Farol em 1940 - Arquivo O Povo
Farol em 1972 - Arquivo O Povo |
Em 17 de agosto de 1826, foi aprovado o plano do Farol do Mucuripe, por D. Pedro, sendo aberto o edital de concorrência a três de novembro, mas a construção só se iniciou em 1840.
O Farol do Mucuripe foi terminado em 17 de novembro de 1846, construído pelos engenheiros Júlio Álvaro Teixeira de Macedo e Luís Manuel de Albuquerque Galvão e do Maquinista Trumbull (Truberel).
Sua localização é Avenida Vicente de Castro s/nº, na Ponta do Mucuripe.
Farol em 1978 - Arquivo O Povo
Farol em 1980 - Arquivo O Povo
Farol em 1981 - Arquivo O Povo
Farol em 1981 - Arquivo O Povo
Farol em 1982 - Arquivo O Povo
No dia 29 de julho de 1871, começou a funcionar o farol giratório do Mucuripe (Farol do Mucuripe), comemorando o aniversário da Princesa Imperial.
O Farol foi mandado construir, em virtude da lei nº 60 de 20 de outubro de 1838.
O farol tem a localização: Latitude sul 3º, 45'10" e longitude oeste de Greenwich 38º, 35'9".
Sua luz era visível a 24km de distância, piscando a cada minuto.
O foco luminoso elevava-se a 33m26, ao nível da preamar e contava com três faroleiros.
Farol em 1983 - Arquivo O Povo
Farol em 1987 - Arquivo O Povo
O primeiro faroleiro foi João Rodrigues de Freitas.
Foi desativado em 1958, quando foi inaugurado o novo farol.
Abandonado, foi restaurado em 1981/82, pela Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Cultura e Desporto do Estado do Ceará.
Farol em 1989 - Arquivo O Povo
Farol em 1990 - Arquivo O Povo
Alguns fatos Importantes:
- 09 - setembro - 1929 - Realiza-se prova de natação do Farol do Mucuripe à Ponte Metálica, saindo vencedor Wandemberg Gondim Colares, seguido de Wilson Amaral, Pedro Araújo e Francisco Conrado da Silva.
Farol em 1991 - Arquivo O Povo
- 24 - dezembro - 1933 - Inaugurado o ramal ferroviário do Mucuripe. O caminho não era o atual, que sai de Parangaba, mas um ramal que saía da estação central, passava pelo Arraial Moura Brasil, Secretaria da Fazenda, Alfândega, seguia pela praia até chegar no Farol do Mucuripe, na Ponta do Mucuripe.
Farol em 1991 - Arquivo O Povo
- 22 - abril - 1950 - A Imobiliária Antônio Diogo põe à venda loteamento com área de 7km de comprimento por 600m de largura, do Farol do Mucuripe à barra do Rio Cocó, a futura Praia do Futuro.
Farol em 1994 - Arquivo O Povo
Novo farol do Mucuripe recém inaugurado. Hoje no entorno temos o Conjunto São Pedro, Alto da Paz e Morro da Vitória. Arquivo Nirez |
Em virtude do início do funcionamento do novo Farol, cuja inauguração oficial se deu no dia 15 de dezembro de 1958, o velho farol foi desativado.
Inaugurado no alto das dunas do Mucuripe, o Farol Novo já vinha funcionando desde o dia 13, em substituição ao velho Farol do Mucuripe que foi desativado naquele dia.
No dia 25 de janeiro de 1959, o velho Farol do Mucuripe, foi objeto de artigo de Gustavo Barroso, que fez revelações sobre as origens daquele ‘baluarte da nossa civilização’. Através dos séculos permaneceu como roteiro aos navegantes no extremo da ‘língua arenosa que avançava para o Atlântico. Não conservou a cor branda de outros tempos, plantado ali como círio devocional’.
Artigo de Gustavo Barroso |
Durante a Semana da Marinha, em 12 de dezembro de 1959, era entregue o antigo Farol do Mucuripe, ao Serviço do Patrimônio da União.
Em 25 de junho de 1971, a Capitania dos Portos doa à Prefeitura de Fortaleza, totalmente recuperado, o velho Farol, para ser o Museu do Jangadeiro.
Foto Luan Viana |
Um novo farol para o Mucuripe - O Farol do Milênio
Considerado o maior farol tradicional das Américas e o sexto maior do mundo, um novo Farol do Mucuripe foi inaugurado na noite do dia 18 de setembro de 2017. O novo equipamento tem 71,1 metro de altura, permitindo uma maior segurança para a navegação na costa cearense.
A obra foi realizada por meio de parceria público-privada entre a Marinha do Brasil e o Grupo Empresarial J. Macêdo. O novo farol possui sistema informatizado e elevador interno. Com investimento de R$ 5 milhões e localizado em terreno da Marinha, o equipamento já vinha operando desde o dia 19 de julho em fase de testes.
Foto Luana Viana |
O presidente do Conselho de Administração do grupo J. Macêdo S.A., Amarílio Macêdo, destaca que com o aumento do limite de altura, o grupo pode ampliar a capacidade de armazenamento de trigo com a elevação dos silos da fábrica localizada no Porto do Mucuripe. Ele também cita que o novo equipamento é considerado o maior farol tradicional das Américas devido à finalidade náutica. “O farol tradicional é o que existe para facilitar a navegação, tanto das pequenas embarcações quanto dos grandes cargueiros e transatlânticos. O tradicionalismo é porque pode existir farol ornamental e com outras finalidades que não seja a de atender a essa necessidade da Marinha do Brasil”, explica.
Arquivo J. Macêdo |
Arquivo Diário do Nordeste |
O capitão dos portos do Ceará, Leonardo Salema, cita que o novo farol é três vezes mais alto que o anterior, que fica ao lado da nova construção.
O novo farol é controlado por um sistema de informática, uma tecnologia nova que não tinha no outro farol, que precisava de uma intervenção humana para acender e desligar. Ele passa a ter sistemas redundantes de controle da sua velocidade e de giro, além de alarmes que vão facilitar a operação do farol.
E o destino do farol antigo? De acordo com o capitão dos portos do Ceará, a Marinha ainda não chegou a um consenso.
Mais fotos do antigo farol (Arquivo O Povo):
Arquivo O Povo - Em primeiro plano, placa de bronze retirada do primeiro andar do Farol. Foto de 2013
Farol em 1998 - Arquivo O Povo
Farol em 2013 - Arquivo O Povo
Arquivo O Povo - Acesso para o primeiro andar do Farol do Mucuripe. Foto de 2013
Jovens se arriscam em escada enferrujada
Jovens se arriscam no Farol do Mucuripe
Pichações tomam a fachada do Farol
Vista do farol antes e depois
Fonte: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo
Jornal O Povo
Descobri o teu blog e achei maravihoso!!!!Amei de verdade.Fiquei fã e já estou seguindo.Parabens!!!Bjos
ResponderExcluirAi que bom, Angélica! :)
ExcluirObrigada!!!
Abraços
Conheci o farol no ano de 1999 com meu velho pai mas o farol estava conservado adorei a vista para o mar guardo bem essa lembrança.
ExcluirGostei muito do seu trabalho , moro Serviluz .
ResponderExcluirMuito obrigada, Heliarno!
ExcluirEstive lha resentimente triste abandono do farol.
ResponderExcluirOnde posso encontrar maisinformações sobre o farol, quantos já houve, se ainda funciona.
ResponderExcluirVisitei o farol em cerca de 2001, quando funcionava um museu, e nunca esqueci uma das vistas mais bonitas de Fortaleza, pois do alto se vê toda a orla da cidade: de um lado a Beira-Mar, Praia de Iracema, com a vista se perdendo pela Barra do Ceará; do outro lado a Praia do Futuro, Sabiaguaba, com a vista perdendo-se nos morros da Prainha... Verdadeiro panóptico do nosso litoral. Triste saber do abandono desse lugar, não poder mais desfrutar de uma visão tão bela e rara da cidade.
ResponderExcluirA Associação Profissional dos Geógrafos do Ceará APROGEO-CE tem um projeto de restauração do Farol Velho do Mucuripe com a instalação de uma Mapoteca Histórica e Geográfica e um Café em seu terraço. No próximo dia 29 de julho de 2019 data de aniversário do Farol haverá um grande abraço dos cearenses nesse histórico edifício símbolo do Ceará. O abraço será no início da manhã às 7:00h
ResponderExcluirAdorei tudo que vi e li não tive o prazer de visitar
ResponderExcluirPrezada Leila,
ResponderExcluirSeu blog tem uma incrível utilidade histórica. Parabéns! Justamente por isso, gostaria de colaborar com uma informação sobre o estilo original do farol. Não há como enquadra-lo no Barroco. Ele foi construído sobre as bases do antigo Fortim de São Luís, uma plataforma de base octogonal sem qualquer rebuscamento que caracterizasse o barroco, embora datasse do final do século XVIII, século em que se registram as raras ocorrências barrocas no Ceará. O fortim era uma arquitetura chã. Meramente funcional. A construção do farol se deu com elevação das paredes sobre a estrutura octogonal do Fortim com arcos plenos e janelas superiores de verga reta que são traços neoclássicos. em estilo eclético, tendo O fuste e escadas metálicas são certamente produção industrial europeia, seguindo o estilo neo-gótico. O resultado é uma arquitetura eclética, característica do século XIX.
Mais uma vez, parabéns pelo trabalho.