Em 18 de dezembro de 1902, foi fincada primeira estaca da Ponte Metálica, pela firma Walter Max Floriano & Cia., de Glasgow, Escócia, com estrutura metálica importada de Londres, lastro de madeira, que serviria como porto por mais de 20 anos. A construção da ponte esteve a cargo dos engenheiros Hildebrando Pompeu e Roberto Bleasby vindo do Pará em 1893 fixando-se aqui, segundo planos do engenheiro Domingos Sérgio Sabóia. Era para facilitar o movimento de pessoas e cargas no porto de Fortaleza ao tempo da administração do presidente Campos Sales. A construção só foi concluída em 26/05/1906. A Ponte Metálica era dotada de escada móvel para subida e descida de passageiros que não merecia a menor segurança, e guindastes para as cargas de mercadorias. Os navios ficavam ao largo enquanto lanchas, botes e alvarengas faziam o percurso entre eles e a ponte. Foi o 4º trapiche que Fortaleza conheceu, sendo o 1º em frente ao Seminário.
Inaugura-se, no dia 24 de janeiro de 1928, a nova Ponte Metálica, agora denominada Viaduto Desembargador Moreira da Rocha, homenagem ao governador do Estado, que a inaugurou. O Monsenhor Tabosa Braga deu a bênção. Usou da palavra, o engenheiro construtor da obra, Francisco Sabóia de Albuquerque da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS (atual Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS). A antiga ponte era de ferro com lastro de madeira, sendo depois esse lastro substituído por um de ferro, daí o nome de Ponte Metálica. Esta, inaugurada, era de concreto armado, a mesma que ainda hoje lá está caindo aos pedaços.
Inaugura-se, na noite do dia 20 de janeiro de 1932, a iluminação a gás no Viaduto Desembargador Moreira da Rocha (Ponte Metálica).
No dia 25 de dezembro de 1947, o serviço de embarque e desembarque marítimo, de passageiros e cargas, passa a ser feito no Porto do Mucuripe, ainda por meio de botes e alvarengas, até que as obras permitam a atracação dos navios. É desativado o antigo porto, ou seja, o "molhe de desembarque", que era a Ponte Metálica, oficialmente, Viaduto Moreira da Rocha.
Em 26 de abril de 1954, são retirados os guindastes da Ponte Metálica, antigo molhe de desembarque de Fortaleza.
A foto atual, de Osmar Onofre, nos mostra como está totalmente abandonada a nossa antiga Ponte Metálica, a verdadeira, que por ter história, precisava sim, de uma boa reforma para visitação de turistas. Foi nesta ponte que aconteceram vários fatos históricos de nossa Fortaleza.
PRAIA DE IRACEMA - PONTE METÁLICA (A VERDADEIRA)
"Já há algum tempo tem havido por parte da imprensa de Fortaleza um engano lamentável, a troca de identidade de alguns logradouros de nossa cidade, como chamar as "feiras de cacareco" de "feira de flores", o Parque da Liberdade de "Parque da criança", a Praça General Tibúrcio de "Praça dos Leões" e a Ponte Metálica que é esta que está nas duas fotografias, retiraram sua identidade. Passaram a chamar a ponte dos ingleses de ponte metálica.
Em 18 de dezembro de 1902 foram iniciadas as obras desta ponte para servir de viaduto (ou molhe) de desembarque. A princípio era de ferro a armação e de madeira o lastro. Depois o piso também passou a ser de aço e por ser toda em estrutura metálica, recebeu o nome de "Ponte Metálica", nada mais justo. O que é que tem de metálico na ponte dos ingleses?
Nesta ponte é que embarcavam e desembarcavam passageiros e cargas. Ali tanto as pessoas como as cargas eram transportadas em barcos e alvarengas (saveiros) até os navios que ficavam ao largo, como pode ser visto na foto antiga. Sobre a ponte existiam trilhos para possibilitar o transporte de materiais pesados até o guindaste da ponte através de trem ou "troley".
Em 1921 o atual DNOCS, na época Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas - IFOCS reconstruiu a ponte metálica, cobrindo-a de concreto, como ainda hoje está. A ponte já teve o nome de Viaduto Moreira da Rocha e foi chamada de "molhe de desembarque" ou ainda de "porto de Fortaleza".
Com a construção do porto do Mucuripe, a ponte foi desativada e ficou ao abandono até hoje. Nela se instalaram pessoas que fizeram casas para morar. Lá ficam os que pescam por esporte, com anzol, ou os mais ousados que dela pulam nas águas com o perigo de encontrarem pedras submersas.
Pelas duas fotografias antigas podemos observar que o mar era bem mais distante que hoje. Em ambas as fotos a maré está baixa.
Texto do jornalista e historiador Nirez.
Crédito: Portal da história do Ceará (Gildácio Sá)/Arquivo Nirez
Em quase todos os domingos, depois que trócávamos nsssas roupas,na casa do tio Tranquedo, meus irmãos, eu e a Duquesa, nossa cadela vira-lata, corríamos para o banho de mar, alí, bem junto à Ponte Metálica- a verdadeira.
ResponderExcluirÍamos até o final da ponte, os 7 (Duquesa junto).
Lá no final os 3 irmãos pulavam e vinham nadando até à beira do mar....Duquesa nadava, sempre ao lado deles, mesmo rítimo....e nós, do alto da ponte, caminhávamos, nervosas, com receio que os manos se afogassem....mas êles nadavam bem, que nem Duquesa!!!!
Isso é que saudade!!!!
Beijos, amiga!
Valeu!
Lúcia Bezerra de Paiva
Voltei pra dizer que a gente chamava tanto o tio Tancredo de Tranquedo...que acabei digitando, indevidamente,o segundo....perdôem!!!!i
ResponderExcluirLucia Bezerra de Paiva
Que tempo bom relembrar nossa meninice, lava a alma, parece que revivemos tudo...é como poder sentir o gostinho da água salgada, sentir o coração acelerar de aflição pelos garotos nas águas fundas do mar...uix, lembrei da canção linda do Fagner (Mucuripe):
ResponderExcluir"As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo da saudade
E sem vontade de casar
As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo da saudade
E sem vontade de casar"
Acho que vou colocar novamente essa bela música para tocar aqui no blog, bateu saudade!
É muito gostoso,ficar ouvindo essa canção enquanto lemos e escrevemos aqui, nessa nobre "casa"...até parece que estamos no balanço de uma rede branca, avarandada, na varanda, à beira da praia....
ResponderExcluirValeu, linda amiga!
Té amanhã!
Beijos!
Lúcia
Até amanhã, querida!
ResponderExcluirBeijos
oi leila como voce estar
ResponderExcluir.aqui quem fala e lucia
De Salvador, parabenizo-o pela Fortaleza bela. Você me deu a oportunidade de rever a agradável capital alencarina, eu que a deixei em 1957, para morar na Bahia e viver minha advocacia durante mais de 40 anos. Um forte abraço. Felipe Jucá
ResponderExcluirMuito obrigada, Felipe, fico feliz em saber! :)
ExcluirUm caloroso abraço da terra da luz \O/
Prezada, excelente trabalho de pesquisa, parabéns! só queria deixar uma sugestão de modificar "Glasgow - Inglaterra", para "Glasgow - Escócia" ou "Glasgow - Reino Unido". Assim o trabalho ficaria 1000%.
ResponderExcluirObrigada, Eliab Ricarte!
ExcluirForte abraço