quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ruas e Praças de Fortaleza - Mudanças de nomes


Em seu interessante livro “História Abreviada de FORTALEZA e Crônicas sobre a Cidade Amada”(UFC-Fortaleza-1998), Mozart Soriano Aderaldo escreve:
“A pedido do então Prefeito de Fortaleza, organizei há tempos lista de antigos nomes de ruas da capital cearense"

Colocarei aqui algumas ruas da lista:

Início do século XX

Av. Pessoa Anta – parte da antiga Rua da Praia.
Av. Monsenhor Tabosa - antiga Rua do Seminário.
Rua Tenente Benévolo – Antiga Travessa da Conceição (Igreja da Prainha).
Rua Pereira Filgueiras – antiga Rua do Paço(Palácio do Bispo).
Rua Costa Barros – antiga Rua da Aurora e Rua do Sol.
Av. Santos Dumont – antiga Rua do Colégio(da Imaculada), Gustavo Sampaio e Boulevard Nogueira Acioly.
Rua Pinto Madeira – antiga Rua do Córrego (Pajeú)
e da Cavalaria (sediada no prédio, depois reformado, em que se instalou parte da Escola de Administração).

Rua Barão do Rio Branco com Dr. João Moreira

Travessa Baturité – antiga Travessa da Escadinha.
Rua Boris – antiga Rua da Praia.
Rua 25 de Março – antiga Rua do Outeiro (bairro) e do Pajeú (riacho).
Avenida Dom Manuel – antigo Boulevard da Conceição (Igreja da Prainha) e Av. D. Luís.
Rua J. da Penha – antiga Rua da Soledade.
Rua Nogueira Acioly – antiga Rua da Aldeota.
Rua Castro e Silva – antiga Travessa das Flores e Rua Manuel Bezerra.
Rua Visconde de Saboia – antiga Travessa da Cacimba(no leito do Pajeú) e parte da Rua da Assembléia.
Av. Duque de Caxias – antigo Boulevard do Livramento(em razão da igreja, antiga do Livramento e hoje do Carmo).

1920

Rua Conde d’Eu – antiga Rua dos Mercadores, de Baixo, do Riacho (Pajeú) e da Matriz(então existente no lugar da Catedral).
Rua Pedro Borges – (da Praça do Ferreira à Rua Conde d’Eu) – antiga Rua do Cajueiro.
Rua Solon Pinheiro – antiga Rua da Trindade.
Rua Floriano Peixoto (até a Praça do Ferreira) – antiga Rua das Belas, da Pitombeira e da Boa Vista.

Major Facundo - 1928

Rua Floriano Peixoto ( a partir da Praça do Ferreira) – antiga Rua da Alegria.
Rua Major Facundo ( até a Praça do Ferreira) – antiga Rua Nova Del Rei e Rua da Palma.
Rua Major Facundo ( a partir da Praça do Ferreira) – antiga Rua do Fogo (que pode sugerir luta e também sujeira ou lixo da cidade ali queimado, bem como casas de palha incendiadas).
Rua Barão do Rio Branco – antiga Rua Nova, Formosa, Dom Luís e Paes de Carvalho.
Av. Tristão Gonçalves – antiga Rua da Lagoinha, 14 de Maio e Trilho de Ferro (por ali passavam, primitivamente, os trilhos da R.V.C. em demanda de Parangaba e do interior do Estado).
Av. da Universidade – antiga Rua do Benfica e Av. Visconde de Cauípe.

Rua Floriano Peixoto

As praças e os nomes antigos:

Praça da Sé – antiga Praça do Conselho (de Vereadores), onde se achava o prédio, hoje desaparecido, em que se reunia o chamado Senado da Câmara.
Praça Cristo Redentor – antiga Praça da Conceição (em alusão à igreja da Conceição da Prainha ou do Seminário).
Praça Figueira de Melo – antiga Praça do Colégio (da Imaculada).
Praça José de Alencar – antiga Praça do Patrocínio (em referência à igreja em sua frente construída) e Marquês de Herval.
Praça da Bandeira – antiga Praça do Asilo (o prédio do atual Colégio Militar foi construído para nele funcionar um abrigo a desvalidos) e Benjamim Constant popularmente do Cristo Rei (em razão da igreja construída em sua frente na década de 1930).
Praça do Ferreira – antiga Feira Nova. Seu nome atual é justíssima homenagem ao maior dos Prefeitos da cidade, com botica (farmácia) no local do prédio onde depois se instalou a loja menor das chamadas lojas 4.400 (atual nº 566 da Rua Major Facundo). Depois passou a abrigar a loja Riachuelo.
Praça dos Mártires – antigo Largo do Paiol (de pólvora), então existente no seu canto noroeste. Ajardinado, foi o frequentadíssimo Passeio Público, de gloriosas tradições cívicas e sociais. Sua denominação oficial é homenagem aos mártires da Revolução de 1824, entre os quais avultou Padre Mororó, Azevedo Bolão, Carapinima, Ibiapina e Pessoa Anta.
Praça General Tibúrcio – antigo Largo do Palácio (do Governo).

Acabaremos esta crônica enfatizando o antigo costume de se dar o mesmo nome a uma rua e a uma travessa que se cruzavam, de que são exemplos o caso da Rua da Alegria (Floriano Peixoto, depois da Praça do Ferreira) com a Travessa da Alegria (Rua Pedro I), e o da Rua São Luis (Rodrigues Junior) com a Travessa São Luís (Franklin Távora) etc. "O historiador, para evitar equívocos, há de estar atento a esses dados”.

18 comentários:

  1. Tão mais bonitos, na maioria, os nomes antigos.
    Não dá para entender. Fossem dando, os novos momes, às vias que fossem surgindo.
    Nestes últimos 15 anos, tenho passado, quase diariamente, na rua José Basto...há poucos dias é que percebi que o trecho da Lagoa até mais ou menos o HEMOCE, passou ase chamar Américo Barreira. Foi um grande cearense a ser homenageado, mas há outras forma de homenagem.
    O CUCA da Barra se chama Che Guevara,por que não ...Américo Barreira?...e por aí vai...

    Até amanhã.
    Bjss!

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  2. 'Rua do Sol', que lindo nome, bem melhor que Costa Barros, mas é assim, para homenagear, eles trocam os nomes das ruas, bem melhor mesmo que fizessem como vc falou, que fossem fazendo essas homenagens em ruas que fossem surgindo, mas pelo jeito, eles não pensam tsc tsc tsc

    Sabe, deveria ser feito bustos em homenagem aos grandes nomes que fizeram história em nossa capital, só assim pararia com tantas mudanças.

    Também não entendi o 'Che Guevara' em Fortaleza¬¬ huahuahuahuahauhau na verdade, tem tanta coisa que eu não entendo...

    Beijos amiga

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  3. Além de Roma, outras cidades eternas mantêm suas originalidades. Ruas estreitas, becos, vielas e praças, monumentos, continuam por séculos. No Brasil não! Tudo que ser demolido e mudado, As vezes uma fachada bem trabalhada com resquícios de épocas são destruidas e substituídas por cimentos sem criatividade. Quantas preciosidades foram jogadas no lixo em nossa capital?

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  4. Pois é...inúmeras!
    Pior é quando destroem um casarão ou prédio antigo e no lugar, abrem um estacionamento¬¬ Lamentável!

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  5. Madocarmo,
    O que mais me entristece são as demoliçôes de casas centenárias, com arquitetura belíssima, para dar lugar a prédios e prédios, cimentando a nossa cidade e acabando o charme e a brisa de Fortaleza.Que tal fotografarmos as casas ainda existentes e daqui alguns anos buscar o que foi erguido no mesmo endereço? Por que destruir o belo? Bom, mas se destroem até a natureza,refiro-me ao Cocó e outros espaços co muita sombra e animais,no coração da aldeota...

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  6. E o Riacho Pajeú? Com sua nascente soterrada, sobrevive nos esgotos.
    O verdadeiro mérito da expansão urbana inicial dessa cidade é dele.
    Assim, como o assunto é MUDANÇA DE NOMES, deixo aqui minha solicitação:
    Trocar Fortaleza por Pajeú.
    Até por que este, como está, representa melhor a cidade hoje do que o termo atual...

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    1. Verdadeiro Crime o que fazem com om Rio Pajeu,eu cheguei a tomar banho nele,ali no paço municipal,quando era criança a gente fazia pic nic,era bom demais.
      Tinha muito bem ti vi e comia sapoti.Não era aquela grade,era um muro.Podia levar fruta pra casa.

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  7. ei quais os nomes das tersn praças de fortaleza?

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  8. É verdade, as paredes antigamente eram bem trabalhadas, cheia de detalhes que concordo em dizer que foi um crime por edificações como essas a baixo para construir paredes vazias, sem expressão ou algo do tipo. Fortaleza se modernizou até demais, nem imagino porcaria de fortal nessa cidade ai da foto. Gente, convenhamos, quase tudo que é antigo é bom! Por que o homem sábio não troca sua mulher por uma nova?

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  9. Ola!!boa tarde
    E como se chamava a avenida antonio sales antigamente?

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  10. olá!Gostaria de saber qual a origem do nome da praça da Cruz grande na Serrinha?

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  11. Só fiquei revoltada com a mudança recente do nome de uma rua aqui no Alto da Balança(Aerolândia), mudaram de Rua Major Gerardo Mendes para Rua da Asa, nome muito estranho e sem sentido algum.

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  12. COLOQUE UMA FOTO ANTIGA DE COMO ERA A AVENIDA ANTONIO SALÇES QUANDO ELA TINAH CSENTIDO DUPLO NDVMP

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  13. Gente bom dia , essa rua do cajueiro ocorrera no século 18 uma intervenção popular movido a revolta contra o poder imperial , a uma ordem não executada por um homem cearense e corajoso dono de um açougue por nome Fagundes ,que não permitiu a derrubada desse cajueiro , uma história contada por Soriano Aderaldo.

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    1. Exatamente:

      http://www.fortalezanobre.com.br/2010/06/ruas-de-fortaleza-mudancas-rua-general.html

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