No dia 1º
de janeiro de 1923 foi registrada a firma Aprígio Coelho de Araújo,
com o estabelecimento "A Cearense", na esquina da Rua
Floriano Peixoto nº 219/223, com Rua
Pedro Borges, olhando para a Praça
do Ferreira. Em 1930 foi reinaugurada após reforma e em 1939 mudou-se
para a Rua
Barão do Rio Branco nºs 1068/1074.
Em 08 de dezembro de 1939, a loja A Cearense, inaugura seu novo prédio na Rua Barão do Rio Branco
nºs 1080/84, em frente ao Cine Majestic, obra do arquiteto Sylvio Jaguaribe
Ekman, no estilo Art-Déco, local antes ocupado pelo Teatro Taliense ou
Concórdia, seguido do Colégio Anacleto.
Depois o
prédio da A Cearense, foi ocupado pelas Lojas Singer.
A
Cearense tinha um slogan: "A casa que cresce, diminuindo os preços".
Diz a manchete: Prédio próprio em construção a inaugurar-se em 1939. Acervo Lucas Jr
Arquivo Nirez
Prédio que antes era ocupado pela A Cearense, no dia da inauguração da Singer Sewing Machine Company (01/12/1950), na Barão do Rio Branco. Foto do livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo
A Cearense era uma das principais casas¹ de tecidos de
Fortaleza, na década de 40. Localizava-se
no meio do chamado 'Quarteirão Sucesso', na rua Barão do Rio Branco.
Aprígio Coelho de Araújo, homem de larga visão e de muito
bom gosto, mandou construir sua loja inspirado nas grandes “maisons”
parisienses: gigantesco salão, bastante requintado, com ambientes de espera e
nichos iluminados para exposições de peças finas. Ao fundo, uma elegante escada
em forma de leque se bifurcava e dava acesso aos salões dos dois andares
superiores que tinham imensas rodas vazadas como visores emoldurados por belos gradis de ferro. De linhas ‘art-déco’, como era comum às lojas chiques daquele
tempo, sua frente era rigorosamente simétrica, com duas vastas vitrinas laterais e muitos manequins artisticamente vestidos.²
¹ A expressão ‘casa’, certamente, seria de influência
francesa ‘maison’.
² Nos idos de 40, as lojas de tecidos ou casas de fazendas,
como eram mais conhecidas, tinham esmero em suas vitrinas, caprichavam nos “vestidos”
de suas bonecas-manequins que eram montados por verdadeiros mestres na arte de
modelas as roupas, usando apenas o tecido e alguns alfinetes, sem ser necessário
cortar pano nem utilizar linha ou agulha.
Fontes: Royal Briar de Marciano Lopes (2ª
Edição) e
Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo
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