Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Cagece
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A Hidráulica da Vila São José


Foto de uma das caixas d’água da Rua Leda e lá atrás a do Seu Telles. 

"Água é vida!
E por ser um termo tão usado parece ficar redundante. Estudos revelam que a doença hídrica não é pela água em si, mas devido o mau uso ou conservação. Existe o institucional que é voltado para recursos hídricos: Funceme, Cogerh, Cagece e os Institutos de análises, além de setores de pesquisas de Universidades e/ou Faculdades. Às vezes por faltar estudo técnico, certos projetos de edifícios, bem como conjuntos habitacionais sacrificam a Companhia fornecedora de água, porque se faz necessário a mesma atender as novas demandas. Na minha Vila São José, o recurso hídrico só foi importado a partir de 1963, quando o Coronel Philomeno autorizou as vias de pedras toscas serem escavadas pelo Saagec (Serviço de Água e Esgoto do Estado do Ceará). Era chegada a famosa água do Acarape. Chafarizes com cacimbões ao lado ou abaixo da base forneciam água para a Vila Operária.
O primeiro construído foi na Rua Maria Estela, primeira rua também construída em 1926. Recebia o líquido precioso da Fábrica São José, proveniente de um poço profundo defronte a Estamparia de acabamento das toalhas. A tubulação de 100 mm transpassava o Rio Jacarecanga. Era sustentado por duas bases de cimento armado. Depois na entrada da Vila, pelo lado Sul fim da Rua Dona Maroquinha, esquina com a Rua Maria Isabel, a segunda caixa d’água. Era um reservatório de 50 mil litros, com altura de 20 metros. Tinha um espaço retangular onde tinha duas casas arredondadas parecendo duas ocas, de cor cinza, erguida com tijolos batidos e cobertas com telhas do Maracanaú. Uma dessas casas era acompanhando a base do reservatório que deveria abastecer as residências por gravidade. A outra era conhecida como Casinha da Bomba. Tinha a bomba hidráulica impulsionada por um motor de 10 cavalos, alimentado com 380 Volts puxados por uma correia de 1,5 metros. A chave elétrica era do tipo faca com fusíveis de cartucho ambos fabricados pela Westinghouse - USA.
O bombeiro era o Antônio e o eletricista seu Mozart. O Telles que herdaria aquele pedaço para fazer um bar, era o fiscal do Coronel proprietário. Segundo meu pai Valdemar, essa primeira etapa funcionou até 1966, porém, houve um aditivo para atender as construções da segunda etapa da Vila São José em 1946, onde meu genitor foi servente de pedreiro (Tenho sempre a honra de dizer que meu pai, matuto vindo de Jucás, analfabeto, começou na Capital assim e depois foi galvanizando elevados e quando faleceu em 9 de abril de 1984, já estava aposentado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, como administrador em Nível Superior).

O primeiro reservatório dessa segunda fase foi na Avenidinha, pelo Norte ao lado da Via Férrea de Baturité da RVC. O cacimbão localizava-se à sombra de uma das castanholeiras, que eram em numero de duas. Essas sexagenárias árvores lá ainda estão, menos a caixa d’água e a cacimba em forma de disco voador. Na construção já mencionada e lá se foi 70 anos, tinha na Rua Leda dois reservatórios. Não os alcancei funcionando, mas cheguei a ver todas as instalações com canos vencidos pela corrosão e válvulas brecadas pelo desuso. Os motores já haviam sido retirados restando a base abandonada com parafusos ereto e ranhuras avariadas. O poço na casa do Chico sete cão na outra Avenidinha sentido Sul, não sei se era público, mas lá tinha um portão para a rua. Essa não me lembrei de perguntar ao meu velho. Pessoas inteligentes criam oportunidades. Tomando conhecimento dessa demanda reprimida, um empresário cujo nome não me ocorre, começou a vender água em carros pipa vinda de um poço profundo do bairro Floresta. Os baldes de zinco com capacidade para dez litros custavam Crn$ 0,50 (cinquenta centavos do cruzeiro novo) moeda que circulou tão logo fora criado o Banco Central do Brasil no Governo Castelo Branco.

Os caminhões GMC funcionavam à base de manivela. Ah, Já ia me esquecendo, as carroças do Mestre Carlos, que por apelidar seus animais, tornou-se também tipo popular na Vila São José. A carroça Pombo Roxo era tracionada pela Margarida (burra branca); a Pombo Cardo era com a Rosinha (burra avermelhada) e tinha o cavalo Gaspar que morreu.
Garoto ainda travesso, ajudei o Mestre Carlos nessas entregas. Sob a forma de Empresa de Economia Mista, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará – Cagece foi criada através da Lei 9.499, de 20 de julho de 1971, e absorveu o Saagec, bem como todas essas peripécias com água. Tudo desapareceu. Cesar Cal’s e Vicente Fialho modernizaram esse sistema em todo o Jacarecanga, ao qual por sua vez, Adauto Bezerra fez a parte de esgoto. Na Vila o homem dos esgotos era o Pedro velho, um protagonista comparado aos carregadores de Quimoas na Fortaleza antiga.
Quanto ao tratamento e atendimento de águas, nunca se ouviu falar em conta. Era uma cortesia do Coronel Philomeno aos seus operários. A Light/Conefor essas tinham e com péssimo atendimento, em um prédio histórico no Passeio Público. O Coronel tinha consciência da utilidade do líquido precioso, e dispensava de seus empregados. Água era o que não faltava. A vila só não foi mais ornamentada, culpa nossa que pisávamos na grama. A placa estava lá, mas servia de alvo para os travessos. Essa Vila do Jacarecanga pobre tem muitas histórias."

Assis Lima
(Radialista/jornalista)


Leia também:
Memórias de menino - O descanso da Vila


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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sistema de Esgotamento Sanitário de Fortaleza - Interceptor Oceânico



"Inaugurado, em 29 de abril de 1978, ao meio dia, 

na chamada Praia do Náutico, na Praia de Iracema, 
o Monumento do Saneamento, de autoria do artista 
plástico Sérvulo Esmeraldo."
(AZEVEDO, Miguel Ângelo de. 2005)

A maquete do monumento de Sérvulo Esmeraldo, feita antes do interceptor ser erguido. Foto de Antônio Cavalcante.


Em outubro de 1976, o Governo do Estado lança o projeto de construção de interceptor oceânico, com a instalação dos canos sob a faixa de areia, o que devastava os coqueiros de um dos trechos mais significativos da Avenida Beira Mar.
O interceptor oceânico foi proposto a interligação dos esgotos e de interceptação dos cursos d´água, entre o riacho Pajeú, que desemboca na antiga Praia Formosa
, local hoje onde fica o Marina Park e o riacho do Jacarecanga, na Avenida Leste-Oeste. De acordo com o traçado previsto no projeto arquitetônico, no trecho entre o Comercial Clube e a estátua de Iracema, a tubulação seria instalada sob a areia, evitando, assim, a danificação da avenida e o incômodo aos proprietários e frequentadores dos restaurantes da Avenida Beira Mar.
A oposição ao projeto do Governo Estadual e a contraproposta dos arquitetos, que sugeria o calçadão da Avenida Beira Mar área para implantação da tubulação do interceptor, trouxe elementos significativos às reivindicações dos ambientalistas. Os arquitetos e integrantes da SOCEMA mostraram-se contrários à derrubada dos coqueiros, chamaram a atenção da sociedade para a preservação ambiental e paisagística urbana, colocando em evidência a relação simbólica com os velhos coqueiros, abordando a dimensão do tempo como algo de valor para a sociedade.
Os protestos de 1976 marcaram o surgimento do ambientalismo em Fortaleza e conquistas demonstraram que o grupo de ambientalistas exerceu papel relevante no processo de reorganização política e cultural da sociedade, no final da década de 1970.



As referências ao esgotamento sanitário, em Fortaleza, são raras e esparsas até o século XIX, mesmo porque os avanços no atendimento público à população foram lentos e deficientes até a segunda metade do Século XX.

O historiador R.Batista Aragão relata que a capital da Província do Ceará, nos anos trinta do século XIX, apresentava as seguintes condições quanto ao saneamento básico:

“Fortaleza era, sem desdouro para os seus galanteios de Loira Desposada do Sol, uma cidade totalmente desprovida de saneamento básico. O perímetro urbano, compreendido entre o Jacarecanga e Prainha, a derivar em busca do Atapu e a fazer o contorno oeste à procura do Alagadiço, além do Centro onde habitam as famílias de maiores posses, era servido apenas por latrinas-de-quintal ou pequenas fossas geralmente cobertas de madeira. As maiores deficiências, no entanto, consistiam na obtenção de água potável, quase totalmente provinda de reservatórios e de cacimbas, tendo como via de conduto os barris rolantes e os pregoeiros de costas-de-burro.”

Em 1896, foi eleito presidente o Dr. Nogueira Accioly, que determinou a realização de concorrência para os serviços de esgotamento sanitário de Fortaleza. Foi apresentado um único projeto, de autoria do engenheiro Roberto Blaesby. O projeto não foi aprovado pela comissão formada por médicos e engenheiros, pois seus membros entenderam que o problema sanitário não estaria resolvido com a implantação de esgotos sem a canalização de água.

Em 1908, o Governador Accioly autorizou nova concorrência para as obras de esgotos e de abastecimento de água, ganha pela proposta do engenheiro João Filipe Pereira. As obras foram iniciadas em 1911, arrastaram-se por quase duas décadas e começaram a funcionar em 1927.

O sistema consistia na coleta de esgotos no quadrilátero formado hoje pelas avenidas Duque de Caxias, Dom Manuel, Leste Oeste e Filomeno Gomes, atendendo basicamente à área que constitui, atualmente, o Centro da Cidade. Naquela época, residiam na área central da cidade as famílias mais abastadas e de classe média.

Os dejetos eram lançados diretamente no mar, à altura da Praia Formosa, sem nenhum tratamento, sendo utilizada uma tubulação de ferro fundido, com cerca de 600 metros de extensão mar adentro.

No início da década de 1950, a rede de esgotos de Fortaleza, atendia a menos de 10% dos imóveis existentes, restringindo-se ainda à área central da cidade, com a coleta sendo efetuada em apenas 6.000 imóveis.

Em 1960, além do serviço público de esgotamento sanitário que atendia a parcela ínfima da população (8,8% dos imóveis), apenas outros 22.700 imóveis eram servidos por fossas sépticas, o que significava que cerca de 37% do universo de prédios de Fortaleza dava destino, até certo ponto adequado, aos dejetos. A rede coletora atingia a 37 km de extensão.


Postal dos anos 70

O PLAMEGPlano de Metas Governamentais, documento de planejamento preparado pelo Governo Virgílio Távora, para o período de 1963 a 1966, estabeleceu como objetivos para a cidade de Fortaleza: A extensão da rede de esgoto para cobertura da área abastecida com água; execução de obras de saneamento dos bairros pobres. Essas metas não foram cumpridas.

Em 1966, a SUDENE contratou a consultora PLANIDRO que elaborou um estudo onde foi prevista a disposição submarina dos esgotos. Naquela época, o sistema era formado por 72 km de redes coletoras, constituídas de tubos cerâmicos com diâmetros 150 a 375 milímetros, tubos de fibro cimento de 150 a 400 milímetros e, ainda, 2.300 metros de tubulações em concreto. Em 1971, foram construídos mais 53 km de rede coletora.

No ano de 1975, foi contratado pelo Governo do Estado o engenheiro consultor Antônio Garcia Occhipinti, para revisão para elaborar os projetos de ampliação do sistema de coleta, transporte e disposição final dos esgotos de Fortaleza.

No ano seguinte, 1976, foram iniciadas, pela CAGECE, as obras previstas no projeto do engenheiro Occhipinti, com a construção do interceptor oceânico*, com extensão de 6.864 metros (diâmetros de 1.500 a 1.750 mm) do emissário submarino, com 3.207 metros e emissários terrestres, com 716 metros.

Desde então, projetos têm sido elaborados e obras implantadas para a ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Fortaleza e de sua área metropolitana.

Das três grandes bacias de esgotamento – Vertente Marítima, Cocó e Maranguapinho – apenas a primeira era atendida e, assim mesmo, parcialmente, pois a rede coletora era de 327 km, servindo a 260.000 pessoas, equivalente ao índice de cobertura de 15% da população de Fortaleza.

Os sistemas isolados, que cobriam os conjuntos habitacionais e as favelas urbanizadas, eram constituídos de 197 km de rede coletora, com atendimento a 143.000 habitantes, correspondendo a 5% da população total.

Antes do início das obras do programa SANEAR, em 1993, o sistema de esgotamento sanitário de Fortaleza era bastante precário, apesar de já existir o emissário submarino, a rede coletora era de 524 km, com atendimento a 403 mil pessoas, o que correspondia ao índice de 20% de cobertura da população total.


Anos 80

Funcionamento do Sistema de Esgotamento

Há três grandes bacias de drenagem na Região Metropolitana de Fortaleza: Vertente Marítima, Cocó e Maranguapinho. Em termos de esgotamento sanitário, os sistemas podem ser assim divididos: I) o sistema de disposição oceânica vertente marítima (Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto – EPC / Estação de Tratamento de Odores - ETO); II) os sistemas isolados; III) o Sistema Integrado do Distrito Industrial de Maracanaú – SIDI.

O sistema de disposição oceânica é constituído por: várias bacias coletoras de esgoto; dois interceptores oceânicos, leste e oeste; estação de pré - condicionamento – EPC; estação de tratamento de odores – ETO; um emissário submarino.

Os efluentes sanitários, coletados nas grandes bacias, são conduzidos por coletores até os dois interceptores oceânicos: I) interceptor oceânico leste, com 2.960 metros de extensão em tubulação de 1.500 milímetros e 3.430 metros, em tubulação de 1750 milímetros; II) interceptor oceânico oeste, com extensão total de 5.858 metros, em tubulação de 1000 a 1.750 milímetros.

As águas residuárias são, então, lançadas na estação de pré-condicionamento, onde passam por tratamento preliminar, quando são removidos materiais grosseiros, finos e outros sedimentáveis. Nesta estação de pré-condicionamento, está também instalada a estação de tratamento de odores, para minimizar a exalação dos gases agressivos para a atmosfera.

Completamente automatizada, a estação de pré-condicionamento de esgoto e de tratamento de esgotos, EPC/ETE-SANEAR de 4,8 metros cúbicos por segundo e atualmente, trata 2,2 metros cúbicos por segundo. A estação é constituída de um rastelo e de sete peneiras rotativas e de grande porte, que separam os resíduos sólidos menores, as areias, além dos plásticos, metais, madeira, graxa e óleos derivados de petróleo.

Concluído o processo de pré-condicionamento, o esgoto é lançado ao mar através do emissário submarino, a cerca de 3.330 metros da costa e a uma profundidade de 16 metros. As correntes marítimas fazem a dispersão dos esgotos pré-condicionados.

Os materiais insalubres – poluentes e areia – são transportados para o aterro sanitário de Caucaia. Acoplada à estação de pré-condicionamento, existe a estação de tratamento de odores – ETO, para diminuir o mau cheiro próprio dos esgotos. Os gases passam por um processo de confinamento, depois de conduzidos em dutos e lavados com cloro gasoso, hidróxido de sódio e permanganato de potássio e, com os odores minimizados, são lançados na atmosfera.


Postal de 1991

Depois do tratamento, os esgotos são encaminhados para o emissário submarino, que lança os despejos no mar, onde são diluídos e afastados do litoral de Fortaleza pelas correntes marítimas. A capacidade real média atualmente utilizada do sistema é de 2200 l/s e a capacidade total do sistema é de 4.800 l/s. Os sistemas isolados são representados pelos conjuntos habitacionais existentes na Região Metropolitana de Fortaleza.


Cada sistema é formado por: I) rede coletora de esgotos; II) estruturas de interceptação;III) estação de tratamento de esgotos – ETE; IV) corpo receptor (rio, riachos, lagoas etc). O sistema integrado do distrito industrial (SIDI), em Maracanaú, atende a sete conjuntos habitacionais, com mais de 100.000 residentes (Timbó, Jereissati I, Jereissati II, Novo Maracanaú, Acaracuzinho, Novo Oriente e Industrial) e a mais de oitenta empresas implantadas no Distrito Industrial.

O sistema que coleta de esgotos domésticos e despejos industriais, executa o tratamento das águas residuárias e lança o efluente tratado no Rio Maranguapinho. Trata-se de um sistema de tratamento do tipo lagoas de estabilização, conhecido como sistema australiano. É formado por cinco lagoas, em série, sendo uma anaeróbica, uma facultativa e três de maturação, cobrindo uma área de 82 hectares. Sua capacidade de tratamento é de 523 litros por segundo de esgotos, estando processando atualmente cerca de 400 l/s.

Execução do Programa SANEFOR / SANEAR

O Programa de Infra-Estrutura Básica de Saneamento de Fortaleza – SANEFOR, que se popularizou com a denominação de SANEAR, foi o mais importante programa de investimentos, na área de saneamento básico, já implementado no Estado do Ceará.

As negociações entre o Governo do Estado e o BIDBanco Interamericano de Desenvolvimento, foram concretizadas em 9 de dezembro de 1992, com a assinatura de dois empréstimos, o OC-BR nº 695 e o SF-BR nº 892.

As obras foram iniciadas em junho de 1993 e concluídas em outubro de 2000.

Objetivos: O SANEAR teve como objetivo central, melhorar a qualidade de vida da população urbana da Cidade deFortaleza e Região Metropolitana, mediante a implantação de obras e serviços de esgotamento sanitário, drenagem e limpeza urbanas, através dos subprogramas descritos a seguir:

Subprograma de Esgotamento Sanitário

Foram executadas ações relativas ao macro e micro sistemas de esgotamento sanitário, envolvendo as seguintes realizações: 961 km de redes coletoras de esgoto, com 126.252 ligações domiciliares; 28 km de coletores tronco; 12,9 km de interceptores; 13,6 km de emissários terrestres; 18 estações elevatórias; 1 estação de pré-condicionamento de esgotos (EPC); 1 chaminé de equilíbrio; e a recuperação do emissário submarino. Os benefícios se estenderam a mais de 800.000 habitantes, o que representava quase a metade da população de Fortaleza.

Com a execução destas obras em Fortaleza, o índice de cobertura de esgotamento sanitário, que em 1993 era de 18,9%, passou para 60%, em 2000, beneficiando parcial ou totalmente 51 bairros.

Subprograma de Drenagem Urbana

As intervenções relativas à drenagem urbana foram realizadas em áreas criticas de Fortaleza, em especial as atingidas periodicamente por inundações que invadiam o sistema viário e também unidades residenciais. Essas inundações tinham como causas principais: a ocupação irregular de áreas ribeirinhas; o assoreamento ou subdimensionamento dos locais naturais de escoamento ou de acumulação (rios, riachos e lagoas) e artificiais (canais e galerias de drenagem pluvial e açudes); a disposição inadequada de resíduos.

Com as obras do programa SANEAR, o sistema de drenagem de Fortaleza passou a contar com mais 103 km de redes de microdrenagem e 28,2 km de macrodrenagem, implantados em 40 bairros.

Subprograma de Limpeza Urbana

No segmento de limpeza urbana, foram construídos três novos aterros sanitários: Aterro Sanitário Metropolitano Oeste – ASMOC, localizado em Caucaia; Aterro Sanitário Metropolitano Sul – ASMS, situado em Maracanaú; Aterro Sanitário Metropolitano Leste – ASML, em Aquiraz. Esses três aterros resolveram o problema da disposição final dos resíduos sólidos de seis municípios da Região Metropolitana de Fortaleza e permitiram a desativação do “aterro do Jangurussu”, que se constituía numa importante fonte poluidora do rio Cocó. Este antigo aterro foi transformado em um complexo, composto por uma estação de transbordo, uma usina de reciclagem e outra de incineração de resíduos provenientes das unidades de saúde. Foi recuperada a área do “lixão”, com a implantação de um sistema de drenagem dos gases produzidos, compactação do monte de lixo e sua cobertura com vegetação fixadora nos taludes de 41 m de altura.

Assim, a implantação dos aterros sanitários, com vida útil prevista para vinte anos cada, bem como das usinas de reciclagem e incineração, modernizaram o sistema de limpeza urbana da Área Metropolitana de Fortaleza, constituindo solução adequada à questão da destinação final dos resíduos sólidos.

Subprograma de Sistemas Complementares

Este subprograma atuou por meio de três vertentes distintas que complementaram, apoiaram e integraram todas as obras do programa:

Relocação de Famílias : A relocação de famílias, por meio de indenização ou de reassentamento e com a desapropriação das áreas, fez-se necessária para viabilizar as intervenções do Programa, na execução das obras de esgotamento sanitário, drenagem e limpeza urbanas. As intervenções se concentraram nas margens das lagoas, córregos e rios beneficiados, sujeitas a inundações periódicas, principalmente nos períodos de chuvas.

Fortalecimento Institucional e Educação Ambiental: As ações de Fortalecimento Institucional reforçaram as estruturas técnicas e operacionais das instituições públicas estaduais e municipais envolvidas diretamente com as ações de operação e manutenção dos equipamentos urbanos instalados pelo Programa. As ações de Educação Ambiental e Sanitária executadas tentaram influenciar diretamente na mudança dos hábitos da população, contribuir para a preservação e a manutenção dos sistemas instalados e na disposição adequada do lixo, tendo em vista a preservação da saúde e do ambiente em geral.

Hidrometração: As obras de hidrometração tiveram como objetivo principal combater o desperdício e ampliar as possibilidades de atendimento à população de Fortaleza, elevando o percentual de instalação de hidrômetros de 32,4% para 86,3%.


Postal de 1991

* O monumento Interceptor Oceânico é popularmente conhecido como "chifre do prefeito" ou ainda "chifre do governador" rsrs 
Se bem que eu tenho a impressão que isso seja um canudo¬¬



Fontes: Cagece, Tempos Verdes em Fortaleza:
 Experiências do Movimento Ambientalista (1976-1992)
 Patricia Carvalho Nottingham

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CAGECE

1866 – 1971

Fortaleza teve seu primeiro sistema de abastecimento de água inaugurado em 29 de setembro de 1866, utilizando as fontes do Sítio Benfica. Ao final dos anos 60, o Ceará contava com 89 sistemas de abastecimento de água: 25 operados pela Fsesp, 32 pela Caene, 18 por Prefeituras Municipais, 9 pelo Dnocs e o de Fortaleza pela Saagec, que administrava também a pequena rede de esgoto existente.
O 1º sistema de esgoto da Capital foi projetado por João Felipe em 1911 e começou a funcionar em 1927. Cobria o pequeno centro da cidade. Em 1956, tinha um emissário de 600 m de extensão e uma estação elevatória na praça do Passeio Público.
Em 1966, Fortaleza contava com 39 mil metros de rede coletora de esgoto cobrindo 5,7% da população. Em 1971, a malha atingiu 53 mil metros beneficiando 8% dos fortalezenses. No período, apenas 54,8% de Fortaleza era abastecida.

1971 - 1981


Foi criada então, sob a forma de Empresa de Economia Mista, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará CAGECE, através da Lei 9.499, de 20 de julho de 1971. De 1977 a 1978 a Companhia construiu o emissário submarino de Fortaleza e em 1981, o sistema Pacoti-Riachão-Gavião, com capacidade para armazenar 511 milhões de metros cúbicos de água. No mesmo ano, a rede coletora de esgoto chegava a 460km, atendendo a 18% da população. Criar a Empresa foi uma iniciativa importante, mas era preciso pôr em prática o entusiasmo da criação.

Cegece criada em 20 de julho de 1971.
1977/78 - Construção do emissário submarino de Fortaleza, que dilui e afasta o esgoto pré-condicionado do litoral de Fortaleza pelas correntes marítimas.
1992 – 1998

Em 92, a Cagece construiu o açude Pacajús e evitou o colapso no abastecimento de Fortaleza com a execução do Canal do Trabalhador. A medida garantiu uma reserva de 750 milhões de metros cúbicos de água para Região Metropolitana de Fortaleza. Outras ações foram acontecendo, como a construção do Sistema de Tratamento de Esgoto do Distrito Industrial de Fortaleza, em Maracanaú, que hoje atende a 87 indústrias e 100 mil pessoas residentes na cidade .

1992 - Construção do açude Pacajus evita o colapso no abastecimento de Fortaleza com a execução do Canal do Trabalhador.
O período de 1996 a 1998 ficou marcado pela execução do Sanear I, que elevou o atendimento com serviços de esgotamento sanitário de 18 % para 60%, possibilitou a instalação de 150 mil hidrômetros em Fortaleza e a construção da Estação de Pré-condicionamento de esgotoEPC, automatizada e com capacidade para tratar 4,5 m³/s de esgoto .
O macrossistema de distribuição de água de Fortaleza e da região da Ibiapaba foram automatizados (operados através de computador), possibilitando a identificação de qualquer ocorrência em tempo real. Foi implantado, também, o sistema de leitura e faturamento imediato, que deu oportunidade ao cliente de conferir sua conta ao recebê-la.

1996-1998 - A execução do Sanear I, programa de saneamento do Governo do Ceará
A Cagece levou água tratada ao homem do campo, através do Programa KFW I , beneficiando 120 mil habitantes da zona Norte do Estado, sendo 63 localidades com água tratada e 22 com esgoto. Foi criado o primeiro Sistema Integrado de Saneamento Rural – Sisar.

2001 – 2003

A Cagece completou 30 anos em julho de 2001 com uma nova arquitetura organizacional formada por Unidades de Negócio na Capital e no Interior do Estado e Unidades de Serviço. A Companhia entendeu que era preciso ousar. Concretizou o processo de reestruturação e modernização, dirigindo seu foco para o cliente.
A Empresa investiu em planejamento estratégico, trabalhou 48 Macroprojetos voltados para as diversas áreas; destinou 1% de sua arrecadação para treinamento e capacitação de pessoal; iniciou ações de educação sanitária; implementou campanhas de combate ao desperdício de água; apostou em Gestão do Conhecimento, através do programa MC2; desenvolveu programas de Reúso de efluentes tratados e de Eficiência Energética, além de informatizar a Companhia, dentre outras iniciativas.
No mesmo período foi destacada nacionalmente, como a Empresa que apresentava os índices de produtividade mais elevados, com 518 economias por empregado e como a empresa que tem a menor tarifa média (R$ 0,63 por m³). Já em termos de despesa com serviço por metro cúbico faturado, a Cagece destacou-se também com a produção mais barata, R$ 0,60 por m³.
A Companhia cearense destacou-se, ainda, pelo menor índice de perda de faturamento na região Nordeste, 32,1%, enquanto a média de perda, a nível de Brasil, chegava a 45%. No item esgotamento sanitário, a Cagece liderou as Empresas do Nordeste com índice de atendimento de 26,5%, colocando-se dentre as três melhores do Brasil em termos de tratamento de esgoto, por ser uma das únicas a tratar 100% dos dejetos coletados.
A Estação de Pré-condicionamento de esgoto – EPC foi dotada de uma Estação de Tratamento de Odores (ETO), para confinar os gases exalados pela unidade, lavá-los e desinfectá-los antes de serem lançados na atmosfera. A medida reduziu em 90% o mau cheiro provocado no tratamento dos dejetos.
O período marcou, também, o início de programas importantes como o São José e o Alvorada, que levaram saúde a moradores de pequenas comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), através da implantação de sistemas de abastecimento de água, coleta de esgoto e unidades sanitárias. Além da construção do sistema de esgotamento sanitário do Conjunto José Walter; ampliação dos filtros da Estação de Tratamento de Água do Gavião (ETA) que elevou a produção de água da Região Metropolitana de Fortaleza, de 4.9 mil litros por segundo para 6.0 mil l/s, e a construção da fábrica de cloro no sistema de tratamento de água de Maranguape.

Outras ações importantes aconteceram no triênio tais como: o início do Programa Conhecendo Nossa Cagece e a implantação de iniciativas como o Água em casa, Despoluição dos recursos hídricos, Atendimento nos bairros com unidades móveis, Educação Sanitária, Cagece nas escolas, subprogramas do “Cagece em ação”. Merece destaque também a participação da Cagece na Campanha de combate a dengue; lançamento das campanhas de “Combate ao desperdício de água” e do “Gambiarra”, visando o coibir as ligações clandestinas nos sistemas da Companhia; implantação da Intranet e lançamento do Portal da Cagece e padronização das lojas de atendimento.
Nesse sentido, uma das prioridades da Empresa nessa gestão, que iniciou em 2003, é a universalização dos serviços de água e esgoto sanitário, com uma meta audaciosa, cujo objetivo é o atendimento a 100% das sedes municipais com abastecimento de água e 50% com a coleta de esgoto.
O período de 2003 a março de 2005, contempla diversas ações importantes, dentre as quais destacam-se: a renovação da concessão de Fortaleza por mais 30 anos, 69 cidades do Interior do Ceará e a assunção de seis novos municípios; a implantação do Centro de Contato 0800-850195 e ampliação do call center para mais 10 cidades interioranas, bem como a criação da Ouvidoria da Empresa; implantação da conta em Braille, sendo pioneira no Estado em termos de leitura em código de barras.
No campo operacional a Empresa investe no controle de qualidade da água e análises dos sistemas de esgoto sanitário. O Laboratório Central da Cagece foi ampliado e teve implantada sua unidade de hidrobiologia. A preocupação da Empresa com o meio ambiente é uma constante e para conduzir especificamente o assunto, criou a Gerência de Meio Ambiente.

2004 - 2006
O ano de 2004 foi marcado por diversas premiações. Merece destaque o prêmio Delmiro Gouveia, sendo a Cagece classificada como uma das dez maiores empresas do Ceará em faturamento líquido. A Empresa participou de todas as edições do prêmio, sendo contemplada desde 2001 na categoria Desempenho Social. A Cagece recebeu também os prêmios: Procel, de eficiência energética; Líder Empresarial, na pessoa do então presidente Newton Rodrigues; Cagece como referencial do setor de saneamento.
No final de dezembro de 2004, a Empresa executou melhorias na Estação de Tratamento de Água do Gavião, incluindo a proteção do sistema adutor Gavião-Ancuri e a colocação de duas bombas de alto rendimento, gerando um aumento de 200 litros por segundo de água a partir do dia 12, e mais 150 litros por segundo, em março de 2005, na vazão da água distribuída a Região Metropolitana de Fortaleza. A iniciativa ampliou a produção de água tratada da ETA-Gavião para seis mil e novecentos litros por segundo.
Com a finalidade de universalizar o abastecimento de água e espalhar saúde pelo Estado a Empresa abraça importantes programas como: Alvorada, São José (Sisar), Prourb, Prodetur, Prosaneamento, PMSS, Pass/OGU, Pass/BID, Psarm/Funasa, Sdlr/Pró-moradia, KfW II e Sanear II para ampliação e implantação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, além de investimentos com recursos próprios da Empresa dentre os quais, o Programa Cagece em Ação, que aproxima cada vez mais a Empresa dos clientes.
A Cagece captou recursos da ordem de R$ 747 milhões para investimentos – um montante marcante na história do saneamento básico do Ceará – O volume de investimos do período de 2003 a 2006 é de R$ 561,0 milhões. A maior fatia desses investimentos, cerca de R$ 450 milhões, aplicada na implementação do programa Saneamento é Saúde (Sanear II), que tem conclusão prevista para 2009 e vai elevar a cobertura de esgotamento sanitário em Fortaleza para 81,2%. Somente neste ano de 2005, o elenco de obras envolveu investimentos correspondentes a R$ 202 milhões.
Focada para o Cliente, a Cagece investe com recursos próprios, no Programa Cagece em ação, através dos subprogramas: Água em casa, que beneficia populações de baixa renda; Despoluição de recursos hídricos; Educação sanitária; Cagece nos bairros.
Em 2005, foram autorizadas as obras de ampliação da Estação de Tratamento do Gavião cuja vazão passará de 6 mil e 900 litros por segundo (l/s) de água para 8 mil e 300 l/s. A unidade ganhou dois novos filtros. Foram duplicados a adutora Gavião-Ancuri e o reservatório elevado do Ancuri, de onde desce a água tratada para distribuição à grande Fortaleza.
Nesse mesmo ano a Empresa modernizou o macrossistema de Fortaleza com a montagem de duas válvulas automatizadas (1.200 mm de diâmetro) na unidade remota (4), que regula as pressões da água distribuída às zonas leste e oeste de Fortaleza. A medida incrementou o macrossistema de Fortaleza controlado por computadores, através de sensores inteligentes, que acusa em tempo real quaisquer ocorrências no sistema de abastecimento da Capital, inclusive, o residual de cloro.
A Cagece iniciou em abril de 2005 processo de certificação ISO 9001:2000, visando a estruturação e implementação do sistema de Gestão de Qualidade do Laboratório Central da Empresa, da Estação de Tratamento de água do Gavião. No final de 2005 recebeu a certificação dessas duas Unidades e em 2006 deu início ao processo de certificação de sete estações de tratamento do Interior e do Laboratório de Hidrometria (calibração e manutenção de meiddores). Empenhada nas ações de responsabilidade social a Companhia se inscreveu no Instituto Ethos.
Com uma nova arquitetura organizacional, a Cagece ganhou um novo logotipo que traduz sua evolução, modernidade, a tecnologia utilizada, sua proximidade ao cliente e sua preocupação com o meio ambiente dentre outros pontos.
Havia que atravessar fronteiras e transformar o Ceará num exemplo de trabalho em prol da melhoria da qualidade de vida e da saúde da população. A Cagece tem sua história ligada a essa luta, superando dificuldades, para que possa cumprir sua Missão com profissionalismo e muita seriedade. Levar água tratada a população cearense exige muita responsabilidade e vontade de fazer, e essa determinação é que faz a Cagece prosseguir.

2007 – 2008
A Cagece chega aos 37 anos (20 de julho de 2008) e leva água tratada a 251 localidades de 149 municípios do Ceará, garantindo saúde e qualidade de vida a 4,52 milhões de cearenses e beneficia 1,66 milhões com serviços de coleta de esgoto. São 9.784.785 metros de rede de distribuição de água e 3.750.99 m de rede coletora de esgoto em todo o Estado. Cerca de 1.256.645 ligações de água e 338.252 ligações de esgoto beneficiando os cearenses. O índice de cobertura com abastecimento de água é 96,91% no Estado e 97,80% em Fortaleza. Enquanto a cobertura de esgoto na Capital já é de 50,56% e 35,74% no Estado. A Cagece é uma das poucas empresas de saneamento do País que trata 100% dos esgotos coletados.
A Companhia atua na Capital e Interior através de Unidades de Negócio e Serviço. São oito Unidades de Negócios do Interior, quatro Unidades de Negócios da Capital, além das Unidades de Serviços e da administração da Empresa, instalada na sede, localizada na rua Lauro Vieira Chaves, 1030, no bairro Vila União.
A cada ano a Cagece expande seus serviços e fortalece o desempenho na busca da universalização dos serviços de água em todo Estado. A empresa  trabalha com planejamento estratégico focado nos resultados. Sua visão futuro para 2012 é estar entre as três maiores companhias de saneamento do País. Entre os principais projetos para até 2010 estão: garantir acesso à água tratada a todos os cearenses; universalizar os serviços de coleta e tratamento de esgoto na RMF; aplicar R$ 832 milhões em serviços de água e esgoto; ter excelência em gestão reconhecida pelo Prêmio Nacional de Gestão Pública; ser uma das 150 melhores empresas para trabalhar, no Brasil, entre vários outros.
Em 2007 a Cagece recebeu o Prêmio Top of Quality Ambiental. O prêmio é uma iniciativa da Ordem dos Parlamentares do Brasil (OPB) e é outorgado para todas as empresas que buscam reduzir os impactos negativos causados ao meio ambiente. Outro destaque da Empresa foi o Prêmio Delmiro Gouveia, sendo premiada em três categorias: 5ª Maior Empresa do Estado pelo Resultado Final Líquido Ajustado; a 2ª Melhor Empresa em Desempenho Social e a 5ª com Melhor Contabilista.
A Empresa é atualmente uma referência nacional no segmento saneamento básico. Hoje tem certificação ISO 9001:2000 em 23 de suas Unidades, sendo a Estação de Tratamento de Água da ETA Gavião; o Controle de Qualidade da Água e Efluentes do Laboratório Central; Tratamento e Controle de Qualidade da Água das ETA's Poty (Crateús), Jaburu (Tianguá), Maranguape, Itapipoca (I e II) e Russas; Calibração e Manutenção de Medidores do Laboratório de Hidrometria e mais 14 lojas, sendo duas no Interior.
Os cageceanos sabem que muito já foi feito, mas que ainda há muito a fazer. São aproximadamente 3.700 colaboradores, incluindo empregados, terceirizados, estagiários e diretores que com o objetivo buscam a conquista na excelência dos serviços para garantir saúde aos cearenses. É a esse pessoal qualificado que a Cagece deve seus 37 anos.

2009 – 2010
Em 2009, a Companhia recebeu vários prêmios e foi reconhecida nacionalmente como uma das melhores prestadoras de serviços públicos do país em inovação e qualidade. Recebeu o prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia do Ministério das Minas e Energia/Eletrobrás.
No mesmo ano, conquistou a faixa prata do Prêmio Ceará de Gestão Pública (PCGP); três unidades de negócio da Capital venceram o prêmio PNQS na categoria prata e uma unidade de negócio do Interior na categoria bronze. A Cagece ficou entre as dez melhores organizações públicas do Brasil na classificação do Prêmio Nacional da Gestão Pública (PQGF).
Já em 2010, além de grandes investimentos na ampliação das redes de esgoto, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará (Cagece) foi eleita a quarta melhor empresa de saneamento do Brasil e a primeira do Nordeste, apontada pelo Instituto Trata Brasil.
A cobertura de esgoto no Ceará cresceu de 35,85% em dezembro de 2009 para 37,23% no final de 2010. Atualmente, 1.897.270 cearenses estão ligados à rede de esgotamento sanitário da Companhia. O acesso à água também aumentou neste ano, passando de 97,26 para 97,59%. Agora são 4.972.719 habitantes ligados à rede de água da Cagece.
Todo esse reconhecimento só mostra que a empresa está no rumo certo para alcançar sua visão de futuro para 2012: estar entre as três melhores empresas do seu setor de atuação.


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