Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Academia Cearense de Letras
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terça-feira, 21 de junho de 2016

Palácio da Luz - Academia Cearense de Letras (Vídeo)


 

Construído com o auxilio de mão-de-obra indígena, o Palácio da Luz serviu inicialmente de residência ao capitão-mor Antônio de Castro Viana. Pertenceu posteriormente à Câmara Municipal, sendo depois vendido ao Estado para abrigar o Governo, pela Provisão Régia de 27 de julho de 1814.

Edificação do século XIX, o Palácio é um polígono com frentes para a rua Sena Madureira, Praça General Tibúrcio e Rua do Rosário e fundos para a rua Guilherme Rocha.



Veja a matéria completa no Vós



Crédito: Vós

Agradecimento especial: Paulo Maranfon e equipe

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Palácio da Luz



Edificação do século XIX. Pertenceu à Câmara Municipal, passando para o Estado pela Provisão Régia de 27 de julho de 1814.
O antigo Palácio do Governo é um polígono com frentes para a rua Sena Madureira, Praça General Tibúrcio e Rua do Rosário e fundos para a rua Guilherme Rocha. A parte oriental do edifício, onde funcionava o gabinete do Presidente, é de um andar em consequência da depressão do terreno, e a parte ocidental, que é térrea, era destinada à Secretaria do Interior. O lado sul da edificação era ocupada pela residência dos Presidentes do Estado.

Postal de 1902

Em 1847, o Presidente Ignácio Correia de Vasconcellos, fez uma muralha de 384 palmos de extensão para sustentar o aterro do largo do palácio. Com essa medida, a capital teve um lugar que foi, por muito tempo, uma espécie de passeio público e que hoje é a Praça General Tibúrcio. Em 1856, foram feitos serviços nas salas da frente do edifício, a reconstrução do terraço, os jardins e aterros do quintal. 


Em 1892, foram feitos novos reparos no edifício, mandando-se substituir os beirais do telhado pelas platibandas que ainda hoje permanecem.
O antigo Palácio da Luz, depois de vários usos, foi transformado em Casa de Cultura de Raimundo Cela a 1º de março de 1975.
Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 16.237 de 30 de novembro de 1983. Tombado duas vezes através também do decreto nº 15.631 de 23 de novembro de 1992.



O Palácio da Luz foi construído com o auxilio de mão-de-obra  indígena, para servir de residência  ao capitão-mor Antônio de Castro Viana. Posteriormente pertenceu a Câmara Municipal e por uma Provisão Régia de 27 de julho de 1814, foi adquirida pelo Governo Imperial. Ainda na primeira metade do século XIX, a edificação passou por uma série de transformações. Em 1931, Antonio Simões Ferreira e o pedreiro Braz Quintão de Souza apresentaram  uma planta para o paredão do “Largo do Palácio”.


No ano de 1839, foram realizados alguns acréscimos que levaram a edificação até a rua de baixo, atual Rua Sena Madureira. No governo do Presidente da província, Coronel Ignácio de Vasconcelos (1844/1847), foi construída uma muralha criando  uma espécie de passeio público, pois ele levantou pilares na referida muralha, guarneceu-a  de assentos e gradaria de ferro e colocou no centro uma escadaria para dar passagem para a "rua de baixo".  

"Uma temeridade do governo de Parsival Barroso! 1961: Venda do quarteirão onde se localizavam os jardins do Palácio da Luz. Note que parte dele já havia sido demolida para a continuidade da rua Guilherme Rocha. O terreno vai do prédio da Caixa Econômica ao Calçadão da rua Pedro Borges. Levaram até a caixa d'água. A razão seria arrecadar dinheiro para a construção do Palácio da Abolição." Lucas Jr - Foto Jornal Unitário


No inicio de segunda metade do século XIX, realizaram-se obras nas salas da frente do edifício, reconstruiu-se o terraço, os jardins e os aterros do quintal. Em 1892, os beirais de tornaram obsoletos sendo substituídos pela cimalha elevada. Na segunda metade do século XX parte da edificação foi destruída para a abertura da rua Guilherme rocha. Em 1975, no governo Cesar Cals, passou a abrigar a Casa de Cultura Raimundo Cela e, hoje, sedia a Academia Cearense de Letras. O antigo Palácio do Governo esta localizado entre as ruas Sena Madureira, do Rosário, Guilherme Rocha e a Praça General Tibúrcio.  


O edifício foi construído de acordo com a técnica tradicional de tijolo e madeira, utilizando-se material da região. Em virtude das inúmeras alterações sofridas ao longo do tempo, não é possível defini-lo dentro de um movimento arquitetônico específico. A edificação destaca-se por seu valor histórico e por ser parte integrante do conjunto urbano que compreende a Assembléia Provincial e a Praça General Tibúrcio. 


Fatos Históricos

 (1086 bytes)11 de janeiro de 1809 - O Palácio da Luz, que foi residência do Capitão-mor Antônio de Castro Viana e onde funcionou a Câmara Municipal, é vendido ao Estado e passa a abrigar o Governo.
Em 1892 foi gravemente danificado quando da deposição do presidente Clarindo de Queirós pela Escola Militar.
Em fevereiro de 1960, na gestão do governador Parsifal Barroso, metade dele foi vendido, sendo aberta uma rua dividindo-o.
Já abrigou a Biblioteca Pública, a Casa de Cultura Raimundo Cela (1975) e hoje abriga a Academia Cearense de Letras.



 (1086 bytes)Em 16 de fevereiro de 1892, uma revolta do Colégio Militar iniciou um bombardeio contra o Palácio da Luz, ocupando a praça, e um tiro acertou a estátua do General Tibúrcio, que caiu de pé.
Foi deposto o presidente do Estado, José Clarindo de Queirós.
A estátua voltou ao seu lugar, sobre um pedestal mais elegante, em 24/05/1893.
Em 1912, quando da deposição do comendador Antônio Pinto Nogueira Acióli e conseqüente deposição do intendente coronel Guilherme César da Rocha (Guilherme Rocha), assumiu o filho de José Albano, Ildefonso Albano, que logo cuidou de prosseguir o trabalho de seu pai, desapropriando várias casas em redor da praça e formando o atual quadrilátero, obra iniciada em 1913 e terminada em 1914. 
 

Comemoração do centenário de nascimento de Raquel de Queiroz

 (1086 bytes)16 de fevereiro de 1892 - Cadetes da Escola Militar do Ceará, revoltam-se contra o governador do Estado, José Clarindo de Queirós, obtendo adesão das forças federais, e o depõem na manhã do dia seguinte.
Os tiros de canhões derrubam a estátua do general Tibúrcio na Praça do Palácio, mas ela cai de pé.
O motivo foi que Clarindo de Queirós era aliado de Deodoro da Fonseca e o golpe dado por Floriano Peixoto determinou a deposição de todos os governadores que apoiavam Deodoro.
Assume o governo o coronel José Freire Bezerril Fontenele (General Bezerril), que passou o governo para o vice-major Benjamin Liberato Barroso (Benjamin Barroso) no dia 18 de fevereiro de 1892. 



 (1086 bytes)10 de outubro de 1929 - Nesta data uma sugestão de 'O Nordeste’ ao Presidente Matos Peixoto no sentido de se chamar de Palácio da Luz o Palácio do Governo do Ceará

 (1086 bytes)22 de janeiro de 1937 - Reúnem-se no Palácio da Luz, a convite do Governador Menezes Pimentel, representantes das diferentes classes, para o estudo de providências que atenuem a carestia da vida. 



 (1086 bytes)26 de fevereiro de 1938 - Chega em Fortaleza, às 10h25min, a bordo do hidro-avião "Marimbá", do Sindicato Condor, desembarcando no aeroporto da Barra do Ceará, o Ministro do Trabalho, Waldemar Cromwel do Rego Falcão (Waldemar Falcão), sendo saudado no Palácio da Luz com discursos de João Perboyre e Silva e Eduardo Mota, transmitidos pela Ceará Rádio Clube - PRE-9. 



 (1086 bytes)20 de fevereiro de 1952 - Festa pré-carnavalesca oficial com presença da Banda de Música do 23º Batalhão de Caçadores - 23BC e da Banda de Música da Polícia Militar do Ceará - PMC, doze blocos carnavalescos e, em palanque armado junto à Coluna da Hora, o prefeito Paulo Cabral de Araújo discursa fazendo entrega da chave simbólica da cidade ao Rei Momo Luísão I e Único.
Em agradecimento falou o jornalista Daniel Carneiro Job, o "Profeta da Cova", secretário real de sua majestade.
Do local seguiram para o Palácio da Luz onde os esperava o governador Raul Barbosa e o comandante da 10ª Região Militar, general Edgardino de Azevedo Pita e o Secretário de Polícia e Segurança Pública coronel Aldenor Maia.
Da sacada do Palácio novos discursos foram proferidos.


 (1086 bytes)06 de dezembro de 1952 - Morre em Fortaleza, vítima de colapso cardíaco, no Palácio da Luz, João de Sá Cavalcante, funcionário do Tesouro que exerceu por vários anos o cargo de coletor estadual.
Era pai de Walter Sá Cavalcante e Hermenegildo de Sá Cavalcante.


 (1086 bytes)08 de novembro de 1953 - No salão de recepção do Palácio da Luz realiza-se às 11 horas, a cerimônia de transferência do Governo do Estado, recebendo-o o vice-governador Stênio Gomes da Silva, das mãos de Raul Barbosa, que viajará para o Rio de Janeiro, permanecendo ausente durante trinta dias.
Presentes ao ato todo o secretariado do Governo, parlamentares, próceres políticos, jornalistas e outras pessoas gradas.

 (1086 bytes)01 de julho de 1958 - Solenidade, no Palácio da Luz, na qual o governador Paulo Sarasate transmite a chefia do Poder Executivo ao vice-governador Flávio Marcílio, desincompatibilizando-se, assim, para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal.
Registrando o fato, escreve L.S.
(Luís Sucupira): ‘Deixou o governo com a saúde abalada, com os bolsos vazios, com a alma amargurada, com o espírito abatido.
E os que concorreram para isso, em vez de dar-lhe ao menos uma impressão de reconhecimento pelos sacrifícios exigidos, correm pressurosos a cercar o novo ídolo, num abissinismo muito conhecido e demasiado clássico'

 (1086 bytes)02 de fevereiro de 1960 - Nas administrações do Prefeito Manuel Cordeiro Neto e do governador Parsifal Barroso, com a complacência do historiador Raimundo Girão, é iniciada a derrubada de parte do Palácio da Luz (do Governo do Estado), para dar lugar ao prosseguimento da Rua Guilherme Rocha, até a Rua Sena Madureira.
148 anos de história destruídos para nada, já que o intuito era dar fluxo aos carros que circulavam pela Rua Guilherme Rocha e a rua seria aberta até unir com a Avenida Santos Dumont.
Na Guilherme Rocha, há muito tempo não circulam carros.



 (1086 bytes)20 de fevereiro de 1960 - Declaração à imprensa do Dr. Pompeu Sobrinho, presidente do Instituto do Ceará, sobre a divisão do Palácio da Luz, a qual, na sua opinião, ‘Não fere a tradição histórica’.


 (1086 bytes)1963 - O Palácio da Luz, no início da Rua do Rosário, deixa de ser a residência do governador e sede do Governo, sendo transferido para a Avenida Barão de Studart nº 410/598, casa projetada pelo arquiteto prático José Barros Maia (Mainha), para residência do senador Fausto Augusto Borges Cabral (Fausto Cabral), em 1951.
Em 1971 foi desapropriada e passou a abrigar o Museu Histórico e Antropológicodo Ceará.


 (1086 bytes)29 de dezembro de 1966 - Instala-se no Palácio da Luz, sob a presidência do general Raimundo Teles Pinheiro, a Companhia de Desenvolvimento Agronômico e Pecuário do Ceará (CODAGRO).


 (1086 bytes)26 de janeiro de 1967 -  A Biblioteca Pública do Estado, que estava funcionando no Palácio da Luz, começa a mudar-se para sua sede própria, na Praça do Cristo Redentor.
O autor destas linhas, Nirez, presenciou livros raríssimos sendo jogados ao lixo por estarem com as capas soltas.

 (1086 bytes)01 de março de 1975 - Inaugura-se, às 17h, no Palácio da Luz, a Casa de Cultura, pelo governador César Cals, ficando sob a direção do museólogo Henrique Barroso.


 (1086 bytes)15 de gosto de 2001 - Durante solenidade comemorativa dos 107 anos da Academia Cearense de Letras - ACL, com início às 19h30min, em sua sede, no Palácio da Luz, na Rua do Rosário nº 1, é outorgado o Diploma de Mérito Cultural ao jornalista e escritor José Blanchard Girão, ao radialista e jornalista Edilmar Norões, a beletrista e apresentadora de TV Fernanda Maria Romero Quinderé (Fernanda Quinderé), ao músico Frederico Barreto (Fred Barreto), a Mozart Machado, ao banqueiro Newton Freitas, ao engenheiro Paulo Bandeira de Melo e a escritora Yolanda Gadelha Teófilo, falando em agradecimento Newton Freitas.
Na ocasião o acadêmico Carlos Mauro Cabral Benevides (Mauro Benevides) usa da palavra para homenagear Luís Cavalcante Sucupira (Luís Sucupira) no seu Centenário.
A solenidade é encerrada com coquetel após recital do violinista Fred Barreto.


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Créditos: Secult, http://centrodefortaleza.com.br, Portal do Ceará, Álbum de vistas do Ceará 1908, Morar em Fortaleza, Gracinha Bezerra, Academia Cearense de letras, http://www.mar.mil.br e pesquisas na internet

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rachel de Queiroz - A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras




"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas.  Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."



Rachel de Queiroz
, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910, filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era prima de José de Alencar, autor  de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor. Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. As cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender nada", como gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua formação escolar para aí.
Rachel retorna à fazenda dos pais, em Quixadá. Dedica-se inteiramente à leitura, orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamento nacionais e estrangeiros, em especial os franceses. O constante ler estimula os primeiros escritos. Envergonhada, não mostrava seus textos a ninguém.
Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. Os outros irmãos eram Roberto, Flávio e Luciano, já falecidos).


 foto da autora

foto da autora

foto da autora

Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso da carta a convida para colaborar com o veículo. Três anos depois, ironicamente, quando exercia as funções de professora substituta de História no colégio onde havia se formado, Rachel foi eleita a "Rainha dos Estudantes". Com a presença do Governador do Estado, a festa da coroação tinha andamento quando chega a notícia do assassinato de João Pessoa. Joga a coroa no chão e deixa às pressas o local, com uma única explicação "Sou repórter".
Seu pai adquire o Sítio do Pici, perto de Fortaleza, para onde a família se transfere. Sua colaboração em "O Ceará" torna-se regular. Publica o folhetim "História de um nome" — sobre as várias encarnações de uma tal Rachel — e organiza a página de literatura do jornal.


Imagem da Sede do Sítio PICI de Daniel Queiroz, pai da Escritora Rachel de Queiroz, localizada no Bairro do Henrique Jorge - Foto do blog Inventario ambiental Fortaleza

Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, face a uma congestão pulmonar e suspeita de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever "um livro sobre a seca". "O Quinze" — romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca — é mostrado aos pais, que decidem "emprestar" o dinheiro para sua edição, que é publicada em agosto com uma tiragem de mil exemplares. Diante da reação reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo, sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo transformaria Rachel numa personalidade literária. Com o dinheiro da venda dos exemplares, a escritora "paga" o empréstimo dos pais.
Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.
Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como "agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance, "João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar, Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira", rompendo com o Partido Comunista.
Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se aproxima do grupo trotskista.
Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.
Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello (pai de Fernando Collor, que a agraciou com a Ordem Nacional do Mérito). Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.
O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em 1937, que seria sua editora até 1992. Com a decretação do Estado Novo, seus livros são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos. Permanece detida, por três meses, na sala de cinema do quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.



 Anexo da casa da Fazenda onde viveu a escritora em Quixadá-CE
(foto: folha/uol) - Crédito do blog Fortaleza em Fotos e Fatos

Fazenda "Não me Deixes" em Quixadá-CE, onde viveu Rachel de Queiroz (foto: folha/uol) - Crédito da foto: Blog Fortaleza em Fotos e Fatos

Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio, onde publica seu quarto romance, "As Três Marias".
Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nava, em 1940 conhece o também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria até à morte do marido, em 1982. A notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por ordem de Stalin, havia esmigalhado o crânio de Trótski faz com que ela se afaste da esquerda.
Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e "Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde permanece até 1975.


Crédito das fotos: http://www.onordeste.com

Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O Galo de Ouro".
Sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953. É agraciada, pela montagem paulista, com o Prêmio Saci, conferido pelo jornal "O Estado de São Paulo".
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra.
Em 1958, publica a peça "A beata Maria do Egito", montada no Teatro Serrador, no Rio, tendo no papel-título a atriz Glauce Rocha.
O presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra da Educação, que é recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."
O livro "As Três Marias", com ilustrações de Aldemir Martins, em tradução inglesa, é lançado pela University of Texas Press, em 1964.
O golpe militar de 1964 teve em Rachel uma colaboradora, que "conspirou" a favor da deposição do presidente João Goulart.
O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª. Sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos do Homem.
Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985. Depois de visitar a escritora na Fazenda Não me Deixes, em Quixadá, o presidente Castelo Branco morre em desastre aéreo.
Estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico", em 1969.
No ano de 1975, publica o romance "Dôra, Doralina".
Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse, em 04 de novembro.  Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia, tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota Filho.
Seu livro, "O Quinze", é publicado no Japão pela editora Shinsekaisha e na Alemanha pela Suhrkamp, em 1978.
Em 1980, a editora francesa Stock lança "Dôra, Doralina". Estréia da Rede Globo de Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em 1981.
Em 1985, é inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel de Queiroz". "O Galo de Ouro" é publicado em livro. 
Retorna à literatura infantil, em 1986, com "Cafute & Perna-de-Pau".
A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.
Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".
Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra completa.
1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires, notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos autorais.
Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".
Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza.
Em novembro deste ano, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17 painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças e a paisagem que inspirou a sua obra”.
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou. “Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias, Dôra, Doralina, O Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura)pois os outros eram compilações de crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.
Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.

Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Obras:
Individuais:
Romances:
- O quinze (1930)
- João Miguel (1932)




- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)


Literatura Infanto-Juvenil:
- O menino mágico (1969)
- Cafute & Pena-de-Prata (1986)
- Andira (1992)
- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.


Teatro:

- Lampião (1953)
- A beata Maria do Egito (1958)
- Teatro (1995)
- O padrezinho santo (inédita)
- A sereia voadora (inédita)


Crônica:

- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
- Mapinguari (1964)
- As terras ásperas (1993)
- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}
- A longa vida que já vivemos
- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas
- Cenas brasileiras
- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)
- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002)


Antologias:

- Três romances (1948)

- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras,
As três Marias)

- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai


Livros em parceria:

- Brandão entre o mar e o amor (romance - 1942) - com José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Jorge Amado.

- O mistério dos MMM (romance policial - 1962) - Com Viriato Corrêa, Dinah Silveira de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Condé, Guimarães Rosa, Antônio Callado e Orígines Lessa.

- Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos - 1971) - Com Marion Vilas Boas Sá Rego.

- Meu livro de Brasil (Educação Moral e Cívica - 1º. Grau, Volumes 3, 4 e 5 - 1971) - Com Nilda Bethlem.

- O nosso Ceará (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), relato, 1994.

- Tantos anos (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), auto-biografia, 1998.

- O Não Me Deixes – Suas Histórias e Sua Cozinha (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), 2000.


Obras traduzidas pela escritora:

Romances:

AUSTEN, Jane. Mansfield Parlz (1942).
BALZAC, Honoré de. A mulher de trinta anos (1948).
BAUM, Vicki. Helena Wilfuer (1944).
BELLAMANN, Henry. A intrusa (1945).
BOTTONE, Phyllis. Tempestade d'alma (1943).
BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes (1947).
BRUYÈRE, André. Os Robinsons da montanha (1948).
BUCK, Pearl. A promessa (1946).
BUTLER, Samuel. Destino da carne (1942).
CHRISTIE, Agatha. A mulher diabólica (1971).
CRONIN, A. J. A família Brodie (1940).
CRONIN, A. J. Anos de ternura (1947).
CRONIN, A. J. Aventuras da maleta negra (1948).
DONAL, Mario. O quarto misterioso e Congresso de bonecas (1947).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Humilhados e ofendidos (1944).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Recordações da casa dos mortos (1945).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os demônios (1951).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os irmãos Karamazov (1952) 3 v.
DU MAURIER, Daphne. O roteiro das gaivotas (1943).
FREMANTLE, Anne. Idade da fé (1970).
GALSWORTHY, John. A crônica dos Forsyte (1946) 3 v.
GASKELL, Elisabeth. Cranford (1946).
GAUTHIER, Théophile. O romance da múmia (1972).
HEIDENSTAM, Verner von. Os carolinos: crônica de Carlos XII (1963).
HILTON, James. Fúria no céu (1944).
LA CONTRIE, M. D'Agon de. Aventuras de Carlota (1947).
LOISEL, Y. A casa dos cravos brancos (1947).
LONDON, Jack. O lobo do mar (1972).
MAURIAC, François. O deserto do amor (1966).
PROUTY, Oliver. Stella Dallas (1945).
REMARQUE, Erich Maria. Náufragos (1942).
ROSAIRE, Forrest. Os dois amores de Grey Manning (1948).
ROSMER, Jean. A afilhada do imperador (1950).
SAILLY, Suzanne. A deusa da tribo (1950).
VERDAT, Germaine. A conquista da torre misteriosa (1948).
VERNE, Júlio. Miguel Strogoff (1972).
WHARTON, Edith. Eu soube amar (1940).
WILLEMS, Raphaelle. A predileta (1950).


Biografias e memórias:

BUCK, Pearl. A exilada: retrato de uma mãe americana (1943).
CHAPLIN, Charles. Minha vida (caps. 1 a 7 (1965).
DUMAS, Alexandre. Memórias de Alexandre Dumas, pai (1947).
TERESA DE JESUS, Santa. Vida de Santa Teresa de Jesus (1946).
STONE, Irwin. Mulher imortal (biografia de Jessie Benton Fremont (1947).
TOLSTÓI, Leon. Memórias (1944).






Teatro:

CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).



Estatua de Rachel de Queiroz, na Praça dos Leões, em Fortaleza - Crédito da foto: http://www.cearavivaessaalegria.com.br


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Academia Cearense de Letras



Academia Cearense de Letras em 08/09/1922, no salão nobre do Clube Iracema, no 1º andar do Palacete Ceará - Arquivo Nirez

Foto com a  identificação - Nirez

A Academia Cearense de Letras é a mais antiga instituição do gênero no país, pois foi fundada a 15 de agosto de 1894. Tal resultou do idealismo de alguns intelectuais, entre outros, o anglo-cearense Barão de Studart, e Thomaz Pompeu de Souza Brasil, seu primeiro presidente, topônimo desta Casa. Inspirou-se na Academia de Ciências de Lisboa, surgindo no rasto da famosa Padaria Espiritual, de Fortaleza, cujo "forno" funcionou por 6 anos (1892-1898), alimentado por "padeiros" notáveis, entre eles Antônio Sales, autor do festejado romance Aves de Arribação. Destarte, este grêmio literário não poderia deixar de usufruir das vantagens da moderna tecnologia representada pela Internet. Ao contar a nossa longa história, convidamos para um passeio na nossa também longeva sede, o antigo Palácio da Luz, onde, por muito tempo, alojou-se o Governador do Estado do Ceará. 
Pedro Henrique Saraiva Leão
Presidente

Academia Cearense de Letras (ACL) é a entidade literária máxima do estado do Ceará. A ACL é a mais antiga das Academias de Letras existentes no Brasil, fundada em 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras.

A História da ACL é dividida em três partes. A primeira tem início em 15 de agosto de 1894 quando foi fundada, e vai até 17 de julho de 1922, quando Justiniano de Serpa lhe promoveu a reconstituição. Esse primeiro período foi áureo para as letras cearenses, quando a inquietação de intelectuais já havia motivado a criação da Padaria espiritual, dois anos antes de sua fundação. O Ceará ocupava então importante papel dentro do movimento literário nacional, tendo se antecipado inclusive à criação da Academia Brasileira de Letras, fundada três anos depois da ACL, e à Semana de 22.



Foi fundada como Academia Cearense e a primeira revista foi publicada em 1896, com periodicidade anual até 1914. Seu primeiro presidente foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil Filho. Iniciou as atividades com 27 membros.
A segunda fase tem início em 1922, quando Justiniano de Serpa, diante da situação em que se encontrava a instituição com somente oito membros ainda residentes em Fortaleza, reorganiza-a sob a nova denominação de "Academia Cearense de Letras". Neste novo formato, foram ampliadas as vagas, passando então para as atuais 40 cadeiras. Foi deste mesmo período a denominação dos patronos. No ano seguinte ao de sua reformulação, a morte de Justiniano de Serpa em 1 de agosto de 1923 fez a instituição ficar na penumbra até 1930.
Em 21 de maio de 1930 foi instalada a reunião de reorganização da instituição, agora em definitivo até os nossos dias, na casa de Walter Pompeu. Desde então sua revista passou a ser publicada ininterruptamente.
Anualmente, concede o Prêmio Osmundo Pontes e, desde 2005, os prêmios Antônio Martins Filho e Fran Martins, para jovens escritores. Sua atual sede fica no Palácio da Luz, a antiga sede do Governo do Ceará, um importante prédio que faz parte do conjunto arquitetônico da Praça dos Leões em Fortaleza.

Diretoria

  • Presidente - Pedro Henrique Saraiva Leão
  • 1º Vice-Presidente - José Maria de Barros Pinho
  • Secretário-Geral - Virgílio Maia
  • Secretário-Geral Adjunto - Horácio Dídimo
  • Diretora Cultural - Angela Gutiérrez
  • Diretor de Patrimônio - Sânzio de Azevedo
  • Diretora de Publicações - Noemi Elisa Aderaldo
  • Conselho Fiscal - Costa Matos, Dimas Macedo e José Dias de Macedo (representante da comunidade)

Patronos

  • 1 - Adolfo Caminha
  • 2 - Álvaro Martins
  • 3 - Antônio Augusto
  • 4 - Antônio Bezerra
  • 5 - Pápi Júnior
  • 6 - Antônio Pompeu
  • 7 - Clóvis Beviláqua
  • 8 - Domingos Olímpio
  • 9 - Fausto Barreto
  • 10 - Padre Mororó
  • 11 - Barão de Studart
  • 12 - Heráclito Graça
  • 13 - Jerônimo Tomé da Silva
  • 14 - João Brígido
  • 15 - Capistrano de Abreu
  • 16 - Franklin Távora
  • 17 - Joaquim Catunda
  • 18 - Moura Brasil
  • 19 - José Albano
  • 20 - Liberato Barroso
  • 21 - José de Alencar
  • 22 - Justiniano de Serpa
  • 23 - Juvenal Galeno
  • 24 - Lívio Barreto
  • 25 - Oliveira Paiva
  • 26 - Soares Bezerra
  • 27 - Soriano Albuquerque
  • 28 - Mário da Silveira
  • 29 - Paulino Nogueira
  • 30 - Rocha Lima
  • 31 - Farias Brito
  • 32 - Cônego Ulisses Pennaforte
  • 33 - Rodolfo Teófilo
  • 34 - Samuel Uchôa
  • 35 - Tomás Pompeu de Sousa Brasil (filho)
  • 36 - Tomás Pompeu de Sousa Brasil
  • 37 - Tomás Lopes
  • 38 - Tibúrcio Rodrigues
  • 39 - Araripe Júnior
  • 40 - Visconde de Sabóia

Membros atuais
  • 1 - Sânzio de Azevedo
  • 2 - Batista de Lima
  • 3 - Carlos Augusto Viana
  • 4 - José Murilo Martins
  • 5 - Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes
  • 6 - Virgílio Maia
  • 7 - Marly Vasconcelos
  • 8 - Horácio Dídimo
  • 9 - Genuíno Sales
  • 10 - Abelardo Fernando Montenegro


Posse de Abelardo Montenego - Crédito da foto: http://www.ceara.pro.br

Crédito da foto: http://www.ceara.pro.br

Crédito da foto: http://www.ceara.pro.br
  • 11 - Dimas Macedo
  • 12 - J. C. Alencar Araripe
  • 13 - Manfredo Ramos
  • 14 - Barros Pinho
  • 15 - Pe. Francisco Sadoc de Araújo
  • 16 - Beatriz Alcântara
  • 17 - Paulo Bonavides
  • 18 - Ângela Gutierrez
  • 19 - Juarez Leitão
  • 20 - Cid Sabóia de Carvalho
  • 21 - Regine Limaverde
  • 22 - Manuel Eduardo Pinheiro Campos
  • 23 - Luciano Maia
  • 24 - Pedro Paulo Montenegro
  • 25 - Pedro Henrique Saraiva Leão
  • 26 - Lúcio Alcântara
  • 27 - César Barros Leal
  • 28 - Giselda Medeiros
  • 29 - Costa Matos
  • 30 - Linhares Filho
  • 31 - Francisco Carvalho
  • 32 - Napoleão Nunes Maia Filho
  • 33 - Noemi Elisa Aderaldo
  • 34 - Vinicius Barros Leal
  • 35 - Alberto Oliveira
  • 36 - Carlos D'Alge
  • 37 - Teoberto Landim
  • 38 - F. S. Nascimento
  • 39 - Mauro Benevides
  • 40 - Artur Eduardo Benevides

As sedes da Academia

Jose de Alencar

Prédio à Rua do Major Facundo, n° 2, esquina da Misericórdia, onde funcionou o Hotel de France.
Sede na Fênix Caixeiral, cujo salão nobre, no segundo andar, realizou a Academia Cearense a sua primeira sessão, a 15 de agosto de 1894.
No local foi construído o atual edifício do Palace Hotel.

O Presidente

Pedro Henrique Saraiva Leão

Pedro Henrique Saraiva Leão nasceu na cidade de Fortaleza no dia 25 de maio de 1938.
Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, fez cursos de especialização em São Paulo e Londres.
Foi médico do Hospital Geral de Fortaleza - INAMPS e é professor do Departamento de Cirurgia da UFC, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e de várias sociedades médicas nacionais e do exterior.
Fundou o Clube do Colostomizado do Brasil, o primeiro do País, em 1979.
Foi presidente nacional da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES.
Recebeu, em 2006, o título de notório saber em Medicina pela UFC.
É poeta, com inúmeros poemas publicados em livros e revistas literárias. Obras poéticas: 12 poemas em Inglês, 1960; Ilha da canção, 1983; Concretemos,1983; Poeróticos, 1984; Meus eus, 1995; Trívia, 1996; e As plumas de João Cabral, 2002. É o editor da revista Literapia. Publicou trabalhos da especialidade em periódicos médicos, tendo sido redator do Ceará Médico e vice-redator da Revista de Medicina da Universidade Federal do Ceará.
Livros científicos publicados (como autor e em colaboração): Auto-avaliação em Coloproctologia, 1980; Perguntas e respostas em Proctologia, 1980; Colostomias e colostomizados, 1981; Isto não se aprende na escola, 1982; Câncer nos cólons e no reto, hemorróidas: fatos e ficções, 1988; e Síndrome pós-colostomia, 1990.
Organizou várias coletâneas da SOBRAMES.
Honrarias: recebeu a Medalha Barca Pelon e o Troféu Sereia de Ouro.
Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 19 de setembro de 1986, sendo saudado pelo acadêmico Pedro Paulo Montenegro.
Substituiu o poeta Carlyle Martins na cadeira número 25, cujo patrono é o romancista Oliveira Paiva.


Fonte: Wikipédia e Site Oficial da Academia

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