Estamos na Avenida Caio Prado, que fica atualmente nos fundos do Passeio Público, aquela que dá para o lado do mar.
Foi iniciada, em 1864, a construção do Passeio Público no Largo da Fortaleza ou Campo da Pólvora, que era a primeira praça da povoação, na gestão do presidente da Província Dr. Fausto Augusto de Aguiar, compreendendo três planos, o atual e outros dois mais abaixo, hoje ocupados pela Avenida Leste-Oeste.
O Passeio Público já foi Campo da Pólvora, Largo da Fortaleza, Largo do Paiol, Largo do Hospital de Caridade, Praça da Misericórdia e, a partir de 03/04/1879, Praça dos Mártires. Teve dois nomes não oficiais: Campo da Pólvora (1870) e Passeio Público, pelo qual é hoje conhecido. A praça foi urbanizada em 1864.
Havia três planos em três níveis, destinados às classes rica, média e pobre. Por volta de 1879 as duas praças mais baixas foram desativadas e a atual foi dividida em três setores com a mesma finalidade, ficando os ricos com a avenida do lado da praia, a classe média com a do lado da Rua Dr. João Moreira e os pobres com a central. Foi nesta época que o passeio recebeu as bonitas grades de ferro que o rodeavam e que foram retiradas em 1939 e recentemente feitas novas de acordo com as antigas.
O nome de Praça dos Mártires é uma homenagem aos heróis tombados ali, pertencentes ao movimento República do Equador, que foram bacamarteados: João Andrade Pessoa Anta, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina, padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo e o tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.
O Passeio Público já foi Campo da Pólvora, Largo da Fortaleza, Largo do Paiol, Largo do Hospital de Caridade, Praça da Misericórdia e, a partir de 03/04/1879, Praça dos Mártires. Teve dois nomes não oficiais: Campo da Pólvora (1870) e Passeio Público, pelo qual é hoje conhecido. A praça foi urbanizada em 1864.
Havia três planos em três níveis, destinados às classes rica, média e pobre. Por volta de 1879 as duas praças mais baixas foram desativadas e a atual foi dividida em três setores com a mesma finalidade, ficando os ricos com a avenida do lado da praia, a classe média com a do lado da Rua Dr. João Moreira e os pobres com a central. Foi nesta época que o passeio recebeu as bonitas grades de ferro que o rodeavam e que foram retiradas em 1939 e recentemente feitas novas de acordo com as antigas.
O nome de Praça dos Mártires é uma homenagem aos heróis tombados ali, pertencentes ao movimento República do Equador, que foram bacamarteados: João Andrade Pessoa Anta, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina, padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo e o tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.
Na foto mais antiga(primeira), vemos no fundo o velho quartel do 9º Batalhão das Forças Federais ainda com apenas um andar; várias dezenas de combustores de iluminação a gás ladeando a avenida; em primeiro plano uma coluna encimada por uma esfinge, que dava acesso a uma escada que levava ao segundo plano; por trás, trecho da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção e de frente para o fotógrafo pessoas posando para a posteridade, podendo-se notar a maneira de vestir da época, quando todos, sem exceção, usavam chapéus, independente de idade, cor, credo ou condição social.
A segunda foto mostra o mesmo trecho hoje, quando o quartel abriga a 10ª Região Militar e já tem dois pavimentos, que não são vistos por estarem cobertos pelas copas das árvores. Os combustores presentes encimando a grade não são os mesmos antigos, mas novos, com luz elétrica.
Rua João Moreira - Antiga Rua da Misericórdia - Passeio Público
A atual Rua João Moreira já se chamou Rua Nova da Fortaleza, Rua da Misericórdia (por causa da Santa Casa), Rua General Tibúrcio e Rua nº 17.
Na foto antiga, que data de 1905, o fotógrafo está na calçada do Passeio Público, próximo à esquina da Rua João Moreira com a Rua Barão do Rio Branco, de costas para esta. Do lado esquerdo vemos, as antigas colunas com as grades de ferro que dali foram retiradas em 1932 e que recentemente foram refeitas no mesmo estilo, porém, com proporções alteradas. Na ponta da calçada, os combustores de gás.
Do lado direito, o prédio de dois andares (incluindo o térreo), onde ficava o "Hotel de France", que foi depois reformado, passando a ter mais um pavimento e nele funcionou, por muitos anos, o Pálace Hotel, de Efrem Gondim. Atualmente, no mesmo prédio, está a Associação Comercial do Ceará.
É a esquina com a rua Major Facundo, que nasce ali. Do outro lado da rua, a casa com as janelinhas quadradas no sótão, que era dos "Mississipis" e na outra esquina, já com a Floriano Peixoto, o edifício onde funcionou o Hotel do Norte, de Silvestre Rendall e depois lá ficou por muito tempo os Correios, a Light, o Serviluz, a Conefor e a Coelce. Hoje, apesar de pertencer ao patrimônio da Coelce, ao abandono, tendo já desmoronado parcialmente durante uma chuva.
O tempo trouxe o que mostra a foto atual, como a presença de carros, o asfalto na rua antes com calçamento, postes e fios, etc. O prédio em primeiro plano, que antes tinha apenas dois pavimentos e quatro portas, na nova foto tem três pavimentos e seis portas; no outro lado da rua a velha casa dos "Mississipis" bastante alterada, o sobrado semi-abandonado da Coelce na esquina da Rua Floriano Peixoto.
Crédito: Portal da História do Ceará/Arquivo Nirez
Li sobre o Passeio Público!
ResponderExcluirLindo!!!!
Depois retorno, para um
extenso comentário!!!
Bijos!
Lúcia Paiva Bezerra
O Passeio Público em si, é muito lindo, pena que não seja tão valorizado como no passado, quando as famílias se reuniam e passavam a tarde naquela praça, época que os bancos ficavam lotados...
ResponderExcluirMinha mãe falava muito desse tempo,em que ela passeava, assistia à retretas e tal..nas décadas de 1920/30..
ResponderExcluirLeila,se tiver chance,e ainda não leu, leia a "Antologia de João Brígido"- org de Jáder de Carvalho. Alí a gente conhece mais sobre "os bastidores" da Federação do Equador.
Da pg 377 a 381 há uma relação das pessoas que foram condenadas à morte, ao degredo perpétuo e outras torturas, além das citadas no "post"e que foram bacamarteadas, os chamados "Mártires"...
Meu pentavô materno, Antônio Bezerra de Sousa Menezes, fora condenado à morte mas sua pena foi comutada à prisão perpétua no Mranhão. Mas não chegou a sair do Ceará, morreu na prisão, aos 70 anos de idade. No livro de João Brígido êle é a 13ª pessoa da citada relação.
Gosto de conhecer a História do Ceará, apesar de tão tristes episódios.
Um forte abraço, amiga!
Foi bom, rever o belo Passeio Público!!i
Lúcia Bezerra de Paiva
Quando terminar 'D.Guidinha do Poço' (Sim, estou lendo pela segunda vez como te falei rsrs) vou procurar esses outros livros que vc sugeriu, tenho certeza que são maravilhosos e contam detalhes preciosos, apesar de tristes...
ResponderExcluirEngraçado que a palavra "belle epoque" me remete imediatamente ao Passeio Público :)
Sim, principalmente nas fotos antigas que aparecem as mulheres com vestidos de época, sombrinhas, os homens de terno branco e chapéu...
ResponderExcluirlembra Pariz....(nunca estive lá..rsrsr). Sofremos influência francesa nas letras, nas artes e algumas arquiteturas...era mesmo a "belle epoque" da nossa Fortaleza...BELA!!!
Mais uma tarefa pra vc: já que esta relendo Dona Guida...qnd. sobrar um tempinho leia "A Afilhada", se ñ leu,é todo passado em Fortaleza do sec. XIX...praia do Meireles, Outeiro, Castro e Silva...Cem. São João Batista...Vale à pena...
aliás, "tudo vale à pena, quando a alma não é pequena"...já dizia o luso poeta!!!
Com essa eu vou...mas volto, minha linda amiga!
Bijos!
Lúcia Bezerra de Paiva
Esses livros (D. Guidinha, A Afilhada, A Normalista, Luzia homem...) li todos na época de escola, mas com certeza terei que lê-los novamente, porq agora com certeza a leitura será mais proveitosa, será como viver plenamente a época que passa a história, será delicioso! :D
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