RECOPILADOR CEARENSE
De origem liberal, publicado em Fortaleza no ano de 1834. Foi substituido pelo Correio da Assembléa Provincial.
CORREIO DA ASSEMBLÉA PROVINCIAL
Orgão Iiberal, publicado em 1835 aos sábados em fortaleza, na Tipografia Patriótica à rua dos Mercadores nº 2. Assinatura por trimestre 1$OOO, número avulso 80 réis. Tinha por epígrafe o verso de Camões :
Quem poderá do mal aparelhado
Livrar-se do perigo sabiamente,
Si lá de cima a Guarda Soberana
Não acudir a fraca força humana.
"Na Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro, encontrei uma colleção desse jornal, do nº 4, sabbado, 9 de maio de 1835, ao nº 135 terça-feira, 30 de junho de 1840.
Do nº 19, de 12 de maio de 1838 em diante, o título, que era em duas linhas, passa a ser impresso e com letras differentes em uma só linha. Deste número em diante as palavras "Na Typ. Patriotica" ajuntam-se as palavras de Accurcio."
Barão de Studart
No número 82 de 1839 se lê "Correio da Assembléa Provincial do Ceará", e a tipografia que o ímprimia, era a Tipografia Patriotica de Francisco Luiz de Vasconcellos, que ficava na então Travessa Carolina D. nº 4, mas o nº 135, de 30 de junho de 1840, volta a ser novamente Correio da Assembléa Provincial, e a tipografia já é de Antonio Eloy da Costa.
José Lourenço de Castro Silva foi um dos redatores do Correio, e Jorge Accursio, Francisco Luiz e Antonio Eloy, editores. Transformou-se no Vinte e Três de julho.
Quando o governo da Provincia deu ordem para o recrutamento dos operários do Correio e estes se ocultaram, Jorge Accursio fez suas duas filhas mais velhas aprenderem composição tipografica e com elas manteve a publicação.
É curiosa a historia dos editores desse jornal, como se vê nos seguintes tópicos da Biografia de Ferreira por João Brigido :
"Jorge Accursio da Silveira foi obrigado a deixar a empreza. Francisco Luiz de Vasconcellos, que lhe succedeu, foi preso pelo juiz de paz Joaquim Mendes e recolhido á cadeia, por não ter acudido incontinente a um recado transmittido pelo seu ordenança para lhe dar o autographo de uma publicação contra Rocha Moreira e por não ter exhibido esse papel na letra do Dr. José Lourenço de Castro e Silva.
Succedeu-Ihe o juiz de paz Antonio Eloy da Costa jacarandá, que já não deixava transitar livremente nas ruas da cidade o chefe liberal Facundo, quasi debaixo das varandas de palacio atacou Eloy espancando-o e lhe quebrando uma mão, acto de ferocidade tanto mais revoltante quanto era esse homem incapaz de qualquer defesa pelo seu estado valetudinario. No dia seguinte jacarandá era mimoseado com uma patente de official e dois mezes de soldo adiantado para essa ballaiada, cujo epílogo devia ser uma tentativa de assassinato contra Alencar, crime no qual Jacarandá foi um dos protagonistas ."(*)
(*)Grafia de época
Fonte - Instituto do Ceará
Nenhum comentário:
Postar um comentário