Em 1879, o arquiteto Adolfo Herbster, como cita João Brígido foi contratado e uma nova planta semelhante a atual igreja foi elaborada. Os trabalhos tomaram impulso graças ao Governo Provincial e aos fiéis que contribuíram com esmolas e materiais. Com a seca dos três sete 77, 78 e 79 a igreja ficou com as três naves e o consistório, toda coberta, ainda sem torre, deu-se então a transferência da capela para os cuidados da congregação de Nossa Senhora do Carmo. Transcorrido quatorze anos de transferência, no dia 25 de Março de 1906 procedia-se a benção da nova igreja, com a sagração de um sino e a celebração da missa, pelo Monsenhor Bruno Figueiredo.
Em fins do século passado quando Fortaleza só tinha duas freguesias e bem poucas igrejas uma irmandade foi organizada no âmbito da matriz do Patrocínio com o intuito de construir um templo a ser dedicado a Nossa Senhora do Livramento, no largo que após o início da obra passou a ser conhecido por esse nome. Não se sabe quando foram lançados os alicerces mas em 1870 o mestre Rosa foi solicitado a dirigir os trabalhos, ainda em 1874 a obra estava sem coberta e em 1879 recorreu-se a Adolfo Herbsten para que fizesse uma nova e definitiva planta. Chegava o século XX e a igreja com a parte principal coberta mas sem torre e acabamento, não estava concluída. Finalmente em 25 de março de 1906 a igreja foi aberta e entregue ao culto. Em 1915 foi criada a Paróquia do Carmo. Em 24 de Janeiro de 1921 foi inaugurado o monumento Nossa Senhor da Paz colocado inicialmente mais distante da fachada debaixo dos degraus de acesso ao patamar mas que mudou de lugar em 1966 para permitir um alargamento da Avenida Duque de Caxias.
No seu pedestal existe uma placa com as datas de sua aquisição e ereção. A imagem da padroeira veio de Portugal e por falta de pagamento de imposto aduaneiro ficou retida na Alfândega. Foi leiloada e comprada pelo Sr. José Rosas que não concordou em cedê-la, por dinheiro algum, mas a entregou gratuitamente quando adoeceu. As imagens de São Pedro e São Paulo foram doadas pelo Sr. Pedro Filomeno e Anastácio Braga em 1944, e entre 1948 e 1962 foram feitas várias reformas na renovação do telhado de amianto, a aquisição de dois sinos, um de 115 e outro de 75 quilos fabricados em São Paulo, também se construiu três apartamentos para os padres em cima da sacristia que dispensou o uso de casa paroquial que ficava no ângulo sudoeste do encontro das Ruas Barão do Rio Branco e Clarindo de Queiroz. A igreja com planta em cruz latina, conserva embora em desuso as tribunas e o púlpito metálico, assim como as varandas das tribunas. Há uma única torre no centro da fachada do estilo barroco, cada porta (3) está coroada por um óculo, a torre inicia quadrada e torna-se octógona no campanário. Os corredores laterais são de 3m de largura, a nave principal tem 7 metros. A largura total externa chega aos 15 metros e o comprimento é de 40 metros. O portal é base da torre e tem 4 metros e é onde se localiza o batistério sobe a guarda de uma imagem de Nossa Senhora do Livramento, possivelmente original da primeira capela. A direita se encontra a escada de acesso ao coro e ao campanário. O forro sob as tribunas e da nave principal é de madeira. No transepto uma pintura do artista Raimundo Ramos “cotoco” Filho de 1904.
Fonte: Praça do Carmo; Site: Centro de Fortaleza
A Igreja do Carmo nasceu de uma simples capela no mesmo sítio onde hoje se ergue a Matriz, lugar que era considerado distante do Centro povoado de choças de palha. O Arquiteto Francês Antônio Francisco da Rosa, recebeu a incumbência de traçar uma planta e de executar os referidos trabalhos que consistiam no aumento do frontispício da capela e do corpo da nave.
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