Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Praça Cristo Redentor II
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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Praça Cristo Redentor II


Vemos na primeira foto, colhida pela objetiva da Aba Film no ano de 1938, a Praça do Cristo Redentor. A partir da esquerda, a mansão que foi de Luiz Borges da Cunha e Maria Pio de Castro, que ficava na Rua Franco Rabelo, em frente à Praça, seguida da casa construída por José Pio Moraes de Castro e Angélica Borges Pio de Castro, depois ocupada pelo inglês Francis Reginald Hull (Mr. Hull), meio encoberta por uma árvore; a Avenida Monsenhor Tabosa, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e o Seminário Arquidiocesano. Na frente, a praça, com a torre que lhe deu o nome.

A pedra fundamental da Torre do Cristo Redentor foi lançada no dia 23 de julho de 1922, na então Praça Comendador Machado (hoje Praça do Cristo Redentor), construída para comemorar a passagem do Centenário da Independência do Brasil. Usou da palavra o arcebispo Dom Manoel da Silva Gomes.


Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio, que ficava de frente para onde hoje é a Praça do Cristo Redentor, esquina com a rua Almirante Jaceguai, no início da decida hoje para o Centro Dragão do Mar. A casa tinha uma torre, da qual se podia ver um panorama da cidade e servia a José Pio para o controle do movimento portuário, função que lhe cabia como agente da empresa Lloyd de Navegação. Posteriormente, José Pio venderia sua casa para o engenheiro inglês Francis Reginald Hull, o Mister Hull. A foto data por volta de 1900. Acervo Carlos Augusto Rocha Cruz
Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio. Foto do Álbum Vistas do Ceará de 1908.
Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro e Sinhá Pio. Foto do Álbum Vistas do Ceará de 1908.

Deveria ter sido inaugurada no dia 7 de setembro de 1922, mas só o foi às 17hs de 24 de dezembro do mesmo ano. Os construtores foram os mestres Antônio Machado, Domingos Reis e Severino Moura, que foram os próprios arquitetos e engenheiros. 

Jardim da residência de José Pio Moraes de Castro
Na ocasião da inauguração falou o arcebispo Dom Manoel da Silva Gomes. Estavam presentes o presidente do Estado Justiniano de Serpa, o prefeito de Fortaleza, coronel Adolfo G. Siqueira e o deputado estadual Rubens Monte. A torre mede 35m de altura, com 3m de circunferência.
No dia 16 de novembro de 1924 foi inaugurado o relógio de quatro faces da coluna do Centenário (Cristo Redentor), mas em virtude do balanço da torre teve que ser retirado e foi depois levado para a torre da Igreja dos Remédios, onde ainda está.

A residência de José Pio Moraes de Castro, posteriormente vendida a Mister Hull.
Engenheiro Francis Reginald Hull no jardim da casa. Foto do livro Ah, Fortaleza.
No dia 19 de dezembro de 1924, a antiga Praça Senador Machado muda o nome para Praça do Cristo Redentor, que no dia 16 de julho de 1938 inaugurou sua urbanização.

A Biblioteca Pública do Estado, que estava funcionando no Palácio da Luz, começa a mudar-se para sua sede própria, na Praça do Cristo Redentor, no dia 26 de janeiro de 1967, era a casa já citada, de Luiz Borges da Cunha, vizinha ao atual prédio da Biblioteca Pública Menezes Pimentel, inaugurada em 27 de março de 1967.


Acervo Raimundo Gomes
Na década de 70 iniciaram-se as obras de construção da Avenida Leste-Oeste que absorveu a Rua Franco Rabelo e unindo lado leste ao oeste da cidade. Foi inaugurada no dia 5 de outubro de 1974, às 10hs, batizada de Avenida Presidente Castelo Branco, unindo a Praça Cristo Redentor à Barra do Ceará.

A foto nova mostra a praça como hoje está, sua arborização não deixa ver os prédios que a rodeiam, mas as casa da primeira foto que ficavam na Rua Franco Rabelo foram demolidas para darem lugar hoje ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.


Crédito: Portal da História do Ceará e Arquivo Nirez

5 comentários:

  1. É lindo este monumento, Torre Cristo Redentor.
    Minha mãe dizia que, quando quando ela era mocinha, subiu algumas vezes até ao alto. Em 1922, ela tinha 14 anos. Há uma escadinha caracol, e por alguns anos, as pessoas podiam subir. Possivelmente, há algum registro sobre o período em que funcionou a subida por dentro da torre.

    Imagino que parou de funcionar por ser muito estreita e não oferecer segurança...(com o relógio balançou, né?.rsrs). Agora vou observar melhor o relógio da Igreja dos Remédios, já que é o ex- da Torre....tem história, e já posso informar aos paroquianos rsrsr!

    Um beijo!
    Lúcia Bezerra de Paiva

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  2. É muito estreita mesmo, difícil até de imaginar que um dia já foi aberto para visitação. rsrs Quando era criança, eu achava que fosse maciço, naquela época, ter uma escada por dentro estava longe de cogitação, acredita? rsrsrsrs

    Olha eu tbm acredito que deva haver algum registro em jornais da época, eu ainda não achei, mas caso consiga uma relíquia dessas, coloco no blog, com certeza!!!

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  3. gente to pasma!!!!vivendo e aprendendo, que legal saber sobre este relogio e que está na igreja dos remedios...tao perto da casa da minha mae!!!!abraços pra vcs amigas, vou aprender mto com vcs kkkk.

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  4. Morei alí pertinho, Lu, na Av João Pessoa. Meu Rodrigo fez 1ª Comunhão na Igreja dos Remédios.
    Olhava o relógio,é lindo, mas agora,graças à nossa nobre amiga, olharemos o relógio dos Remédios com 'OUTROS" olhos rsrsr.

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  5. Muito obrigada, amigas, mas o crédito é todo do Portal do Ceará! :)

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