sábado, 27 de junho de 2020

Memórias de menina - Por Marconi Simões Costa


Maria de Lourde da
Costa Jatahy aos
15 anos.
Nascida em 23 de março de 1909, minha avó adorava contar as histórias da nobre Fortaleza de sua infância. Ela morria de rir contando as vezes em que, montada em seu cavalo Medalhinha (ele tinha uma marca de nascença em sua testa, lembrando uma medalha) e acompanhada de sua inseparável amiga Francisquinha Valente, elas faziam questão de passar a galope pelos fundos do Colégio Militar, na Aldeota, bairro onde moravam, torcendo para os meninos do colégio chutarem alguma bola na direção dos cavalos. Quando isso acontecia, o arredio Medalhinha dava uma upa e jogava-lhe no chão de areia fofa da rua que ainda passa nos fundos do colégio. Era tudo o que ela queria, pois, imediatamente os meninos do Colégio Militar pulavam o muro do colégio e, enquanto alguns corriam para pegar o cavalo, outros se prontificavam a acudir as duas. E elas viam nessa situação o momento perfeito para flertar com os rapazes...


Pais de Mª de Lourdes: Carlos Jatahy e
D. Benvinda da Costa Jatahy
Minha avó sempre fazia questão de frisar que ela e Francisquinha Valente eram ótimas amazonas. Entretanto, elas montavam de lado, num ginete, com as pernas fechadas e saias, como cabia às moças da época. Elas cavalgavam com roupinha de marinheiro, posto que mulheres ainda não usavam calças. Mas ela contava que havia uma outra conhecida dela, também amazona, que usava calças. Teresinha Sabóia, creio eu que era esse seu nome, tinha morado nos Estados Unidos e voltou para Fortaleza chocando a conservadora sociedade da cidade. “Meu filho, ela montava de frente, igual a homem, escanchada, de pernas abertas e vestindo calças. Um horror!”, dizia minha avó, horrorizada com a modernidade da colega.


Bodas de Diamante dos avós paternos de Maria de Lourdes Jatahy Simões, que aparece tímida, com 15 anos de idade e pastinha cobrindo-lhe a fronte (1ª foto desta postagem). No canto inferior direito da imagem, vemos que a foto foi tirada em 24 de junho de 1924, na cidade de Fortaleza, onde Maria morava com seus pais, o casal destacado na 2ª foto desta postagem: Seu Carlos Jatahy e Dona Benvinda da Costa Jatahy.
Passe de bonde de 1945. Acervo Clóvis Acário Maciel
Ela também se divertia contando que gastava o talão de passes estudantis do bonde antes do fim do mês. Sempre com sua inseparável amiga Francisquinha Valente, elas faziam questão de torrar os bilhetes logo que o recebiam, indo várias vezes até o final da linha. E, como ela bem gostava de ressaltar: “Viajava pendurada nos estribos do bonde e, sem esperar o bonde chegar no terminal, saltava antes de sua parada total”, me explicava e — ignorando suas muitas décadas de vida — demonstrava como fazia para saltar de um bonde em movimento.


Estamos na Avenida Santos Dumont em 1940. Ao longe é possível avistar o bonde. Provavelmente seja o cruzamento com a Av. Rui Barbosa. Foto: O Cruzeiro/ Acervo Lucas
 Rio Cocó, em 1964.
Sempre montada no Medalhinha, minha avó saracoteava pelos quatro cantos da nobre Fortaleza. Ela gostava de ir na Mata do Cocó ver as lavadeiras com suas cantorias e suas assustadoras histórias de trancoso. Às vezes ela via essas lavadeiras passando pela Aldeota, indo ou vindo para o Cocó, sempre cantando as músicas que a impressionaram.


Bonde prefixo 126, Benfica, lotado, em 1940. Acervo Lucas
Bangalôs na Aldeota em 1937. Acervo Lucas
Minha avó teve uma vida muito tranquila. Certa feita, em viagem pela então capital federal, seu pai comprou um bilhete de loteria no Rio de Janeiro e, ao desembarcar do navio em Fortaleza, descobriu que o bilhete estava premiado. E teve sua vida transformada. 

Com o dinheiro do prêmio, ele abriu uma tipografia. Também comprou uma casa de um quarteirão inteiro na já nobre Aldeota. A casa era tão grande, que tinha espaço para guarda do cavalo Medalhinha, que era muito bem cuidado pela minha avó. Ela fazia questão de picar a comida do cavalo bem miúda pois, segundo ela, o empregado da casa, o escravo liberto Nego Marcolino, não sabia cortar no tamanho correto. 


Aldeota em 1935. Acervo Ápio Pontes
Acredito que esse dinheiro tenha alçado a família às altas rodas da sociedade fortalezense de então. Minha avó contava que um conhecido de seu pai — do qual não lembro o nome — os recebia em casa com sorvete feito numa máquina de sorvete que tinham em casa. Ela também lembrava das vezes que acompanhando o pai, ainda menina, travou contato com o coronel José Gentil, cujo solar hoje é ocupado pela reitoria da Universidade Federal do Ceará.



Palacete do coronel Gentil, atual reitoria.
O conforto alcançado por seus pais foi tamanho que ela e seus irmãos passaram a contar com aulas de inglês em casa. Mr. Door era o professor, nativo de país de língua inglesa (confesso que não consigo lembrar qual era o seu país de origem...). Entretanto, minha avó não estava muito disposta a sentar ao lado do docente da língua de Shakespeare. E, com isso, reclamando que ele tinha um bafo insuportável de café, ela e seus irmãos se esquivavam sempre das aulas. Um dos irmãos que lhe acompanhava na resistência contra Mr. Door era José Patápio da Costa Jatahy, homenageado em 2010, quando teve a Avenida Poeta José Jatahy batizada com seu nome.

Avenida Santos Dumont - Aldeota, em 1957.
A família, com a fortuna do bilhete de loteria, passou a frequentar as animadas noites do Clube Iracema, na Praça do FerreiraEla sempre ia com seu pai e fazia questão de, orgulhosa, dizer: “A primeira valsa meu pai sempre dançava comigo, e não com minha mãe. Meu pai dizia que eu dançava muito bem”. As noites do Iracema deviam ser realmente muito sofisticadas. Minha avó contava que sempre tinha orquestra ao vivo tocando valsas, foxtrotes, charleston e, eventualmente, tangos, a que ela se referia como argentinos. Inclusive, o ritmo portenho era um de seus grandes desgostos: “Só tem duas coisas que eu não sei dançar: o argentino e o passo”, referindo-se ao tango e ao frevo pernambucano.


Restaurante do Clube Iracema, no Palacete Ceará. Foto dos anos 20. Arquivo Nirez
Um baile no Clube Iracema
Entretanto, esse fausto foi infinito enquanto durou. Viciado em pôquer, seu pai apostou — e perdeu — tudo o que tinha construído: a tipografia, a casa, o dinheiro e, para desespero da minha avó, seu cavalo: “Eu quase morri no dia em que meu pai vendeu o Medalhinha!”, lamentava ela, décadas depois, ainda com lágrimas nos olhos.

Não sei com que seu pai trabalhava antes de criar a tipografia mas, com sua falência, passou a ser Prático da Great Western. Imagino que a família deva ter sofrido bastante nesse período de vacas magras. Lembro de — já no início da década de 90 — ter presenciado uma discussão da minha avó com a irmã caçula. Na contenda, a irmã afirmava: “Você não viveu a situação de miséria que os irmãos mais novos viveram! Você não passou fome!”.


Lourdes e o esposo Waldemar Simões
no dia do casamento, em 1925
É importante lembrar que esses relatos acerca da vida da minha avó são anteriores ao seu casamento, aos 16 anos de idade, em 1925. Ou seja, são fatos ocorridos entre o final dos anos 10 e a primeira metade dos anos 20, do século XX. Eventuais imprecisões são culpa unicamente minha, que só me disponho a descrevê-los hoje, em 24 de junho de 2020, exatos 96 anos depois da foto em destaque e 20 anos depois de seu falecimento, completamente baseado em seus vívidos relatos que ainda me vêm à mente.

Quando nasci, no hoje distante ano de 1972, minha avó já contava com 63 anos. Mas sempre foi muito lúcida, até o seu falecimento no ano 2000 com 91 anos de idade. Quando idosa, sua memória para fatos recentes não funcionava bem e muitas vezes fazia confusão entre coisas recentes e histórias antigas. Ao me ver estudando, frequentemente ela me perguntava se eu estava me preparando para o Exame de Admissão, mesmo que eu já tivesse mais de 20 anos de idade e estivesse estudando para alguma prova da faculdade. Se eventualmente faltava energia, lhe vinham à mente os blecautes que Fortaleza sofria à época da Segunda Grande Guerra e a necessidade de ficar em casa com tudo apagado, a fim de evitar eventuais bombardeios de aviões do Eixo sobre a capital cearense.

E ela viveu assim: contando para mim as histórias de sua juventude com todas as cores e intensidade que os fatos mereciam. Infelizmente, essas histórias ficaram no passado e, a fim de que não se percam para sempre no esquecimento, eu faço questão de expô-las nesse importante canal que é o Fortaleza Nobre.


Marconi Simões Costa


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sábado, 20 de junho de 2020

Theatro José de Alencar - 110 anos


Este ano, o nosso belíssimo TJA completou 110 anos. Para comemorar a data especial, posto para vocês um pequeno dossiê que fiz, contando um pouco dessa trajetória.

O theatro em construção em 1910. Acervo Lucas
Vemos o Batalhão de segurança ao lado do recém-inaugurado 
Teatro José de Alencar. Foto de 1911.


Referência artística e turística, o Theatro José de Alencar desempenha importante papel na vida cultural de Fortaleza.
Um dos maiores símbolos da cultura cearense, o nosso “Theatro” preserva no nome, a grafia de outrora. Tão grandiosa quanto às apresentações que entram em cartaz no José de Alencar, é a sua estrutura. O nome é uma homenagem a um dos maiores escritores do Ceará.
Na segunda metade do século XIX, passou-se a reivindicar das autoridades, um teatro oficial para a Fortaleza, visto que as nossas casas de espetáculos tinha existência efêmera. A atividade teatral era movida por grupos amadores.


Recém inaugurado em 1913.



Em 1894, ocorre o lançamento da pedra fundamental pelo presidente do Estado Coronel Bezerril Fontenele, que fincou sua fundação no centro da Praça do Patrocínio (posteriormente Praça Marquês do Herval e hoje Praça José de Alencar). O primeiro projeto foi de lssac Amaral e Roberto GO Bleasby e deveria ser construído sobre os alicerces de uma antiga obra que deveria ter sido um mercado a qual havia sido abandonada. Em 1896, o Presidente rescindiu o contrato da construção e submeteu a obra a exame, sendo a mesma condenada. O presidente decidiu então mandar construir a versão atual no local onde Adolfo Herbster havia projetado o Teatro Santa Tereza, em 1864, área que estava servindo de pátio para os cavalos do Batalhão de Segurança, cujo quartel ocupava a área, hoje, utilizada pelos Jardins do Teatro.

Rua Liberato Barroso, vendo-se o theatro. Foto provavelmente da década de 40.

A opereta ‘A Valsa Proibida’ mobilizou a cidade nos anos 40, quando estreou sua temporada no Teatro José de Alencar.

A opereta ‘A Valsa Proibida’ do cearense Paurillo Barroso em 1964.
Em 1904, no Governo de Nogueira Acióli, foi oficialmente autorizado à construção do Teatro José de Alencar, através da lei n° 768, de 20 de agosto. Dois anos depois, em 06 de outubro de 1908, tiveram início às obras, quando a bela estrutura metálica, importada da Escócia, já se apresentava exposta em praça pública depois de cruzar o Oceano Atlântico. A direção da obra ficou a cargo de Raimundo Borges Filho, oficial do Exército - Comandante do Batalhão de Segurança do Estado e genro do Presidente do Estado, Nogueira Acióli. A execução coube a Walter Mac Farlanes & Co e Serrancen Fondri, de Glascow, Escócia. O engenheiro responsável pela elaboração da planta foi o Militar Capitão Bernardo José de Melo, devidamente autorizado pela Assembleia Estadual por força da Lei n. 768, de 20 de agosto de 1904. A estrutura metálica deveria ter fachada em estilos Art Nouveau e Coríntio, segundo os preceitos dos chamados "teatros-jardins".
Acervo Assis Lima
A festa de inauguração aconteceu numa linda sexta-feira, dia 17 de junho de 1910, com direito a Concerto apresentado pela Banda Sinfônica do Batalhão de Segurança, sob a regência dos Maestros Henrique Jorge e Luigi Maria Smido, discurso proferido por Júlio César da Fonseca - orador oficial do Instituto do Ceará, apresentações culturais e show pirotécnico - Na praça, morteiros, foguetes, rodas de fogo e girândolas num milagre pirotécnico, abrilhantaram a festa.

Foto provavelmente da década de 40.

Antigamente, o espaço compreendido da rua Liberato Barroso entre a rua General Sampaio e a rua 24 de Maio (lado sul da praça), era ocupado por duas instituições, o Batalhão de Segurança (Polícia Militar) e a Escola Normal Pedro II - Prédio hoje ocupado pelo IPHAN, até que em 1908, parte do prédio do Batalhão de Segurança foi cedida pelo Governo do Estado para a construção do teatro.
O primeiro espetáculo foi apresentado no dia 23 de setembro de 1910, pela Companhia Dramática Lucile Perez, com a peça “O Dote”, de Artur Azevedo. O público lotou o teatro e os artistas foram muito aplaudidos.

Arquivo Assis Lima
Centro de Saúde ao lado do TJA
O José de Alencar foi projetado para ser um teatro-jardim, mas o jardim propriamente dito, só foi construído em 1975 - 65 anos após a inauguração do teatro, em uma das reformas pelas quais passou o equipamento. O jardim ocupa todo o espaço vizinho ao Teatro, na ala leste, em área que já sediou o Quartel de Cavalaria de Fortaleza e um Centro de Saúde Barca Pelon, demolido em 1973.

O Centro de Saúde que foi demolido em 1973, para a construção do jardim do teatro.
Jornal Correio do Ceará de 8/01/1959. Manchete: Farras Carnavalescas no Teatro. Concorridas Eleições de 1958, descaracterizaram o nosso TJA. Acervo Lucas

A estrutura possui duas fachadas: a primeira em estilo eclético, mas com predominância do neoclássico, e a outra em Art Nouveau, que chama atenção pelos belos vitrais coloridos. Na boca de cena, acima das cortinas, estão pintados personagens de José de Alencar. Outros dois prédios em anexo - incorporado na reforma realizada nos anos 90, fazem parte da estrutura do Teatro José de Alencar.

Registro dos anos 60. Arquivo Nirez


Registro de 1962. Acervo Lucas
No primeiro bloco, temos a sala do foyer com capacidade para 120 pessoas, no segundo, a sala de espetáculos propriamente dita apta a receber 800 pessoas, uma sala de aula transformada em espaço cênico, com capacidade para até 120 pessoas, a Sala de Teatro Nadir Papi Saboya, um palco a céu aberto, com capacidade para até 1,2 mil pessoas, um teatro de bolso com 90 lugares, o Teatro Morro do Ouro e um palco a céu aberto, com capacidade para até 350 pessoas, além da Praça Mestre Pedro Boca Rica.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1987, o Teatro José de Alencar passou por algumas reformas no decorrer dos anos:

  • 1918 - Recebeu instalações elétricas, trocou o piso de betume, do espaço até então usado como jardim, por ladrilhos hidráulicos e foram agregadas duas escadas internas, semelhantes às já existentes - Fundidas no Ceará.
  • 1938 - Passa por restauração, orientada pelo engenheiro José Barros Maia.
  • 1957 - As cadeiras com assentos de palhinha (estilo austríaco) são substituídas por poltronas de estofamento plástico.
  • 1974 - Completamente restaurado (Recomposição da estrutura metálica, das cadeiras de palhinha, que retornam ao seu lugar de direito, e o acréscimo do jardim lateral a leste do edifício, com projeto paisagístico do arquiteto Roberto Burle Marx).
  •  1991 - Houve a recomposição do jardim e instalação de espaço cênico ao ar livre para apresentação de espetáculos. Como parte desta reforma foi construído do lado oposto ao jardim um prédio anexo, com dependências administrativas. No anexo funcionam um auditório para 100 pessoas, a Galeria de Artes Ramos Cotoco, biblioteca especializada, bar e cozinha industrial. No pátio um palco ao ar livre onde são apresentados espetáculos produzidos pelo teatro.
  • 2013 - 22 anos depois da última reforma (que começou em 1989, durando dois anos), o Teatro, que por falta de manutenção se encontrava com a estrutura enferrujada, piso desgastado e portas e janelas quebradas, teve toda a pintura recuperada, incluindo também alvenaria, estruturas de ferro, revestimentos, pisos, portas, janelas, revisão elétrica e hidrossanitária, requalificação dos jardins e do sistema de prevenção de incêndio. O valor estimado foi de R$ 2.338.198,83, provenientes do Tesouro Estadual.
Reforma do Teatro José de Alencar em 1975. Arquivo Assis Lima
Por ser considerado um importante Monumento Nacional, o teatro recebeu tombamento federal ainda em 1964, mas somente foi inscrito no Livro do Tombo das Belas Artes em 1987 - Processo nº 650-T-62, Livro do Tombo das Belas-Artes, fl. 87, inscrição nº 479, data: 10.08.1987.

O corpo da sala de espetáculos é todo de aço e ferro fundido, com três pavimentos além do térreo, onde ficam a plateia, as frisas, camarotes, torrinhas, balcão e elegantes escadarias.  
Na parte superior da fachada, observamos a face alegre de Baco, deus grego do vinho e inventor do teatro, ladeado por duas musas e no andar superior, salão nobre ou foyer, dois anjinhos (Cupido e Psiqué), no frontal da porta principal, representando a união do corpo e da alma.

Postal Teatros Brasileiros de 06/12/1978.

Em seu interior, encontram-se raras pinturas do cearense Ramos Cotoco -pintou os nomes das obras de José de Alencar sobre as grades das frisas e as figuras femininas no teto da sala de espetáculos, do pernambucano Jacinto Matos - pintou os florões no forro da sala de espetáculos, da artista paraense Paula Barros - pintou os retratos de Carlos Gomes e de José de Alencar, além da representação das três artes – pintura, música e drama – na cúpula oval da sala de espetáculos, do carioca Rodolfo Amoedo, que foi aluno de Victor Meireles e professor de Portinari - pintou a moldura circular, acima do Pano de Boca, de João Vicente - pintou as imitações de mármore nas paredes da Boca de Cena e do cearense Gustavo Barroso, escritor e historiador, que auxiliou o arquiteto mineiro Herculano Ramos na pintura do 1º Pano de Boca, representando o encontro de Iracema com o Guerreiro Branco.

História em fotos:


Exposição da nova frota de carros Packard, do Posto Mazine, em 1939, em frente o TJA.

Desfile de um dos Packard.


O Teatro José de Alencar funciona de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sábados e domingos, das 13h às 17h.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

A saga de Rodolfo Teófilo no combate a varíola

Rodolfo Teófilo foi um grande farmacêutico, que presenciou toda a trajetória da terrível epidemia de varíola que o Ceará jamais tinha visto que foi a de 1878. Indignado por conta do descaso do poder público, ele se propõe a combater a varíola com os próprios recursos. Tendo aprendido a produzir a vacina ele passa a imunizar a população pelo sertão a fora, montado em um cavalo, tenta barrar a proliferação da doença. Vacina esta que foi descoberta em 1796, pelo médico inglês Edward Jenner. Este fato repercutiu por todo o mundo civilizado, que há séculos perdiam vidas por conta da varíola.







Crédito: Seara da Ciência
Pedro Magalhães (Professor da Faculdade de Medicina da UFC)