segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Praça dos Mártires - Passeio Público


Fatos Históricos:


  • Em 30 de Abril de 1825 na Praça dos Mártires, ângulo norte do Passeio Público, é fuzilado, por motivo de sua participação no movimento revolucionário de 1824, o primeiro jornalista cearense, Padre Mororó; com ele é igualmente sacrificado o coronel Pessoa Anta.


Arquivo Nirez


  • Em 1864 - Iniciada a construção do Passeio Público no Largo da Fortaleza ou Campo da Pólvora, que era a primeira praça da povoação, na gestão do presidente da Província Dr. Fausto Augusto de Aguiar, compreendendo três planos, o atual e outros dois mais abaixo, hoje tomados pela Avenida Marechal Castelo Branco (Avenida Leste-Oeste). O Passeio Público já foi Campo da Pólvora, Largo da Fortaleza, Largo do Paiol, Largo do Hospital de Caridade, Praça da Misericórdia e, a partir de 03/04/1879, Praça dos Mártires. Teve dois nomes não oficiais: Campo da Pólvora (1870) e Passeio Público, pelo qual é hoje conhecido. A praça foi urbanizada em 1864. Havia três planos em três níveis, destinados às classes rica, média e pobre. Por volta de 1879 as duas praças mais baixas foram desativadas e a atual foi dividida em três setores com a mesma finalidade, ficando os ricos com a avenida do lado da praia, a classe média com a do lado da Rua Dr. João Moreira e os pobres com a central.
Foi nesta época que o passeio recebeu as bonitas grades de ferro que o rodeavam e que foram retiradas em 1939 e recentemente feitas novas de acordo com as antigas.
O nome de Praça dos Mártires é uma homenagem aos heróis tombados ali, pertencentes ao movimento República do Equador, que foram bacamarteados: João Andrade Pessoa Anta, tenente-coronel Francisco Miguel Pereira Ibiapina, padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó, tenente de milícias Luís Inácio de Azevedo e o tenente-coronel Feliciano José da Silva Carapinima.

  • Em 11 de Janeiro de 1879 A Câmara Municipal de Fortaleza muda o nome da Praça da Misericórdia para Praça dos Mártires (Passeio Público), homenagem aos heróis ali sacrificados e dá à Rua da Palma novo nome, Rua do Major Facundo (Rua Major Facundo).

Arquivo Nirez

  • Em 24 de dezembro de 1904 - Acontece a primeira partida regulamentar de futebol em Fortaleza, no Passeio Público, entre a equipe denominada extra-oficialmente Foot-ball Club, composto de rapazes da sociedade fortalezense e a equipe formada por ingleses residentes em Fortaleza, com reforço de ingleses tripulantes de um navio britânico que se encontrava no porto, sendo denominado de Ingleses. Os cearenses foram derrotados pelo escore de 2x0.


  •  08 de maio de 1911 - Cria-se a Usina de Luz e Força do Passeio Público, da firma The Ceará Tramway Light & Co., para alimentar os bondes, que eram de tração animal e passariam a ter tração elétrica.

Foto de 1911 do Passeio Público com a Usina da Ceará Tramway Light & Co

  • Em 09 de maio de 1912 - Lançamento da pedra fundamental da usina e casa das máquinas para bondes (Tramways) elétricos de Fortaleza, da The Ceará Tramway Light & Co., no Passeio Público.

 Arquivo Nirez

  •  07 de setembro de 1912 - Inaugura-se, no Passeio Público, o Café Caio Prado, em quiosque de ferro e madeira.


  •  04 de outubro de 1924 - Iniciam-se, no Passeio Público, grandes quermesses em prol da Santa Casa de Misericórdia, com os concursos de beleza feminina e o de fealdade masculina.

  •  Em 14 de Novembro de 1929 - Grave conflito, no Passeio Público, entre soldados do Exército e Guardas cívicos.

  •  13 de Julho de 1932 - São retirados os gradis que circundavam o Passeio Público durante a reforma que se efetuou no local. Posteriormente, já na década de 90, as grades são recolocadas.

  •  05 de maio de 1992 - É reinaugurado, após reforma que trouxe de volta antigas características, o Passeio Público. Foram colocadas grades e colunas, o coreto, bancos, antigo quiosque, etc. Na festa inaugural as bandas de música da 10ª Região Militar e da Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF, além dos cantores Evaldo Gouveia de Oliveira, Maria Aíla Gomes da Silva (Ayla Maria) e Raimundo Arrais.

 Arquivo Nirez






 Fonte: Portal da história do Ceará

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