Ainda hoje se comenta a fase dos anos de ouro do Rádio cearense vividos brilhantemente, onde se procurou ressaltar que a época foi de pioneirismo, das radionovelas, dos programas de auditório, enfim, de tanta coisa marcante e vivida pelo Rádio no Ceará antes do aparecimento da televisão. O surgimento da Rádio Uirapuru trouxe aos cearenses uma inovação do que até então haviam feito as emissoras que a antecederam.
Inaugurada em 16 de junho de 1956, sua fundação fora resultado de uma labuta dedicatória e porque não dizer audaciosa de José Pessoa de Araújo e Aécio de Borba de Vasconcelos, com pacto associativo de amigos dentre os quais se destacaram José Julio Cavalcante, Luiz Crescêncio Pereira e Afrânio Peixoto.
Inaugurada em 16 de junho de 1956, sua fundação fora resultado de uma labuta dedicatória e porque não dizer audaciosa de José Pessoa de Araújo e Aécio de Borba de Vasconcelos, com pacto associativo de amigos dentre os quais se destacaram José Julio Cavalcante, Luiz Crescêncio Pereira e Afrânio Peixoto.
Em todo projeto audaz devemos analisar os fatores que motivam e os que influenciam e neste clímax, nasceu a “Emissora do Pássaro”, a “Casa do Esporte”, “A Boazinha”, como bem frisaria depois o grande radialista Cid Carvalho. A rádio uirapuru na época de sua criação precisaria de novidades, bem como outras emissoras, e foi isso que fez com que o rádio não morresse, quando surgiu em novembro de 1960, a TV Ceará canal 2, a maior concorrente na história do rádio. Após a revolução pacífica, o rádio encontrou seu próprio rumo.
A Rádio Uirapuru tinha uma programação moderna e variada onde manteve de maneira diversificada, o entretenimento para os ouvintes, mas voltando-se para mantê-lo informado e prestando seus serviços aos que a prestigiavam com sua audiência.
Foram firmados convênios com a Mayrink Veiga e Nacional do Rio de Janeiro e os grandes programas humorísticos da época passaram a ser apresentados também em Fortaleza em gravações. A esse estilo de programação se juntaram as produções locais, como “Almanaquinho do Ar” com Tarcísio Tavares, “Revistinhas da Cidade” com Ivan Lima; “Despertador Musical” com Juarez Silveira e “Nos Bastidores policiais” com Cidrak Ratts, que marcou época.
Foram firmados convênios com a Mayrink Veiga e Nacional do Rio de Janeiro e os grandes programas humorísticos da época passaram a ser apresentados também em Fortaleza em gravações. A esse estilo de programação se juntaram as produções locais, como “Almanaquinho do Ar” com Tarcísio Tavares, “Revistinhas da Cidade” com Ivan Lima; “Despertador Musical” com Juarez Silveira e “Nos Bastidores policiais” com Cidrak Ratts, que marcou época.
Gazeta de Notícias - 21 de junho de 1961
O forte na programação da ZYH-25 haveria de ser o esporte, a noticia e a informação de um modo geral. E que para tudo isso viesse a funcionar com melhor qualidade, para aqui veio o extraordinário Fernando Jacques, da Rádio Nacional do Rio que acabara de retornar ao Brasil, após estágio na BBC de Londres.
Uirapuru diz respeito a um pássaro raro, pequeno, com penas castanhas e cinzas e seu porte é algo em torno de 200 g. Segundo os amazonenses, seu canto bonito e nostálgico só é ouvido quinze minutos por ano. Que bela inspiração do empresário José Pessoa de Araújo.
A instalação do estúdio inaugural foi no décimo primeiro andar do Edifício Arara (IAPC), na Rua Pedro Pereira no centro de Fortaleza. A Estação Transmissora fora colocada no antigo Santa Rita (atual Maraponga), considerado um dos bairros mais arborizados da capital. Cada emissora que surgia, notadamente procurava ganhar o seu espaço, pois a televisão como já foi dito ainda não existia. As famílias se reuniam em suas respectivas salas de estar e, nas cantoneiras sintonizavam o Rádio.
O bom do rádio antes da TV era que, o ouvinte trabalhava com sua imaginação querendo descobrir quem era aquela voz, ou desenhava na mente como seria aquele locutor ou Radioator.
A Rádio Uirapuru em 1957 mudou seu estúdio para o “Prédio do Rádio”, edifício que a direção mandou construir na esquina das ruas Clarindo de Queiroz com General Sampaio, na antiga praça da Bandeira. O formato da edificação era realmente de um aparelho receptor que serviu de ícone, tal como: “Guindaste Titan” no Mucuripe; o “Bar do Avião” na Parangaba; a “Palhoça do Raimundão” na Serrinha; o “Atapu” no Joaquim Távora; a “Vila Cazumba” na estrada de Messejana; o “Muro do Colégio Santa Isabel” no antigo Alagadiço e as “Oficinas do Urubu” no Carlito Pamplona.
A Rádio Uirapuru em 1957 mudou seu estúdio para o “Prédio do Rádio”, edifício que a direção mandou construir na esquina das ruas Clarindo de Queiroz com General Sampaio, na antiga praça da Bandeira. O formato da edificação era realmente de um aparelho receptor que serviu de ícone, tal como: “Guindaste Titan” no Mucuripe; o “Bar do Avião” na Parangaba; a “Palhoça do Raimundão” na Serrinha; o “Atapu” no Joaquim Távora; a “Vila Cazumba” na estrada de Messejana; o “Muro do Colégio Santa Isabel” no antigo Alagadiço e as “Oficinas do Urubu” no Carlito Pamplona.
Alguns que marcaram época nos microfones da Uirapuru foram: Heraldo Menezes que era o dono da tarde com os programas: Atendendo o Ouvinte e o Peça o que Quiser; Edson Silva com Nós na Fossa; Silvino Neves com forró na Madrugada, e sem esquecer do eloquente noticioso, na brilhante voz do jornalista e advogado, Dr. Cid Carvalho com “Antenas e Rotativas”. Em gravação, o Reverendo Celsino Gama com o Cada Dia, Programa da Igreja Presbiteriana.
Foi registrado muito ecletismo e pouca vaidade na emissora do pássaro, que convém salientar a passagem de César Coelho com “Romances de César Coelho”, dramas diário; Carvalho Nogueira que como poeta e jornalista, tinha a alma de seresteiro.
Atuaram dentre outros também: Baman Vieira, Carlos Alberto, Lúcio Sátiro, Orlando Viana, Barroso Damasceno, Gilvan Dias, Cauby Chaves, Vicente Alencar, Almir Pedreira, Lúcio Brasileiro...
Atuaram dentre outros também: Baman Vieira, Carlos Alberto, Lúcio Sátiro, Orlando Viana, Barroso Damasceno, Gilvan Dias, Cauby Chaves, Vicente Alencar, Almir Pedreira, Lúcio Brasileiro...
Em 1975, a Uirapuru mudou de frequência, passando de 1340 para 760 kHz e no prefixo de ZYH 588. O estúdio depois que saiu da Praça da Bandeira, esteve na Rua Quintino Bocaiúva (Benfica), no edifício da Gellati na Avenida Barão de Studart e, atualmente é localizado na Rua Marcondes Pereira, no bairro Joaquim Távora.
Pouco antes de ser vendida, a administração da Uirapuru estava sob o comando de José Pessoa Filho, Wagner Jucá e Vânia Pessoa.
Adquirida pela Igreja Universal do reino de Deus, a Boazinha passou uma temporada com o nome de “Record”, porém ao integrar a Rede Aleluia, voltou ao original: “Rádio Uirapuru de Fortaleza”, e agora com modernos transmissores jogando 25 kw na antena de 110 metros, os céus do Nordeste são rasgados com 24 horas de programação evangélica.
“Aos amigos não poupo elogios; aos inimigos ainda que os tivesse, pouparia qualquer crítica”. José Pessoa de Araújo.
“Aos amigos não poupo elogios; aos inimigos ainda que os tivesse, pouparia qualquer crítica”. José Pessoa de Araújo.
Créditos: Tempos do rádio e Arquivo Nirez
Conheci a Rádio Uirapuru na Praça da Bandeira, em um prédio de esquina, onde a fachada erá como um rádio. A frente de um rádio. Quem não se lembra do programa "Despertador musical". E os noticiários "Antenas e Rotativas". Meu Deus! Aquilo sim que era rádio. E a Rádio Dragão do Mar no edifício do IAPC, - também no 11° andar -, com Almir Pedreiras, ao meio dia, fazendo o programa "Zé com fome" - o cronista feliz. Vamos lembrar mais dos bons tempos da radiofonia cearense.
ResponderExcluirJornalista Luiz José
Blog> http://gazetadenoticiascariri.blogspot.com/
Moro agora em Brasília, mas lembro de coisas na minha infância com nostalgia e isso pela Rádio Uirapuru quando as vezes no prefixo se ouvia o som do canto do pássado. O rádio cearense no pasaado interagia com os bairros e não se via uma casa que não tivesse seu rádio ligado. Lamentavelmente hoje é só música de má qualidade e o locutor mal aparece. Lembro ainda hoje de uma das frase: "Cid carvalho é integrante da Rádio Uirapuru, a casa do esposte".
ResponderExcluirÉ verdade, o q se ouve nas rádios de hoje, nem se compara com antigamente...sem falar nas letras de mau gosto das músicas tsc tsc tsc
ExcluirGostei q vc lembrou da frase de chamada do grande radialista Cid Carvalho :D rsrs
Abraços e obrigada pelo comentário
O prédio em formato de rádio chamava a atenção... Posteriormente transformaram-no em sede do Diretório Central dos Estudantes da UFC. Lamentavelmente não cuidaram de preservá-lo. Contudo, mesmo descaracterizado, ainda preserva resquícios da estrutura original. Assim, com boa vontade poderia ser restaurado e servir de atração turística no Centro Histórico de Fortaleza.
ResponderExcluirPaulo Tadeu- Jornalista e Radialista.
Seria muito bom para Fortaleza!
ExcluirConcordo plenamente com o q vc falou, Paulo!
Obrigada pelo comentário
Ai meu Deus como sinto saudades desse tempo!
ResponderExcluirUma lástima essa grande emissora ter sido vendida e destruída pela empresa univer$al do reino do capiroto Edir ma$$edo, o maior ladrão de todos os tempos!
ResponderExcluirNasci nos anos 70,mas me lembro demais da programação da Escola do Rádio,Rádio Uirapuru de Fortaleza AM 760.
ResponderExcluirFoi extremamente lamentável a venda dessa Grande e Histórica Emissora à empresa do Edir Macedo.
Me lembrei agora da música-tema da Rádio Uirapuru! O nome dela é “Uirapuru e era cantada por “Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano”. Assistam clicando no link: https://www.youtube.com/watch?v=OMu7v4LC_k0&ab_channel=DanielPontin
ResponderExcluirO programa antenas e rotativas do Cid Carvalho, o qual ia ao ar por volta do meio dia, era muito aguardado. Era fonte de informação dos fortalezences. Era o radio na sua essencia.
ResponderExcluirEu me lembro demais do Programa Antenas e Rotativas, sob o tema musical da 5ª Sinfonia de Beethonven.
ResponderExcluirLembro como se fosse hoje da inauguração da Rádio Uirapurú sob a Coordenação Tio José Pessoa de Araújo.A Um filho de Deus abençoado, familiar presente e amigo de todas as horas. Que a Luz de Deus o ilumine, em nome de Jesus e pelo amor de Maria Santíssima Mãe do Salvador Jesus. Gratidão a todos os amigos que o ajudaram na Missão de Comunicar o Amor, a Verdade, a Amizade, a alegria, e a Cultura nordestina e brasileira contextualizada nos princípios e virtudes éticos e morais.
ResponderExcluirParabéns por divulgarem essa página da história da Comunicação e da Cultura do Ceará.
ResponderExcluirMe recordo do canto do pássaro e depois a música cantada numa voz grave: Uirapurú, Uirapurú. Seresteiro cantador do meu sertão... Saudades muita!
ResponderExcluirUm grande abraço em todos os familiares, sócios, amigos E OUVINTES. DEUS NOS ABENÇOE com os Dons do Espírito Santo, em Nome de Jesus! Salve Maria a mãe de Jesus. Deus abençoe os atuais proprietários com os Dons do Espírito Santo! Amém.
ResponderExcluirUma página da História e da Cultura da Comunicação do Ceará. Viva a Vida! Viva Jesus! Tio José Pessoa de Araújo filho de Júlia Alves Pessoa de Araújo e Raimundo Pessoa de Araújo que formaram uma grande e exemplar família ali olhando a Serra da Taquara- Distrito de Caucaia. Família grande de 11 filhos, todos Educados na Palavra de Deus, Cartilha de Jesus e na Escola de Maria Santíssima, a Mãe amorosa de Jesus Aquela que não quer nada para si e sempre se coloca como "A Serva do Senhor: *"Eis aqui a Serva do Senhor faça- se em mim segundo a Vossa Palavra"* Quando o Anjo Gabriel anunciou que ela seria a Mãe de Jesus pois Deus nenhuma coisa é impossível e responde: *"Façam tudo o que Meu Filho vos disser"* lá nas Bodas de Caná da Galiléia. José Pessoas um dos mais novos de Família grande e cheia de Fé em Jesus, Nosso Senhor e Salvador. Com certeza ficou tranquilo em passar seu empreendimento para Cristãos que dariam seguimento a Missão de divulgar a Palavra de Deus, que é uma Pessoa Jesus, Caminho, Verdade e Vida. *Por amor a Jesus* divulguem essa minha mensagem. Deus os abençoe com os Dons do Espírito Santo de Deus! Amém.
ResponderExcluirUm dia eu ainda voltar ao tempo !!
ResponderExcluirA história não se destrói pois é gravada em cada palavra escrita no tempo. Nossas lembranças alimentam o tempo futuro com acontecimentos. Que serão ouvidos e lembrados.
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