978! SOU PORTUGUÊS! MINHA FAMILIA MATERNA É CEARENSE!
ResponderExcluirOLHA! EU QUERIA ENTRAR EM CONTATO COM VC! SE POSSIVEL... ADORARIA TROCAR IDEIAS SOBRE A HISTÓRIA DE NOSSA CIDADE!
geminni27@gmail.com!
MENINA! ADORO MESMO ESSE BLOG! FOI UM ACHADO!
Olá, boa tarde, procurando dados sobre o Teatro São José acabei aqui, encontrando esse blog maravilhoso, preciso urgentemente concordar com o Sr. Ricardo Jorge, este site é tudo de bom. Espero que continue nos agraciando com essas informações maravilhosas sobre nossa cidade. Obrigada por nos presentear com tão grandiosas informações. PARABÉNS!!
ResponderExcluirOi Noemi e Ricardo!
ResponderExcluirFico lisonjeada e muito feliz em saber que o blog anda cumprindo o seu papel, que é o de resgatar o passado de nossa cidade. :)
Agradeço muito mesmo!
Beijos e espero vê-los novamente por aqui! :)
Mais uma vez, parabéns pelo post. Bem que o nosso Teatro São José podweia ser salvo enquanto há tempo.
ResponderExcluirÉ verdade, Isabel!
ExcluirObrigada! :)
Muito bom esse blog.Tenho imagens do teatro antes da limpeza que ocorreu em junho 2013.caso lhe interessem me mande um e-mail.marcosbarros32@hotmail.com.
ResponderExcluirOlá Marcos, bom dia!
ExcluirTenho interesse sim, mandarei o e-mail