terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Colégio Nossa Senhora da Assunção - Triste fim!!!


Cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, no bairro Joaquim Távora

Em 1957, a Escola Nossa Senhora da Assunção começou a funcionar com apenas uma turma. A mobília foi doada pela comunidade do entorno. “O colégio evoluiu no tempo e brilhou, chegando a ter, nas décadas de 1980 e 1990, mais de mil alunos”. A Irmã Vera Lúcia recorda a arquitetura original do prédio: “A parte interna é belíssima. A escada é construída com madeiras refinadas. Nos dormitórios, o piso também era todo de madeira. Tem um valor histórico”, defende.


A formação “religiosa, humana e cristã” é tida por irmã Vera como um dos diferenciais da antiga escola. A ex-aluna Marjory Sampaio, 17, também destaca o incentivo às artes e ao esporte. “Recebi uma boa educação”, define. “Eram rígidos (na disciplina) e não tinha esse negócio de rapazinho namorando lá dentro”, comenta a mãe de Marjory, Mara Sampaio, 49.

Em 2007, veio a triste notícia de que o colégio fecharia as portas. “Quando o colégio foi fechado, era todo mundo chorando”, conta Marjory. O terreno, localizado numa área nobre, foi vendido. O prédio permaneceu lá, nos últimos seis anos, lembrando as histórias e brincadeiras ali vividas.

Na espera pela demolição, Marjory diz que, ao olhar para o antigo colégio, “dá um aperto no coração”


A pintura azul, com detalhes brancos, está desgastada pelo tempo. Um paredão de pedras encobre boa parte da construção - que hoje remete ao abandono. Porém, ainda é latente a beleza do prédio que abrigou, por 50 anos, a escola Nossa Senhora da Assunção, no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, no bairro Joaquim Távora. Hoje, a edificação “vive” seus últimos dias. O casarão terá o fim antecipado: dará lugar a um prédio residencial, ainda sem data definida.
A estrutura está mal conservada. A pintura azul está gasta e é possível observar o acúmulo de material de construção no entorno. 

A edificação foi comprada pela Congregação das Filhas de Santa Teresa (originária do Crato) em maio de 1955. “Quando o prédio foi comprado, havia poucas casas (ao redor), um campo aberto e até mesmo criatório de gado. (As ruas) sequer tinham calçamento”, lembra a irmã Vera Lúcia, secretária geral da congregação e ex-diretora da escola.

Na escritura original de compra do imóvel pela congregação, consta a aquisição de “uma casa assobradada, estilo bungalow, de tijolo e telha com uma garagem ao lado (...) imóvel adquirido por compra a José Capelo Alvite* e sua mulher”.


O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) Romeu Duarte explica que os bangalôs foram muito utilizados no início do século XX em Fortaleza. O nome é uma variação do inglês bungalow. “É uma casa geralmente de dois pavimentos, quatro fachadas e situada em terrenos grandes. Era ocupada por famílias abastadas e foi uma tipologia muito usada na Aldeota e Jacarecanga, informa.

Romeu lamenta a decisão de destruir a edificação e defende a conciliação entre desenvolvimento e preservação. “É a lógica do ‘arrasa quarteirão’. Não sou contra a construção, mas acho que há terreno demais para o empreendimento. Poderia preservar a contemporaneidade e o passado”, diz, sugerindo que a antiga casa fosse usada, por exemplo, como salão de festas do condomínio. “Seria até um diferencial. Falta um pouco de inteligência e sensibilidade ao mercado imobiliário”, critica o professor.

Em 2006, o quadro docente do Colégio Nossa Senhora da Assunção era composto por 
dezoito professores; destes, quinze eram habilitados nas respectivas áreas, (83,34%) e três, autorizados (16,66%).  
A proposta pedagógica da educação infantil do Colégio Nossa Senhora da Assunção compreendia o processo educativo voltado para a construção de um sujeito protagonista de sua história,  como cidadão crítico e criativo. Nesse contexto, o Colégio assumiu sua função social, envolvendo na sua prática educativa valores sociais e culturais.


Material de construção** já se acumula em frente ao antigo bangalô, na rua Padre Valdevino. Prédio abrigou escola por 50 anos - Foto Sara Maia


O Colégio apresentava boas condições de funcionamento, dispondo de amplos espaços. Apresentava melhorias realizadas no prédio durante aquele ano: restauração do parquinho infantil,  reforma geral na cantina do colégio, restauração das instalações e implementação do laboratório de Ciências. O laboratório de Informática, devidamente equipado, servia para “despertar nos alunos o espírito crítico, investigativo e cientifico, como meio de aprimoramento do conhecimento teórico, aliada ao conhecimento cientifico”.


O laboratório de Ciências proporcionava aulas práticas, nas áreas específicas, integrando teoria e prática.


Importante salientar que o Colégio Nossa Senhora da Assunção, nesta capital, recebeu
autorização do CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO para funcionar (da educação infantil aos cursos de ensino fundamental e médio), até 31.12.2010. O colégio foi recredenciado pelo conselho Estadual de Educação (Câmara da Educação Básica) em 13.04.2007.
A Escola fechou em 2007.


Editado em 24/01/2013:
Boas notícias!!! :)

Bangalô está temporariamente protegido (Jornal O Povo - 23/01/2013)

Enquanto processo de tombamento tramita, bangalô da rua Padre Valdevino não pode sofrer modificações. Pedido de tombamento foi enviado ontem à Secretaria da Cultura.

Após pedido de tombamento ser enviado ontem para a Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), o bangalô situado no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, no bairro Joaquim Távora, está protegido. Isso significa que a atual dona do prédio, a construtora Monteplan Engenharia, não pode modificar ou derrubar a estrutura até que seja dada uma resolução definitiva pelo Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural (Comphic).


A solicitação de tombamento foi feita, na manhã de ontem, pelo vereador João Alfredo Telles Melo (Psol) através de ofício enviado à Secultfor. Segundo o vereador, a retirada de construções antigas faz a Cidade perder sua própria memória. “Fiz o pedido, mas é o estudo da Prefeitura que vai determinar se é caso ou não de tombamento”, frisou João Alfredo.

De acordo com o coordenador de Patrimônio Histórico-Cultural da Secultfor, arquiteto João Jorge Melo, a partir de agora, a construtora terá 30 dias para apresentar uma defesa. Encerrado o prazo, o caso vai entrar em julgamento na reunião do Comphic, que acontece mensalmente. “O engenheiro responsável e o dono da empresa foram avisados”, citou o arquiteto.

De acordo com o secretário da Cultura de Fortaleza, Magela Lima, “o pedido já é um resguardo (da construção) até a decisão definitiva”. O processo atende as normatizações da Lei Municipal nº 9.347, de 11 de março de 2008, a Lei do Patrimônio.

Caso seja feita alguma alteração no prédio durante o período de julgamento do tombamento, a construtora responde por crime ao patrimônio histórico, esclareceu o arquiteto João Jorge. 


Foto Agência Diário

Editado em 06/04/2013:
Acabou!!!


Justiça concede liminar que permitiu destruição de bangalô (Jornal O Povo 06/04/2013)

O bangalô que durante 50 anos abrigou a escola Nossa Senhora da Assunção foi demolido ontem. Secretaria da Cultura de Fortaleza havia realizado o tombamento provisório, mas Justiça anulou a ação.


Foto Tatiana Fortes/Jornal O Povo

O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, Francisco Chagas Barreto Alves, concedeu liminar suspendendo o tombamento provisório do bangalô azul, na esquina entre as ruas Padre Valdevino e João Cordeiro. Com isso, a empresa Nortesul Incorporações e Construções demoliu o prédio no fim da tarde de ontem. Durante 50 anos, o local abrigou a Escola Nossa Senhora da Assunção. O processo de tombamento provisório foi iniciado em janeiro, pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor), para evitar a destruição do prédio.

O titular da 2ª Vara da Fazenda, juiz Francisco das Chagas Barreto. Denise Mustafa/Diário do Nordeste

No local, deve ser erguido um prédio residencial. Uma das sócias da construtora, Luciana Braga, diz que a empresa tentou manter o bangalô (E eu acredito em papai Noel), mas o projeto aprovado pela Prefeitura não comportaria a manutenção do equipamento. “O prédio inclui área de subsolo e o bangalô não suportaria”, afirma.

O terreno e o bangalô pertenciam, antes da venda para a Nortesul, à Congregação das Filhas de Santa Teresa (originária do Crato) que, por sua vez, adquiriu o prédio em maio de 1955. Ainda segundo a empresária, as freiras teriam buscado, junto à Prefeitura, maneiras de realizar o tombamento, mas ninguém teria se interessado. “Elas mesmas (as freiras da congregação) tinham já ido atrás (do tombamento). Já tinham sondado isso e o poder público não se demonstrou interessado”.


O vereador João Alfredo (Psol) disse lamentar profundamente a destruição do bangalô e pediu providências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o que ele considera “posturas indevidas e contrárias à cidade” do juiz Francisco Chagas. O magistrado é o mesmo que concedeu liminares para construção em dunas do Cocó. “O que a sociedade pode fazer é boicotar essa construtora que não tem o mínimo de respeito com a memória e cultura (Concordo  plenamente!). Não entendo por que se demorou tanto o tombamento definitivo. Como a Justiça pode não reconhecer a importância do prédio para a Cidade?”.

No dia 22 de janeiro deste ano, O POVO mostrou a ameaça de demolição do bangalô. No mesmo dia, o vereador João Alfredo (Psol) entrou com um pedido de tombamento do imóvel pela Secultfor. Com isso, o imóvel não poderia ser demolido até a conclusão do processo (Mas não foi o que aconteceu!).



*O bangalô foi adquirido pela família Capelo Alvite na década de 1940. Na época, as paredes externas da casa eram pintadas com tinta amarela (diferente da posterior coloração azul). A casa tinha um alpendre, terraço e cinco quartos no andar superior.

**A Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (Seuma) informa que “não encontrou registro de pedido de aprovação de projeto arquitetônico ou de alvará de construção para o referido terreno em nome da Construtora Monteplan.



Fonte: Jornal O Povo e Conselho de Educação do Ceará

25 comentários:

  1. Li que o vereador João Alfredo deu entrada com pedido de tombamento. Ficarei na torcida que ele consiga reverter essa situação!

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  2. estudei lá
    triste fim...

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    1. Amigo, gostaria de entrar em contato com você para poder fazer umas perguntas sobre o local!! Sou estudante de arquitetura da UFC e tô fazendo um trabalho sobre a rua padre valdevino, onde se localizava o prédio. Se puder entrar em contato, eu agradeço.

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  3. Foi demolido, infelizmente.
    http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2013/04/06/noticiasjornalcotidiano,3034350/justica-concede-liminar-que-permitiu-destruicao-de-bangalo.shtml

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    1. E o mais lamentável, com o aval da nossa justiça, q deveria proteger o patrimônio da cidade...

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    2. pelo menos a construtora devia fazer uma homenagem e colocar o nome do predio com referencia ao colegio

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    3. Concordo plenamente!
      Um belo exemplo disso é o Ed. Lido, levantado onde antes ficava o Restaurante Lido, na Praia de Iracema.

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    4. vai se chamar Condomínio Belas Artes

      http://www.imoveisceara.com/condominio-belas-artes/

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  4. Isso é um absurdo, está virando moda demolir prédios que estão protegidos ou em fase de processo de tombamento.
    O órgão mais fraco do Brasil, na minha opinião é esse Iphan, junto com as milhares siglas de órgãos que cuidam do processo de tombamento de prédios históricos e mais fraco que os órgãos são as pessoas por de traz disso, fora aquele processo indesejado a qual chamamos de burocracia. Pensando bem burocracia para umas coisas e outras não.
    Não é só um prédio velho que está sendo demolido é a memória das pessoas e da pouca cultura arquitetônica que estão virando pó.
    E construtora alguma, diga-se de passagem, está preocupada se o trabalhador dela vai ficar desempregado. Como todos nos sabemos essas construtoras se movimentam igual a um polvo, nunca estão paradas sempre construindo, construindo e construindo.
    Tenho um sentimento de revolta com essas notícias.Mais um prédio "sepultado" e nossas histórias estão ficando cada vez mais debaixo de muita areia, poeira e pedra.

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    1. Estou sentindo essa mesma revolta, é lamentável como o dinheiro manda e desmanda nessa cidade!
      Não tenho nem palavras, é mais um patrimônio demolido por construtoras irresponsáveis e sem um pingo de apego a nossa cultura!
      Como bem falou o vereador João Alfredo, tudo com o aval da justiça...¬¬

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  5. Hoje dia 13/05/13,estou muito triste pela imagens que acabei de ver. Meu nome é Fernando M. Carneiro, moro em Manuas-Am. Estudei neste Colegio de 76 à 80, tenho muitas saudades dos amigos que fiz, tanto no colegio como no bairro da Piedade onde morei. Nunca Esquecerei da Madre Cecilia, Professor Rui (de Portugues) e outros que não lembro os nomes...

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    1. GRUPO DE EX ALUNOS: https://www.facebook.com/groups/501240869906175/

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    2. Professor Rui ainda está vivo. Colégio fez história! Grandes experiências! Estudei de 90 a 94

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    3. Infelizmente hoje recebi a noticia do falecimento do professor Rui.

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    1. Eu não creio que seja o orgão (IPHAN) que seja fraco, fraco é nosso engajamento nessa luta, fraca, é a vontade de se preservar nosso patrimônio histórico, seja por motivos $$$, ou simplesmente pela ignorância daquele com o poder temporário.

      Lembro há alguns anos, da demolição da casa de Rodolfo Teófilo, situada na avenida da Universidade, onde a proprietária vociferou contra aqueles (políticos inclusive) que ponderavam sobre a demolição; ameaçando chamar a polícia.

      Lamento sobre todos os aspectos, ao observar que nas cidades do mundo todo, e em muitas no Brasil, aquilo que as guerras ou as catástrofes naturais não demoliram, estão preservadas, e em nossa terra, a visão pequenez embaçada pelos lucros tornarão nossa cidade sem passado.

      Leila, em tempo, parabenizo-a e agradeço-a pela iluminada ideia de criar e preservar esse blog, onde nos deliciamos em absorver histórias e fatos de nossa cidade.

      1 Abraço
      Humberto Martins
      Historiador sempre em aprendizagem

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    2. Eu que agradeço o rico comentário, amigo Humberto Martins!

      Um forte e caloroso abraço

      Leila Nobre

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  7. Estudei de 1982 até 1985, até hoje quando passo em frente, fico revoltado, pois tinha boas lembranças de lá.

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  8. Estudei no colégio no ano de 1988 até 1994, queria ter notícias de ex alunos e professores dessa época

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    1. Depois de tantos anos tive a curiosidade de procurar notícias antigas do Assunção. Estudei lá também. Caso veja minha resposta, manda email pra mim: pauladrea@hotmail.com.br

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  9. Estou triste. Muito triste em saber que esse patrimônio que deveria ser histórico e tombado pelo patrimônio público, foi tomando por jurista cearense. Estudei nos anos 60, amava madre Beatriz, nossa diretora Irmã Cecília. Gostaria muito de saber sobre a irmandade que moravam lá.

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  10. Alguém lembra qual era o site do colégio? Eu acho que ele foi criado em 2005 ou 2006. Tinha várias fotos lá.

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  11. Eu e meu irmão estudamos dois anos nesse colégio, nos anos de 1990 e 1991. Estávamos dando umas voltas no google maps, para matar saudade, e descobrimos que tem um conjunto de prédios no local, ficamos bem surpresos, e pesquisamos, achamos esse blog com as informações do ocorrido. Eu fiz se não me engano pré e primeira serie aí, lembro acho que era Tia Yula(Desculpe não lembro como escreve.), Tio Fontenelle, Madre Teixeira, Madre Auxiliadora. Muitas lembranças legais, pena que nem o prédio mais antigo foi mantido, não sou natural de Fortaleza, mas acredito que esse prédio era uma parte muito rica da história local e deveria ter sido tratado com respeito.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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