Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Centro de Turismo do Ceará
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Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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domingo, 4 de novembro de 2018

Centro de Turismo do Ceará



O Centro de Turismo do Ceará funciona num prédio onde na Fortaleza de outrora, funcionou a cadeia pública da cidade.
“Ocupa a quadra circunscrita pelas ruas do Senador Pompeu, da Misericórdia, do General Sampaio e o lado norte em confrontação com o mar.
É um grande prédio assobradado no centro e dividido em dois raios no pavimento inferior, onde estão as prisões ou células em número de 28, medindo nesta parte 6m.de altura e no andar superior 11m. tendo todo ele 78m. de comprimento e 18.20m. de largura.

Na parte superior estão o alojamento do carcereiro, o arquivo e as enfermarias, que recebem ar e claridade por grades de ferro que as fecham, e duas janelas que olham para o mar.

Cada una dessas células que contem ordinariamente de 12 a 20 presos, é fechada por una janela alta com grossos varões de ferro, que deita para o pátio, e grade de ferro para os corredores.

Contorna o edifício una alta muralha que mede em quadro 396m2. E serve de fundo a una cozinha espaçosa a diversos quartos para oficinas e o corpo da guarda que fica em médio do lanço setentrional. Em u pátio um poço que fornece água para a lavagem e outros misteres.

El ano de 1850 se ordenou ao engenheiro Manuel Caetano de Goiveira que organizasse a planta e desse começo aquela obra. Mais solo se terminam as mesmas em 1866.

A Cadeia Pública foi desocupada, na gestão do Governador Plácido Aderaldo Castelo. Restaurado o velho prédio e preparado sim modificações de sua estrutura, para nele funcionar Emcetur - Empresa Cearense de Turismo desde 1971.”


 
Antônio Bezerra de Menezes “Descrição da Cidade de Fortaleza” 1992.


Descrição geral dos melhoramentos que o prédio necessitava/recebeu no início dos anos 2000:

  • Praticamente a totalidade das lojas do Centro de Turismo, agregavam em seu interior mezaninos e novos forros de madeira ou materiais inflamáveis, que somando-se a precariedade das instalações elétrica (gambiarras) elevava muito os riscos de incêndio. Foi sugerido uma revisão neste aspecto.

  • As instalações telefônicas com o crescimento da demanda foram sendo executadas pelo o exterior do edifício formando um emaranhado de cabos sem direção ou sentido. Foi sugerido ordena-los apoiando-os sobre elementos do próprio prédio, como por exemplo, as linha de cornijas.

  • Normas sobre a propaganda no exterior das lojas servia para evitar placas que desfiguravam a fachada ou marquises feitas com telhas de amianto, como as que se podiam encontrar na rua Dr. João Moreira.

  • Era preciso erradicar por completo os elementos agregados ao edifício, tais como tabique de blocos de cimento para esconder vasilhames do restaurante ou pequenos quartos.

  • Os pátios interiores necessitavam serem reprojetados, para receber novos mobiliários e nova iluminação.

  • O Museu de Arte Popular, dotado de peças de real importância, encontrava-se necessitando de urgente atenção. A cobertura do salão era de telhas de capa e canal de barro, sobre caibros e ripas e desprovido de forro. A água pulverizada nas horas de chuva e a constante poeira sobre as peças, em sua maioria de madeira, provocaram um envelhecimento precoce e um deterioro acelerado do acervo em geral.


Recomendações para a pintura:

  • Antes de iniciar-se a pintura era necessário uma recuperação dos elementos de arquitetura, tais como: frisos, cornijas, molduras, grades e outros. Alguns destes elementos precisavam ser repostos, pois estavam rotos ou desaparecidos, como os pináculos do edifício da administração e da portada principal, bem como as gárgulas ( jacarés ) das fachadas.
  • Como segundo passo, a limpeza das fachadas com a lavagem com água à pressão ( 14,5 Kg/cm2 ) para a remoção da sujeira acumulada e das capas de pinturas anteriores que estavam se desprendendo. As pinturas anteriores, por não terem sido preparadas satisfatoriamente se desprenderam do suporte (parede) criando um espaço entre as mesmas e a parede gerando condições ideais para o aparecimento de limo, fungos e outras formações orgânicas que aceleraram o estado de deterioro das superfícies pintadas conferindo-lhe um aspecto geral de abandono.
  • Feita a limpeza geral das superfícies a pintar, era preciso passar ao processo de regularização das paredes.
  • Para garantir a durabilidade e integridade da pintura, era preciso revisar com atenção o sistema de drenagem pluvial, pois em alguns pontos do conjunto de edifícios se notavam infiltrações provenientes das calhas dos telhados.
  • Para a preparação dos elementos de ferro, ( portões, grades ) o procedimento adequado seria o de jateamento com areia para a remoção completa das camadas de oxido de ferro e das sucessivas camadas de pintura anteriormente aplicadas. Após a limpeza, o recobrimento da superfície dos elementos executados em ferro, com prime anti-oxidante com base ativa de oxido de alumínio para posterior aplicação da pintura indicada.



Crédito: Ofipro
 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Rua da Misericórdia ( Rua Dr. João Moreira) - Cadeia Pública (Emcetur)


A atual Rua Dr. João Moreira já se chamou Rua Nova da Fortaleza, Rua da Misericórdia (por causa da Santa Casa), Travessa do QuartelRua General Tibúrcio e Rua nº 17.

Em 21 de Novembro de 1867 o prédio da Cadeia Pública, na Rua da Misericórdia (Dr. João Moreira) fica pronto e os presos são transferidos dos xadrezes que ficavam embaixo da Casa da Câmara, na Rua Floriano Peixoto.
O prédio foi construído pelo engenheiro Manuel Caetano de Gouveia


Acervo Assis Lima

O conjunto arquitetônico que se alinha em torno da Rua Dr. João Moreira é parte integrante de uma área com grande potencial arquitetônico, paisagístico e urbano e sugere, pelo seu desenho, e baseado em conceitos atuais de preservação, a criação de um "Corredor Cultural".

A área reúne boa parte  das edificações originais da cidade, a começar pelo Forte de N. Sr.ª da Assunção  – edifício que relembra o nascimento da cidade às margens do riacho Pajeú e a partir da sua implantação. Ao lado do Forte, e parte do seu terreno de defesa no eixo da linha da costa, está o Passeio Público. Fruto do embelezamento que a cidade sofreu no final do século XIX, o Passeio registra um pouco da história da organização social da cidade. Sua riqueza paisagística pode ser reforçado pelas visuais do mar que ela proporciona ao Centro. Apesar de ter passado por um processo de restauração, que poderia estimular o turismo na área, o Passeio encontra-se pouco utilizado pela população de Fortaleza.


Acervo Assis Lima

Ainda próximo se situa a Antiga Cadeia Pública que sedia atualmente o Centro de Atividades Turísticas do Estado do Ceará – que desenvolve o comércio do artesanato local além de estimular o turismo na área histórica.

Neste eixo também implantam-se a Santa Casa de Misericórdia, os edifícios da Antiga Sociedade União Cearense e da Associação Comercial – prédios de grande valor histórico, arquitetônico e sentimental para a cidade.


Acervo Assis Lima

Como ponto de fuga final desta seqüência, teríamos a Praça Castro Carreira em torno da qual se situam os galpões da REFFSA e a Estação João Felipe.


Acervo Assis Lima


No dia 21 de Setembro de 1933 o Presidente Getúlio Vargas visitou a Cadeia Pública, foi no Quartel e inaugurou de modo precário a PRE-9. Chegou em Fortaleza de trem vindo da Paraíba. - Acervo Assis Lima


Grande apoteose defronte a Estação Ferroviária Central. Recepção do presidente Getúlio Vargas. - Acervo Assis Lima

Foto antiga do Quartel do 9º Batalhão - Acervo Assis Lima

Foto de 1911 - Em destaque o prédio da antiga cadeia pública - Acervo Assis Lima

Prédio da cadeia pública - O edifício de dois pavimentos era dividido assim: Na parte inferior, ficavam as 28 celas (com capacidade entre 12 e 20 presos) e na parte superior, o alojamento do carcereiro, o arquivo e a enfermaria. 


Antiga Cadeia Pública

Um dos primeiros edifícios públicos a atender as modificações impostas pela Legislação Penitenciária Imperial. As obras foram iniciadas em 1850 e concluídas em 1866. Tem linhas clássicas e caracteriza-se pela clareza e simplicidade das formas. Atualmente, sedia o Centro de Turismo do Estado, com 105 lojas de artesanato e dois museus: o de Minerais e o de Arte e Cultura Populares.

Emcetur - Foto do início da década de 80 - Arquivo Fortal

O prédio onde hoje se localiza o Centro de Turismo foi construído na época do Império entre 1850 e 1866 para ser a Cadeia Pública de Fortaleza. De acordo com o arquiteto e urbanista Totonho Laprovitera, o prédio começou abrigando somente homens e, no início do século XX, foi construída uma ala feminina. Em 1967, começou a desativação da cadeia. Nesse processo, conforme ele, surgiram duas correntes: uma queria que o local fosse demolido para dar lugar a um estacionamento e outra queria a construção de um hospital. Em 31 de março de 1973 foi fundado no local o Centro de Turismo pelo então governador César Cals. Também faz parte do centro o Teatro Torres Câmara, que fica localizado no prédio em frente à antiga Cadeia Pública. As antigas celas da cadeia hoje abrigam as lojas de artesanato. Além das lojas, também funcionam na Emcetur os museus de Arte e Cultura Populares e de Mineralogia.
 A antiga cadeia pública, hoje Centro de Turismo, foi projetada e construída a partir de 1850 pelo engenheiro Manuel Caetano Gouveia, levando cerca de 16 anos para ter suas obras definitivamente concluídas (1866). Em arquitetura neoclássica a edificação caracteriza-se pela clareza construtiva e simplicidade de suas formas. Conservando-se as mesmas linhas arquitetônicas e respeitando suas características neoclássicas, a antiga Cadeia Pública foi adaptada para abrigar o Centro de Turismo. A responsabilidade do projeto coube aos arquitetos Francisco Afonso Porto Lima e Francisco Américo de Vasconcelos, ficando a execução do projeto sob a responsabilidade da Secretaria de Obras do Estado do Ceará (SOEC). Protegido pelo Tombo Estadual segundo a lei n° 9.109 de 30 de julho de 1968, através do decreto n° 15.319 de 17 de junho de 1982.
As entradas para o Centro de Turismo ficam pelas ruas Doutor João Moreira, Senador Pompeu ,General Sampaio e Senador Jaguaribe, próximas à Estação Ferroviária João Felipe. Horários de funcionamento: segunda a sexta-feira, de 8 ás 18 horas; sábado, de 8 às 17 horas; domingos e feriados, de 8 ao meio-dia. Tel: (85) 3101 5507 /86283159.

Hoje, os lugares das celas foram transformados em boxes, onde podem ser encontradas as variedades do artesanato cearense. Na parte superior do prédio, funciona o Museu de Arte Popular, com motivos religiosos e folclóricos, e o Museu da Mineralogia, com pedras preciosas e semipreciosas do Ceará e do Nordeste



Foto arquivo O Povo

“Eu lembro que estava cheio de gente importante. Foi uma festa bonita”. Luiz Carlos Bezerra tinha 10 anos quando o Centro de Turismo de Fortaleza foi inaugurado, em 1973.

O prédio, que durante mais de um século abrigou a Cadeia Pública da Capital, foi desativado em 1967. Seis anos depois, reabria as portas para acolher as atividades comerciais turísticas e divulgar a beleza do artesanato e da culinária cearense.


Foto de Josiane C.


Foto de Lelé

O menino Luiz é hoje o vice-presidente da Associação dos 105 lojistas existentes no Centro de Turismo. Ele adverte que já houve momentos de esquecimento e descaso ao equipamento. Considera que hoje o poder público tem dispensado maior atenção ao prédio, tombado pelo patrimônio histórico em 1982. “Tenho raiva quando as pessoas esquecem esse lugar. Ele é parte da nossa história. Agora estão olhando mais por ele”, garante.

De acordo com o administrador do centro, Laete Fernandes de Sousa Filho, há um ano a infraestrutura do edifício passou por uma reforma. Pisos e telhados foram trocados. Toda a parte hidráulica, elétrica e sanitária foi substituída. A pintura foi refeita em todo o prédio. O jardim recebeu reformulação e nova iluminação. Os banheiros foram ampliados. A acessibilidade a cadeirantes foi contemplada por meio de um banheiro adaptado e da instalação do elevador que dá entrada ao 1º piso, onde fica o Museu de Arte e Cultura Populares.

As mudanças já refletem satisfação não apenas àqueles acostumados ao espaço. O grupo de turistas de Itari, no Paraná, se mostrou feliz com o lugar que encontrou. “É tranquilo, organizado, bonito”, encantou-se o bancário paranaense Reinaldo Trinco.

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Na foto, podemos observar que a cela que já abrigou muitos presos, encontra-se muito bem preservada, inclusive com a fechadura da época.


Foto de Juliana Abrahão

O prédio da Antiga Cadeia Pública foi desativado em função da construção do Instituto Penal Paulo Sarasate.

Existem rumores, entre os comerciantes daquele local, que estranhas passagens secretas estão escondidas no chão do prédio.


Foto de Júnior Godim77


Foto de Lucas Conrado

Centro de Turismo completou 38 anos

Um dos mais tradicionais equipamentos turísticos de Fortaleza, o Centro de Turismo, também conhecido como Emcetur, completou 38 anos no dia 31 de Março deste ano. A construção iniciou suas atividades comerciais turísticas em 1973 e foi tombada pelo patrimônio histórico estadual em 1982. Atualmente, cerca de 105 lojas comercializam e promovem o artesanato e culinária cearenses.


Foto de Nivardo C.

As renda de bilro, redes, castanhas-de-caju, crochê, palha, couro, doces, rapaduras, licores, pingas e outras lembranças, encantam os turistas e visitantes que passam pelo local. O edifício caracteriza-se pela clareza e simplicidade das formas, revelando o charme e elegância com os quais o prédio histórico e polo de artesanato podem ser caracterizados.


Foto de Renato Freitas Romano

Um pouco mais de história

As construções físicas do Centro de Turismo são datadas no ano de 1866, abrigando presos no século XIX quando iniciou suas atividades como Cadeia Pública. Em 1967, ocorreu a desativação do equipamento.

Em 1973, as celas deram lugar as lojas de artesanato e o pavimento superior, onde funcionavam o alojamento, a administração e o refeitório, foi adaptados para sediar a Empresa Cearense de Turismo (Emcetur). Após a extinção do órgão, passou a funcionar, no local, o Museu de Mineralogia, que buscou expor ao público as riquezas minerais do solo cearense, e o Museu de Arte e Cultura Popular, que retrata a cultura do povo cearense, com esculturas feitas pelo artista Deoclécio Soares (Bibi), as artes esculpidas em cerâmicas feitas pelo artista Cícero Simplício do Nascimento (Cizin), e os bonecos feitos pelo Mestre Boca Ricca.
 
Foto de Manilov

Atualmente, o pavimento superior do Centro de Turismo conta, ainda, com uma Pinacoteca, cujo acervo possui obras de importantes artistas nordestinos, como Chico da Silva, Francisco Nogueira, Sergei de Castro, F. Lopes, Joca, dentre outros.

A necessidade de restaurar um patrimônio

Desde o início das atividades como centro de artesanato, há 38 anos, o prédio que abriga o Centro de Turismo ainda não havia passado por uma grande intervenção. Diante da necessidade da restauração de um equipamento tão importante para o patrimônio histórico e turístico cearense, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Turismo do Estado (Setur), realizou, em março de 2010, as obras de melhoria nos blocos norte, central e sul. Todas as restaurações foram voltadas para preservar o espaço e permitir a acessibilidade das pessoas com deficiência e do público em geral.


Foto de Manilov

No pavimento térreo do bloco central, cuja área é de 2.834,94 metros quadrados, a reforma realizada na Emcetur incluiu as lojas e a instalação de uma plataforma hidráulica. Já o andar superior, foram realizadas melhorias nas salas de reuniões, na diretoria, na Associação da Melhor Idade e nos WCs (masculino, feminino e para pessoas com deficiência). O bloco sul, com 752,55 metros quadrados, recebeu um estacionamento para 42 veículos, além da reforma das lojas e jardins. Foram trocadas as pinturas e os pisos do equipamento, que agora conta com pedra colonial. As obras receberam investimentos de R$ 1.976.640,00.

Essa restauração no Centro de Turismo foi apenas uma das ações que o Governo do Estado realizou para recuperar o patrimônio histórico cearense visando requalificar ainda mais o turismo cultural no Ceará.


Foto de Manilov


Foto de Manilov

Fatos Históricos


  • 21 de novembro de 1867 - O prédio da Cadeia Pública, na Rua da Misericórdia (Dr. João Moreira) fica pronto quando os presos são transferidos dos xadrezes que ficavam embaixo da Casa da Câmara, na Rua Floriano Peixoto. Construído pelo engenheiro Manuel Caetano de Gouveia.

  • 25 de setembro de 1922 - Inaugura-se, na Cadeia Pública, um cinema para os presos, no andar superior, com o filme "Feliz equívoco", em 6 atos.

  • 1925 - Após reorganização, iniciada no ano do Centenário, no governo de Justiniano de Serpa, a Cadeia Pública recebe nova denominação: Casa de Detenção.

  • 24 de Abril de 1925 - O administrador da Cadeia Pública de Fortaleza, Capitão Álvaro de Oliveira, inicia o serviço de limpeza das ruas e praças pelos detentos sentenciados.

  • 20 de junho de 1925 - Evade-se da cadeia pública o ex-sargento de polícia José Rodrigues, assassino de Francisco de Assis Castelo Branco, soldado do Exercito.

  • 25 de abril de 1926 - São presos os redatores da revista ‘A Farpa’ os jovens Plácido Aderaldo Castelo, Paulo Sarasate, Otávio Facundo Bezerra e João Perboyre e Silva em razão de violentas críticas ao governo estadual. Os três primeiros foram soltos, depois de algumas horas de prisão, mas Perboyre e Silva, que se confessou autor do artigo julgado injurioso, foi recolhido à cadeia pública, donde só saiu a 27*.

  • 25 de dezembro de 1928 - Por iniciativa de D. Violeta Peixoto, esposa do Chefe do Estado, a festa do Natal não foi esquecida na Cadeia Pública. Constaram no programa uma sessão cinematográfica e uma abundante cela.

  • 13 de janeiro de 1929 - 'O Nordeste' denuncia o caso de um detento da Cadeia Pública, preso há três anos e que nunca foi julgado.

  • 15 de março de 1931 - Entre as Irregularidades que a imprensa vem apontando na administração da Cadeia Pública, salientam-se farras noturnas dos presos nas ‘pensões alegres’, sambas diurnos na Penitenciária e assaltos a transeuntes desvenidos, alta noite.

  • 13 de fevereiro de 1932 - O Dr. Leiria de Andrade recolhe-se à Cadeia Pública, e o faz acompanhado de grande número de amigos. Fora pronunciado pelo Dr. Luís Bezerra como implicado na morte do jornalista Antônio Drummond.

  • 19 de setembro de 1941 - Morre, em Fortaleza, aos 85 anos de idade, o monsenhor Vicente Pinto Teixeira, ex-deputado estadual. Foi professor da escola da Cadeia Pública de Fortaleza. Cearense de Lavras da Mangabeira, nascera a 19/07/1856.

  • 12 de setembro de 1969 - Os detentos deixam a velha Cadeia Pública, na Rua Dr. João Moreira, entre a Santa Casa e a Estação Central do trem e vão para o Instituto Penal Paulo Sarasate, na BR-116. O primeiro diretor naquele local foi o coronel Francisco Bento.

  • 14 de setembro de 1971 - Instala-se em Fortaleza a Empresa Cearense de Turismo - Emcetur, funcionando no antigo prédio da Cadeia Pública, quadrilátero entre a Rua Senador Pompeu nº 360, Rua João Moreira, Rua General Sampaio e Rua Senador Jaguaribe. O primeiro diretor foi Eliezer Teixeira de Sousa.

  • 30 de março de 1973 - Inaugurado o Centro de Turismo de Fortaleza, tendo no andar superior do pavilhão central, o Museu de Arte e Cultura Populares, nos altos do antigo prédio que foi a Cadeia Pública, entre a Rua Senador Pompeu nº 350, Rua João Moreira, Rua General Sampaio e Rua Senador Jaguaribe, onde esteve a Emcetur.




*Jornalistas presos - Segundo Leonardo Mota conta na Revista do Instituto do Ceará, no dia 25 de Abril de 1926, por causa de violento artigo saído na revista A Farpa, quatro jornalistas foram presos a mando do Governador José Moreira da Rocha, quatro que viriam, até recentemente, a desempenhar papel importante na vida do Estado. Eis os quatro jornalistas punidos: Plácido Aderaldo, Castelo Otávio, Fernando Bezerra e Perboyre e Silva. Os dois primeiros viriam a ser Governador do Estado e Perboyre, o maior líder que a classe jornalística já teve em toda a sua história, até hoje insubstituível. Aliás, no episódio dessa prisão, os três foram logo soltos, Perboyre só depois. Foi o autor do artigo.


(Imagem da revista meramente ilustrativa)




Fonte - Secult, Portal da História do Ceará, 
Sabrina Studart Fontenele, Jornal O Povo,
 http://www.ceara.gov.br, Assis Lima e Nirez

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