Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Café Wal-Can
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

5 Anos - Fortaleza Nobre em Festa


Nosso querido Fortaleza Nobre está em festa, são 5 anos procurando resgatar a Fortaleza de outrora, matando saudades do aroma do Café Wal Can, ouvindo o barulho do bonde Outeiro percorrendo os trilhos do tempo, e nos trazendo Ilustres Cearenses para nos contar suas reminiscências e nos transportar para a Belle Époque de nossa cidade. Nela, ainda é possível observar o bode Ioiô entrar para a história. O caprino era mesmo afeito a vadiagens e logo seguiu sua sina de andarilho, descobrindo o trajeto que lhe daria a alcunha de "ioiô". O bode aprendeu a partir da Praia de Iracema e seguir para a Praça do Ferreira, realizando o mesmo percurso diariamente. 

 Ainda se podia admirar a beleza da Praia Formosa, antes de virar "propriedade particular" e sumir de nossas vistas...

Assistimos de camarote os valentes pescadores JerônimoManuel OlímpioTatá e Manuel Pretosaírem do Ceará com destino ao Rio de Janeiro (na época a capital da República - distante 1.500 milhas náuticas (mais de 2.700 km), navegando na jangada “São Pedro”), sem cartas, sem bússolas e munidos apenas de seu conhecimento prático e coragem, para reivindicar junto ao Governo de Getúlio Vargas, melhores condições para a comunidade de pescadores de sua região, tentando fazer com que sua profissão fosse reconhecida.  Vimos esse acontecimento virar Filme pelas mãos do brilhante Orson Welles.
Antigamente, cada praça de Fortaleza, ao ser urbanizada, tinha dois nomes, o da praça e o do jardim, isso mesmo, cada praça da Capital Alencarina tinha um lindo jardim... 

É tão bom passear na Fortaleza antiga, conhecer nossas raízes, se orgulhar de nosso povo... Eu amo!  Com a criação do Fortaleza Nobre, descobri muitos amantes da nossa terrinha, e hoje, juntos, vamos recontando essas histórias e fazendo com que elas cheguem até os mais novos, que despertem neles esse mesmo amor, essa mesma vontade de fazer diferente, de não deixar que destruam ainda mais o que ainda nos resta!

Nesses cinco anos, recebi inúmeros e-mails e comentários de professores que passaram a usar o blog em salas de aula, para ensinar sobre a Fortaleza antiga para seus alunos. Também e-mails de estudantes que pedem ajuda para trabalhos e tarefas escolares, isso não tem preço, fico feliz demais em saber que o Fortaleza Nobre está cumprindo o seu papel, o de divulgar nossa história! 
O blog também já foi Tema de Monografias e tudo, muito legal mesmo! :) 

Sem falar do reconhecimento por parte de jornais e de outros blogueiros (Fortaleza 13, Gente de Mídia do jornalista Nonato Albuquerque, Rã de Bananeira, Mundinho Mágico da Vevé...) que sabem o quão complicado é, colocar uma postagem no "ar". rsrs

Para fechar esses 5 anos com chave de ouro, só mesmo fechando uma parceria com um conceituado jornal, certo? Pois bem, fechamos (falo sempre no plural, porque o Fortaleza Nobre é de todos nós!) uma incrível parceria com o Tribuna do Ceará
o melhor em notícias e entretenimento no Estado do Ceará.

Ah, e não posso esquecer dos amigos da blogosfera que sempre estão divulgando o nosso Fortaleza Nobre!




Enfim, e a você, que segue, divulga e colabora com o Fortaleza Nobre, meu muito
 

Algumas Estatísticas desses 5 anos:

Postagens mais lidas

Tiririca - Um vitorioso! - 17814


Chico Anysio - O Show - 7607


Estádio Presidente Vargas - 6953

°°°Fotos Antigas°°° - 5199


Praia do Futuro - 5056







Históricos de Visualizações: 1.599.408



Brasil 1495226
Estados Unidos81352
Portugal31341
Alemanha24628
França6699
Rússia3868
Itália3825
Canadá2952
Espanha1766
Reino Unido1700



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Das antigas - Nos tempos do Café Wal-Can



Nos bons tempos, como se diz, existia no centro de Fortaleza um estabelecimento do famoso Café Wal-Can que moia e torrava café na hora, além de servir cafezinhos deliciosos.

Contam que um cidadão muito rico e conceituado na cidade também gostava de tomar um cafezinho ao pé do balcão. Porém, apesar do asseio da casa, com a louça esterilizada em caldeirão fervendo e tudo, ainda tinha um certo nojo. Assim, tomava um cuidado especial. Ao invés de levar a xícara à boca do modo como todo mundo faz, pela direita, ele virava a alça para a esquerda levando-a pelo lado contrário.

Um dia, um cidadão cheio de perebas no rosto (provavelmente catapora ou rubéola) vendo o modo de tomar café daquele senhor aproximou-se dele e falou: “Que coincidência, o senhor toma café igualzinho a mim, eu também faço assim!...”. 


 Wal-Can in Memorian

Gif de chá e café     Gif de chá e café   Gif de chá e café   Gif de chá e café 

A última notícia que tive de seu Ananias dava conta de uma tragédia. Fim dos anos oitenta. Tinha sido atropelado por um trem. Em um trilho perto da estação do Couto Fernandes. Entre a José Bastos e a João Pessoa. Tava melado. Troviscado. Cambaleante. Pisada em oito. Ombro pesado e idade avançada. Não deu conta da aproximação do Sonho Azul ou Sanhaçu. O maquinista tocou o apito. Apitou. Pôs a cabeça do lado de fora. Esgoelou-se como um João Batista. Acenou com o braço esquerdo, o direito. As duas mãos... Esmurrou a máquina como se a bicha fosse uma mula. Berrou, urrou que perdeu a voz. Por meses...Tava feito. Dizem que só soube que tinha morrido quando chegou lá no outro lado. Sóbrio, morrendo zera tudo, perguntou pelo chapéu. Preto. De massa. Trouxeram um amarrotado. Estranhou, mas agradeceu.

O velho Ananias era o vendedor de água do Porangabussu. Rodolfo Teófilo e arredores. Água de beber e de cozinhar. Tomar banho, lavar louça e roupa, era com a cacimba. Mamãe era cabreira com a água. No mesmo quintal tinha uma fossa. Dia daqueles, King, vira-lata que o vizinho capou para engordar, pulou e se afogou no cacimbão. Tava doido. Foi a deixa para vovô lacrar com cimento a boca do poço. Menino não chegava perto. Os micróbios da Raiva e alma do pé-duro ainda estariam lá. Mamãe inventava. Passamos a usar a bomba d'água da vizinha. De favor.

Fortaleza tinha dessas histórias. Nem todo mundo tinha Cagece. Era coisa pra gente bem de vida. Poucos na Tavares Iracema e redondezas. Água encanada, torneira, pia e descarga de banheiro eram luxo. Chuveiro? Ah! Sonho. Em preto e branco, a propaganda das duchas Coronas enchia-nos a imaginação. E tome o jingle.

''Duchas coronas, um banho de alegria, num mundo de água quente...''. O desejo do chuveiro elétrico. Távamos lá, cantarolando com um caneco de ''aseia'' na mão. Tibungo na bacia de flandres ou na tina meio lodenta. Banho de cuia. Banheiro com combogós cheios de buchas. Servia pra esfregar o ceroto que ficava detrás da orelha ou no cotovelo. O cubículo ficava voltado para o oitão da casa. De ferrolho e porta sambada. Ralo afogado em espuma de Palmolive. Pés na havaiana. Mamãe brigava se fôssemos descalços.

Seu Ananias chegava. Madrugava na porta do quintal. Quase na hora que os galos tavam tecendo manhãs que cheiravam a café Walcan. Um jogando o grito pr'outro. Encadeado. De terreiro em terreiro. Licença Tiago de Melo. - Dia dona Marieta. - Hein? Vovó era meio moca. Moléstia na adolescência. - Tô dando bom diaaa. - Ah, pro senhor também. Perdão, cada dia escuto mais ruim. - Quantos baldes? Falava com as mãos afuniladas na boca. - Encha os dois potes, o filtro, a quartinha e aquelas vasilhas. O diabo do cachorro tá me dando prejuízo. Fazia o serviço em minutos. Tava acostumado. As latas grandes, com um pedaço de pau no meio, carregavam muitos litros. Baldes com a marca do querosene Jacaré.

Todo dia se repetia a arrumação. Vovó pagava na hora. Quando apertava, ficava pro fim do mês. Como na bodega, o nome dela ia pra caderneta. Data de vencimento somavam as parcelas. Dava tudo certo. Se atrasasse, pedia mais dias. Não se preocupasse. Antes do dia quinze quitava. Prometia e honrava. Tinha que continuar tendo crédito. Muito menino.

E lá se ia o carroceiro. Carroça barril. Água de chafariz. Torneira feita com câmara de ar. Mangueira de três palmos amarrada por liga. Lembrava os documentos de um jumento. O veim ia ali, caminhando do lado esquerdo do animal. Ainda era cedo, tava descansado. - Rumbora burra. Thô, thô, thô... Buurra. Pra apressar o passo, chicote. Lapada. Ficava puto olhando pelo basculante. Judiação. Parava em outra casa, noutra, mais outra, noutra e dobrava a esquina.

Fim do dia. Dezoito horas. Hora do morcegaral. Seu Ananias fazia o caminho de volta. Cansado, vinha sentado na tábua que ficava de frente pro fiofó da égua. Vez por outra se abanava com o chapéu e soprava pelo nariz. Tentava se livrar dos ventos que a burra dava. Era um aviso. Depois dali, levantaria a calda. Tome bosta no calçamento. Um relógio. Se a chuva não lavasse, o sol se responsabilizava de transformar em estrume. - Oh, burra nojenta! Vai burra. Cutucava e iam.

Isso era em 74, 75...78. Digo isto porque em 1979 já tínhamos nos mudado para uma casa na José Bastos. Casa de conjunto. Espaçosa. Financiada pelo Bradesco. Armadilha. Nesta tinha água encanada. Menos um na freguesia de seu Ananias. Evoluímos. No banheiro-suíte tinha até bidê. Manca! Ficava horas e horas abrindo as torneiras pra ver o jato subir. Molhava o teto. Carões da mãe. - Tá pensando o quê? Que teu pai ta nadando em dinheiro? Tome puxão de orelha. Era tanta frescura que entrávamos para o ''toillete'' por uma porta que simulava ser parte do guarda-roupas ''embutido''. Tudo era novidade. Brincávamos de passagem secreta. Batman e de Agente 86. Maxuwell Smart.

Potes e filtros de barro nunca mais. Mamãe tinha feito um crediário na porta de casa. Comprara um SuperZon. A era da quartinha estava acabando. A novidade era água de torneira ''ozonizada''. Purificada. Adeus coadores de boca de pote. Nunca mais. Mamãe também tinha esperança que os buchos quebrados dos rebentos sumissem. Com eles as lombrigas e o prejuízo com remédio pra verme. Mas antes da casa na Zé Bastos o que bebíamos, mesmo, era água de carroça. Pesada na barriga. Falta de dinheiro. Governo escroto. 

Demitri Túlio - A carroça d'água (O Povo)



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Waltério Alves Cavalcanti - Indústria alimentícia Wal-Can S/A


No relato emocionado do filho do empresário Waltério Cavalcanti , ele dizia:


 " O papai transformava tudo em ouro, era uma cabeça pensante,um homem de vários negócios,indiscutivel. Nos momentos de decidir para que rumo tomar,ele era decididamente unilateral, pensamentos agudos e rápidos.Tornou-se bem jovem, um promissor homem de negócio em nossa capital. Ele era um homem além de seu tempo.

Waltério Cavalcanti Filho

"Fui criança, cheguei a ter contentamentos. Tudo para mim parecia risos, alegria, felicidade. Porem ao chegar a minha idade de 11 anos , começou os primeiros passos de lutas contra o destino ,ele bateu a minha porta. Meu pai tinha naquela época seus 40 anos e que da mesma maneira bateu para ele o mesmo destino, foi rebaixado de categoria no seu emprego público e com isso veio os problemas financeiros e tirou o conforto humilde de nosso lar, ele não se conformou com o destino , para aliviar suas decepções procurou o alcool o qual não resolveu, findou seus sofrimentos aos 53 anos, e assim se foram 13 anos de amarguras. Naquela época eu estava com meus 11 anos e procurei emprego para conseguir algumas migalhas para amenisar os sofrimentos de minha mãe a qual agasalhava-se ao redor de seus 8 filhos.Ela esperava em resignação um dia melhor, mas isto custou muito tempo.


Aos 18 anos, consegui ser um mini comerciante, e aos 22 anos já tinha alguma coisa,ou seja uns trocados.Neste período meu pai veio à falecer,mas como já tinha algum
recurso, fiz o seu enterro com dignidade e com classe,fiquei cuidando de minha mãe, e meus irmãos que ainda lhe rodeavam. Pude acompanhar os estudos de meus irmãos até depois de formados. Tudo estava a contento e aos 35 anos jé era casado com minha Maliza e tinha uma prole de 6 filhos. Maria do Carmo cavalcanti,José Waldo cavalcanti,Maria Claudia cavalcanti, Maria Irene cavalcanti,Wilson cavalcanti,Maria valéria cavalcanti e logo depois o caçula Henrique Nelson Cavalcanti; Nesta altura de luta surge me um fracaço nos négocios,época da Guerra(1947). O pós-guerra trouxe tempos difíceis e, em 1948 ,Este era o tempo da “euforia” do café, provocada pelos altos preços pós-guerra, no mercado internacional.


Mas no ano de 1948 a coisa mudou, em 1950 já possuia carros do ano, consegui prédio para o meu negócio e em mais alguns anos consegui residência própria, transformei os meus comércios em industrias. Fiz patrimônio construindo a fábrica ampliando os negócios, a esta altura já me pesava nos ombros os meus 60 anos e me sentia realizado, procurei colocar na época filhos(as) e genros para darem sequência ao império que eu tinha conseguido. Agradeço sempre a Deus por tudo que conquistamos e vivemos, mesmos diante de desentendimentos ocorridos na época que me abalaram muito. Peço a ele que dê aos meus filhos a mesma coragem que fui possuidor, para que possam crescer em paz, pois com Deus tudo é possível."     
Waltério Alves cavalcanti


Embora não seja fácil encontrar uma classificação para as diferentes atividades relacionadas aos investimentos realizados naquela época por Waltério cavalcanti, o passo principal e decisivo foi a industrialização em grande escala de sua atividade relacionada com os alimentos. 


Assim surgia a Indústria alimentícia Wal-Can S/A e a história do café começou com a atividade industrial e a sua comercialização, por exemplo através de supermercados e sua frota de entrega de alimentos. (Veja Fotos)  A expansão dos negócios da industria,  a distribuição de produtos exclusivos no mercado cearense com a fabricação de produtos próprios, como café, colorífico, macarrão entre outros, e ainda o empacota grãos, foi formalizada e constituida pela presença de famíliares, pessoas públicas, políticos, amigos e clientes.

   Galpão central para exposição de produtos

 Saudação em agradecimentos aos presentes no evento

 Exposição do  Novo Macarrão Wal-Can


Filhos e amigos 

Sr.Waltério Cavalcanti e Sra. Maria Luiza (Maliza)


Fatos históricos

  • 02 de Maio de 1966 - Iniciada a demolição do Abrigo Central, na Praça do Ferreira, que diziam estar ameaçado de ruir.
    A
    Comércio e Indústria Brasileira de Engenharia Ltda - Cebel, firma vencedora da coleta de preços para execução da obra, usou até dinamite na demolição.
    Os jornais noticiaram com euforia a derrubada do "
    monstrengo", hoje escrevem-se matérias saudosistas a respeito do mesmo.
    No Abrigo Central existiam as paradas de ônibus, as reuniões profissionais discussão de classes, comentários em torno de esportes, política, música, enfim, todos os assuntos.
    Nos boxes funcionavam cafés como o
    Café Hawaí, Café Presidente e o Café Wal-Can, casas de merendas como a do famoso "Pedão" da bananada, livrarias como a do Alaor, vendas de selos de consumo, armarinhos, casas de vender discos como a "Discolândia", além dos boxes portáteis como a banca do Bondinho, do Holien, do Raimundo - este vendia diversas coisas, entre elas discos de Segunda mão e onde parte dos acervos discográficos do Arquivo Nirez e dos pesquisadores Christiano Câmara e Aldo Santiago de Freitas foram adquiridos.

  • 28 de Março de 1988  - As Indústrias Alimentícias Wal-Can S. A., vendem o prédio de sua fábrica, na Rua Capitão Gustavo nº 3552, São João do Tauape, em frente à praça do mercado, à Igreja Evangélica Assembléia de Deus Betesda - Ceará, que para ali muda-se no mesmo ano.*

  • 21 de Julho de 1988 - Falece em Fortaleza Waltério Alves Cavalcante, proprietário das indústrias Wal-Can, iniciada com um café expresso na esquina da Rua Floriano Peixoto nº 703 com Travessa São Francisco (hoje Rua Perboyre e Silva) nº 30.
Gif de chá e café   Gif de chá e café   Gif de chá e café
Gif de chá e café*Segundo Waltério Cavalcanti Filho, isso é uma grande inverdade, uma grande mentira! Segue o comentário:

[foto.JPG]"O PASTOR PRESIDENTE DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS BETESDA, RICARDO RODRIGUES GONDIM, JUNTO COM ALGUNS SÓCIO DAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS WAL-CAN S/A, SE REUNIRAM COM ADVOGADOS E FORJARAM UMA ATA DE ASSEMBLÉIA E DECIDIRAM ENTRES ELES EFETIVAR A VENDA DO PRÉDIO DAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS WAL-CAN S/A, QUE JÁ SE ENCONTRAVA SUB-JUDICE NO TJ-CE (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ),COM NOMEAÇÃO DE LIQUIDANTE DAS INDUSTRIAS NOMEADO JUDICIALMENTE QUE EFETIVOU RELATÓRIO AO JUIZO E QUANDO ENCONTROU O PEDIDO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA, REQUISITADO POR WALTÉRIO CAVALCANTI FILHO, NO BOJO DOS AUTOS, PROFERIU O SEGUINTE PARECER. SE O ACIONISTA DE NOME WALTERIO CAVALCANTI FILHO, AINDA TINHA INTERESSE EM ADQUIRIR O PATRIMÔNIO DAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS WAL-CAN S/A, NAS SEGUINTES CONDIÇÕES, SE EU WALTERIO FICARIA COM TODAS AS DIVIDAS DA EMPRESA. EU WALTERIO CAVALCANTI FILHO, CONCORDEI COM AS CONDIÇÕES DO LIQUIDANTE, E SOLICITEI AO EXMO JUIZ DE DIREITO DA ÉPOCA PARA EXPEDIR GUIA DE DEPÓSITO JUDICIAL PARA QUE FOSSE POSSÍVEL SE CONCRETIZAR A VENDA, FOI ABERTO GUIA DE DEPÓSITO, O TJ-CE, LEVANTOU MEU DINHEIRO DO BANCO, E EU SOFRI POR LONGOS 28 (VINTE E OITO ANOS), LUTANDO NA JUSTIÇA PARA QUE ME ENTRGAR O QUE EU VALTERIO CAVALCANTI FILHO TERIA ADQUIRIDO EM COMPRA JUDICIAL PERANTE AO TJ-CE. DEPOIS DE TODOS ESSES ANOS, JÁ COM SETENÇA TRANSITO EM JULGADO, PELO TJ-CE, STJ, E STF DESDE 12 DE AGOSTO DE 2002,CONDENANDO OS RÉUS AO PAGAMENTO DAS PERDAS E DANOS A SEREM APURADOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA E INVERTENDO-SE O ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA EM 15% PARA PAGAMENTO AO CREDOR VALTERIO CAVALCANTI FILHO. ESTE É O FIM DO PROCESSO. HOJE AGRADEÇO A TJ-CE , STJ E STF E TAMBÉM A TODOS QUE PARTICIPARAM NESTE PROCESSO EM MEU FAVOR PARA QUE CHEGASSE AO FIM ESTA DEMANDA, OBRIGADO A TODOS. FORTALEZA, 05 DE JUNHO DE 2011."


Ele continua...

"O PASTOR RICARDO RODRIGUES GONDIM PRESIDENTE DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS BETESDA, FOI CONDENADO POR SENTENÇA TRANSITADO EM JULGADO DEFINITIVAMENTE PELO TJ-CE,STJ E STF A PAGAR AO PROPRIETÁRIO DAS INDUSTRIAS ALIMENTICIAS WAL-CAN S/A, EM FORTALEZA-CE, VALTERIO CAVALCANTI FILHO PELO ATO ILICITO QUE FORJOU JUNTO COM ALGUNS SÓCIOS DA EMPRESA ACIMA CITADA E ADVOGADOS, QUE SEM NENHUM ESCRUPULO FALSIFICARAM UMA ASSEMBLEIA GERAL COM A FINALIDADE DE EFETIVAR VENDA DOS IMÓVEIS DAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS WAL-CAN S/A, EM FAVOR DA IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS BETESDA,E EM DETRIMENTO DE MINHA PESSOA,VALTERIO CAVALCANTI FILHO, ACIONISTA E PROPRIETÁRIO DA EMPRESA ACIMA CITADA, QUE ADQUIRI JUDICIALMENTE O PATRIMÔNIO DA EMPRESA COM O EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA A MAIS DE 1/4 DE SÉCULO PERANTE AO TJ-CE, PORQUE SOU FILHO,DIRETOR INDUSTRIAL,CONFORME ESTATUTO DA EMPRESA E HERDEIRO DE WALTERIO CAVALCANTI O (PATRIARCA DA FAMÍLIA) .HOJE A IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS BETESDA,ATRAVÉS DE SEU PRESIDENTE: PASTOR RICARDO RODRIGUES GONDIM,QUE SEM NENHUM CARÁTER E PROFANO (CARACTERIZADO POR IRREVERÊNCIA AO QUE É SAGRADO OU ÀQUILO QUE É POR TODOS RESPEITADO) NÃO RELATIVO A RELIGIÃO.E SIM (DEUS), ENCONTRAM-SE CONDENADOS A PAGAR AO CREDOR, COM A DEVOLUÇÃO DOS IMÓVEIS DAS INDUSTRIAS ALIMENTÍCIAS WAL-CAN S/A, E DEPOSITAR EM MEU FAVOR, CREDOR VALTERIO CAVALCANTI FILHO PAGAMENTO DAS PERDAS E DANOS SOFRIDAS POR MINHA PESSOA, POR TODOS ESSES ANOS. A IGREJA E O PASTOR RICARDO RODRIGUES GONDIM, TENTARAM JUNTO COM SEUS ADVOGADOS LUDIBRIAR AOS TRIBUNAIS DE FORTALEZA, TJ-CE AO STJ E STF,COMO SE A JUSTIÇA FOSSE UM JOGO DE ESPERTEZA. MAIS COM APRECIAÇÃO CORRETA DAS AUTORIDADES DOS TRIBUNAIS POR ONDE CORREU ESTE DEMORADO PROCESSO, NÃO TEVE O ÊXITO PRETENDIDO, TERMINANDO CONDENADOS, A IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS BETESDA E O PASTOR PRESIDENTE, RICARDO RODRIGUES GONDIM, AS INDENIZAÇÕES DE PERDAS E DANOS A SEREM APURADAS NA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA E INVERTANDO O ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA NO VALOR DE 15% DO VALOR DA CAUSA.
-VALOR DA 1ª PARCELA REFERENTE AO IMÓVEL QUE FOI UTILIZADO POR TODO ESSE ANOS, AVALIADO PELA FAZENDA ESTADUAL DO ESTADO DO CEARÁ FOI DE R$ 28.000.000,00 (VINTE E OITO MILHÕES DE REAIS), EM 16 DE NOVEMBRO DE 2009 ,E QUE DEVERAR SER ACRESCIDOS DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DETERMINADOS POR SENTENÇA EM 15%.SEGUIDOS DOS VALORES DA 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª E 7ª PARCELAS, QUE TAMBEM COMO DÍVIDAS DEVERAM SER APRESENTADAS EM JUIZO PARA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. DESDE LOGO AGRADEÇO AO TJ-CE (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ). POSTADO POR : VALTERIO CAVALCANTI FILHO. "

Parabéns ao herdeiro que conseguiu reaver seu patrimônio e parabéns ao TJ-Ce por ter feito justiça!

Gif de chá e café  Gif de chá e café  Gif de chá e café


Créditos: Wal-Can In Memória e Portal da história do Ceará


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Café Wal-Can - Abrigo Central




Naquele espaço retangular do terreno formado pelas ruas Guilherme Rocha, Pará, Floriano Peixoto e Major Facundo, foi construído o Abrigo Central, iniciativa do então Prefeito Acrísio Moreira da Rocha. Era um local onde se agrupavam políticos, torcedores de futebol e pessoas que ali se dirigiam para apanhar ônibus de vários bairros, e linhas que circulavam a Cidade, pela Empresa São Jorge, com destino a Praça São Sebastião (Mercado) depois Praça Paula Pessoa (Ruas Justiniano de Serpa, Dom Jerônimo) - Farias Brito, cujo local existiu o tradicional Jardim São José, mais conhecido como Jardim Japonês, da família Fujita (João Batista, Nisabro, Edmar, Francisco, Luzia e Maria José) que injustamente sofreram opressões com o "quebra-quebra" no tempo da 2ª Guerra Mundial de 1944.



Com a demolição da quadra da Praça do Ferreira ao lado do prédio da Intendência e demais casas comerciais (entre as ruas Floriano Peixoto e Major Facundo), na gestão do Prefeito Acrísio Moreira da Rocha, foi construído em 1949 - o Abrigo Central, num espaço da metade da quadra, entre a Rua Pará e Guilherme Rocha.


Passeata anunciando o lançamento do ano - O Café Wal-Can



No Abrigo Central, se instalaram vários boxes, tendo o centro, formato de meia lua, onde foram colocadas cadeiras, especialmente para servir de engraxataria; pelo lado direito, havia um boxe para venda de selos mercantis, bilhetes da Loteria Federal, Estadual, estampilhas, os quais eram colocados para aferição pela Secretaria da Fazenda nos livros próprios (mensalmente) e outros selos para requerimentos dirigidos às repartições federais, estaduais e municipais; em seguida o boxe do Café Hawaí; Café Presidente e o Café Wal-Can( De Waltério Cavalcanti); um boxe da Livraria Alaor; casas de discos conhecida como Discolândia e os boxes portáteis do Sr. Bodinho, do Sr. Raimundo e do Sr. Holien com variadas mercadorias; no lado esquerdo da Rua Pará - O Posto de carros de aluguéis - Posto Pará da Sra. Odete Porfírio Sampaio, com luxuosos carros de passeio que eram contratados previamente para sepultamento, casamento e batizados; e o preço obedecia a uma tabela especial, estabelecido pelo Sr. Maninho Câmara.
 Sr.Waltério Acompanhando de perto o trabalho de suas colaboradoras 


Sr.Waltério Cavalcanti, com clientes e amigos


Ainda no hall do Abrigo - o célebre e inesquecível "Pedão da Bananada" e os famosos sanduíches , cognominados "espera-me no Céu" e "cai duro", e comprando um, o cliente tinha direito a um envelope de Sonrisal e uma vitamina "KH" na hora; existia um funcionário especialista no ramo de merendas de frutas, Sr. Musse; no final do corredor do Abrigo, o Café Hawaí; ao lado, a garapeira do Sr. Peixoto, cuja venda de guaraná (artificial), água mineral com e sem gás, groselha e limonada, era muito apreciada por todos que frequentavam o Abrigo Central. 

Café Wal-Can - Rua Floriano Peixoto em 1983. Foto de Nelson Bezerra

Ainda pelo lado da Praça do Ferreira, a parada de ônibus da Empresa São Jorge - Kalil Otoch, as linhas do centro, Soares Moreno, Praça São Sebastião, Cemitério, D. Jeronimo, Justiniano de Serpa, que muito facilitava a vida dos que moravam no centro - uma realidade muito diferente dos dias de hoje, com tantas transformações que sofreu a arquitetura de nossa cidade.

As funcionárias do Café Wal-Can


Mulheres também iam ao Abrigo, mas com menor frequência que os homens. Dona Conceição Santos, 74, diz que “o Abrigo era muito movimentado, sempre tinha muita gente, mas eu só passava por lá quando ia para o centro, tomava um café e seguia. Quem ia muito mesmo era meu marido, porque lá era mais um lugar para os homens se encontrarem”. Entretanto, seu Mário lembra que “tinha muitas senhoras que compravam na confeitaria” e até algumas moças trabalhavam no box do Café Walcan.


Crédito:  Wal-Can in Memorian/ Valtério Cavalcanti 

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: