domingo, 29 de abril de 2012

Rótulos antigos


Rótulo da aguardente de cana Fonseca Extra Velha - Arquivo Nirez

Rótulo da carteira dos Cigarros Acácia, da Fábrica de Cigarros Iracema, que ficava na Av. Filomeno Gomes próximo aos fundos do Cemitério São João Batista. A razão social era Beleza & Garcez & Cia Ltda
"Na verdade essa indústria de cigarros de Fortaleza era dos Filomenos, ora na mão do próprio Pedro Filomeno, nas mãos dos Diogos, do Markan, mas todos faziam parte da mesma família. Já esse "Beleza" e esse "Garcez" eram funcionários que ficaram à frente da firma não sei porque! Essa mesma marca foi da Fábrica de Cigarros São Lourenço e por fim era da Araken." Nirez

Rótulo do "Collyrio amarello adstringente de Wecker conhecido por collyrio "Moura Brasil", fabricado na "Pharmácia Albano", de Antônio Albano, do farmaceutico na Rua Floriano Peixoto, 150, Fortaleza, Ceará. Data aproximada: 1929 
Arquivo Nirez

Doce de goiaba da Serra d'Aratanha
"De acordo com o rótulo, era fabricada com todo esmero por Maria Guimarães Coelho, era de Pacatuba do Sítio Cachoeira. Na verdade traz a figura de um coelho, por ser a proprietária da família Coelho, mas na verdade o doce não tem uma marca. Seria Doce de Goiaba Coelho? Ou seria Doce de Goiaba Sítio Cachoeira? -Nirez

Rótulo da Especial aguardente de cana Douradinha
 "A única deste Estado premiada com medalha de ouro nas exposições do Rio de Janeiro de 1908 e 1922, fabricada e engarrafada por Bezerra Lima, Acarape, Ceará". Nirez

Este é o rótulo do Vinho Reconstituinte de Quina, Carne e Iactophosphato de Cálcio, preparado pelo pharmaceutico F. Gonzaga, do Laboratório Gonzaga, que funcionava na Rua Major Facundo nº 261. Este rótulo é da amostra grátis. Arquivo Nirez

Este era o maço dos Cigarros Kennel Club, da fábrica de cigarros Araken. Arquivo Nirez

Este era o rótulo das caixas de sapatos da Casa Ponte de Frederico Ponte& Cia na Rua Major Facundo 138 e 140 - Década de 1920 - Arquivo Nirez

"Este era o rótulo do "Puro suco de caju Cajuilla, cuidadosamente preparada por João Fontenelle, Ceará-Fortaleza", assim vem no rótulo, mas acho que se tratava de cajuína, inclusive no texto transcrito acima há uma falta de concordância, pois ele diz "Puro suco" (masculino) e adiante diz "preparada" (feminino), referindo-se talvez à cajuína. O rótulo era impresso pela Empresa Gráfica Amazônia, de Belém, Pará." Nirez

Este era o rótulo dos Cigarros 27, da Manufatura de Fumos e Cigarros S. Lourenço, de J. Markan, com escritórios na Rua Major Facundo 125 a 129, esquina com Rua São Paulo, nº 50. Arquivo Nirez

 Este era o Saponaceo Pavão, da Siqueira Gurgel & Cia. Ltda.
"Saponáceo era um tijolo para fazer limpeza na hora de lavar a louça, substituía o Bombril. Os mais pobres usavam areia mesmo, fazia quase o mesma efeito e era muito mais barato." Nirez

Rótulo do Sabonete Eucalol
"Antigamente existia o Sabonete Eucalol, que era vendido avulso mas vinha também em caixas com três sabonetes e nessas caixas vinham três estampas Eucalol que as pessoas colecionavam. Vinham vários assuntos, fardamentos, bandeiras, populário, história do Brasil, histórias infantis, Incrível porém verdadeiro, etc. E a Eucalol distribuía um álbum próprio para colecionar as figuras.
Entre as dezenas de assuntos enfocados pelas Estampas Eucalol, havia as séries de bandeiras, que eram badeiras mundiais, estaduais e bandeiras históricas." Nirez

Série Bandeiras - Nirez

Esta foi a primeira estampa da primeira série das estampas do Sabonete Eucalol, editada em 1927. Arquivo Nirez

"O Sabonete Eucalol quando era vendido em caixa, com três, trazia três estampas ilustrativas e informativas, isto desde 1927 e durou até 1957 pelo que sei. Foram 30 anos de várias informações. Além das séries normais de seis ou de doze estampas com assuntos variados, tinham ainda as séries especiais, como esta dos escoteiros." Nirez

Eucalol, série Bandeirantes - Nirez

Estampa do Sabonete Eucalol da Série Bandeirantes 1961- Acervo Jane Bandeira

Óleo Pajeú da Siqueira Gurgel & Cia. Ltda - Acervo Maninho Batera

Rótulo da Farmácia Globo
"A Farmácia Globo pertencia à firma Barros, Moreno & Campos, Ltda. O farmacêutico responsável era Alcir Rocha Lima. Ficava na Rua Floriano Peixoto nº 601, na Praça do Ferreira, era aberta dia e noite e seu telefone era 1466. Este rótulo era usado nos frascos de produtos para manipulação. Este, por exemplo, abrigava o Glicerofosfato de ferro. Corria aí os anos de 1928 a 1934." Nirez

Rótulo dos Cigarros Brasil Novo
"Após a Revolução de 1930 o grande herói nacional era o tenente Juarez Távora e todas as homenagens possíveis lhe foram prestadas, até a Fábrica Araken de Cigarros, de Diogo & Cia. Ltda. colocaram no mercado os cigarros "Brasil Novo", com a efígie de Juarez ladeado por duas bandeiras, a brasileira e a vermelha, símbolo da Revolução e além desta efígie na frente da carteira de cigarros, vinha ainda uma foto do tenente internamente para quem quizesse colecionar." Nirez

Rótulo do Aseptol  fórmula do Dr. Meton de Alencar - Arquivo Nirez

Rótulo dos Cigarros Baker da Manufatura Araken Limitada - Arquivo Nirez

Rótulo dos cigarros BB, cujo nome dão várias atribuições, Brigite Bardot, Banco do Brasil, Bom e Barato -Nirez

Rótulo do Sabão Aguia
"Os sabões eram antigamente embalados em caixas de madeira e nas texteiras da caixa vinham os rótulos, muito bem apresentados, como este do sabão "Águia", da Usina Ceará da firma Siqueira & Gurgel Ltda, a mesma do Sabão Pavão, do Sabonete Sigel, do Saponáceo Pavão e do óleo Pajeú. Era também do time de futebol Usina Ceará. Ficava na Av. José Bastos (José Jatahy) com frente para a Bezerra de Menezes". Nirez

Sabonetes Dion
"Existiu em Fortaleza, fundado em 1928, o Laboratório Malvyl S. A., do farmacêutico Dionísio de Oliveira Torres, hoje nome de bairro, cuja sede ficava na Rua Joaquim Torres e tinha escritórios na Rua Floriano Peixoto, que fabricava entre outras coisas, perfumes e artefatos como sabonetes, sabões, etc. Logo no início foi lançada esta marca, os "Sabonetes Dion", que vemos aqui sua caixa e o sabonete trazia o mesmo rótulo." Nirez

Rótulo Sabonete Sigel
"Sabonete genuinamente cearense, o Sabonete Sigel, nome extraído da firma que o fabricava, Siqueira Gurgel." Nirez





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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Postes e eleições



Poste de madeira em frente a casa. Esta casa localizava-se na atual Rua Conde D'Eu, ao lado da casa dos governadores, onde em 1932 foi construído o Mercado Central (o antigo, o atual é uma feira de regionalismos). Foi nesta casa que em 1824 refugiou-se o Padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó que ali foi preso e conduzido para a morte ocorrida no dia 30 de abril de 1825. Arquivo Nirez

Vários historiadores defendem ser cíclica a história e o cotidiano leva ao fortalecimento do princípio.

No período antecedente às últimas eleições municipais, a mídia divulgou declarações de políticos afirmando que o presidente da República, por sua popularidade, elegeria quem e o quê desejasse. Até mesmo um poste.

Como não aplicaram a Teoria de Garrincha, isto é, não combinaram com a outra parte – os eleitores – deram com os burros n’água. Seus postes continuam postes. Os índices apontados nas pesquisas não foram transferidos, escafederam-se.



Poste de madeira nos arredores da Estação Central - Século XIX

Em nossa Capital, anos sessenta e setenta do século passado, ao contrário do desejado na atualidade, foram os postes que elegeram os políticos. Isto mesmo, o ontem contrariou o desejo do hoje.

Um sempre lembrado ex-vereador e ex-diretor do Departamento de Iluminação da Prefeitura de Fortaleza, órgão então responsável pela instalação de energia elétrica, aliou-se a um ex-deputado estadual, não menos famoso, e produziram uma inédita e luminosa idéia eleitoreira.

Como nos subúrbios a maioria das ruas não dispunha de energia elétrica, pouco antes das eleições escolheram várias artérias de bairros periféricos, reuniram os moradores e garantiram que todos teriam o desejado serviço público em seus lares.

Quase às vésperas dos pleitos, caminhões da Municipalidade, carregados com os antigos postes de madeira, destinavam-se às ruas dos votantes e deitavam ao chão dois postes em cada quadra.


Poste de madeira na então Rua da Frente (Av. Beira-Mar) na década de 30 - Arquivo Nirez

Muitas alegrias e comemorações realizaram-se por conta do futuro benefício. Os postes estavam ali. Eram a garantia, pensava o eleitorado.

Os candidatos divulgavam atraso nas obras por conta da burocracia, entretanto juravam que logo após a eleição todos teriam a desejada luz nas casas e nas ruas. Tudo ficava na promessa e os postes eram recolhidos ao depósito municipal após elegerem e reelegerem a ambos, com votações de áreas sempre diferentes.

A lembrança restada da tramóia foi o apelido dado ao deputado, formado pelo designativo do sexo masculino, o sinônimo de madeira e a posição horizontal dos postes.



Crédito ao amigo e colaborador Geraldo Duarte (advogado, administrador e dicionarista)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Judas jipeiro



Acervo de Licínio Filho

Nas lonjuras do tempo, a queima ou malhação do Judas tradicionalizava-se.

O marchante Zé Gomes, em dias da Semana Santa, contratava costureira responsabilizada pela feitura esmerada de um boneco, que representava o apóstolo traidor. Com trajes modernos. Terno completo, gravata, lenço no bolso, sapatos, chapéu de massa, óculos Ray Ban e uma pasta de couro preta.

Véspera do Sábado de Aleluia. Forca armada. No alpendre, ocupando lugar de destaque entre os convidados, o nascido em Carioth, Sul de Judá. Testamento, em versos debochados, pronto para leitura. Cachaçada e tira-gostos à beça. O mais sóbrio confundia a Lua com o Sol.

Acervo de Licínio Filho

Relaxaram a vigilância ao desditoso. Daí veio outra tradição da data. Sorrateiramente, grupo de ladrões de Judas, furtou o cúmplice dos sinedritas.
Já madrugada, quando sentida a falta. Festeiros, sem rumo, deram-se a procura.

Há três quarteirões, o Jeep Willys, 1954, famoso “cara alta”, passava a noite em frente à propriedade do dono, Seu Osório. A algazarra dos bebuns o acordou e, pelas venezianas, vislumbrou os bagunceiros e algo mais preocupante. Um homem corpulento sentado no banco do guiador do 4 x 4.

Acervo Guilherme da Costa Gomes

Correu até o telefone. Discou 2874. Rádio Patrulha. E relatou o que vira.
“Um ladrão corpulento está tentando roubar meu jipe. Não consegue fazer ligação direta da ignição porque, à noite, eu retiro o rotor. Venham depressa!”

Acervo agmindaiatuba

Deu o endereço e aguardou. Como um raio, dois fuscas RP chegaram. Policiais armados cercaram o veículo. Alarido dos curiosos. Gritos de ordem dos agentes da lei. E o larápio impassível. Silente. Imóvel.

Era o Judas roubado. Judas jipeiro.


Crédito ao amigo e colaborador Geraldo Duarte 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Correio do Ceará


Os jornais "Correio do Ceará" e "Unitário", começaram de iniciativa particular e depois parteceram aos Diários Associados. Funcionavam em redação na Rua Senador Pompeu (Quase todos os jornais de Fortaleza ficavam nessa rua) mas foram vendidos para a empresa Ultralimpo na década de 70 e ficaram instalados neste prédio na Rua Visconde de Mauá, em frente à atual Praça da Imprensa, época em que surgiu o jornal "Meio Dia". Arquivo Nirez

O Correio do Ceará é um tradicional jornal de Fortaleza. Foi fundado em 2 de março de 1915 por Álvaro da Cunha Mendes*, mais conhecido por A. C. Mendes, empresário do ramo gráfico. A partir de 1937 passou a ser integrante do Diários Associados. Antônio Moreira Albuquerque, jornalista que nasceu em Granja (01 de jan. de 1918) e faleceu em Fortaleza (1998), foi secretário do "Correio do Ceará" por vários anos nas décadas de 50 e 60. Ficando no Correio do Ceará até dezembro de 1967, quando então se muda para São Paulo com a família.


Sr. A. C. Mendes, fundador e diretor do Correio do Ceará

O jornal deixou de circular em dezembro de 1982, e a última edição foi a de número 19.962. Em março de 2006, quando comemorou 91 anos da fundação, o Correio do Ceará voltou a circular, inicialmente com edições especiais, sendo a primeira a edição de número 19.963.


 
Correio do Ceará de 27 de junho de  1955 sobre o triunfo da Miss Brasil Emília Corrêa Lima

O Jornal Correio do Ceará de 1969, trazia a Miss Ceará daquele ano, a  bela Vera Lúcia Camelo - Arquivo Fernando Bandeira

Fatos Históricos:

  • 02 de março de 1915 - Surge o primeiro número do jornal Correio do Ceará, de Álvaro da Cunha Mendes (A. C. Mendes), com sede na Rua Conde D'Eu nº 183. Em 1937 foi adquirido pelos Diários Associados. 

  • 11 de dezembro de 1926 - Instituído, pelo jornal Correio do Ceará, o concurso da Rainha dos Estudantes.

  • 12 de janeiro de 1927 - Proclamada Rainha dos Estudantes do Ceará, a senhorita Suzana de Alencar Guimarães, que obteve 6.995 votos, ficando em segundo lugar Hortência J. Alencar, com 3.302 votos e em terceiro Ester Corrêa, com 1.370 votos. O concurso foi instituído pelo jornal Correio do Ceará.

  • 16 de maio de 1937 - O jornal Correio do Ceará é incorporado ao grupo Diários Associados, de Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

  • 02 de outubro de 1937 - Morre, no Sanatório de Messejana, aos 65 anos de idade, Álvaro da Cunha Mendes (A. C. Mendes), fundador e antigo proprietário do jornal Correio do Ceará. Hoje é nome de rua na Vila Peri. O Estabelecimento Gráfico A. C. Mendes, na Rua Conde D`Eu nº 541, passa para a firma Bezerra & Braga.

  • 16 de fevereiro de 1982 - O jornal Correio do Ceará passa a ser impresso pela Editora Gráfica Meio-Dia, pertencente ao grupo Ultralimpo Empreendimentos, que há dois anos vem editando o Jornal Meio Dia.

Capa do jornal Correio do Ceará de 06 de janeiro de 1971 - Arquivo Pedro Paulo Paulino

Notícias do túnel do Tempo...
(Grafia da época)

Correio do Ceará, p. 04 de 23/11/1966
NOTA AO PÚBLICO - EMPRESA EXPRESSO CEARENSE

Linhas: - Fortaleza-Rio e Fortaleza-São Paulo
 Avisa ao público, que por todo mês de dezembro, receberá mais algumas unidades de ônibus da conhecida linha Ciferal, com as seguintes condições de conforto: Cabinete do motorista isolada, poltronas anatômicas reclináveis, instalação de rádio receptor e comunicação interna, luzes e cinzeiros individuais e instalação de Toillete completo.

Avisa ainda que por ocasião desse novo lançamento de ônibus, modificará também os sistemas de viagens ou seja, realizações das mesmas sem pernoite, oferecendo menor despesas para seus preferentes. 


 

Correio do Ceará, p. 07 de 10/07/1969
EXPRESSO CEARENSE PROMOVE COQUETEL NO CLUBE DE REGATAS – NOVOS ÔNIBUS

No próximo sábado, ás 19 horas, no Clube de Regatas Barra do Ceará, terá lugar o coquetel de lançamento de quatro moderníssimos ônibus leitos, de uma série de oito, que acabam de ser adquiridos pela Empresa Expresso Cearense, na Imperial Diesel, concessionária Mercedes Benz em Recife.

Com o espírito voltado para a integração nacional, o Sr. Nathan Gomes Botelho entrega ao público cearense mais oito moderníssimos veículos Mercedes Benz 0326 (ônibus do padre) a última palavra em se tratando de conforto para servirem às linhas Fortaleza-Rio e São Paulo. Autoridades, jornalistas, convidados especiais, inclusive caravana da Imperial Diesel de Recife estarão presentes às solenidades que traduzem mais um marco de pioneirismo do Sr. Nathan Gomes Botelho, proprietário da Expresso Cearense.


Correio do Ceará, p. 08 de 10/05/1971
2 ÔNIBUS VIRAM NA BR-116

Dois desastres com ônibus ocorreram na madrugada de hoje na rodovia BR-116 entre as cidades de Russas e Jaguaribe, saindo 15 pessoas feridas, todas elas medicadas no hospital de Russas.

O primeiro ocorreu com um ônibus da Expresso Cearense, que havia deixado hoje Fortaleza com destino ao Rio de Janeiro e que virou 5 quilômetros depois da cidade de Russas, saindo apenas 3 pessoas com ferimentos e somente Antônio Pereira da Silva ficou internado.

O segundo verificou-se na localidade de Castanhão, com um ônibus da Empresa Rápido Juazeiro, que vinha daquela cidade para Fortaleza e dali havia saído ás 19 horas de ontem, devendo chegar à esta Capital ás 6 horas de hoje.

Neste segundo desastre, saíram feridas 13 pessoas, sendo que apenas duas estão internadas no hospital de Russas. São elas Nelson Rolim Pereira e Laudelino Alves Grangeiro.

PRECIPITOU-SE NUM ABISMO

Por volta das 3 horas de hoje, o ônibus que vinha de Juazeiro, desenvolvendo grande velocidade, ao chegar a Castanhão, numa curva, precipitou-se num abismo e caiu dentro de um pequeno açude, sem que se verificassem vítimas fatais.

Os passageiros foram socorridos pelas pessoas que viajavam num ônibus da Expresso Rio Negro, algumas delas retiradas de dentro da água.

Segundo colheu a reportagem, um cochilo dado pelo motorista, de .... quando entrou numa curva ocasionndo o acidente.

Saíram feridas as seguintes pessoas: Valdemar Martins de Morais, ... Pereira Salmito, Oswaldo Martins, João Batista Neto, Juscelino Aguiar, Juvaneide Almeida de ... Jacó de Carvalho, José Alves de ... Furtado de Lacerda, Agostinho da Silva, José Dalcides Kouras e Alberto da Silva.

 

*Álvaro da Cunha Mendes nasceu em Maranguape no dia 7 de julho de 1873 e faleceu em Fortaleza, em 2 de outubro de 1937. Foi o fundador do jornal Correio do Ceará em 2 de Março de 1915.

Era filho de Manuel Cesário Mendes e de Francisca da Cunha Mendes, e sobrinho, por parte de pai, dos fundadores do Ateneu Cearense, os notáveis educadores e irmãos João Araújo e Manoel Teófilo da Costa Mendes, além do Padre Francisco Inácio da Costa Mendes. Teve duas filhas: Estephania da Cunha Mendes e Maria Helena da Cunha Mendes que casou-se com Antônio de Oliveira Braga que é tio do Professor Historiador Gustavo Braga.



No dia 27 de julho de 1926 foi preso, pelas forças federais, o jornalista Álvaro da Cunha Mendes (A. C. Mendes), enquadrado por crime capitulado na Lei de Imprensa, por publicação de um artigo, denunciando corrupção na Inspetoria Federal de Obras contra as Secas - IFOCS. Sua prisão foi no quartel do 23º Batalhão de Caçadores - 23BC, na Avenida Alberto Nepomuceno, hoje quartel general da 10ª Região Militar - 10ª RM. Era o governo Artur Bernardes, no qual Francisco Sá era ministro da Viação e Obras Públicas a quem era afeto a IFOCS. A foto mostra um dos momentos fotografados na ocasião, desta feita na Rua General Bezerril. O fotógrafo está de costas para o quartel e a praça que vemos é a Praça da Sé e os prédios por trás, um é o da esquina do prosseguimento da rua e o último, é o Palacete Brasil, na Praça General Tibúrcio. Arquivo Nirez

Em artigo publicado no jornal CORREIO DO CEARÁ, no dia 5 de junho de 1965, Geraldo da Silva Nobre, citando o historiador Raimundo Girão e Antônio Martins Filho, diz que um irmão de Álvaro Mendes, Antônio da Cunha Mendes, era bacharel em direito e exerceu, com êxito, a advocacia no Rio de Janeiro e São Paulo. De acordo com o historiador, Antônio Mendes fundou a "Revista do Brasil", que tratava de literatura, exaltando o Ceará no sul do país. Citando o "Dicionário Bio-bibliográfico Cearense" de Barão de Studart, ainda tratando dos irmãos Mendes, o historiador informa que eles eram filhos de pessoas de família "das mais distintas" do Ceará.



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Créditos: Wikipédia, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo e Cepimar

terça-feira, 17 de abril de 2012

Humberto de Alencar Castello Branco - Primeiro Presidente do Regime Militar



Humberto de Alencar Castello Branco nasceu em Fortaleza, no dia 20 de setembro de 1900*. Sua base de educação foi inteiramente militar com períodos de estudo no Colégio Militar de Porto Alegre, Escola Militar de Realengo, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Armada, Escola de Estado-Maior e Escola de Aviação Militar.  


Foi o primeiro presidente do regime militar instaurado pelo Golpe Militar de 1964. Era filho do general de brigada Cândido Borges Castelo Branco e de Antonieta Alencar Castelo Branco, e pertencente à família do escritor José de Alencar.

Iniciou a carreira na Escola Militar de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, ingressa em 1918 na Escola Militar de Realengo, na arma da infantaria, tendo sido declarado aspirante a oficial em 1921, e, designado para o 12º Regimento de Infantaria em Belo Horizonte. Em 1923 alcançou o posto de primeiro tenente, e então foi para a Escola Militar de Realengo como instrutor de infantaria em 1927.

Participou, como muitos outros tenentes de sua época, da Revolução de 1930. Promovido a capitão em 1938, tenente-coronel em 1943, e marechal da reserva ao tomar posse da presidência da República em 1964.

Foi chefe de seção de operações da Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, permanecendo durante trezentos dias nos campos de batalha. Enviou sessenta cartas à sua esposa Argentina Viana Castelo Branco e a seus dois filhos. Na FEB, planejou e implementou manobras militares nos combates na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1955, ajudou a remodelação administrativa do Exército e apoiou o movimento militar chefiado pelo ministro da Guerra, general Henrique Lott, que garantiu a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, já naquela época ameaçado de sofrer um golpe de estado pelos militares.

Meses depois, quando organizações sindicais resolveram entregar ao ministro uma espada de ouro, Castelo rompeu duramente com Lott. A imprensa registrou alguns momentos desse desentendimento.

Atuou na Amazônia e era o comandante do IV Exército, (responsável pela segurança do Nordeste do Brasil), na época em que chegou à presidência da república. Foi diretor do ensino da Escola do Estado Maior do Exército.



Blumenau recebeu a visita do ilustre Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. O Presidente da República foi à cidade para visitar várias empresas e ouvir as reivindicações das autoridades locais. Foto de 1965

Quando capitão, foi estudar na França na École Supérieure de Guerre, onde aprendeu temas táticos, técnicas de domínio sócio-político, e temas sobre a publicidade e censura, entre outros.

Quando tenente-coronel, estagiou no Fort Leavenworth War School, nos EUA, onde aprimorou seus conhecimentos de tática e estratégia militar.

Nomeado chefe do Estado-Maior do Exército pelo então presidente da República João Goulart, em 1963, Castelo Branco foi um dos líderes militares do Golpe de Estado de 1º de abril de 1964, que depôs o presidente.

Castelo Branco havia combatido o nazismo na Itália. O clima político, em 1964, no Brasil, era instável, representado pela alegada "fraqueza" (considerada pelos militares como "inegável") de João Goulart: O jornal carioca Correio da Manhã colocara, em sua primeira página, três editoriais seguidos, com os seguintes títulos: "Chega!", "Basta!", "Fora!", contra João Goulart, nos três dias que antecederam o golpe que instituiu a futura ditadura militar de 1º de abril de 1964. Ocorrera, em 19 de março de 1964, a "Marcha da Família com Deus Pela Liberdade" contra João Goulart. Havia, ainda, as Ligas Camponesas de Francisco Julião e a inflação elevada, o que levou os militares e apoiadores do golpe a justificarem-no sob a alegação de haver "perigo leninista-marxista", e que "impediriam que o Brasil se convertesse numa grande URSS", para, logo em seguida, restabelecer e consolidar a democracia, o que não acontecendo.

Contudo, o ministro da Guerra de Castelo Branco, e seu futuro sucessor, Costa e Silva, pertencia à chamada "linha dura", mais ligada aos serviços de inteligência dos Estados Unidos, de quem recebia orientações e fundos; sendo, portanto, Costa e Silva quem estabeleceu, de fato, (na versão dos militares castelistas), a ditadura, no Brasil, em 13 de dezembro de 1968, como o AI-5, ditadura chamada de "intervenção-militar", (termo usado pelos Serviços de Inteligência dos Estados Unidos, na sua política externa de segurança continental) no Brasil. Na versão dos apoiadores da ditadura de Costa e Silva, AI-5 foi "necessário devido ao recrudescimento das guerrilhas de esquerda e da agitação política em 1968".


O General Humberto de Alencar Castello Branco, primeiro presidente do Regime Militar. Ele foi presidente do Brasil entre 1964 e 1967.

Na versão do General Newton Cruz, os militares daquela época estavam assim divididos:

Na caserna havia dois grupos. Os castelistas defendiam a posição do Castelo Branco, que acreditavam poderiam arrumar a casa e voltar para o quartel o mais rápido possível(Democratas). E os costistas, alinhados com general Costa e Silva, que, em nome da caça aos nazi-comunistas (pensamento do serviço de inteligência norte-americano), de defesa continental, com base em comprovadas fontes de existência de líderes nazi-comunistas, caçados pelos Israelenses (que no fundo eram aliados e voltaram a sê-lo, segundo diversas fontes israelenses, querendo ("queremismo") a "revanche-histórica", e que, por isso, com razão de Estado, defendiam o endurecimento do regime (vide rumores da "quinta coluna revigorada" (documento histórico sigiloso), que era também chamada "Operação Condor")!


Newton Cruz


E continua Newton Cruz:

Castelo Branco não concordava que Costa e Silva fosse o seu sucessor. Não pela pessoa, que era um ótimo camarada de farda, mas pelo grupo que o rodeava, muitos deles "sedentos de vingança contra os nazi-comunistas" , ou temerosos da força dos comunistas. Castelo Branco tinha prestígio suficiente para fazer o seu sucessor, e acreditava, com muita fé, na democracia como antídoto a qualquer golpe nazi-comunista (que já voltaram a ser aliados, como o foram no início da Segunda Guerra Mundial). Pela lógica, o sucessor de Castelo Branco deveria ser o general Ernesto Geisel. Castelo Branco permitiu que Costa e Silva o sucedesse porque temia que um enfrentamento causasse um racha no Exército, o que poderia culminar com um enfrentamento militar, reduzindo ainda mais a soberania nacional....Foi um erro (ou acerto) que nos manteve fora dos quartéis por 21 anos.! !


Newton Cruz


O marechal-presidente Castello Branco na sala de reuniões ministeriais no Palácio Laranjeiras, no Rio (Foto: Braz Bezerra )

Castelo Branco foi eleito, pelo Congresso Nacional, presidente da república, no dia 11 de abril de 1964, obtendo 361 votos contra 72 abstenções. O voto mais aplaudido foi do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Da deposição de João Goulart em 2 de abril de 1964 até a posse de Castelo Branco, permaneceu na presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli.

Como na sua posse na presidência da República, em 15 de abril de 1964, a Constituição de 1946 continuava em vigor, Castelo Branco foi eleito para terminar o mandato de cinco anos iniciado por Jânio Quadros em 31 de janeiro de 1961. Assim, Castelo Branco deveria governar até 31 de janeiro de 1966. Porém, posteriormente, seu mandato foi prorrogado e foram suspensas as eleições presidenciais diretas previstas para 3 de outubro de 1965.

Seu mandato foi prorrogado, e Castelo Branco governou até 15 de março de 1967, sendo substituído pelo general Costa e Silva, que fora eleito pelo Congresso Nacional, em 3 de outubro de 1966.

Durante seu mandato, Castelo Branco aboliu todos os treze partidos políticos existentes no Brasil, através do Ato Institucional número 2. Foram criados a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que se tornaram os únicos partidos políticos brasileiros permitidos até 1979. Durante seu governo, Castelo Branco promoveu várias reformas políticas, econômicas e tributárias.

As medidas aplicadas, não atingiram apenas o poder legislativo, mas também todas as organizações consideradas pelo governo militar como "nocivas à pátria, à segurança nacional, e à consolidação do novo regime", que, segundo versão oficial, "pretendia corrigir os males sociais e políticos, combater a corrupção e a subversão", além de impedir que se instaurasse um regime comunista no Brasil.

O ataque mais violento dos resistentes à ditadura (que praticaram ações terroristas contra o regime militar) contra o governo Castelo Branco foi o Atentado do Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Recife, em 25 de julho de 1966, que visava atingir o marechal Costa e Silva, ministro da guerra e candidato a sucessor de Castelo Branco. Houve mortes e vários feridos. Algumas dessas organizações foram dissolvidas. Iniciou-se uma intensa guerra interna contra as atividades de resistência de guerrilha e de terrorismo.

Castelo Branco reformou a administração pública brasileira através do Decreto-Lei 200, e enviou um projeto de nova constituição brasileira, que foi aprovada pelo Congresso Nacional e entrou em vigor no dia da posse do seu sucessor Costa e Silva, em 15 de março de 1967. Assim, quando tomou posse, em 15 de março de 1967, no mesmo dia que entrava em vigor a nova constituição, Costa e Silva não dispunha de nenhum ato institucional ou qualquer outro dispositivo legal autoritário. Os atos institucionais 1 a 4 perderam a eficácia neste dia 15 de março.

Em seu governo promulgou vários decretos-leis, e 4 atos institucionais. Reprimiu as manifestações contrárias às atitudes do governo com severidade.


Foto da Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo

Em janeiro de 1967, a nova Constituição federal entrou em vigor sob duras críticas, inclusive no meio político. Em dezembro do ano seguinte, era instituído o AI-5, um dos atos institucionais que criou mais polêmica por acabar com a liberdade de imprensa e restringir a liberdade de expressão.

Terminada sua gestão, viajou pela Europa, a convite dos governos de Portugal e França, sendo homenageado pelos Presidentes Américo Tomás e Charles de Gaulle; retornou à sua terra natal, perecendo num desastre de avião, juntamente com quase todos os seus acompanhantes, no dia 18 de julho de 1967, quando regressava de visita à escritora Rachel de Queiroz na fazenda “Não me Deixes”, na altura da serra de Santo Estevão, em Quixadá.
Seus restos mortais, repousam no mausoléu, construído em sua homenagem, em Fortaleza.

Notícia de 18 de julho de 1967: "Ontem, no Ceará, uma colisão aérea vitimou o ex-presidente Castelo Branco, que havia deixado a Presidência da República há quatro meses.
O avião em que ele estava, com mais seis pessoas, foi atingido na cauda por um caça militar e caiu em "parafuso". Sem grandes problemas, o jato da aeronáutica conseguiu pousar na sua base. Quanto ao bimotor abalroado o resultado foi trágico: com excessão do co-piloto, salvo milagrosamente, todos os demais morreram no choque da pequena aeronave com o solo."
 Escapou o co-piloto Emílio Celso. Morreram, o Comandante Celso Tinoco Chagas,  a escritora Alba Frota, o Marechal Castello Branco, seu irmão Cândido Castello Branco e o Major Assis.  Circularam rumores de que o avião do ex-presidente teria invadido a zona destinada ao avião da FAB.

Castelo Branco morreu, logo após deixar o poder, em um acidente aéreo, mal explicado nos inquéritos militares, ocorrido em 18 de julho de 1967. Um caça T-33 da FAB atingiu a cauda do Piper Aztec PA 23, no qual Castelo Branco viajava, fazendo com que o PA-23 caísse deixando apenas um sobrevivente. 


*Casa onde nasceu Castello Branco está deteriorada

O casarão onde nasceu o ex-presidente marechal Castello Branco abriga uma família e serve de suporte para ambulantes. Secult aguarda decisão judicial para implantar o Centro de Gravuras do Ceará


“Nesta casa, em 20 de setembro de 1900, nasceu Humberto de Alencar Castello Branco”. A placa de bronze e a casa verde desbotada, com pichações, passam despercebidas por quem caminha no Centro agitado. O antigo casarão, na rua Solon Pinheiro, número 38, em frente à Cidade da Criança, deveria abrigar memórias. Há planos, inclusive, de construir lá o Centro de Gravuras do Ceará. Mas hoje, a casa onde nasceu o cearense Castello Branco, militar e ex-presidente da República (1964-1967), é morada de uma família e suporte para mercadorias de ambulantes.

O tempo corroeu as paredes, o teto e as estruturas de madeira da porta e da escada que dão as boas-vindas a quem chega. O POVO visitou o local, mas, como a família que mora lá não estava, não foi possível entrar em todos os cômodos. José Tibúrcio, 50, ambulante e parente dos moradores, explicou que a casa pertence à Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), mas ainda na década de 1980 foi cedida para o tio dele morar. “Meu tio cuidava da casa. Ele morreu e a mulher dele e meu primo ficaram morando aqui”.

Segundo Tibúrcio, a família não tem como recuperar a casa. “É muito caro para restaurar”. A Secult confirmou que é a proprietária. O coordenador da célula do Patrimônio Histórico da secretaria, Otávio Menezes, explicou que a casa foi cedida à família pelo então secretário da Cultura, Eduardo Campos. Lá chegou a funcionar também a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg). Em 2007, a Secult começou a buscar um local para abrigar o Centro de Gravuras do Ceará.

Encontrou a casa, mas, segundo Menezes, a família se recusou a sair. Desde então, a Secult segue com processo judicial por meio da Procuradoria Geral do Estado (PGE). “Estamos aguardando. Já fizeram visitas sociais, mas não houve consenso com a família”. Conforme Otávio Menezes, o projeto para instalação do Centro de Gravuras já está pronto. Há também projeto para recuperar a coberta. A verba inclusive já foi liberada. O Centro de Gravuras pretende abrigar uma escola de artes.

O artista plástico Eduardo Eloy, idealizador do projeto, explicou que a casa deve ter ateliês de xilogravura (gravura em madeira), litografia (gravura em pedra), gravura em metal, serigrafia, tipografia e computação gráfica, além de uma fábrica modelo de papel artesanal. Pelo projeto, há também uma sala de exposição e um auditório para 40 lugares. “A ideia é preservar um bem histórico com uma escola de artes”, apontou Eloy. Por enquanto, não há proposta de tombamento.

Segundo Otávio Menezes, a casa, por dentro, já foi bastante modificada. “Futuramente, poderemos pensar na possibilidade de tombar a fachada”. O POVO tentou contato com a Secretaria Executiva Regional do Centro (Sercefor) para saber sobre a ocupação da calçada por ambulantes. Mas, até o fechamento desta matéria, as ligações não foram atendidas. Ontem, enquanto a reportagem esteve no local, dois fiscais da Prefeitura permaneceram na calçada oposta.


Matéria publicada no jornal O Povo de 31/03/2012




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Fontes: http://educacao.uol.com.br, Wikipédia, O Povo, 1001 Cearenses Notáveis - F. Silva Nobre