sexta-feira, 18 de junho de 2010

O bonde (V) Benfica - Igreja dos Remédios



Bonde elétrico da Light - Benfica -Arquivo Assis Lima

O bonde tinha seus apetrechos necessários, utilizados para o desenvolvimento de seu maquinismo. A começar pela “lança”, colocada na parte superior do bonde que por sua vez se ligava ao cabo que fornecia a eletricidade para mover o bonde, afora as demais peças e instrumento capaz de impulsionar, baixar e aumentar a velocidade, que quando atingia o máximo dizia na compreensão vulgarizada - o “bonde ia a oito pontos” o que significava ter atingido a velocidade máxima. Além disso tinha dois motores - um em cada extremidade do vagão (do bonde), porque quando chegava no término da linha, o motorneiro virava todos os bancos e a “lança” - uma haste com grosso cabo colocada por um carretel no fio para receber eletricidade e correr sobre o mesmo; após a chegada ao término do percurso faziam pequena parada enquanto subiam e desciam os passageiros. Iniciava o itinerário com o outro motor onde estavam acoplados manivelas e relógios registradores e demais peças impulsoras e geradoras do movimento sobre os trilhos. Além do relógio que registrava o número de passageiros em cada seção, era munido de sineta, que quando acionada anunciava a descida do passageiro, cujo cordão percorria os dois lados e se situava na parte superior de entrada do elétrico (teto).


Uma das ruas do bairro Benfica, vendo-se o trilho do bonde em 1937

Havia algumas linhas - bondes que utilizavam os mesmos trilhos até certa distância do percurso e, por isso os desvios das linhas eram feitos por duas linhas paralelas ao lado, para dar ultrapassagem ao outro bonde; como era o caso do bonde da linha Jacarecanga e Soares Moreno. Um seguia reto pela Guilherme Rocha, o Soares Moreno entrava à direita na Rua Teresa Cristina. E, para que não utilizasse a mesma linha, ao mesmo tempo, interrompendo a ultrapassagem, faziam desvio na própria linha, passando um pelo outro sem nenhum impasse. Em certos desvios havia uma espécie de agulha que virava a posição do trilho. Os bondes eram invariavelmente pintados de cor verde escuro, quase verde garrafa, cujo centro de cada fachada, se encravava um holofote com avantajado diâmetro que projetava a luz à grande distância.
Os estribos ou plataformas serviam de degrau para passageiros que se apegavam como arrimo aos pés. Os balaústres, hastes de madeira afixadas às cantoneiras dos bondes, serviam para auxiliar o passageiro no embarque e desembarque do bonde.

Linha do bonde do Benfica na Av. Visconde de Cauipe, 1943 - Arquivo Nirez

Diz Ary Bezerra Leite - História da Energia no Ceará, Pág. 66/67: “A empresa inglesa constituída com o exclusivo objetivo de operar no Ceará tinha sede em Londres, na New Broad Street No 42. Nos contratos, a empresa indicava como seu escritório, em Londres, o No 4, no London Wall Buildings. O capital inicial era de 400 mil libras e sua diretoria composta por C. Hunt, A. A. Campbell Swinton, E. B. Forbes e Sir Howland Roberts. Para administrar a empresa, em Fortaleza, é contratado Hugh Mackeen, nascido no Ceilão, filho de banqueiro, cedido ao Ceará pela Santos Improvements Co., de São Paulo. Ele seria o primeiro gerente local e teve papel decisivo na realização das obras iniciadas a 9 de maio de 1912.”

No primeiro momento, há preocupação de entender claramente os riscos que estavam assumindo em terra brasileira. Nos arquivos da Light, encontramos um expressivo documento, que não traz identificação do autor ou a quem é dirigido, com o seguinte teor:

“Pela lei estadual no 1008 de 19 de agosto de 1910 foi a Câmara Municipal de Fortaleza autorizada a prorrogar por trinta e cinco annos o prazo do privilégio concedido à então Empresa Ferro-Carril do Ceará, devendo esta, para gozar da prorrogação, substituir a tracção animal pela electrica, regulamentando no seu novo serviço segundo as práticas consagradas nas principais cidades do País.
Usando da autorização da lei citada, votou a Câmara Municipal a lei de 5 de maio de 1911, prorrogando por trinta e cinco annos o privilégio da Empresa Ferro-Carril do Ceará, sob a condição de substituir a tracção animal pela electrica. Dita lei (Art. 2) autorizou ainda o Intendente Municipal a mandar lavrar o contracto de prorrogação e expedir o regulamento necessário ao novo serviço.
Em data de 12 de maio de 1911 foi lavrado o contracto e a 8 de junho do mesmo anno expedido o regulamento, approvado ulteriormente por uma lei municipal.
Este, indo além do contracto, criou obrigações novas para a Empresa, não constantes deste; entre outras enumeramos: Art. 9, submeter annualmente à approvação da Intendência o horário das tranvias, salvo quando o intervallo no trajecto dos carros for menor de 15 minutos; Art. 10, fazer circular os carros de passageiros de primeira classe até onze horas da noite, excepto na linha do Alagadiço, cujo último carro a sair da cidade será às 10 horas da noite; Art 11, fazer circular além de carros de primeira classe, carros de segunda classe ou mistos, com horário approvado pela Intendência, rebocados pelos de primeira classe.
Em 6 de junho de 1912, foi o contracto transferido do primitivo concessionário, Sr. Thomé A. da Motta, para a Ceará Tramway Light & Power Co. Ltd.
Essa transferência foi approvada pela Intendência Municipal, mediante termo, no qual a concessionária se obrigou a cumprir os compromissos constantes do contracto de 12 de maio de 1911, sem se fazer allusão ao Regulamento de 08 de junho do mesmo anno”.


Bonde Benfica, raro registro do início séc. XX - Acervo de Fidelino Leitão de Menezes

Dessa vez vamos pegar (apanhar) o Bonde BENFICA - Igreja dos Remédios, que fazia a linha sul da Cidade - no bairro Benfica. Saía da Praça do Ferreira em frente a Rotisserie - hoje Caixa Econômica Federal - Rua Floriano Peixoto, Guilherme Rocha, General Sampaio, Avenida da Universidade, antiga Visconde de Cauipe, até a esquina da Rua Adolfo Herbster, esquina da Universidade com término em frente à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios quando inicia a Av. João Pessoa.
O trajeto era feito desde a Praça do Ferreira, lado oeste, da Rua Floriano Peixoto - passava em frente ao Bar Jangadeiro - casa de lanches e sorvete do comerciante Luís Frota Passos, casado com a professora de dança clássica, balet, Regina MacDowel. Nesse local funcionou tembém a Farmácia Faladroga, muito conceituada no seu tempo, hoje vários armazéns de tecidos. Nos altos do prédio funcionou por longos anos a muito afamada alfaiataria e camisaria - do estimado italiano Salvador Cunto. No mesmo quarteirão, antes de chegar à Rotisserie, se instalava a grande sorveteria - “Eldorado” - hoje dependência da Caixa Econômica Federal. Dobrava à esquerda na Rua Guilherme Rocha, local onde existiam várias casas comerciais e depois foram demolidas para dar lugar ao Abrigo Central, fato ocorrido na segunda administração do Dr. Acrísio Moreira da Rocha, quando também se registrou a retirada dos bondes (1947). A demolição do Abrigo Central pelo prefeito José Walter Cavalcante iniciou nova Praça do Ferreira, a qual foi demolida para fazer um retrospecto da antiga Praça do Ferreira e voltar ao status de antes, com o arquiteto Delberg Ponce de Leon e Fausto Nilo (também compositor).

Bonde na Av. Visconde de Cauhype (atual Av. da Universidade). 
Arquivo Luis Alencar

O bonde do Benfica seguia numa reta pela Rua Guilherme Rocha até chegar na Rua General Sampaio, em cuja esquina permaneceu por longos anos o famoso Bar Americano, iniciado por Benício Sampaio e substituído por seu irmão Salomão Benício Sampaio, conhecido pela venda da apreciada bebida de origem indígena - por nome aluá - bebida fermentada, feita de arroz, milho, pão, abacaxi em infusão na água adoçada com rapadura ou açucar ou, ainda, açucar mascavo e condimentada com gengibre e erva doce. A particularidade da preferência por essa bebida por muita gente, e até pelos alunos do Liceu, é que quando ingerida com pão, logofermenta enchendo o estômago para substituir uma refeição, para os menos favorecidos da sorte. Tem como originário da língua bunda, ou língua dos bundos, africano ou tupi, que durante o ano inteiro era vendida e consumida em grande quantidade, por ser apreciada pelo agradável sabor aromático. Na época do inverno e na safra do milho o Bar Americano vendia também a canjica e a pamonha (guloseima de milho envolvida na palha do mesmo, cozida na água fervente e servida com café).
O Bar Americano era ponto de convergência para os apreciadores das músicas nacionais, porque lá existia uma eletrola americana tamanho grande de marca “AMY” que pegava 20 discos de cera e acionada por um dispositivo que fazia girar o disco da preferência do freguês, cujo pedido musical era feito automaticamente e podiam ser ouvidos os ritmos samba, xaxado, xote, baião, e do cancioneiro romântico, desde Vicente Celestino, Ataulfo Alves, Chico Alves, Noel Rosa, Luís Gonzaga, Lauro Maia (cearense), Erivelto Martins, Dircinha e Linda Batista, a Sapoti - Ângela Maria -, Nora Nei e tantos outros cantores da época de 40, 50 e 60. Iguais a essa eletrola - havia em Fortaleza apenas mais 4 (quatro), uma no Passeio Público, outra no Bar do Ferreira - na Rua Dr. João Moreira, detrás da Cadeia Pública, outra no Curral das Éguas - no Bar Expedito Brás e a última no Bar do Afonso - na Praça de Parangaba, segundo me contou Monsueto Benício Sampaio, filho do dono do Bar Americano, que por certo saberá de boas histórias para contar do Bar das multidões que marcou época. Era também ponto de parada obrigatória para os que iam ao Bar Americano bebericar e eram moradores do Bairro Benfica, que ali apanhavam o bonde para se dirigir às suas moradias. Mas tudo acabou quando o famoso bar cerrou suas portas em 1965, deixando órfãos os amantes dos variados ritmos, desde os sambas de breques de Jorge Veiga, o mais plangente do cancioneiro Augusto Calheiros, e Araci de Almeida, para os que se sentiam momentaneamente “guampudos”.
Quando o bonde dobrava à esquerda na Rua General Sampaio, seguia em linha reta, até ultrapassar a Praça Clóvis Beviláqua, antiga Praça da Bandeira, onde se encontra o prédio da Faculdade de Direito do Ceará, "de onde fui aluno e concluí meu curso de Direito".
Ainda permanece ao lado direito da Rua General Sampaio (lado da sombra) e da Faculdade de Direito, a mais luxuosa mansão - do Barão de Camocim - Geminiano Leite Barbosa, suntuosa por suas linhas arquitetônicas - considerado o mais rico solar da época, por ser o único a ostentar, para atender a comodidade da família, um elevador para o único pavimento superior, o que lhe dava mais conotação à sobriedade e à aristocracia da época. Havia, como natural, outras casas de razoável conforto nas ruas General Sampaio e Visconde de Cauipe - hoje, Av. da Universidade, a começar pelo solar da família do Dr. Rufino de Alencar - o primeiro sobrado do lado direito (sombra) de quem percorre a Av. da Universidade - antiga Visconde de Cauipe - que tem no 1806, onde se acha instalado o Palácio Maçônico Dr. Luís Moraes Correia - Fortaleza 3, esquina da rua Meton de Alencar, e tantas outras como o palacete do Dr. Roberto Nepomuceno, Dr. Edmar da Costa Barroso, etc. O Colégio Fortaleza, Colégio Santa Maria, Santa Cecília, Colégio Americano, Solar Frota Gentil, hoje Reitoria, e Clube dos Sargentos, hoje desativado.
O passageiro ilustre do bonde da linha do Benfica é o Dr. Rufino Antunes de Alencar Junior - nascido em Fortaleza no dia 26 de julho de 1879, filho do Dr. Rufino Antunes de Alencar, pernambucano, e de D. Quitéria Dulcinéia Gurgel de Alencar.
Formou-se em medicina na Faculdade do Rio de Janeiro. Defendeu tese sobre “Hérnias inguinais e seu tratamento”. Fez parte do Corpo de Saúde da Armada Nacional, com assistência no Ceará, médico do Hospital Geral da Santa Casa de Misericórdia. - Dicionário Biográfico - Barão de Studart, pág. 132 (3o Vol.).
Residia no palacete da Av. Visconde de Cauipe no 1806, esquina com a rua Antônio Pompeu, onde hoje se acha instalado o Palácio Maçônico - Dr. Luís Moraes Correia Loja 3, primeiro imóvel da avenida acima mencionada. Ao chegar ao fim da linha - Igreja Nossa Senhora dos Remédios com Adolfo Herbster, o bonde virava a lança e bancos para fazer o itinerário de volta à cidade. Fazia o mesmo trajeto pela Av. da Universidade e na Rua General Sampaio entrava à direita na Rua Clarindo de Queiroz, seguindo por detrás da Igreja do Carmo - antiga do Livramento, para entrar à esquerda na rua Floriano Peixoto até chegar na Praça do Ferreira - cuja parada inicial se dava na Rotisserie para iniciar a Rua Guilherme Rocha.
Assim, caros amigos, mais um passeio agradável no bonde Benfica, para ver a gruta de Lourdes da Igreja Nossa Senhora dos Remédios, ou deixar uma colaboração no Dispensário dos Pobres, que servia de abrigo para os velhinhos pobres desabrigados.
O bairro do Benfica era considerado um dos mais elegantes bairros da cidade, porque servia de residência das mais importantes famílias - daí seguia para o vizinho bairro das Damas - antigo Barreiros, com residências de importantes famílias como a do Dr. Álvaro do Couto Fernandes, Gustavo da Frota Braga, Agapito Sátiro, Prof. Otávio Farias Sabóia, Lauro de Oliveira Cabral, José Abreu Pita Pinheiro, Tenente Joaquim Olimpio Bezerra de Menezes, Dr. Antônio Bonifácio, Edgar Leite Ferreira e família Nepomuceno, e assim tantas famílias que perlustram na nossa memória e permanecem para guardar as imorredouras saudades do tempo que não volta mais porque tudo virou cinzas, menos nós, eternos amantes desta cidade, que despertamos com o Astro Rei e adormecemos embalados pela prateada Lua.

Abalroamento do bonde Benfica com camioneta
 Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Nirez

Zenilo Almada

Advogado

lança - A lança, conforme é explicado no decorrer do texto, é um tipo de captador de energia, dentre os três gêneros mais utilizados em bondes, lança, arco e pantógrafo.

instrumento capaz de impulsionar, baixar e aumentar a velocidade - Trata-se do acelerador, conhecido no Brasil pelo nome de manivela.

“... a oito pontos” - Ou “no ponto oito”. Esta expressão deve-se ao fato de que o movimento da manivela aceleradora, acionada pelo motorneiro, era dividido em oito posições sincopadas, sendo o ponto 8 o de maior velocidade.

o motorneiro virava todos os bancos e a “lança” - O procedimento de virar a lança e os bancos ao contrário é aplicado quando o ponto final se dá numa extremidade de linha sem continuação, e o bonde retorna sem dar meia volta. Os bondes, geralmente, tinham “duas frentes” (ou duas “cabeças”), ou seja, as duas extremidades providas de controles, de modo que uma “frente” passava a ser a “trás”, e vice-versa, de acordo com o sentido em que o veículo se deslocasse. Não sei se em Fortaleza os pontos terminais eram todos assim, mas há casos, também, em que o bonde, ao chegar ao ponto final, faz a “circular”, isto é, a linha faz a volta. Em linguagem ferroviária geral, esse tipo de retorno é chamado de “pera”, talvez por lembrar a forma do contorno da fruta do mesmo nome. Outra alternativa, menos comum que o retorno pela mesma linha e a “circular” ou “pera”, é o triângulo de manobra, uma disposição de linhas composta de três desvios (dispostos como vértices de um triângulo), de modo que o bonde pode manobrar, entrando por uma curva, a seguir recuando e, por fim, entrando pela outra curva em sentido contrário, de frente, para a mesma linha de onde viera. Há também - mais raro ainda que o triângulo - o “girador” (usado com certa freqüência em ferrovias de trens, para girar locomotivas), que consiste num dispositivo giratório com um segmento de linha na parte superior, na qual o veículo entra, é girado e, em seguida, volta à linha, voltado em sentido contrário.
sobre o mesmo - Pode-se dizer sobre o fio, dando-se a entender que o carretel (ou “carretilha”, ou “trolley”) corria encostado ao fio; mas fazia-o por debaixo, ou sob o mesmo.
outro motor - Cumpre aqui esclarecer sobre algumas questões de nomenclatura: a) Motores: Na verdade, o articulista está-se referindo, neste caso, aos controles e não aos motores. O controle é que pode ser usado ora de uma, ora de outra extremidade do bonde, de acordo com o sentido de marcha. Os motores, propriamente ditos, são os motores elétricos de tração, instalados junto aos rodeiros (eixos com as rodas) - aos quais transmitem o movimento, por meio de engrenagem - e à estrutura à qual são acoplados os mesmos. Realmente podem ser dois, ou quatro, embora os bondes de truque único (quatro rodas) nunca tenham mais de dois, um em cada rodeiro (eixo com rodas). Bondes de dois truques (oito rodas) podem ter dois ou quatro motores. Embora seja possível rodar com parte dos motores, os bondes trafegam, normalmente, com todos os motores - sejam dois ou quatro - ligados, independente do sentido de marcha, sendo que cada controle não é conectado apenas ao(s) motor(es) próximos à extremidade que lhe cabe, mas a todos. b) Relógio registrador: Conforme o próprio texto explica em seqüência, trata-se do dispositivo que, acionado pelo condutor (cobrador das passagens), marcava o número de passageiros cobrados, por intermédio de um cordão (disposto ao longo, geralmente acima, de outro cordão, o da sineta - ou campainha - de solicitar parada do veículo, mencionada adiante, no texto). Não era, portanto, um dispositivo de acionamento eletro-mecânico. A manivela - já comentada -, esta sim, atua no acionamento da propulsão.
Em certos desvios havia uma espécie de agulha - Agulhas: Na verdade, os desvios sempre têm agulhas; os cruzamentos simples é que não precisam delas.
horário das tranvias - “Tranvia” é o mesmo que bonde.


Veja também:

Crédito: Artigo publicado no Diário do Nordeste - Fortaleza.
Ceará - Domingo, 29 de dezembro de 2002
Fotos: Todos os créditos dados

2 comentários:

  1. Olá!

    Gostaria de saber se tem alguma matéria referente a um casarão na Av. Imperador,onde há anos funciona o Colégio Sistema.
    Estudei lá e sou apaixonada por aquele casarão?!

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    1. Oi Isabele!

      Vou procurar sobre o casarão para vc, ok?

      Abraços

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