terça-feira, 29 de novembro de 2011

Do Mucuripe a Fazenda Boa Vista - Carlinhos Palhano e Samba de Mesa



Tantos bairros, tanta história em pouco tempo
Sinceramente eu só lamento, que a inocência teve fim, deixa pra mim

Praia do peixe da nossa Vila Morena, hoje Praia de Iracema, 
Tanto tempo se passou
Pirocaia hoje se chama Montese, 
Água Boa não se esquece, Outeiro agora é Aldeota, bairro da nota
Serrinha também já foi Cocorote, Parque Araxá, Campo do Pio
São Gerardo, Alagadiço, lembra disso?
Dionísio Torres, outrora Estância Castelo
Monte Castelo no passado Açude João Lopes se chamou
Antônio Bezerra também já foi Barro Vermelho
Bairro de Fátima, Redenção bem antes do tempo do Tostão
Amadeu Furtado era chamado Coqueirinho
A Franco Rabelo era caminho pra nas Cinzas se chegar e furunfar
Curral das Éguas, Oitão Preto, Arriégua, |
Já faz tempo a Leste-Oeste hoje está nesse lugar | (2x)

Rodolfo Teófilo era Porangabuçu, Prado Gentilândia hoje Benfica
Nossa Senhora das Graças, Pirambu
Henrique Jorge, antiga Casa Popular
Jacarecanga e Mucuripe nunca o nome quis mudar
Álvaro Weyne, Santo Antônio da Floresta
Na memória ainda me resta, da Fazenda Boa Vista veio o Bom Jardim
Tantos bairros, tanta história em pouco tempo | 
Sinceramente eu só lamento, que a inocência teve fim, cantando assim | (2x)

Praia do peixe da nossa Vila Morena, hoje Praia de Iracema, 
Tanto tempo se passou
Pirocaia hoje se chama Montese, 
Água Boa não se esquece, Outeiro agora é Aldeota, bairro da nota
Serrinha também já foi Cocorote, Parque Araxá, Campo do Pio
São Gerardo, Alagadiço, lembra disso?
Dionísio Torres, outrora Estância Castelo
Monte Castelo no passado Açude João Lopes se chamou
Antônio Bezerra também já foi Barro Vermelho
Bairro de Fátima, Redenção bem antes do tempo do Tostão
Amadeu Furtado era chamado Coqueirinho
A Franco Rabelo era caminho pra nas Cinzas se chegar e furunfar
Curral das Éguas, Oitão Preto, Arriégua, |
Já faz tempo a Leste-Oeste hoje está nesse lugar | (2x)

Rodolfo Teófilo era Porangabuçu, Prado Gentilândia hoje Benfica
Nossa Senhora das Graças, Pirambu
Henrique Jorge, antiga Casa Popular
Jacarecanga e Mucuripe nunca o nome quis mudar
Álvaro Weyne, Santo Antônio da Floresta
Na memória ainda me resta, da Fazenda Boa Vista veio o Bom Jardim
Tantos bairros, tanta história em pouco tempo | 
Sinceramente eu só lamento, que a inocência teve fim | (2x)



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Hoje recebi da Mosi Castro o link desse samba maravilhoso e não tinha como não compartilhar com vocês!  Vamos dançar?

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Casarão Meton Gadelha - Av. Filomeno Gomes


Foto Álbum Fortaleza 1931 

A postagem de hoje é bem marcante para mim, pois passei parte da minha infância no Jacarecanga, e a brincadeira que eu mais gostava era procurar tesouro no enorme quintal desse casarão, que na época já encontrava-se abandonado e bem deteriorado...





Esse casarão, com três pavimentos, era a residência do empresário Meton de Alencar Gadelha, que era dono da Tipografia Gadelha e mantinha o Jornal do Comércio. Ele construiu esta casa e a inaugurou no dia 08 de dezembro de 1930. O construtor foi o engenheiro Alberto Sá.
A casa tinha um grande recuo da calçada e muros baixos.

No dia 04 de setembro de 1945 ele vendeu a casa para seu sócio da firma J. Villar & Cia, José Vidal da Silva


De 1977* até 1979, funcionou no casarão o escritório da CISA Caju Industrial S/A, dos sócios Ari Albuquerque e Barcelos
Foi o proprietário da empresa que fez um bom uso do imenso quintal do casarão e mandou construir uma quadra de futebol de salão. Quadra essa que anos depois, já nos últimos dias da casa, servia para festas de quadrilha da vizinhança. Eu mesma tenho flashes de memória dessas festas...
A casa foi demolida em 1985, três anos após a morte de Meton Gadelha.


Foto antiga, provavelmente quando ainda era a residência de Meton de Alencar Gadelha - Nirez

Inauguração da estátua de Gustavo Barroso na Praça do Liceu (3 dezembro de 1964). Ao fundo vemos o casarão. Acervo Renato Pires

Década de 80. Acervo Renato Pires

O Empresário Meton Gadelha
De Tipografia Gadelha a Imprensa Oficial 

No dia 11 de outubro de 1933 o Decreto-Lei 1.112, assinado pelo Interventor capitão Roberto Carlos Vasco Carneiro de Mendonça, cria a Imprensa Oficial que se instalou no dia seguinte em prédio na Rua Senador Alencar nº 115, onde funcionava a Tipografia Gadelha, de Meton Gadelha & Cia., de quem foi adquirido o material gráfico. O primeiro diretor da Imprensa Oficial foi Alfeu Faria de Aboim. O primeiro chefe geral das oficinas foi Eduardo Carvalho e o técnico dos serviços de impressão, José Alves de Moraes. Depois a Imprensa Oficial mudou-se, em 03/08/1934, para prédio na Rua Senador Pompeu nº 24 (atual 512). 


Praça do Liceu (Gustavo Barroso), vendo-se o Casarão Meton Gadelha. Acervo pessoal de Afonsina Braga

Quando a casa estava sendo demolida na década de 80 (essa pontinha laranja da casa ao lado, era onde eu morava) - Arquivo Nirez

Casarão Meton Gadelha demolido - Anos 80. Acervo Renato Pires.

Em 1975, quando já era Departamento de Imprensa Oficial - DIO, foi transformada por força de lei em empresa pública com a denominação de Imprensa Oficial do Ceará - IOCe. Por fim foi para a Avenida Washington Soares, onde foi desmontada, estando hoje seu acervo em redor do prédio da Secretaria de Cultura acabando-se no sol e na chuva. 

Imagem atual do Google Earth

Atualmente, no terreno do Casarão, está o edifício Carajás. 




Notícias sobre Meton Gadelha:



Meton Gadelha fez parte do quadro de diretores/fundadores do Ideal Club.


De acordo com o jornal A Razão (fotos ao lado), Meton Gadelha era casado com a senhora Guiomar Borges Gadelha e tinha pelo três filhos, Meton, IvoneDiva.

No Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Meton de Alencar Gadelha (Meton Gadelha), morreu no Rio de Janeiro, no dia 7 de novembro de 1982, foi proprietário da Tipografia Gadelha, adquirida pelo Governo do Estado e transformada na Imprensa Oficial. Também consta que ele era carioca nascido em Botafogo, mas nos jornais da época (foto ao lado), é comum encontrar textos onde se referem a Meton como sendo nosso conterrâneo.


* De acordo com o Sr. Renato Casimiro (leitor do blog), a data correta seria 1972, pois foi a data que ele entrou na Cisa (foi seu primeiro emprego), logo após se formar em químico. 


Todos os créditos vão para o amigo Nirez

sábado, 26 de novembro de 2011

Comando da 10ª Região Militar - Forte de Schoonemborch

Pormenor da Vila de Nossa Senhora da Assunção (1730). No canto superior direito, o primitivo forte de Nossa Senhora da Assunção, em faxina e terra.

As origens deste sítio histórico remontam ao ano de 1649, quando o holandês Matias Beck fundou o forte de Schoonemborch.
Em 1654 os portugueses reconquistaram o local e nele construíram o Forte de Nossa Senhora da Assunção.
Em 1817 o Forte daria origem à histórica Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, obra do tenente-coronel Antônio José da Silva Paulet.
Desde 1948 o Exército Brasileiro aqui instalou a sede do Comando da 10ª Região Militar.



O Quartel no séc. XX - 10ª Região Militar - Nirez

Todos os historiadores são unânimes em afirmar que Fortaleza teve início com a construção do Forte Schoonemborch, assim denominado em homenagem ao Governador de Pernambuco e Presidente do Alto Conselho Administrativo da Holanda no Brasil.

Em 03 de abril de 1649, Matias Beck (holandês) aportou à enseada do Mucuripe, com 3 iates e 2 barcos, transportando 298 homens.



Pátio da  Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, o começo de tudo! - Nirez

Daí passou a explorar a costa até a barra do rio Ceará, com o fim de escolher um local para construir um forte. A colina situada à margem esquerda do Pajeú e denominada Marujaitiba pelos indígenas foi o local escolhido. Em 09 de abril, 40 soldados iniciaram a limpeza do terreno, a fim de ser feito o traçado do forte pelo engenheiro Ricardo Caar.

No dia 22 estava concluída essa limpeza. Iniciou-se então a sua construção. Era pequeno e construído de madeira, estacas de carnaúba e terra. Tinha a forma pentagonal, cercado de parapeito e paliçada. Posteriormente, Matias Beck ampliou e reforçou as abras de defesa, de acordo com a planta feita pelo engenheiro Caar. Essa ampliação foi iniciada em 19 de agosto de 1649.



Foto antiga do quartel (Quando abrigada o 9º Batalhão) - Não datada - Assis de Lima

De início foi armado com 11 peças de ferro e guarnecido com 40 homens. Em 1654, em consequência da derrota sofrida pelos holandeses na província de Pernambuco, Matias Beck foi obrigado a entregar o Forte aos portugueses, e o fez ao Capitão-Mor Álvaro de Azevedo Barreto, fato ocorrido em 20 de maio de 1654.

Ao receber o forte, o capitão Álvaro mudou-lhe o nome para FORTALEZA DE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO. Ao redor da Fortaleza, pobremente edificadas, erguiam-se choupana e palhoças, abrigos dos primeiros habitantes da cidade que nascia. Nessa época, Álvaro de Azevedo Barreto fez reparos no forte e deu início à construção de uma capela.




postal raro, Forte no início do séc XX

Em 1655, o Capitão Álvaro foi substituído no Comando do forte por Domingos de Sá Barbosa. Por Carta Régia de 27 de julho de 1656, foi autorizado a André Vidal de Negreiros, então Governador do Maranhão, ao qual estava subordinado o CEARÁ, construir um forte de pedra e cal, ou mesmo de madeira de lei. No momento, não foi executada a construção, continuando o antigo forte na mesma situação de ruínas. De 1654 a 1812, esse forte foi ora por outra reparado. Entretanto, não sendo conservado nesse ano de 1812, desmoronou-se.



Como homenagem à data de aniversário do sereníssimo Senhor Príncipe da Beira, o Senhor Dom Pedro de Alcântara, em 12 de outubro de 1812, o Governador da Capitania do Ceará-Grande, Manoel Inácio de Sampaio, lançou a pedra fundamental da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, no mesmo local onde fora construído o antigo Forte Holandês, denominado Schoonemborch, em 1649, então reduzido a uma Bateria em ruínas.

A sua planta foi organizada pelo Ten Cel de Engenharia Antônio José da Silva Paulet, tendo o mesmo dirigido sua construção. A FORTALEZA seria edificada num quadrado de 90 metros de cada lado, constando de 4 baluartes, com as seguintes denominações: o do norte, com a invocação de Nossa Senhora da Assunção; o do sudeste, com a invocação de São José; o do sudoeste, denominado Príncipe da Beira e o do nordeste, em homenagem a Dom João.




Em 1817, foi colocada na parte externa da muralha do norte uma lápide com a seguinte inscrição - em latim: 


"Ano de 1817. As naus escarneciam de mim, quando eu era um monte informe; agora, que sou uma grande Fortaleza, de longe tomam-se de respeito.

Aqui reinando Dom JOÃO VI, SAMPAIO me fundou bela, o engenho de PAULET resplandece. Os donativos dos cidadãos me tornam forte pelas muralhas, e os dispêndios reais me fazem forte pelas armas." 


Nota: - Essa lápide acha-se no Museu do Estado do Ceará.

De início, foi a Fortaleza guarnecida com canhões.

Em 17 de agosto de 1822, estavam concluídas as suas obras.

Era um quadrado com quatro baluartes e com 27 peças que cruzavam seus fogos em condições de baterem o ancoradouro e o Porto.

Em 1829, foram acrescidas mais quatro peças, fazendo um total de 31 peças. Em 1847, foi a FORTALEZA reconstruída devido ao seu mau estado, e, em 1856, foram feitos alguns reparos.



O quartel quando abrigava o 9º Batalhão - Foto feita do Passeio Público - Àlbum Vistas do Ceará 1908

Em 11 de fevereiro de 1857, a FORTALEZA passou à categoria das fortificações de 2ª classe e assim continuou até 1880.

Com os reparos e melhoramentos executados de 1856 a 1886 (30 anos), a FORTALEZA sofreu muitas modificações. Em 1860, o pavimento superior com emblema na porta externa frontal, contendo instrumentos de guerra e bandeiras nacionais, foi concluído. Em 1906, se bem que conservada, exigia alguns reparos urgentes.

Em 1910, a FORTALEZA foi desarmada.



Turma da Infantaria, tendo à frente os capitães Maia e Vale.74- Crédito da foto

Em 1917, na 1ª Grande Guerra Mundial, foi a FORTALEZA guarnecida pela 1ª Bateria Independente do 3º Distrito de Artilharia de Costa, sob o comando do Capitão Bernardino Chaves. Em fins de 1918, essa Bateria foi extinta.

O Quartel contíguo à FORTALEZA, que aquartelava tropa de infantaria, que guarnecia essa fortificação, foi ocupado pelo 46º Batalhão de Infantaria, depois pelo 23º Batalhão de Caçadores e hoje serve de sede do Comando da 10ª Região Militar.



Calabouço do forte, onde ficou presa a revolucionária Bárbara de Alencar da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador.

Evolução Histórica

1649 - Forte de Schoonemborch
1654 - Forte de N. S. Assunção
1817 - Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção
1860 - Construção da Fachada principal
1948 - Adaptação para Quartel General da 10ª RM


Foto de Antônio Sérgio





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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Henrique Jorge - O primeiro conjunto habitacional construído em Fortaleza


Inaugurado no dia 3 de maio de 1950, com o nome de Núcleo Presidente Vargas. Algum tempo depois passou a chamar-se de Casa Popular, devido ao grande número de construção de casas de um mesmo estilo.


Foto aérea do bairro - Por Paulo Targino Moreira

A história do bairro Henrique Jorge retorna ao século XIX, quando aquelas terras faziam parte da Parangaba e naquela área transitavam os rebanhos de gado pela estrada Barro Vermenho-Parangaba. Esta estrada ligava o Barro Vermenho (Antônio Bezerra) - Parangaba. Deste período da história ainda é possível ver o restante desta estrada, que agora é denominda Estrada do Pici e que é um dos limites do bairro; bem como a casa centenária que fica ao lado do Centro Social Urbano César Cals e o Riacho Cachoeirinha.


Riacho Cachoeirinha - Foto de Daniel Roman

Nos anos vinte do século XX, o advogado Daniel de Queiroz Lima, pai da escritora Raquel de Queiroz, adquire o Sitio do Pici, como sítio de veraneio para sua família, que localiza-se no território deste bairro. O casarão centenário do Sítio do Pici ou Sítio do Papai, ainda existe (Rua Antonio Ivo). A área do sítio foi loteada no anos 1970, expandindo assim os limites do bairro.



Linha Henrique Jorge - Foto da década de 60/70 - Arquivo Cepimar

Na década de 50, o bairro tinha poucas casas, tendo como proprietário de grande parte de suas terras o pai de Rachel de Queiroz, que também foi moradora do bairro, onde escreveu parte de seu livro "O Quinze", em seu quarto iluminado por uma lamparina. Ainda hoje a casa continua sendo propriedade da família.



Casa da família da escritora Raquel de Queiroz, no Henrique Jorge 
 Arquivo Diário do Nordeste


Nos anos 1950 do século XX, é construído um conjunto habitacional para os sargentos do 23° Batalhão de Comando, denominado Casa Popular, com os seguintes limites: ao norte rua Prof. Edigar de Arruda; ao leste rua Prof. Heribaldo Costa; ao sul rua Porto Alegre e ao oeste ao rua Maceió.


Rua Professor Paulo Lopes - Arquivo Jangadeiro Online

Na década de 60, o bairro mudou de nome: antes era Casas Populares e agora seria Henrique Jorge, em homenagem ao maestro nascido em Fortaleza, pai do governador Paulo Sarasate, amigo de Rachel de Queiroz e que era casado com Albanisa Sarasate e esta filha de Demócrito Rocha.
Henrique Jorge¹ era um maestro conceituado e admirado em Fortaleza, sendo posteriormente fundador da Escola de Música Alberto Nepomuceno na capital cearense.

Nos anos 1970, com a expansão imobiliária, expandiu os limites deste para as ruas: Teresina, Franco Rocha, Heribaldo Costa, 30 de Outubro, Brigadeiro Torres, Porto Velho, Matos Dourado, Chuí, Rio Maranguapinho, São Luís, Belém e Av. Perimetral.

Rua Eurico Medina - Foto de Rapper Ouriço

O bairro é composto por ruas que têm na sua maioria nome de capitais, apenas algumas têm o nome de pessoas ilustres. A antiga Rua Brasília, é a principal do bairro e atualmente chama-se Av. Senador Fernandes Távora, a antiga Salvador passou para Eurico Medina, que foi um líder comunitário do bairro. A rua Recife passou a ser Av. Audizio Pinheiro em homenagem ao proprietário da fábrica Unitextil localizada na referida rua.

Av. Senador Fernandes Távora

Com área de 1.344m2, o Henrique Jorge é um bairro da Zona Oeste de Fortaleza e faz parte da Secretaria Executiva Regional - SER III.

Datas históricas

seta.gif02 de junho de 1952 - A Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF doa grande terreno para construção de um conjunto de 456 casas populares no Pici, pela Fundação da Casa Popular, ficando a cargo da prefeitura a urbanização, pavimentação e energia. Foi o Conjunto Habitacional Casa Popular, hoje denominado bairro Henrique Jorge.

seta.gif20 de outubro de 1953 - Inauguração do conjunto habitacional da Fundação da Casa Popular, no Pici, feito em cooperação com a Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF, num total de 456 casas.

seta.gif01 de Novembro de 1963 - O bairro da Casa Popular de Fortaleza passa a denominar-se Henrique Jorge em homenagem ao musicista cearense.

seta.gif07 de novembro de 1963 - Publicado no Diário Oficial do Município - Diom nº 2.900 o texto da Lei nº 2.487 de 29/10/1963, projeto do vereador Sebastião Praciano, que denomina de Henrique Jorge o bairro conhecido por Casa Popular.

seta.gif30 de outubro de 1963 - Solenidade no Grupo Escolar Mariano Martins, com as presenças do governador Virgílio Távora, do prefeito Murilo Borges Moreira, do deputado Paulo Sarasate e do jornalista João Jacques Ferreira Lopes, que muda o nome do bairro Casa Popular para Henrique Jorge, homenagem ao maestro violinista Henrique Jorge Ferreira Lopes, pai de Paulo Sarasate Ferreira Lopes e João Jacques Ferreira Lopes, iniciativa do vereador Sebastião Praciano.
Na ocasião o prefeito Murilo Borges Moreira inaugura a avenida que liga o bairro ao Joquei Clube, com o nome de Avenida Brasília, hoje denominada Avenida Senador Fernandes Távora. 


seta.gif24 de novembro de 1971 - Inaugura-se o primeiro Centro Comunitário de Fortaleza, no bairro do Henrique Jorge, na Rua Coronel Matos Dourado s/n, recebendo a denominação de Centro Comunitário Governador César Cals de Oliveira Filho.
As senhoras Creusa do Carmo Rocha e Albaniza Sarasate descerraram a placa comemorativa da inauguração.
Hoje chama-se Centro Social Urbano Governador César Cals.


seta.gif08 de novembro de 1973 - Morre, aos 56 anos de idade, o empresário Audísio Pinheiro, fundador da Companhia de Expansão A. Pinheiro - Ciapan; Milarte Confecções Ltda; e Unitêxtil - União Industrial Têxtil, ex-deputado federal de 1962 a 1966, pela legenda PSD - PTB.
Foi sepultado no mesmo dia.
Nascera em Quixadá a 10/07/1917.
Tem hoje uma rua com seu nome no Henrique Jorge.


seta.gif16 de outubro de 1975 - Morre, às 17h30min, vítima de derrame cerebral, aos 51 anos de idade, na Casa da Saúde São Raimundo, o professor de direito José Miramar da Ponte, Procurador Judicial do Ceará, cearense de Sobral.
Nascido a 07/12/1923. Foi sepultado no Parque da Paz.
Existe hoje uma rua em sua homenagem no Henrique Jorge e João XXIII.


seta.gif30 de agosto de 1984 - Inaugurada a Unidade de Reabilitação do Deficiente Motor Dr. João Alberto Gurgel, no Centro Social Urbano Governador César Cals, no Henrique Jorge, com a presença do Ministro da Saúde, Waldir Arcoverde.

seta.gif05 de outubro de 1988 - Criadas, pelo Decreto nº 7.824, publicado no Diário Oficial do Município nº 8.970, a Escola de 1º Grau Santa Maria, funcionando na Rua Cuiabá nº 1465, no Henrique Jorge - Era a antiga Escola Reverendo Teixeira Rego - e a Escola de 1º Grau Alvorada, na Rua Angra dos Reis, nº 234, no Conjunto Alvorada.


¹Saiba mais sobre o homem que deu nome ao bairro:

Henrique Jorge Ferreira Lopes nasceu no dia 10 de fevereiro de1872, em Fortaleza.
Filho do pianista Victor Jorge Ferreira Lopes. Tornou-se um dos mais considerados violinistas do país, tendo desenvolvido sua arte praticamente sozinho, pois teve apenas as teorias iniciais.
Residiu alguns anos em Recife, onde fundou e manteve um conservatório.
Em Fortaleza, fundou o Conservatório de Música Alberto Nepomuceno.
Pertenceu a um dos mais significativos movimentos literários do Ceará - A Padaria Espiritual, com o pseudônimo de Sarasate Mirim.
Excursionou de Norte a Sul do Brasil, levando sua arte e recebendo os mais entusiasmados comentários da imprensa.
Organizou e dirigiu várias orquestras sinfônicas neste Estado.
Pai de dois eminentes cearenses, o Governador Paulo Sarasate e o cronista e jornalista João Jacques Ferreira Lopes.
Seu nome crisma um dos bairros mais populosos de Fortaleza.
Henrique Jorge faleceu em Fortaleza, em 6 de outubro de 1928 aos 56 anos de idade.
O féretro do maestro saiu de sua residência na Rua Barão do Rio Branco nº 298 para o Cemitério de São João Batista.


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Fontes: HJ Notícias, http://www.bairroantoniobezerra.com.br, Wikipédia, Cronologia Ilustrada de FORTALEZA - Nirez, Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) - 1983