sábado, 3 de julho de 2010

Bar Avião - Parangaba


Esta foto é da Avenida João Pessoa, vendo-se o Bar Avião, na entrada da Rua 15 de Novembro. 
Arquivo Nirez 

No dia 23 de outubro de 1949, foi inaugurado, em Parangaba, o Bar Avião*, na avenida João Pessoa, na entrada da rua 15 de Novembro, construído por Antônio de Paula Lemos, seu primeiro proprietário, que faleceu em 1958, ficando seu filho José Odacir Natalense Lemos à frente do bar.
Atualmente está alugado a Emanuel Sá Linhares.


Foto de Paulo Targino Moreira

O bar está localizado nas proximidades do acesso ao antigo campo de pouso do Pici e o acesso a Base Aérea de Fortaleza. Atualmente no local funciona uma borracharia.
O acesso à pista do Cocorote pela avenida João Pessoa era feito pelo Bar Avião.

Foto de Paulo Targino Moreira

A casa redonda fica debaixo da sombra da árvore. O bar atraía gente da Parangaba toda e vizinhanças. Virou ponto de encontro e referência no bairro. Há cinco anos, depois que José Odacir Lemos, 70, filho de Antônio, teve um AVC, o Avião fechou. Hoje só uma borracharia funciona na parte da frente. O imóvel foi tombado em 2005.


Foto Gracinha Bezerra

Bar Avião ou Bávião

O nome teve como motivo a paixão do antigo dono pela aviação, e também por estar perto da antiga Base Aérea. O dono do terreno onde hoje funciona uma fétida borracharia, mora numa casa nos fundos do antigo bar. Ali frequentaram grandes nomes da imprensa do Ceará, principalmente os que sempre gostaram de avião. Ainda hoje o tráfego aéreo passa bem ao lado do Bar do Avião que está praticamente sob o viaduto do Metrofor. Seria um patrimônio do povo de Fortaleza se soubéssemos o que é história e o valor de lugares que marcaram a vida de bairros e cidades. Suas coordenadas para internautas e aeroviários são 3°46'2"S 38°33'35"W. Está a quatro quilômetros do centro de Fortaleza. Fica na fronteira do Montese com a Itaoca. Uma rua separa os dois bairros e põe o Bar do Avião no Montese.


Pompeu Macário

Foto Thiago Gaspar

O exotismo de sua construção era referência da Parangaba antiga.
O Bar Avião padeceu do desleixo ao longo do tempo. A antiga construção de cimento de um avião bimotor se encontra degradada, há tempos sem reparos.




O bar é um ícone local

No Bar do Avião, o telhado de amianto está comprometido. O próprio avião sobre o bar está precisando de manutenção e a pintura do local, que é de publicidade, está bastante desgastada.
O Bar Avião, fechado há cinco anos, não está no caminho do metrô, como a Estação de Parangaba, por isso, não sofrerá influência direta nas escavações. Nesse caso, o pedido da Prefeitura é para que haja cuidado na execução da obra, preservando a integridade do imóvel, bastante deteriorado. "Quanto a isso não há problema algum, apesar do abandono, nosso laudo confirma que a estrutura está firme e as obras não são tão próximas", diz o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes.


Tombamento Municipal: 2005

Localização: Rua 15 de novembro, n° 9, Parangaba

O Bar Avião precisa de reformas estruturais.



Tombado e Preservado (Editado em 2014)



O bar, já tombado pela Prefeitura como patrimônio material da Capital, recebeu autorização do Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor) e passou por processo de restauração. 

O bar agora conta com um mirante e uma pracinha, onde antes era só mato. 
Todo o entorno foi revitalizado. 
As obras foram executadas pelo Metrô de Fortaleza (Metrofor).

* De acordo com o radialista e pesquisador, Assis Lima, o imóvel (não o estabelecimento) é anterior a 1945, sendo provavelmente de 1941. A casa foi construída na mesma época do Cais que ficava vizinho ao Guindaste Titan
Antes da abertura do bar, funcionava no local um posto de abastecimento de carros. O posto era estratégico, pois ali iniciava a Porangaba (Parangaba), ficando próximo a Estrada de Genibaú (Carneiro de Mendonça) e a estrada da Serrinha. Ainda antes do bar, havia uma pequena loja de conveniência, provavelmente de onde surgiu a ideia para o futuro bar Avião. 
De acordo com os mais antigos, que tiveram o prazer de frequentar o lugar em seus tempos áureos, no andar superior ficavam as cadeiras e mesas para os clientes. 


Crédito: Pesquisas diversas na internet, Blog do Macario, Assis Lima e Arquivo Nirez

17 comentários:

  1. PARANGABA LUGAR DE BELEZA

    MISTÉRIOS DA ANTIGA "VILA NOVA DE ARRONCHES NO CEARÁ”

    Porangaba, Vila Nova de Arronches, Parangaba. Três nomes, um só lugar. Lugar de Beleza, segundo o poeta. O que hoje é um dos muitos bairros que compõem a grande cidade de Fortaleza (capital do Ceará estado do Nordeste Brasileiro), é também signo do desdobramento histórico cearense, pois encerra nas suas tradições e memórias o passado que remonta aos tempos da colonização lusitana em 1603.

    Parangaba - (tupiguarani significa beleza, formosura...), situada nas margens da lagoa do mesmo nome, foi um dos mais antigos povoados do Ceará, o chamado aldeamento indígena de Porangaba, que os jesuítas fundaram no séc. XVI.

    A vila foi criada a 26 de Maio de 1758 e inaugurada a 25 de Outubro de 1759, passando a chamar-se Arronches (Vila Nova de Arronches). Durante o império foi município, com Intendente e Câmara, ao longo de 112 anos divididos em dois períodos: de 1759 a 1835 e de 1885 a 1921. Anexada a Fortaleza, integra um dos seus mais importantes distritos. Na sua área domina o verde, com os seculares mangueirais, o clima nostálgico, a lagoa paisagística e alguns prédios históricos como o edifício da antiga Prefeitura Distrital, Casas Paroquiais e a centenária casa da Família Pedra, pioneira na indústria da panificação. É ainda na área da Parangaba que se situa o mais antigo cemitério da cidade de Fortaleza.
    Foi nestas terras cearenses que os padres da Companhia de Jesus em 1607 deram início ao trabalho de evangelização das populações índias. Contam que, no decorrer de grande seca no sertão o Padre Francisco Pinto, homem místico a quem os nativos chamavam Pai Pina, ou Amanaiara, o "senhor das Chuvas", ajoelhando-se, acenou ao céu e fez uma oração pedindo chuva. A sua oração foi atendida e ele passou a ser muito querido entre os nativos. Ao que parece ele teria utilizado o símbolo de uma coroa de espinhos para levar a mensagem evangélica aos indígenas destas terras. Saía em procissão de aldeia em aldeia, falando do Cristo, o Bom Jesus dos Aflitos e convidando a todos para as celebrações do nascimento de Jesus, que tinham lugar pelo Natal.

    Em 1608, um grupo de indígenas chamados Tucurujus, inimigos dos portugueses, mataram o Padre Francisco Pinto na Serra da Ibiapaba. Os seus restos mortais foram sepultados pelo padre Luiz Figueira, no sopé daquela serra.

    Mais tarde quando em 1612 houve uma grande estiagem, os Potiguaras não tiveram receio de trazer para a sua aldeia os ossos do Pai Pina que seriam como um amuleto contra a seca.

    Ler mais em:
    http://wikimapia.org/5981055/pt/Matriz-da-Par%C3%B3quia-da-Parangaba

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  2. Parabéns pelo seu trabalho no blog Fortaleza Nobre...
    Gostei!

    http://arronchesemnoticias.blogspot.com/

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  3. Muito obrigada pelos comentários, amigos, pode deixar que vou dar uma olhada nos blogs que vcs recomendaram. :)

    Valeu, Alsul! o/

    Abraços

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  4. Oi Leila Nobre
    seu Blog tá dando sinal de vírus...

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  5. O borracheiro está lá trabalhando honestamente pra ganhar o pão da família.
    Chamar de "fétida" só pra valorizar a construção é uma enorme imbecilidade. Depois reclamam que as coisas valem mais que as pessoas...

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    1. O trecho do texto em questão, é do jornalista Pompeu Macario, do jornal O Estado do Ceará.

      Agradeço o comentário

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  6. Todos apoiando este Bar histórico...


    http://blogdoboueri.blogspot.com.br/2013/08/cotidiano.html

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  7. Vi o texto hoje e adorei. Parabéns pela pesquisa e boa vontade de torná-la publica.

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  8. Querida Leila
    MOREI NA Vila militar interna.Passávamos sempre pelo Bar do Avião. A saída da Base Aérea (portão do Cocorote, pelo Montese), ficava numa avenida que terminava na Av João Pessoa. Não lembro o nome daquela avenida. MAS, o que quero mesmo saber é o nome da antiga fábrica que funcionava por ali e o que ela fabricava. Tens alguma foto dessa fábrica ?

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    1. Era a Usina Evereste Indústria e Comércio de Óleos Vegetais, Carlos. :)
      Vou atrás de uma foto e te mando pelo Facebook

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    2. Havia também a fábrica de fios e tecidos (tecelagem) UNITÊXTIL SANTA INÊS, que ficava entre as ruas BARÃO DE CANINDÉ/ZACARIAS GONDIM e ruas 15 DE NOVEMBRO/DOM CARLOTO TÁVORA.

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  9. ADOREI! NOTA 10 PRAS VOSSAS POSTAGENS!

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  10. Oi, Leila, muito interessante o blog. Sou historiador espanhol que ja estive em Fortaleza o ano passado e agora volto.
    Gostaria saber se essa casa e o aviao ja existiam nos tempos da base americana, o foi tudo construido en 1949. Obrigado.

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    1. Olá Jésus Hernández, boa tarde!
      Muito obrigada pelas palavras!
      Sobre o Bar Avião, provavelmente não! Apesar de não saber precisar, com exatidão, o início das obras, sei que foi construído já no final da década de 40.

      Forte e caloroso abraço!
      Tenha uma boa estadia na terra do sol! :)

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  11. E hoje como está o bar avião.
    E hoje o funciona LÁ?

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