segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Antônio Sales - Um dos maiores nomes da literatura brasileira



Antônio Sales nasceu em Paracuru, em 1868, e morreu em Fortaleza, em 1940. Aos 16 anos veio para Fortaleza, onde foi caixeiro em casas comerciais, ocupando o lazer com leituras, convertendo-se num autodidata. Publicou no jornal "A Quinzena" -órgão do Clube Literário -, (deste faziam parte Oliveira Paiva, Farias Brito e Juvenal Galeno) seu primeiro soneto. Estreou, em livro, em 1890, com "Versos Diversos"-´Trovas do Norte´); HistóriaO Babaquara´), teatro (´O Matapau´) e memórias (´Retratos e Lembranças´). Assinava seus escritos sob o pseudônimo de Moacir Jurema. Foi membro fundador da Padaria Espiritual, a quem coube escrever o manisfesto; fundada em maio de 1892, constituiu um movimento artístico que abrigava jovens dispostos a mudar o panorama das artes em Fortaleza; seu órgão de divulgação se intitulava "O Pão", aludindo, naturalmente, ao fato de que a arte é o alimento do espírito. Anunciava-se como um movimento marcado pela irreverência e proposta de novos conceitos em arte. As sessões da Padaria eram as fornadas, e o ambiente em que se realizassem recebia o nome de forno; os membros eram os padeiros; e o presidente, o Padeiro-Mor. Em nosso Estado, Antônio Sales foi secretário do Interior e Justiça, atuando, também, na política. Sua carreira literária e intelectual, no entanto, foi desenvolvida no Rio de Janeiro, onde se destacou como uma grande expressão de seu tempo. Ainda que haja produzido relativamente pouco, sua obra, tanto poética quanto ficcional, apresenta-se alicerçada em sólidas bases artísticas, merecendo a leitura de grandes nomes do ensaio literário no Brasil, como, por exemplo, Massaud Moisés. O romance Aves de Arribação foi, primeiramente, publicado em folhetins, só depois ganhando a forma do livro. Trata-se de uma grande expressão de nosso Ralismo-Naturalismo, inscrevendo-se, hoje, ao lado de obras como Dona Guidinha do Poço, de Manuel de Oliveira Paiva; Luzia-Homem, de Domingos Olímpio; A Fome, de Rodolfo Teófilo; e A Normalista, de Adolfo Caminha.

"Na sala, uma moça esguia/recorta papeis de cor,/fazendo uma ninharia;/dorme um cão no corredor./e embaixo um nédio gatinho/Olha para o passarinho/como quem diz: - Si eu te apanho!..."
(Antônio Sales)

Poeta, dramaturgo, jornalista, cearense. Antônio Sales nasceu na então povoação praieira de Parazinho, hoje Paracuru. Em 1880 já participava com seus escritos em alguns periódicos da capital cearense como "A Avenida", "A Quinzena", "O Domingo", entre outros. Sem sombra de dúvidas, Antônio Sales, mais tarde, se tornaria um dos maiores nomes da literatura brasileira. Só para não deixar de citar um de seus confrades da época, Machado de Assis, o autor da perdurável obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, etc. Ainda moço Sales desfrutara do prestígio de freqüentar a alta intelectualidade cearense, como por exemplo, O Clube Literário, que segundo o professor Sânzio de Azevedo, em nota sobre os Grêmios Literários do Ceará, afirma que o poeta por esses tempos "mal se iniciará na literatura".



De família humilde, Sales chegara a Fortaleza nos idos de 1884 com apenas 16 anos, na época garantiu seu sustento como caixeiro viajante de casas comerciais, às quais lhes suprimiam as poucas horas ao lazer da leitura, fazendo-se, com muito esforço, autodidata. A poesia de Sales cedo surgiu com "Versos Diversos" (1888) e "Trovas do Norte" (1891). Em 30 de maio de 1892, no
Café Java, de Mané Coco, na Praça do Ferreira, Antônio Sales idealiza a Padaria Espiritual que se destacou por sua irreverência postulando a Semana de Arte Moderna de 1922. Curiosamente cada Padeiro se alto denominavam com os respectivos pseudônimos ou "nome guerra", como por exemplo: Antônio Sales ("Moacir Jurema"), Adolfo Caminha (Félix Guanabariano), Rodolfo Teófilo (Marcos Serrano), etc. Era a Padaria Espiritual na sua primeira fase com direito a deboches e gargalhadas que mais tarde, no século XX ganharia, a cidade de Fortaleza o epíteto de "Ceará Moleque" com direito a vaia ao sol e um certo Bode Ioiô que segundo contam era bom bebedor de cachaça e apreciador de boa poesia, além de ter sido eleito vereador desta mesma cidade. Dentre os intelectuais que compunham a primeira fase da Padaria estavam: "Ulisses Bezerra, Sabino Batista, Tibúrcio de Farias, Álvaro Martins, Temístocles Machado, Lopes Filho e Antônio Sales".



Já na segunda fase da Padaria Espiritual, Os Padeiros, voltavam suas idéias às questões políticas e sociais sacudindo o âmago dos literatos nos primeiros anos do golpe da Republica, ou melhor, na transição monárquica - republica no governo de Nogueira Accioly. Foi naquela agremiação literária (Padaria Espiritual) onde Antônio Sales escreveu o seu curioso estatuto - manifesto proibindo a qualquer padeiro recitar ao piano ou escrever versos em língua estrangeira e quem escrevesse em folhas perfumadas seriam sujeitos à pena de vaia ou expulsão. O jornal era O PÃO, veículo por onde eles divulgavam seus escritos denominados de "O PÃO DE ESPÍRITO", arranhando a sociedade burguesa da época.


Faço lembrar um trecho de Adolfo Caminha quando descreveu o perfil social da Padaria na coluna "Sabbatina", ainda na primeira fase em 1892: " (...) Somos obrigados a ir, às quintas-feiras e aos domingos, ali ao Passeio Público exibir a melhor de nossas fatiotas e o mais hipócrita e imbecil de nossos sorrisos. (...) Ocupamo-nos de política, mais de uma política torpe, reles, suja, indigna de ser tocada por mãos que calçam luvas de pelica. A literatura e as artes, por assim dizer, são os melhores tônicos para o espírito." Lê-se no Artigo 2◦, da Padaria Espiritual que os Padeiros se organizavam de um Padeiro-mor (presidente), dois Forneiros (secretários), um Gaveta (tesoureiro), um Guarda - livros (bibliotecário) e os Amassadores (sócios livres). Sabe-se que o programa de instalação da padaria não se deu no Café Java, mas na Rua Formosa (hoje Barão do Rio Branco). Sales que era inovador, jovem e inquieto pretendia que seus artigos repercutissem lá fora, no Rio de Janeiro. E repercutiu! E com seus 48 artigos "cujo fim é reunir rapazes de letras e artes (...) e fornecer pão de espírito aos sócios em particular e ao povo em grande parte", fez voltar os olhos dos homens de letra do Rio para aquela agremiação literária e irreverente que em Fortaleza se formava. No 8° artigo diz bem o compromisso dos Padeiros com a literatura, onde se lê: "VIII – As Fornadas (sessões) se realizarão diariamente, à noite, à exepção das quintas-feiras, e nos domingos, ao meio dia."




Foto dos membros da Padaria Espiritual (Acervo do M.I.S.). No centro da Foto, sentado à esquerda da mesa, o poeta Antônio Sales. Do outro lado da Mesa, Waldemiro Cavalcante. Em pé, entre os dois, Rodolfo Teófilo. Á esquerda de Rodolfo Teófilo, o escritor José Nava, e na extrema esquerda, Antônio de Castro.


Ao lado de Sales, autor de "Aves de Arribação" estava Adolfo Caminha autor de O Bom Crioulo, livro do qual inaugurou o Naturalismo no Brasil, Álvaro Martins, Henrique Jorge e outros de tamanha importância. O Pão circulou tanto durante a primeira fase quanto na segunda num espaço de tempo de 1892 a 1896 somando 36 exemplares. Segundo estudiosos a Padaria Espiritual consolidou a literatura Realista cearense, bem como não podemos deixar de citar, a mola mestra de Rodolfo Teófilo com seu livro A Fome (1890).


Sales foi presidente, ou melhor, padeiro-mor de 1892 a 1894 e dentre outros que tiveram na função de padeiro-mor podemos citar Juvino Guedes, José Calos Junior e Rodolfo Teófilo.
Aos 29 anos, ou seja, em 1897, deixa o Ceará afastando-se quase completamente dos irreverentes poetas da lendária Padaria Espiritual, indo residir no Rio de Janeiro. E entre tantos valores a que chegara às elites literárias nacionais, Antônio Sales vai ao ápice colaborando na fundação da Academia Brasileira de Letras, onde em suas memórias, " Retratos e Lembranças", publicado em 1938, deixa-nos curiosos ao relembrar formação da ABL a qual participara:


"(...) E foi naquela feia e pobre travessa da Rua do Ouvidor que veio ao mundo a Academia Brasileira de Letras. Foi Lucio Mendonça seu verdadeiro criador e pai (...). Devo alertar que ela não foi muito bem recebida com alvoroço, pelo menos por parte de alguns habitantes da roda ilustre (...). Lembro-me de José Veríssimo, pelo menos, não lhe fez bom acolhimento. Machado de Assis, também, fez algumas objeções. Mas Nabuco e Taunay e outros concordaram (...). Restava discutir-se o primeiro grupo de imortais (...)."

O inesquecível Sales viveu plenamente a época de ouro, não só do parnasianismo, mas do realismo e naturalismo brasileiro atuando na literatura por um período de meio século. Em 1920 regressa ao Ceará após vários anos no Rio de Janeiro, trabalhando como jornalista dos periódicos: "Correio da Manhã" e "O País" entre outros jornais da imprensa nacional. Em 1930 participa intensamente de um novo movimento, agora em prol de reorganizar a Academia Cearense de Letras, escolhendo como seu patrono José de Alencar. Sales foi presidente desta mesma entidade de 1930 a 1937.


Em 14 de novembro de 1940, Antônio Sales, é vítima de hipertensão arterial, falece aos 72 anos. Fecharam-se para sempre os olhos do poeta que viu uma Fortaleza que hoje é (para alguns) esquecida, obscura, distante.

Obras


Saiba mais
 
Antonio Sales foi casado com Alice Nava Sales, não teve filhos. Sua esposa era irmã do José Nava, que também pertenceu a Padaria Espiritual,sendo pai do escritor Pedro Nava, que nasceu em Juiz de Fora, em 5 de junho de 1903 – e faleceu no Rio de Janeiro, 13 de maio de 1984) sendo autor de sete livros: Baú de Ossos, Balão Cativo, Chão de Ferro, Beira Mar, Galo das Trevas, O Círio Perfeito, Cera das almas...


Crédito: José Leite Netto, Diário do Nordeste, Francisco José Júnior e pesquisas de internet

18 comentários:

  1. Comparo Anônio Sales ao que hoje a gente chama de "agitador cultural". Foi um líder nos grandes movimentos itelectuais de sua época. Pena que os estudantes só o leiam quando o seu livro, "Aves de Arribação", é idicado para exame vestibular....agora, com o "tal" do ENEM, nem isso!!!
    Que bela biografia, a de Antônio Sales!!!!

    Valeu, amiga!
    Beijos!

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  2. Leila, voltei para uma observação.
    Na última foto, o nome do escritor não seria José NAVA ? Salvo engano, era o pai(ou tio) do também escritor Pedro Nava. Erro de digitação. Da mesma forma que eu "pulei" o N de intelectual aí acima rsrsrsr. Tudo perdoável, né??? rsrsr
    Forte abrao!

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  3. Opa! Já vou corrigir, obrigada amiga! :)

    Hein, aproveitei para dar uma olhada em outros
    sites que possuem a mesma foto e reparei que
    o "Nova" foi propagado que nem vírus¬¬

    Que lástima!!! :O

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  4. Olá, queria parabenizar o excelente blog sobre a nossa História. Queria só esclarecer alguns pontos: O nome de Guerra de Rodolfo Teófilo era Marcos Serrano (Marcos em homenagem ao pai, e Serrano devido ao seu amor pela região serrana da Pajuçara). Outra é quando você se refere a famosa foto da Padaria Espiritual, você cita o nome de Papi Júnior, porém ele nunca pertenceu a Padaria.
    Eu sugeriria que em cada postagem você citasse a fonte de pesquisa, pois se alguém se interessar em pesquisar mais profundamente ficará muito grato.
    Até mais.

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  5. Oi Charles, vc tem toda razão, eu me confundi, quem tinha o nome de guerra de Lopo de Mendonza era Artur Teófilo e não Rodolfo Teófilo, obrigada pela ajuda!

    Sobre a foto, quando pesquisei sobre a mesma, vários sites e blogs dão como certo, que esse senhor trata-se do famoso escritor Papi Júnior.
    Basta colocar no Google: "Papi Júnior e a Padaria Espiritual" para lhe retornar essa imagem nas pesquisas.

    Os créditos foram dados.

    Abraços

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  6. A internet não é uma ferramenta muito confiavel para pesquisa. Por exemplo, se você consultar na Wikipedia sobre Adolfo Caminha, encontrará a foto totalemente diferente da figura dele, de um senhor calvo, visto que ele faleceu com 29 anos!
    Uma boa pesquisa deve ser feita, pesquisando diversar fontes e comparando-as.
    A dica é você pesquisar no maior especialista em Padaria Espiritual do Brasil, chamada Sânzio de Azevedo, atualmente professor aposentado da UFC. Sobre a referida foto, ele tem é a original tirada da época.Ele sempre disponibiliza para escritores colocarem em seus livros. Ele tem livros e a coleção completa do jornal O Pão.
    Consulte:
    *O PÃO da padaria espiritual. Fortaleza: Academia Cearense de Letras; Edições UFC, 1982.
    *AZEVEDO, Sânzio de. A Padarial espiritual (1892-1898). Fortaleza: Imprensa Universitária, 1970.
    *AZEVEDO, Sânzio de. A padaria espitirual e o simbolismo no Ceará. Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto, 1983.
    *AZEVEDO, Sânzio de. Novos ensaios de literatura cearense. Fortaleza: Edições UFC, 1992.
    *AZEVEDO, Sânzio de. O Modernismo na poesia cearense: primeiros tempos. Fortaleza: Secretaria da Cultura e Desporto do Estado do Ceara, 1995.
    *AZEVEDO, Sânzio de. Literatura cearense. Fortaleza: Academia Cearense de Letras, 1976.
    *AZEVEDO, Sânzio de. Dez ensaios de literatura cearense. Fortaleza: Edições UFC, 1985.
    *AZEVEDO, Sânzio de. O centro literário: (1894-1904). Fortaleza: Casa José de Alencar, 1972.
    *AZEVEDO, Sânzio de- 1938. Aspectos da literatura cearense. Fortaleza: Edições UFC, 1982.
    *AZEVEDO, Sânzio de. Adolfo Caminha (vida e obra). Fortaleza: UFC, Casa de José de Alencar, 1997.
    *AZEVEDO, Sânzio de. A Academia Francesa do Ceará: (1873-1875). Fortaleza, CE: Imprensa Universitária, 1971.

    Claro, existem os clássicos livros, como o
    do Dolor BArreira, História da Literatura Cearense. Também o livro do Lenardo Mota, A Padaria Espiritual.
    Sobre os livros do Sânzio, o mais importante é A PAdaria Espiritual e o simbolismo no Ceará. Este livro é a tese de doutorado dele, onde fez descobertas inéditas sobre a Padaria.
    Não que eu queira também falar de minha pessoa, mas já faz 7 anos que pesquiso sobre Literatura cearense. Primeiro na graduação e agora já estou em minha fase final do Mestrado em Letras pela Ufc. Amiga posso te assegurar que Papi júnior nunca fez parte da Padaria. Ele fez parte do Centro Literário, que apesar de ter como membros alguns paderios, possuia uma certa rivalidade com a Padaria Espiritual. Também consultei os números do Pão e nada.

    Espero que este texto não tenha sido longo e chato. É por que eu gosto de explicar tudo bem explicadinho!
    Mais uma vez lhe dou os parabéns pelo blog!
    Alguns dos livros citados se encontram à venda nos sebos de Fortaleza. Todos os livros citados também podem ser consultados na biblioteca da UFC, no campus do Benfica.
    Qualquer coisa me manda um e-mail: charleskafkaufc@gmail.com
    Charles Ribeiro.
    Um forte abraço!!!

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  7. Oi Charles, obrigada pela ajuda, esses livros devem ser maravilhosos realmente! Vou procurar por alguns títulos sim, fiquei super curiosa agora.

    Vc por acaso saberia desvendar o mistério e dizer de quem se trata o senhor tido como Papi Júnior?!?! Realmente a internet engana muito e às vezes acabamos passando algo adiante como sendo verdade, infelizmente.

    Beijos e obrigada mais uma vez

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  8. Cara Leila, eu consultei o livro do Leonardo Mota, A padaria Espiritual, e lá constava que o referido senhor é o padeiro Antonio de Castro. Na primeira edição do livro do Sânzio, A Padaria Espiritual e o simbolismo no Ceará (1982), possui um acervo iconográfico fabuloso. Infelizmente, eu tenho a segunda edição (1996), e os "abençoados" editores retiraram as fotos. Mas para tirar a história a limpo, eu vou perguntar pro próprio Sânzio.
    Até mais.

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  9. é bom se ter belos exemplos, como de antonio sales que deixou um acervo bastante influeÊnciaveL, para uma geração tão inculta, estou feliz por isso, pois sou autodidata. lis

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  10. Eu e meus colegas estamos nos preparando para um seminário e essas informações nos ajudaram muito! Obrigada.

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  11. Cara Leila, peço que corrija, por favor, a idade de falecimento do poeta Antonio Salles. Na realidade, ele faleceu aos 72 anos, não aos 62 anos como consta no blog.
    Aproveito para explorar seu vasto espírito pesquisador e seu espaço, gostaria de saber se Antonio Salles foi casado, se teve filhos, se tem parentes próximos vivos...
    Outra coisa, já pesquisei em documentos históricos e, encontrei seu sobrenome escrito da seguinte forma "SALLES" e não "SALES" como se conhece popularmente. Afinal, qual o correto?

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    1. Oi André, boa tarde!

      Já fiz a correção, obrigada! :)
      Sobre a grafia do nome, eu tbm já vi nos dois formatos. No Diccionario Bio-bibliographico Cearense do Barão de Studart consta Antonio Salles enquanto que no 1001 Cearenses Notáveis de F. Silva Nobre vem como Antônio Sales, assim sendo, acredito que a mudança ocorre devido a grafia de época.
      Sobre a vida pessoal do poeta, eu tbm nunca encontrei nda relacionado com casamento ou filhos mas continuarei procurando e ao encontrar, publico!

      Forte a caloroso abraço

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  12. Antonio Sales foi casado com Alice Nava Sales, não teve filhos. Sua esposa era irmã do José Nava, que também pertenceu a Padaria Espiritual,sendo pai do escritor Pedro Nava, que nasceu em Juiz de Fora, em 5 de junho de 1903 – e faleceu no Rio de Janeiro, 13 de maio de 1984) sendo autor de sete livros: Baú de Ossos, Balão Cativo, Chão de Ferro, Beira Mar, Galo das Trevas, O Círio Perfeito, Cera das almas (póstumo, incompleto).

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    1. Obrigada, Fco José, coloquei as informações!

      Abraços

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