sábado, 29 de outubro de 2011

A Pernambucana


A Pernambucana da Praça Capistrano de Abreu, 74

Há mais de 100 anos a Pernambucanas está ao lado da família brasileira. Sempre com o objetivo de atender as suas necessidades e desejos oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços. Moda, eletrodomésticos, cama, mesa e banho, utilidades, eletroeletrônicos, tapetes, cortinas e muito mais. Tudo feito com qualidade e muito bom gosto.

De família sueca, Herman Theodor Lundgren foi para a cidade de Recife em 1855 para abastecer navios que passavam pelo porto.



Departamento de crediário das Lojas Pernambucanas em 1974 - Centro. Foto de Nelson Bezerra
 
Departamento de crediário das Lojas Pernambucanas em 1974 - Centro. Foto de Nelson Bezerra

Como falava alemão e inglês, servia de intérprete para comandantes, tripulantes e passageiros, e isso fez seu negócio prosperar.

Abriu fábricas de pólvora e fertilizantes, exportou cera de carnaúba e sal para a Europa e assumiu o controle de uma indústria têxtil em Olinda.


Lojas Pernambucanas da Rua Major Facundo

Em 1906, Lundgren fundou a primeira loja de varejo, para vender os tecidos que fabricava. No ano seguinte, com a sua morte, seus negócios começaram a ser tocados pelos filhos, principalmente por Frederico João e Arthur.


Com o passar dos anos a rede cresceu muito, se modernizou, tornou-se uma marca ao mesmo tempo popular e fashion para a camada mais baixa da população.



A Arthur Lundgren Tecidos S/A - Casas Pernambucanas, é uma empresa totalmente informatizada, operando com tecnologia de ponta com todas as lojas ligadas em rede ao escritório central.

O povo levanta-se contra os nascidos nos países do eixo Roma-Berlim-Tóquio, em virtude do afundamento de navios brasileiros por submarinos alemães e italianos e quebram os estabelecimentos comerciais de italianos, alemães e japoneses.

O Livro Álbum de Fortaleza - datado de 1931 - Organizado por Paulo Bezerra diz*:

A Pernambucana

Grande Emporio de tecidos
Lundgren & Cia. Limitada
"Estabelecida em Fortaleza ha vinte anos, "A Pernambucana" conseguiu impor-se ao publico consumidor pelas virtudes comerciais que a caraterisam.
Grande distribuidora de tecidos nacionaes, com 500 filiais de norte a sul, tornou conhecida a cuidadosa renovação de seus "stoks" e a preocupação sincera de vender barato, angariando a atenção de todas as classes.
As duas qualidades primordiais da "A Pernambucana": A garantia de suas estamparias - CORES FIRMES - e a sinceridade nas vendas, para todos os seus clientes, sem distinção de estado e condição - PREÇOS FIXOS.
Importa, igualmente, em grande escala, artigos estrangeiros, competindo em toda linha com as praças nas quais opera.
É uma das grandes organisações comerciais que se estendem pelo paiz inteiro, honrando e enriquecendo o patrimonio mercantil brasileiro."
*Grafia da época
A Pernambucana incendiada

Em 08 de agosto de 1942 acontece o chamado quebra-quebra, em represália ao afundamento de vários navios mercantes brasileiros na costa brasileira, torpedeados por submarinos italianos e alemães.
Estabelecimentos de alemães, italianos e japoneses são depredados, assaltados e incendiados pelo povo revoltado.
Até estrangeiros que nada tinham a ver com o "eixo" foram "punidos" por terem nomes complicados.
Na voragem foram incendiadas as lojas A Pernambucana e Casa Veneza e a firma Paschen & Companhia.
A Padaria Italiana muda seu nome para Padaria Nordestina, durante a revolta popular.


Em 23 de junho de 1958 anuncia-se que o governo do Estado irá pagar às ‘Pernambucanas’ 7 mil contos como indenização pelo incêndio que o povo lhe ateou em 1942, ao tempo da II Grande Guerra Mundial.

Comercial antigo




Jingle









Créditos: Álbum Fortaleza de 1931, Fred Guilhon, Fortaleza Cronologia Ilustrada, Ceará terra do sol, livro Ah, Fortaleza e Portal da História do Ceará e youtube

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