Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Chefatura de Polícia
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O policiamento na Fortaleza antiga


A antiga residência dos governadores, onde se levantou o Mercado de Cereais - Foto do Álbum de Fortaleza 1931


Chefatura de Policia

A Chefatura de Policia foi restabelecida pelo decreto nº 344, de 30 de setembro de 1931, em virtude de ter sido pelo mesmo decreto extinta a Secretária de Policia e Segurança Pública. Funcionava à Travessa Cel. Guilherme Rocha, esquina com a rua Cel. Bezerril.

Chefe de Policia: Capitão Olímpio Falconiére da Cunha;
Diretor geral: Cândido Olegário Moreira;
Diretores de Seção: Pedro de Souza Albuquerque, Raimundo Cordeiro de Lavor e Dr. Hermenegildo Rodrigues Santiago.

Delegacias de Policia de Capital

Funcionava nos baixos do edifício em que estava a Chefatura de policia. Havia duas delegacias de policia na capital, que eram exercidas, cumulativamente, pelo Dr. Ubirajara Coelho de Negreiros.
O inspetor de policia marítima era o Sr. Tertuliano Menezes.

Foto do livro Fortaleza Cronologia Ilustrada de Nirez


A Inspetoria de Veículos também funcionava no prédio da Chefatura, dispondo de 41 guardas para o serviço de vigilância e inspeção de veículos. O 1º Tenente da Força Pública foi Porfírio de Lima Filho.

Força Pública

Fachada do prédio da Praça José Bonifácio - Foto do Museu da Policia Militar do Ceará

Funcionava em prédio próprio estadual, à Praça José Bonifácio. Era constituída de um Estado Maior e um Batalhão de Infantaria e um Pelotão de Cavalaria.

Coronel  Comandante Geral: Cap. Olímpio Falconiére da Cunha;
Tenente Coronel Fiscal: Carlos Cordeiro De Almeira;
Capitão Ajudante: Osimo de Alencar Lima, exercido interinamente pelo Cap. Luiz David de Souza.
Capitão Tesoureiro: Raimundo Ciriaco de Carvalho;
Capitão Médico: Dr. Francisco Moreira de Souza.

Estado Maior do Batalhão de Infantaria

Tenente Coronel Comandante: Antônio Ribeiro Gomes de Lima;
Major Fiscal: Francisco Ribeiro Pessoa Montenegro;
1º tte Ajudante e secretário: Antônio Rodrigues Pereira.

Da tropa do batalhão, a 1ª e a 4ª companhias tinham suas sedes em Fortaleza, a 2ª em Sobral e a 3ª em Juazeiro. Comandavam-nas: 1ª Companhia, o Cap. Gustavo Rodrigues de Souza, exercido interinamente pelo Cap. Cândico Procopio de Souza; 2ª, pelo Cap. Raimundo Pinheiro da Silva; 3ª, pelo Cap. Firmino de Araújo; 4ª, pelo Cap. Luiz David de Souza, exercido interinamente pelo 2ºtte. Antônio Alves de Lima.

O comandante do pelotão de Cavalaria era o 1ºtte. Miguel Barreto Falcão. Esta unidade funcionava em prédio próprio, no BarroVermelho.
A Força Pública possuia uma enfermaria, com prédio próprio e uma farmácia, que lhe era anexa.


Guarda Cívica de Fortaleza

Corporação destinada ao policiamento da capital, era dirigida pelos oficiais comissionados da Força Pública do Estado. O seu comandante era o capitão Antônio de Matos Doirado
Fora a oficialidade comissionada, existia 3 inspetores de 1ª classe; 7 de 2ª classe, 1 sub-inspetor; 5 fiscais de 1ª classe, 14 fiscais de 2ª classe e 6 sub-fiscais, 26 guardas de 1ª classe e 200 de 2ª classe, dando um efetivo de 262 guardas cívicos, cujo encargo ficava o policiamento de Fortaleza.

Cadeia Pública 

Prédio da cadeia pública - O edifício de dois pavimentos era dividido assim: Na parte inferior, ficavam as 28 celas (com capacidade entre 12 e 20 presos) e na parte superior, o alojamento do carcereiro, o arquivo e a enfermaria.  Foto Assis de Lima

A Cadeia Pública de Fortaleza, localizava-se nas proximidades da Estação Central, entre as ruas Senador Pompeu e General Sampaio, foi construída de 1851 a 1855.
Era um edifício com um pavilhão de dois andares no Centro, fechado, em quadro, por um grande muro.
O seu administrador era o 1º tenente Porfírio de Lima Filho, que tinha como ajudante o 2º tenente João Medeiros Bastos.

A guarda do estabelecimento era feita pela força pública e era composta de 20 praças, inclusive um sargento.
Existia, no presídio, duas oficinas do Estado, sendo uma de tipografia e uma de sapataria, além de duas outras oficinas, uma de fereiro e outra de carpinteiro, de propriedade dos sentenciados.

A Escola Presidiária funcionava diariamente sob a direção do professor José Teles da Cruz, com a frequência de 35 alunos.

Encontrava-se geralmente no estabelecimento os seguintes detentos: 113 setenciados, 17 pronunciados e 6 indiciados, num total de 136 presos.



Fonte: Álbum de Fortaleza - datado de 1931

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