Em Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção,
a Câmara reuniu-se, em grande sessão, aos 09 de
janeiro de 1824,
para declarar decaída a dinastia Bragantina.
Foi esse o inicio da revolta
que tantas lágrimas e tanto sangue
custou ao Ceará.
Debandado por José Félix
na contrarrevolução
do
Crato, e proclamada de
novo a Monarquia, ele assumiu a
presidência
da Província, como substituto de
Tristão Gonçalves.
Vestido na sua alva, indagaram-lhe qual seria o último pedido a fazer; ele levantou o braço flexionando, colocou a mão direita sobre o peito para que fosse feita a mira do fuzil e disse: "Aqui!!!" - tombando já agonizante e, segundo a lenda, a cabeça separada do tórax, espetada no poste em praça pública, comovia a todos que ali passasse. Caiu envolto nas ensanguentada vestes, por tiro fatal de baioneta, compungindo a multidão de assistia aquele heroico e corajoso gesto, que enlutou a nossa Fortaleza, cobrindo funesto e penumbroso manto a todos quanto da noticia tomavam conhecimento. O Padre Mororó - segundo Dicionário Bibliográfico Barão de Studart - era Profundo latinista, com pregador socro, jurisconsulto e, também, botânico.
Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Melo Mororó - Padre Mororó, exerceu como diretor e redator do jornal "O Diário do Governo do Ceará", de 1824, que ficou desenvolvido nos anais da Imprensa Cearense, publicada pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1908.
A ele cabe também a glória de ter sido o secretário na sessão memorável de 26 de Agosto de 1824, chamada de Grande Conselho em que foram proclamadas a República no Ceará e sua completa adesão à Confederação do Equador.
Sua biografia encontra-se com detalhes nos trabalhos do coronel João Brígido dos Santos, intitulados Miscelânea Histórica, 1889, e Biografias, Revista do Instituto do Ceará, 1889, nos de Paulino Nogueira na mesma Revista, ano 1889, pág. 204 e ano de 1894, pág. 18 (págs. 248/9).
O movimento revolucionário
O movimento da Confederação do Equador teve inicio em Pernambuco em 1824, atingindo as províncias do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Piauí, cuja mensagem assinada em 02 d e julho de 1824 pelo Presidente da Junta do Governo de Pernambuco, Manuel de Carvalho Paes de Andrade. Eis o conteúdo dessa mensagem:
"O dia fatídico
Assim naquela manhã do dia 30 de abril de 1825, Padre Mororó foi fuzilado na Praça do Passeio Público. A Rua Dr.João Moreira teve varias denominações - antiga Rua da Misericórdia, Rua Nova Fortaleza, Travessa do Gurgel. No início da rua bem à altura da metade da Praça do Passeio Público, casa grande de nº 243 onde nasceu Dom Helder Câmara, com entrada com corredor lavado na entrada da casa dividida por quatro varandas, duas de cada lado; que serviu também de residência para o proprietário e sua família Dr. Gustavo da Frota Braga, parentes de Dom Helder Câmara, pais dos meus estimados amigos José Raimundo Barreira de Gustavo Braga e Fausto Barreira da Frota Braga, e demais irmãos, por quem sempre tive muito admiração.
O percurso
Padre Mororó, nasceu em Santa Quitéria na povoação do Riacho Guimarães, no dia 24 de julho de 1774, sendo seus pais do Rio Grande do Norte, Félix José de Sousa e Theodora Madeira. Ordenou-se no Seminário de Olinda, onde além dos estudos eclesiásticos dedicou-se aos das ciências físicas e naturais. De volta ao Ceará, foi capelão do lugar Boa Viagem em 1810 e mais tarde 1814 de Tamboril.
Afirma Barão de Studart - in Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense as págs. 348 - "Favorecido com a amizade do Governador Sampaio, foi nomeado professor de latim da Vila do Aracaty - 1818, de que se demitiu em Dezembro de 1821, passando então a morar em Campo Grande, outrora Vila Nova D´El Rei, para onde chamou para sua companhia, afim de educá-los ao Cel. Felix José de Sousa, seu sobrinho e Francisco José de Sousa, seu primo que residia em Campo Maior, Capela dos Barros, de Campo Grande passou-se à Barra do Sitiá e depois para a fazenda da Canafistula e Quixeramobim."
Gustavo Barroso
O insigne e ilustre homem de letras da Academia Brasileira de Letras Gustavo Dodt Barroso nasceu em Fortaleza no dia 29 de Dezembro de 1888-2010, teria 122 (cento e vinte e dois anos), filho de Antônio Felino Barroso e Anna Dodt Barroso e neto pelo lado paterno de José Maximiano Barroso e Dª Isabel Alexandrina da Cunha Barroso e avós maternos Dr. Gustavo Luiz Guilherme Dodt e Elisa Dodt. (Dicionário Bio-Bibliográfico Cearense - Barão Studart) dá-nos excelentes subsídios de Padre Mororó.
Como se constata, a Praça do Passeio Público quando de sua origem teve diversas denominações. Por ser uma das primeiras praças de Fortaleza do Século XVIII, teve a denominação - Largo da Fortaleza. Recebeu essa denominação em virtude de ficar ao lado do Forte Schoonenborch, cuja construção se iniciou a 10 de abril de 1649 pelos holandeses do Capitão Matias Beck, dirigidos pelo engenheiro Caar - Praças de Fortaleza, pág. 269. Maria Noélia Rodrigues da Cunha, em "Praças de Fortaleza", tornou-se exímia no detalhe, com profundidade das nossas praças, o que merece o mais elevado respeito à tão valiosa e minuciosa pesquisa tornando inédito, digno do mais alto apreço e admiração por tão valiosa obra elaborada. Outras denominações vieram à Praça dos Mártires.
Na rota do espaço
A Praça do Passeio Público, Largo da Pólvora, Praça dos Mártires, situa-se na parte norte da Cidade de Fortaleza, ao lado direito (leste) do Quartel General da 10ª Região Militar, na Av. Alberto Nepomuceno, Praça da Sé, e, da Rua General Bizerril, fazendo vértices com as quadras das Ruas Floriano Peixoto, Major Facundo, Barão do Rio Branco, cuja praça localizada ao longo da Rua Dr. João Moreira até a Rua Barão do Rio Branco, lado da sombra, onde se situa a casa onde nasceu um dos mais ilustres cearenses - Gustavo Dodt Barroso, vizinho ao Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, depois Câmara Municipal de Fortaleza, na esquina da rua Dr. João Moreira, prédio que serviu de residência do Dr. João Moreira. Na outra quadra ao lado o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, Rua Barão do Rio Branco de frente para Praça Passeio Público, na descida do gasômetro até a Praia da Draga. Ainda vizinho ao Quartel General da 10ª Região (lado sul) na Av. Alberto Nepomuceno, existiu prédio elevado com pequena escadaria de degraus para dar acesso ao Arquivo Público, antes funcionavam o Instituto do Ceará e o Museu Histórico; e, após demolição ergue-se Edifício com 5 andares, funcionando, por alguns anos, o Fórum Clóvis Beviláqua até sua implosão e transferido para a Avenida Desembargador Floriano Benevides nº 220, no bairro Edson Queiroz.
ZENILO ALMADA
Fonte- Diário do Nordeste
Oi, Leila!
ResponderExcluirEstive um pouco ausente.....mas volto sempre,
me acostumei... Vejo e sempre me deleito mais
com esta beleza de lugar que é o Passeio Páublico.
Um gostoso final de semana, amiga!
Senti mesmo sua falta...
ResponderExcluirQue seu final de semana tbm
seja muito especial!
Beijos