Luís Antonio de Aragão
PONTES
O Paredão Pedro Segundo
Antes das pontes havia
Nos ligava com o mundo.
E lá no Estaleiro ainda
A paisagem é muito linda
Com o “Mara Hope” ao fundo
Acervo de Tiago Medeiros
Ponte Metálica foi feita
Para ser primeiro cais
No entanto, o mar revolto
Não permitiu, jamais.
Ao largo a nau ficava
Ela nunca atracava
A distância era demais
Acervo Assis Lima
Itaimbé, Itaquicé
Os Itas da Companhia
Alvarengas iam buscar
A cara mercadoria
Visitantes esperavam
Gasolinas chegavam
E todo mundo trazia
O fotógrafo está ao lado da Secretaria da Fazenda (Próximo onde funcionou a firma V. Castro & Companhia), olhando para a Avenida Pessoa Anta (endereço de muitos armazéns da época), tendo ao lado direito o início da Avenida Alberto Nepomuceno. Arquivo Nirez
Pro’s armazéns do BorisTinha a Loyd e V. Castro
Não “enricou” quem não quis
Sob trilhos em vagões
Carregam os peões
A riqueza do País
A Ponte velha tremia
Ameaçando cair
Os estrangeiros tiveram
Outra que construir
Também não suportou
O mar não demorou
A dos ingleses ruir
Um Cais se conseguiu
Logo depois da Guerra
Mucuripe ondas do mar
Iracema aqui soterra
É bela página virada
De uma história contada,
Um período que se encerra
Catolé lidou nas pontes
Nelas bem trabalhou
Em anos 3 e 26
De tudo participou
Ele dizia: "Meu filho,
Da Ponte até os trilhos
A força do mar levou".
Lá do Alto da Balança
Escola de instrução
Por cima da Ponte veio
Pousar um avião
Do Aeroclube seu fundador
Mestre Clésio testemunhou
Esta única ocasião.
BONDINHO E MARIA FUMAÇA
Pelas ruas sempre calmas
O Bondinho trafegava
Por sobre os trilhos do tempo
Passageiros se levava
Lá na Praça dos Leões
E em outras estações
O povo desembarcava
Turmas pegavam bochecha
Toalhada era sem dó
O condutor se zangava
A pivetada de cor
Zombava do Motorneiro
Gritava num coro inteiro
Mamãe... Mamãe Dorme só...
Tinha a Maria Fumaça
Que levava os operários
Para a construção do Cais
“Sapeca” com os diários
Pilotava a Cento e Seis
A Vinte Nove e a Três
Nunca faltou aos horários
Diante ao “Ferro de Engomar”
Uma pedra do trem caiu
Groairas com Tremembés
Tudo aquilo a turma viu
Foi a Pedra da Saudade
Ali se previu em verdade
A Praia se destruiu
ANTIGOS RESTAURANTES
Ramon, o espanhol
Tinha belo Restaurante
Defronte ao mar ficava
Tudo se foi num instante
Netuno enfurecido
Pelo Cais construído
No mar fez um levante
O Deus do mar não perdoa
Com ira e inclemência
Soterrou o litoral
Inclusive as residências
A de Ramon desabafou
O velho gringo chorou
Daí foi pra decadência
Sempre após meia-noite
O pontual Zero Hora
Sopa cabeça de peixe
Da Ressaca era a melhora
E dos clubes elegantes
Vinham de perto ou distante
Ver o romper da aurora
Recordando o Tony’s
Lembrando Figueiredão
Sorvete bem gelado
E show com nova atração
Vento trouxe Veleiro
Um “Barco” passageiro
Depois do aluvião
Edifício era o Restô
Ali foi o velho Lido
Monsieur era Charles
Francês muito querido
Após, Alcino ficou
Artistas apresentou
Sucupira muito ouvido
Tucupi com camarão
É gostoso Tacacá
Foi um bar restaurante
Estoril, junto de lá
Comida degustada
Umbelina “mãos de fada”
Viva o povo do Pará
VELHOS BARES
Zaírton Gruta da Praia
O bar nunca fechou
Um, Sete, Quatro, Sete, Oito...
Alô, Gruta ao seu dispor
Peixe fresco, água de coco
De tudo tinha lá um pouco
E Zairton, Deus levou
Era Beco do Rosalvo
A Canaã do Oliveira
Êta, que cachaça boa
Sempre pura e de primeira
Na hora que o bar fechava
A turma inda chorava
Por mais uma saideira
Ali esteve o Sambinha
Do tamanho d’ um polegar
Uma mulher a Maria
Ela foi dona do bar
Andando lá, gerações,
Cantaram suas canções
Reviver, é bom sonhar
Hoje é Bar Doce Bar
Do folclore parada
Didi é “Prateado”
Dessa Praia idolatrada
Maurício nome marcante
Pra’s mulheres, importante,
É o “Rei da Madeirada”
Bar Doce Bar recuou
No canto foi Gourmezinho
À esquerda do “São Luís”
Eram Lúcia e Galeguinho
Getúlio é o dono do ponto
E fato e muito conto
Narra-se sobre o barzinho
No posto tinha o Postinho
Em meio à bifurcação
De José Néri, o “Didi”
Empresário de ação
O filho Othon chamado
Posto de Iracema tem dado
Trabalho e dedicação
Iara e Raimundinho
Os dois bares da paixão
Aleardo e Titico
Vicente do Violão
Carlinhos Seresteiro
No Acorde Violeiro
Com sua pura canção
Escola de instrução
Por cima da Ponte veio
Pousar um avião
Do Aeroclube seu fundador
Mestre Clésio testemunhou
Esta única ocasião.
BONDINHO E MARIA FUMAÇA
O Bondinho trafegava
Por sobre os trilhos do tempo
Passageiros se levava
Lá na Praça dos Leões
E em outras estações
O povo desembarcava
Toalhada era sem dó
O condutor se zangava
A pivetada de cor
Zombava do Motorneiro
Gritava num coro inteiro
Mamãe... Mamãe Dorme só...
Que levava os operários
Para a construção do Cais
“Sapeca” com os diários
Pilotava a Cento e Seis
A Vinte Nove e a Três
Nunca faltou aos horários
Diante ao “Ferro de Engomar”
Uma pedra do trem caiu
Groairas com Tremembés
Tudo aquilo a turma viu
Foi a Pedra da Saudade
Ali se previu em verdade
A Praia se destruiu
ANTIGOS RESTAURANTES
Ramon, o espanhol
Tinha belo Restaurante
Defronte ao mar ficava
Tudo se foi num instante
Netuno enfurecido
Pelo Cais construído
No mar fez um levante
O Deus do mar não perdoa
Com ira e inclemência
Soterrou o litoral
Inclusive as residências
A de Ramon desabafou
O velho gringo chorou
Daí foi pra decadência
Sempre após meia-noite
O pontual Zero Hora
Sopa cabeça de peixe
Da Ressaca era a melhora
E dos clubes elegantes
Vinham de perto ou distante
Ver o romper da aurora
Recordando o Tony’s
Lembrando Figueiredão
Sorvete bem gelado
E show com nova atração
Vento trouxe Veleiro
Um “Barco” passageiro
Depois do aluvião
Edifício era o Restô
Ali foi o velho Lido
Monsieur era Charles
Francês muito querido
Após, Alcino ficou
Artistas apresentou
Sucupira muito ouvido
Tucupi com camarão
É gostoso Tacacá
Foi um bar restaurante
Estoril, junto de lá
Comida degustada
Umbelina “mãos de fada”
Viva o povo do Pará
Houve conosco o Nylu’s
Do Nilo que é Holanda
Ninguém esquece Dandão
Coração é quem manda
Cayton, Glauber, Pebinha
Gláucia, Gueda,Toinha
A família, onde anda?
Se for pra escolher,
Preferisse a Opção.
Vir a ser recebido
Pelo Aroldo Aragão
Não é por ser parente
O homem é competente
Nosso querido “Aroldão”.
Do Nilo que é Holanda
Ninguém esquece Dandão
Coração é quem manda
Cayton, Glauber, Pebinha
Gláucia, Gueda,Toinha
A família, onde anda?
Se for pra escolher,
Preferisse a Opção.
Vir a ser recebido
Pelo Aroldo Aragão
Não é por ser parente
O homem é competente
Nosso querido “Aroldão”.
VELHOS BARES
Zaírton Gruta da Praia
O bar nunca fechou
Um, Sete, Quatro, Sete, Oito...
Alô, Gruta ao seu dispor
Peixe fresco, água de coco
De tudo tinha lá um pouco
E Zairton, Deus levou
Era Beco do Rosalvo
A Canaã do Oliveira
Êta, que cachaça boa
Sempre pura e de primeira
Na hora que o bar fechava
A turma inda chorava
Por mais uma saideira
Do tamanho d’ um polegar
Uma mulher a Maria
Ela foi dona do bar
Andando lá, gerações,
Cantaram suas canções
Reviver, é bom sonhar
Hoje é Bar Doce Bar
Do folclore parada
Didi é “Prateado”
Dessa Praia idolatrada
Maurício nome marcante
Pra’s mulheres, importante,
É o “Rei da Madeirada”
Bar Doce Bar recuou
No canto foi Gourmezinho
À esquerda do “São Luís”
Eram Lúcia e Galeguinho
Getúlio é o dono do ponto
E fato e muito conto
Narra-se sobre o barzinho
Em meio à bifurcação
De José Néri, o “Didi”
Empresário de ação
O filho Othon chamado
Posto de Iracema tem dado
Trabalho e dedicação
Os dois bares da paixão
Aleardo e Titico
Vicente do Violão
Carlinhos Seresteiro
No Acorde Violeiro
Com sua pura canção