sábado, 22 de fevereiro de 2020

Prova de Fogo, o bloco carnavalesco mais antigo da capital, completou 85 anos

Em 21 de janeiro de 1935, os sargentos do Exército, Otacílio Anselmo e Silva (Escritor e componente da Banda de música do 23º BC), Carlos Alenquer e Luís Freitas, juntamente com os comerciários Alderi Pereira e Edson Viana Maranhão, fundaram o 1º bloco de Carnaval de Fortaleza, o “Prova de Fogo”. 
Tradição do Carnaval alencarino, o bloco completou, nesse ano de 2020, 85 anos.
Como bem disse Antônio Marrocos Anselmo, querido amigo, pesquisador e amante das artes e da cultura, são 85 anos de existência e resistência!

O bloco na década de 50/60. Arquivo Nirez

Assim como outras cidades, Fortaleza conheceu o carnaval dos entrudos, das batalhas de confete e serpentina, dos bailes em clubes elegantes, dos desfiles de carros luxuosos e das apresentações de manifestações populares nas ruas, como os blocos de Carnaval, de pré-carnaval e os maracatus.

Arquivo Nirez

O bloco Prova de Fogo fez e faz tanto sucesso que inclusive foi citado na música 'Bati na Porta', de Lauro Maia, gravada pelo grupo musical “Quatro Ases & um Coringa”, pela Odeon.

Saiba mais sobre o Prova de Fogo AQUI

Samba Enredo do Prova de Fogo de 2014


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Carnaval na Fortaleza de outrora


O carnaval de Fortaleza teve início no final do século XIX, com o carnaval de rua, mas foi proibido por um período, em 1905, pelo intendente Guilherme Rocha. Nos desfiles da época eram comuns pessoas fantasiadas de Papangus e dominós¹. Havia também os caboclos remanescentes dos indígenas de Porangaba (atual Parangaba).
Nas décadas de 1910 e 1920, as marchinhas alegravam os enormes salões dos clubes da capital cearense.
Na década de 1930, o carnaval de rua começou a se tornar mais popular, quando blocos foram formados por músicos, comerciários e trabalhadores, denominados "brincantes", com a orquestra na retaguarda. Na frente  ficava sempre um baliza, que fazia acrobacias com bastão. Mais tarde sugiram os blocos que dançavam ao som de samba, sendo o primeiro o PROVA DE FOGO, seguido da Escola de Samba Lauro Maia (Mais tarde Escola de Samba Luiz Assunção). Por falar em bloco, não podemos esquecer do Cordão das Cola-Colas, o Maracatu AZ de ouro, Enverga mas não quebra, Bloco Zombando da lua, Os enviados de Alá, Maracatu Estrela Brilhante, Maracatu AZ de Espada, Nação Fortaleza, Leão Coroado, Rei de Paus, Vozes da África e tantos outros.


De volta aos clubes sociais, estes simbolizavam o refinamento na convivência social, a beleza na alegria de viver. Na Fortaleza de outrora nasceu até uma rivalidade entre o Clube Iracema e o Clube Cearense, competindo na ostentação dos desfiles carnavalescos e na decoração de seus enormes salões.



Com o tempo, novos clubes surgiram e deixaram de ser frequentado apenas pela elite, ficando cada vez mais populares e acessíveis. Com uma maior quantidade de clubes, era comum o folião cearense ir brincar o carnaval em um clube diferente a cada dia. A programação do carnaval era agitada. No sábado "magro" (que antecedia o carnaval), a folia era no Náutico. Na sexta de carnaval, a festa ficava por conta do Iate clube. No sábado de carnaval, conhecido como "sábado gordo", a festa era no Ideal. No domingo, muitos iam curtir no Líbano. Já a segunda era reservada ao Country Clube, ficando a terça para encerramento no Náutico Atlético Cearense.





Para recordar os nostálgicos carnavais no clube Iracema, Ideal, Iate, AABB, Diários, Líbano, Massapeense, Jangada Clube, Comercial Clube, BNB, Maguari, Clube de Regatas e tantos outros, é que o Náutico promove anualmente o seu tradicional CARNAVAL DA SAUDADE
Então vista sua fantasia e caia na folia!!!






Os dominós usavam uma batina com capuz enfeitada de guizos de cores diversas. 
Os guizos são pequenos objetos oco de metal ou feito de um pequeno fruto seco, aproximadamente esférico, no seu interior possui uma ou mais bolinhas maciças (podem ser as próprias sementes do fruto) que, ao ser agitado produz um som, como de chocalho.