sábado, 4 de setembro de 2010

Alfredo Salgado e sua residência aristocrática


Alfredo Salgado aos 85 anos - Foto de 1º de Setembro de 1940 - Arquivo Carlos Alberto Salgado

Reportagem de Marciano Lopes de 02 de Outubro de 1988
Itapuca Villa - Da Glória à decadência

Quem avança pela Rua Guilherme Rocha, no rumo da Jacarecanga, logo ao ultrapassar a Praça da Lagoinha, precisamente entre as Ruas Princesa Isabel e Thereza Christina, depara-se com uma grande mansão em estado decadente. E pela grandiosidade da construção, muita gente tem curiosidade de saber a quem pertencia aquela residência, porém, a maioria das pessoas, habituadas a passar todos os dias pelo local, já não repara no casarão, não demonstra interesse de saber quem o construiu, muito menos desde quando está desativado.

A mansão a que nos referimos é a Itapuca Villa, de Alfredo Salgado, que, ao tempo de sua construção, era o maior prédio da cidade, sendo vista de todos os ângulos da provinciana capital cearense, então carente de edifícios de maior porte.

Alfredo Salgado era uma figura notável da então sociedade de Fortaleza. Elegante no vestir e nas maneiras finas, estudou em escolas superiores da Europa e falava fluentemente o francês, o inglês e o alemão, línguas que naquela época, eram usadas tanto no trato social quanto no comercial, porquanto todas as transações de negócios eram efetuadas com a França, a Inglaterra e, principalmente, com a Alemanha.

Alfredo da Rocha Salgado, era filho do português Francisco Luiz Salgado que, aqui, chegou nos meados do século passado, montou casa comercial e casou com Virgínia da Rocha, que ficou viúva quando o seu marido contava apenas 43 anos e teve de assumir a direção da firma que mudou a razão social para Viúva Salgado, Sousa & Cia. Dando assim prosseguimento ao negócio do marido. O estabelecimento ficava situado na Rua da Boa Vista (hoje Floriano Peixoto), esquina, lado sul com a Rua da Assembléia (atualmente São Paulo), sobrado onde esteve a Fênix Caixeiral, a Casa Bordalo, mais tarde o Banco do Brasil e, transformado o Banco de Crédito Comercial, agora encampado pelo Bradesco.

Filho de Francisco Luiz e Virgínia, Alfredo nasceu no dia 1º de Setembro de 1855 e enquanto viveu foi um dos mais legítimos líderes do comércio do Ceará. De idéias avançadas e empreendedor, deu grande impulso ao mundo dos negócios de nossa terra e, aqui, instalou a primeira prensa hidráulica para o enfardamento de algodão, no Ceará.

Alfredo iniciou suas atividades trabalhando como intérprete comercial nas três línguas que dominava com perfeição, cargo para o qual foi nomeado no dia 23 de novembro de 1875. Foi guarda-livros do estabelecimento de sua genitora e, em 1878, passou a trabalhar na organização britânica popularmente conhecida como Casa Inglesa, que tinha matriz em Liverpool.
Em 1882, foi liquidada a filial local, cabendo a seus antigos empregados, Alfredo Salgado e George Holderness a liquidação da referida sucursal, sendo criada então nova razão social com o nome de Holderness e Salgado, girando mais tarde sob a razão, Rogers & Cia e, a partir de 1º de Fevereiro de 1921, com a denominação de Salgado, Filho & Cia.



De formação calçada em grandes centros europeus, Alfredo Salgado era um homem refinado. De muito bom gosto, sua educação e elegância eram motivos de comentários em todas as rodas sociais da então pequenina cidade de Fortaleza.
Sempre vestido de branco, era "elegante de porte e esmerado no trajar", como escreveu Raimundo Girão, que completou: "...cavalheiro nas atitudes, destacava-se a sua pessoa onde quer que estivesse , motivo porque o compararam , e bem, a um jequitibá frondoso e altaneiro na vegetação circundante. Assim na rua, no seu escritório, nos salões e até na intimidade de sua bela mansão - A Itapuca Villa...".

Alfredo Salgado casou-se duas vezes, sendo a primeira com Alexandrina Smith Ribeiro, filha do médico Joaquim Alves Ribeiro e Adelaide Smith de Vasconcelos, e a segunda, com Estefânia Nunes Teixeira de Melo, filha de Antônio Teixeira Nunes de Melo e Maria Firmina Nunes de Melo, neta, pelo lado paterno, do Barão de Santo Amaro - Manuel Nunes de Melo - Português, comerciante em Fortaleza.

Homem de muitas posses e muito bom gosto, fez construir em 1915, sua bela mansão - Itapuca Villa - Na então Rua Municipal (Hoje Guilherme Rocha), inspirada nas mansões da Índia. De formato quadrado, tem piso térreo e piso superior, ambos contornados por amplas varandas. Quase a totalidade dos materiais empregados na construção, foram trazidos do exterior, inclusive as madeiras nobres que, ainda hoje, não obstante o abandono do casarão, estão em perfeito estado de conservação. A propósito, as madeiras predominam na obra, sendo de madeira todas as varandas (inclusive os pisos). De soberbas proporções, a Itapuca Villa ocupava quase toda a quadra compreendida entre as ruas Municipal (Guilherme Rocha), Trincheiras (Liberato Barroso), Princesa Isabel e Thereza Christina. Nas primeiras décadas do século, eram famosos os jardins da chácara, toda contornada de altas grades de ferro com acabamento em ponta-de-lança e o suntuoso portão social simetricamente colocado na parte da Rua Municipal. Na parte da Rua Princesa Isabel, ficava a garagem das carruagens e tílburis que serviam de transporte para ele e para seus familiares, veículos que circularam pelas ruas de Fortaleza mesmo quando os automóveis já eram umas constante. Era uma maneira de dar continuidade aos costumes aristocráticos de uma época que começava a desmoronar.

Itapuca Villa, nos seus tempos de opulência, sob a vigilância do austero jardineiro europeu nos Anos 40 - Arquivo Marciano Lopes

Arquivo Carlos Alberto Salgado

Apesar de homem abastado, Alfredo Salgado, foi abolicionista dos mais ardorosos, pois sempre fez questão de integrar os movimentos que visavam as causas nobres. Junto com outros abnegados, fundou a afamada sociedade "Perseverança e Porvir", em 1879, sob cuja inspiração veio a formar-se a "Cearense Libertadora", que batalharia e levaria até o fim a luta vitoriosa da emancipação dos escravos em nossa terra.


A mansão após reforma. No pedestal no centro do jardim, repousa o famoso "Manneken Pis" que foi trazido de Bruxelas (Bélgica) por Alfredo Salgado. "Pis" quer dizer "pipi" - O referido boneco jorrava água para regar as plantas - Arquivo Carlos Alberto Salgado

Rua Guilherme Rocha nos anos 40.
Bonde em frente a Itapuca. Marcos Siebra
No dia 13 de Abril de 1947, faleceu Alfredo Salgado, que eu ainda menino , via, ao passar defronte a Itapuca. Sempre de branco, longa barba e cabelos, ele ficava sentado num banco da varanda frontal da augusta residência. E como eu sentia prazer em ver ao vivo um personagem que estava nas páginas dos livros que ensinavam a história do Ceará. Era como se eu estudasse ao vivo as mais belas lições de nossa história. Também era maravilhoso contemplar o lindíssimo jardim cuidado por jardineiros que, a cada ano, Alfredo Salgado fazia vir da Europa para cuidar dos relvados impecáveis e das flores raras que ornavam a moradia.

Entrada da Itapuca. O piso é de pedras portuguesas vindas da Europa
- Arquivo Carlos Alberto Salgado


Nos jardins da casa. Vê-se claramente o Manneken Pis (garoto a urinar) e mais adiante, o pluviômetro (*) (Trazido da Europa) - Aparelho que serve para medir a quantidade de chuvas. No fundo à esquerda, um banheiro privativo de Alfredo Salgado, com caixa d'água própria - Arquivo Carlos Alberto Salgado

Aminta Salgado - Filha de Alfredo Salgado, nos jardins da Itapuca
- Arquivo Carlos Alberto Salgado

Desde 1947, quando morreu o grande vulto da vida cearense, há portanto , 41 anos, que a Itapuca Villa se encontra fechada e decadente, pois desde então, ninguém mais residiu ali, exceto vigias contratados pelo novo proprietário. Loteada em grande parte , teve até uma rua cortando - entre as ruas Princesa Isabel e Thereza Christina - a outrora nobre moradia que, agora se encontra sufocada entre residências que nada têm a ver com suas aristocráticas linhas arquitetônicas. Abandonada, escura, mutilada, portas e janelas quebradas, o mato substituiu os outrora bem cuidados jardins que deliciavam a visão de quem transitava pelo trecho.
Itapuca como se apresenta agora - O mato encobre a casa em ruínas e o varal é uma bandeira de pobreza nas roupas da família vigilante - Arquivo Marciano Lopes

Mesmo no estado em que se encontra, se houvesse interesse, a Itapuca Villa poderia ser salva, pois é uma construção feita para resistir aos séculos. Todavia, nunca houve interesse do governo do estado ou da prefeitura de Fortaleza para proceder o tombamento daquela propriedade que conta um pouco da história cearense. Não temos a pretensão de exigir que o governo ou a prefeitura recuperem toda a área original, mas, pelo menos o espaço ocupado pela mansão e pelo o que restou do jardim. A aristocrática residência, após passar por reforma, poderia abrigar uma entidade cultural, quem sabe, até poderia sediar o conservatório de música Alberto Nepomuceno, coitado, com sua gente aflita há tanto tempo, devido às ameaças de despejo por parte da UFC, que pretende recuperar o prédio ocupado pela escola de música estadual.
Fica aqui a ideia. Salvemos enquanto é tempo a casa de Alfredo Salgado. Pois quando as picaretas começarem a destruição, aí sim, será tarde demais e não vai adiantar jornalistas fazerem reportagens e poetas fazerem poesias e políticos demagogos fazerem comícios. Pois o mal estará consumado . Como tem acontecido seguidamente, ano após ano, na sistemática destruição do nosso patrimônio arquitetônico.

Vamos salvar a Itapuca Villa enquanto ainda é possível!

É... não adiantou Marciano Lopes gritar, as picaretas não perdoaram nossa linda
e histórica Itapuca! :(

Quero destacar aqui a observação de Marciano:

"Deixamos de mostrar fotos do interior da Itapuca, pois a família que ali reside, recebeu a reportagem com estupidez e não permitiu que fossem feitas fotos da fachada, pois segundo eles, seriam punidos pelo proprietário, que proibiu qualquer acesso de jornalistas e fotógrafos. As fotos do exterior que apresentamos aqui, foram feitas à revelia."

Ou seja, só foi possível colocar todas essas fotos na postagem, devido a gentileza e delicadeza de um homem - Carlos Alberto Salgado Pettezzoni de Almeida - Neto do ilustre Alfredo Salgado.
Todos os créditos vão para ele, que gentilmente me mandou todo o material necessário para essa e outras postagens que ainda farei sobre Alfredo Salgado e sua importância para o nosso Ceará.

A demolição da Itapuca

Itapuca Villa já sofrendo com o abandono. 
A foto é do final dos anos 80, do grande Maurício Cals.

Em 1989, começa a retirada do telhado e das madeiras da tradicional casa construída por Alfredo Salgado. Na época, a casa já havia sido vendida para a Sra Luíza Zélia Farias. A demolição não prosseguiu, pois a mesma não havia entrado com o pedido oficial de demolição junto à Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente do Município (Splan), sendo a ação suspensa com base no Código de Obra e Postura do Município e na Lei de Uso e Ocupação do solo, que determina a exigência de autorização prévia do setor competente. A proprietária teve então que aguardar a autorização. 
Somente em dezembro de 1993, a Itapuca foi completamente demolida. :( 

Matéria da época, acervo Renato Pires:






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(*) "Às vezes, o governo pedia o volume recolhido para avaliar o índice pluviométrico"

Carlos Alberto Salgado

Saiba mais sobre a Itapuca Villa AQUI

21 comentários:

  1. Que postagem!!!!!
    Lí toda, vou reler e aguardar as outras sobre a Itapuca Villa/Alfrdo Salgado para fazer meu comentário....adoro esses casarões...já devo ter vivido num assim....nada me é estranho..rsrsrs!!!

    Eu vou e volto...beijinhos!!!!

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  2. Eu tbm acho que já vivi em um,
    talvez nos meus sonhos aristocráticos
    huahauhauhauhuahuahuahuahuahu

    Beijos e pode aguardar! :)

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  3. Obrigada pela linda homenagem à minha família. Sou bisneta do Alfredo Salgado..ainda não tive a oportunidade de conhecer a Itapuca.

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  4. Leila,
    Meu pai, Carlos Alberto Salgado pede também para agradecer as doces palavras e o carinho com relação a ele. Pode entrar sempre em contato conosco..ele tem coisas muito interessantes, excelente material. Um abraço.
    Claudia

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  5. Oi Claudia, não precisa agradecer,
    foi um prazer imenso ter tido a honra
    de conhecer vc e seu querido pai que me
    tratou com muito carinho desde o início.
    Ele foi muito gentil em me mandar todas
    aquelas relíquias, isso não tem preço e
    tudo que eu colocar aqui no blog, ainda
    não será o suficiente para mostrar meu
    agradecimento.
    Diga-lhe que a recíproca é mais que verdadeira,
    ele foi sempre um doce comigo.

    Abraços linda e pode aguardar que mais
    postagens estão à caminho. :)

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  6. Oi,Leila,vi q vc conseguiu com o meu Tio Carlos Alberto Salgado Pettezzoni de Almeida e a sua filha Claudia,todo o material sobre o meu bisavô Alfredo Salgado,o meu e-mail:carinapettezzoni@oi.com.br
    bjs grandes.

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  7. Oi Carina!
    Sim, e tudo graças a vc, que entrou em
    contato comigo e fez com que tudo isso
    pudesse acontecer, muito obrigada!

    Beijos

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  8. Eu tinha entre dez e doze anos quando vi pela primeira vez o casarão que até hoje por ignorância chamei de casarão da Guilherme Rocha. Naquela época o casarão me fascinava e amedrontava ao mesmo tempo. Nós morávamos numa casa na Rua Tereza Cristina, 530 quase esquina com a Rua Guilherme Rocha, e de lá via o casarão que era encantador mesmo encoberto pelo mato, sujo e velho. Eu nunca tive coragem de romper os limites da cerca de arame farpado, mas assistia a meninada escondida provar sua coragem entrando no casarão que diziam ser assombrado, diziam que lá se ouvia o ranger de correntes e o choro dos escravos que tinham sido castigados e mortos, falavam que se podia ver o lugar onde prendiam os escravos. Eu tinha muito medo mesmo era de que escondido ali houvesse bandidos, era o que me parecia. Não sei hoje se eu imaginava muitas famílias por causa dos trapos estendidos pegando sol, cheguei a ver um homem com cara muito feia que parecia que queria me proibir até mesmo de olhar o casarão, na verdade eu queria comer cada pedacinho de história, ficava parada olhando e imaginando o que podia ter acontecido por ali. Acho que ainda moramos uns dois anos naquele endereço e depois mudamos. Os anos se passaram, vivi minha vida, mas sempre que podia passava os olhos nas casas antigas daquele entorno e um dia me dei conta de que o casarão não mais existia, senti uma tristeza profunda pela história destruída, vi um prédio público se não me engano uma escola de ensino supletivo no lugar daquele prédio que eu via com olhos curiosos de menina afrodescendente. Durante todos esses anos me perguntava o porquê de não ver em reportagens sobre o assunto o prédio mais marcante de minha infância, e tocava a perguntar pra todo mundo interessado no assunto, se alguém se lembrava do casarão, com intensão de saber tudo a seu respeito, não obtinha resposta positiva e hoje me sinto recompensada por ter finalmente fotos do Sobrado e parte de sua historia ricamente revelada. Gratíssima.
    Kátia

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  9. Boa tarde, Kátia!
    Você não faz idéia do qual honrada me senti ao abrir minha caixa de e-mail e perceber que tinha recebido um e-mail super carinhoso da neta de Alfredo Salgado e mais honrada fiquei ao ser informada que o filho, Carlos Alberto Salgado, estava disposto a compartilhar comigo de sua história de família, inclusive me mandando várias fotos raríssimas de Itapuca e fotos pessoais, fiquei com lágimas nos olhos, parecia que estava sonhando quando abri o envelope e vi todo o passado em minhas mãos, foi incrível, li tudo com muita atenção, mergulhei de cabeça nessa fantástica viagem no tempo e até hoje, não acredito que eu tenha tido contato com essa pessoa tão encantadora e carinhosa como o Sr. Carlos Alberto, um senhorzinho super simpático, me tratou com tanta cordialidade que vc nem imagina, um cavalheiro com todos os seus atributos rsrs

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  10. Quanto a sua história de infância, ela é fantástica! Eu tbm imaginava várias fantasias em minha cabeça de criança quando me deparava com esses casarões antigos. Morei quando criança, no Jacarecanga e do lado da minha casa, tinha um enormee, que até indio já morou, eu via os indios com aqueles troços na boca rsrs morria de medo, mas tbm me fascinava ficar observando como eles viviam.

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  11. Boa noite,Leila!
    Adorei a matéria aki no seu blog,lembrei da minha infância no final dos anos 80, morava na padre Mororó e tinha apenas 10 anos, parava ali em frente esse casarão e ficava admirando a sua grandeza mas ao mesmo tempo me intrigava e me assustava com seu estilo de filmes de terror americano. Obg.

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    1. Boa noite, Alex! :)

      Essas memórias nos acompanham por toda a vida, nos trazendo sentimentos de nostalgia e de muitas saudades!

      Forte abraço e obrigada pelo comentário

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  12. Ola Leila , meu sogro é neto do Sr. Alfredo Salgado , seu nome é Luciano Salgado Campos , hoje com 93 anos, moramos em Fortaleza , na sala de sua casa tem um lindo desenho da Itapuca , estou imprimindo para ele ler . Parabens !!!
    Vanessa Barreto Salgado Campos

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    1. Que maravilha, Vanessa! :)

      Nossa, fico feliz demais em receber notícias da família do ilustre Alfredo Salgada aqui em Fortaleza, obrigada por seu comentário.

      Espero q ele goste do texto.
      Consegui o material com outro neto do Sr. Alfredo, o Carlos Alberto Salgado.

      Abraços

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  13. Existe uma comunidade Gay negociando com a família proprietária do casarão para uso após reforma de um baile LGBT mensal cujo lucro seria dividido entre ambos!

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    1. Impossível!
      O casarão foi demolido há mais de vinte anos!

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  14. BELA REPORTAGEM HISTÓRICA,PARABÉNS.

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  15. Ah como queria poder voltar no tempo e ter conhecido meu tataravô Sr. Alfredo Salgado! Quantas histórias eu ouvia de minha avó Regina Salgado...e ela falava muito dele, de da tia Aminta...e da casa...que sonho...Uma pena que não cuidaram e não revitalizaram...bjs Elisa

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  16. É tenho 59 anos e morei muitos anos no Pirambu. é levei muitos anos passando em frente, tinha muita vontade de conhecer aquela mansão.conheci uma senhora que era parenta direto do senhor Alfredo salgado.e ela ficou de me levar para que eu conhecesse a casa e seus parentes, mais na época mudamos é perdi o contato com aquela senhora e a casa já estava abandonada ai se foi todo um sonho

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  17. Aquele casarão fez parte da minha juventude, pegava o ônibus pra voltarpra casa em frente aquele "castelo", como sonhei que ele fosse meu! Me via reformando-o e morando lá! Nunca esqueci dele, tenho ele na minha memória, apesar de tê-lo conhecido na sua decadência. Hoje por ironia do destino, mora há mais de vinte anos na rua Alfredo Salgado e vejo todo dia aquele predio chinfrin que construiram lá, que saudades e que pena q o demoliram!!

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  18. Belo artigo! Também testemunhei aquele casarão de pé e ele me fascinava pela sua beleza arquitetônica e me transportava ao passado, pois intrigava-me como era a vida alí, como devia chamar tanta atenção das pessoas da época, pois ele era lindo e imponente!!! Foi vencido pela ignorância e pelo progresso. Se tivesse conservado, hj. renderia um bom dinheiro com a história é como atração turística. Parabéns, mais uma vez pelo post.

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