Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Coelce
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A energia elétrica de Fortaleza


Tudo o que é relacionado ao desenvolvimento, obedece a etapas e/ou estágios. Ao retornarmos ao passado, não implica em se sofrer atrasos, mas estamos resgatando merecimentos, afinal, o moderno hoje é o antigo amanhã. O moderno carro de injeção eletrônica não chegou antes daqueles, cuja partida era à manivela com carburação falha; o compacto celular em que localizamos as pessoas apenas no tempo, não podia chegar primeiro do que os aparelhos de telefonia à magneto, com sua extensão entre emissor e receptor não superior a 1000 metros; as aeronaves, os super-sônicos dar uma volta ao mundo em questão de horas, porém, Alberto Santos Dumont penou bastante para fazer subir o 14 BIS em 1906 na França... Será que a iluminação e energia elétrica fora algo diferenciado? Fortaleza quando no dizer do poeta Otacílio AzevedoAinda Descalça”, foi saindo da escuridão a custa do sacrifício de fauna marinha, hoje na lista de extinção. As baleias desapareceram da Costa Norte brasileira, pois, a iluminação pública da Fortaleza Provinciana, tinha como combustível, o azeite de peixe, cujos estudos datam de 25 de janeiro de 1834, mas que só foram concretizados em março de 1848, quando já era Presidente da Província Cearense, o Dr. Casimiro José de Moraes Sarmento, o construtor do primeiro cemitério da cidade. A exploração do serviço de iluminação de Fortaleza teve início, segundo o historiador João Nogueira, com a assinatura de um contrato com o Português Sr. Vitoriano Augusto Borges que tinha como atribuição, instalar lampiões em numero de 44. Essa luminária tinham quatro faces, sendo mais estreitas em baixo do que em cima, com fundo e tampa de metal. Eram suspensos com armações de ferro como se fosse uma forca, afixados nas esquinas e na posição que pudessem iluminar ruas e travessas. Eram limpos constantemente, e para acendê-los deveriam descer, por isso eles pendiam de uma corda, que passava em duas roldanas. Tinha uma caixinha cheia de azeite de peixe com torcida de algodão. Era parecido com pequenos tachos de que trabalham os ourives para soldas à maçarico. Foi assim que surgiu o primeiro personagem popular de Fortaleza: “Chico Lampião”. Fortaleza bonitinha ficou sendo iluminada com azeite de Peixe até 1866 quando caducado o contrato com o Sr. Vitorino. A tecnologia quando quer avançar não respeita era. Teria que surgir melhorias, e assim veio o Gás Carbônico sob a responsabilidade da “The Ceará Gás Company Limited”. Com o gás carbônico, as ruas de nossa cidade tiveram melhor qualidade na iluminação. Colocadas em ziguezague as luminárias obedeciam a uma distancia de apenas 30 metros uma da outra, e com uma altura de 2,40 metros. Ficava uma chama brilhante em forma de leque queimando o bem preparado gás, salientando que, o gasômetro ficava na Rua Senador Jaguaribe, ao lado da Santa Casa de Misericórdia olhando para a Praça do Passeio Público. Daí o antigo nome dessa rua ser “Rua do Gasômetro”. 

Passeio Público - Avenida Caio Prado (Atual Passeio Público). Vemos os Combustores.

Gasômetro da The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltd.

A logística sempre transpassa o que quer ficar parado. O gasômetro já não atendia a demanda. Entra em cena na extensão de seus serviços, a firma inglesa “The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltd”, que explorava o transporte de bondes elétricos desde 1913, ganhando privilégio agora para o serviço de iluminação. A localização dos geradores da Light era na Rua Adolfo Caminha (Baixos do Passeio Público) e as suas caldeiras eram alimentadas com lenhas vindas do Horto Florestal de Canafístula (Antônio Diogo - distrito de Aracoiaba) trazidas em vagões gôndolas pertencentes a Companhia Cearense da Via Férrea de Baturité. Em 25 de outubro de 1935, portanto, foi retirado o último lampião à gás encerrando assim, o segundo período da iluminação de Fortaleza, a era do Gás Carbônico. Experimentalmente, em 1933 foram colocadas quatro lâmpadas elétricas de 100 Watts na Rua Formosa (Barão do Rio Branco), entre as ruas Guilherme Rocha e Senador Alencar. Assim em 1934, fora rescindido o contrato da “Ceará Gás” e o Governo do Estado do Ceará sob a interventoria de Filipe Moreira Lima, nesse mesmo ano oficialmente, inaugurou-se na praça do Ferreira a energia elétrica. 


 Poço da Draga e ao Longe a Chaminé da Usina Light.

 Vagões Gôndolas da Via Férrea de Baturité no Horto Florestal em 1913.


Aquele 8 de dezembro foi apoteótico. Aos 19 de maio de 1947 circulou o último bonde elétrico em Fortaleza e, apesar da sobra de demanda, a energia da Light ainda era muito precária. A “The Ceará Tramway” por força do decreto Federal nº 25.232 de 15 de julho de 1948, é transferida para a Prefeitura Municipal de Fortaleza, sendo o Prefeito Acrisio Moreira da Rocha. Aos 20 de maio de 1954, saiu o decreto nº 803 criando o “Serviço de Luz e Força do Município de Fortaleza - SERVILUZ” quando ainda era prefeito, o radialista e advogado Paulo Cabral de Araújo. As novas instalações foram inauguradas em 8 de novembro do mesmo 54, ocupando o local onde funcionava o Escritório da extinta empresa de Bondes no Passeio Público, pela rua João Moreira. A Usina Termoelétrica fora instalada em maio de 1955 na Ponta do Mucuripe, inicio da Praia Mansa. Com modernos geradores Westinghouse, o Serviluz fora criado para resolver o problema da precária energia elétrica de Fortaleza. As razões técnicas para a usina ficar distante do centro da cidade, segundo analistas da época, deveram-se a estratégica zona portuária com o surgimento de empreendimentos, tais como os já existentes: Shell Mex, Esso Standart do Brasil e moinhos de trigo. Além do mais, o equipamento roncava e aquecia demais e a ventilação praiana, favorecia a regulagem térmica. O Serviluz é administrativamente transferido em 1 de maio de 1960 para a Companhia Hidroelétrica do São FranciscoCHESF (Estado da Bahia), a qual por sua vez, em 1 de abril de 1962 instala a Companhia Nordeste de Eletrificação de FortalezaCONEFOR que substituiu o Serviluz. 

 Usina do Serviluz na Enseada do Mucuripe - 1954.

Geradores do Serviluz 


Dois anos após, a rede elétrica proveniente da Usina Hidroelétrica de Paulo Afonso chegou a Fortaleza, com uma subestação em Mondubim. Aí com as presenças do Presidente da República, Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, do Governador do Ceará Virgílio Távora, do Prefeito de Fortaleza Murilo Borges e várias autoridades, em 1 de fevereiro de 1965 precisamente às 18.30 h, na Praça Libertadores, bairro Otávio Bonfim, era acessa a primeira lâmpada de iluminação pública com energia elétrica da CHESF. Em 5 de julho de 1971, o Governo César Cal's cria a Companhia de Eletricidade do CearáCOELCE e encampa a Conefor, que após três anos em assembléia geral a extingue. Como não era de se esperar, a história se repetiu. O comando do serviço de energia elétrica do Ceará saiu das mãos do Governo Estadual. A Coelce foi vendida, e aos 13 de maio de 1998 passou a pertencer a “Distriluz Energia Elétrica S.A”, “Companhias Enersis S.A”, “Chilectra S.A”, “Endesa de España S.A” e a “Companhia de Eletricidade do Rio de JaneiroCERJ”. Então quem não quiser mandar mais dinheiro para fora, consuma produtos da Terra e economize energia. Seja racional. 

Leia também:

De Serviluz a Coelce - A Companhia Energética do Ceará


Colaborador: Assis Lima

Ex-Ferroviário, Assis Lima é radialista e jornalista.
Idealizou e mantêm o Blog Tempos do rádio



segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Retrospectiva 2012



2012 foi um ano maravilhoso para o Fortaleza Nobre, muitas histórias que tive o maior prazer em pesquisar e aprender para trazer aos leitores do blog. Foi também gratificante acompanhar o crescimento da nossa Fan Page. A participação das pessoas em cada foto postada, foi essencial para esse sucesso! Cada curtida e cada compartilhamento, era uma alegria e um atestado de que o FN* está no caminho certo! Hoje nós já somos mais de 6.600 e tenho certeza que 2013 será ainda melhor, pois voltarei cheia de novidades e com a bateria recarregada e um estoque de fotos antigas, ainda maior! 
Na nossa Fan Page, já foram postadas mais de 1.600 fotos antigas. 

Aqui no blog, já chegamos a 990 seguidores e conforme estatística do Blogger, só no mês passado tivemos 36.628 visualizações da página. E fora o Brasil, o blog já atingiu os Estados Unidos, Suécia, Portugal, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Rússia e Bélgica. Estamos chiques demais! 

Ah, não posso esquecer de agradecer aos amigos do Twitter que vira e mexe, retweetam nossos assuntos e atraem mais seguidores e amigos, valeu mesmo!

Bom, foi pensando em todos vocês que resolvi fazer essa retrospectiva, espero que gostem!!! 









No Auge da Leste-Oeste

...Foi nessa época e nesse ambiente que surgiram e floresceram os inúmeros bares, boates e inferninhos da nova e recém inaugurada Avenida Leste-Oeste. A cidade crescia vertiginosamente, puxada pelo “milagre econômico” e sob a batuta da Gloriosa Revolução de 64. 

Dos Elegantes Cafés vindos do século XIX ao varejo atual

...Existiam ainda na praça quatro quiosques que se denominava “café do Comércio”, “café Iracema”, “café Elegante” e “café Java” – o mais antigo, pois data de 1886 e se tornara o principal ponto de reunião da fina flor da cidade, e dos famosos intelectuais da inovadora Padaria Espiritual.








Primeira estação radiotelegráfica de Fortaleza - Uma casa, duas antenas e 3  gerações

Em 1922 instalou-se a primeira estação radiotelegráfica de Fortaleza na Praia do Peixe com duas grandes torres (antenas). Os escritórios ficavam no prédio da Fênix Caixeiral, na Praça Marquês do Herval, na Rua General Sampaio, esquina com Rua Guilherme Rocha, onde hoje fica o edifício do CEMJA.



Colégio Lourenço Filho - 74 anos

... Para patrono da instituição, escolheram o professor Lourenço Filho, que na época já ultrapassara as fronteiras nacionais, devido às suas realizações na área da Pedagogia. No ano de 1939, foi instalado o Curso Ginasial e, em seguida, o Normal e o Colegial. Não foi necessário muito tempo para que o Lourenço Filho fosse reconhecido pela sociedade como exemplo de educação no Estado.







Grupo Escolar Fernandes Vieira - Colégio Juvenal Galeno


Em 6 de setembro de 1923 no bairro de Jacarecanga, foi adquirida para propriedade do Estado a chácara localizada na rua Oto de Alencar frente para a Praça do Liceu. No dia 3 de outubro foi lançada a pedra fundamental para a construção do então Grupo Escolar Fernandes Vieira, pelo então presidente do Ceará Idelfonso Albano...


Clube dos Diários - Fatos Históricos


Em 18 de março de 1913, é fundado o Clube dos Diários, nascido de uma dissidência do Clube Iracema, e que se instalou no dia 23, no Palácio Guarani, no mesmo local antes ocupado pela Associação Comercial do Ceará.
Depois juntou-se ao Clube Iracema, denominando-se Clube Diários-Iracema.









O Correio do Ceará é um tradicional jornal de Fortaleza. Foi fundado em 2 de março de 1915 por Álvaro da Cunha Mendes*, mais conhecido por A. C. Mendes, empresário do ramo gráfico. A partir de 1937 passou a ser integrante do Diários Associados. Antônio Moreira Albuquerque, jornalista que nasceu em Granja (01 de jan. de 1918) e faleceu em Fortaleza (1998), foi secretário do "Correio do Ceará" por vários anos nas décadas de 50,60 e 70.


De Serviluz a Coelce - A Companhia Energética do Ceará

... Desde 1912 a Capital era servida pela luz e força da Light, companhia inglesa que explorou o bonde, ônibus, além de luz e força, sempre com precariedade.
A empresa foi municipalizada, transformou-se em Serviluz, Conefor e finalmente em Coelce.

Fábricas em Fortaleza

...A Gelatti, marca uma nova era, um divisor de águas, pois antes existiam pequenas fábricas de picolés semi-artesanais como a "Princesinha"(na Barão de Aratanha dos irmãos Arruda) e a Gelatti se estabelece com equipamentos modernos, em escala industrial, onde até o carrinhos eram diferentes e os vendedores, trabalhavam uniformizados e de boné.








Avenida Santos Dumont - Antiga Rua do Colégio das Órfãs

...uma das vias mais longas da cidade com mais de oito quilômetros ligando o bairro Centro a zona leste de Fortaleza chegando até a Praia do Futuro cruzando o bairro Aldeota. A avenida começa estreita e de sentido único oeste-leste a partir da rua Coronel Ferraz sendo alargada a partir da rua Dona Leopoldina. A partir da rua Tibúrcio Cavalcante a avenida ganha um canteiro central e passa a ser de sentido duplo.

Rua General Sampaio - Antiga Rua da Cadeia 

Há tempos, muitos anos atrás, a rua General Sampaio se chamava a rua da Cadeia, porque lá no início, próximo à Estação de Trem, estava situada a Cadeia Pública. Esta região era a mais procurada para moradia. Constituía-se a área nobre da provinciana capital do Ceará.

Manuel Morcego e Tristeza

...Na adolescência à juventude, resolveu trabalhar na Construção da nossa Catedral da Sé. Tornou-se um audaz servente e chegou a ser pedreiro da Sé. Sua habilidade não chegou a tanto, porque designado para trabalhar na construção da torre da Igreja, certa vez, escorregou de um andaime que falseara com o vento, logo veio a cair das alturas. Tamanha foi à destreza e agilidade, que, ao cair rolando altura a baixo, deu de encontro às estroncas segurando a uma delas, como se dizia, "agarrando-se com unhas e dentes", enfrentando o medo de morrer ao cair daquelas alturas. Salvou-se graças a ajuda dos demais operários que, num átimo, o socorreram rapidamente.

O Otávio Bonfim dos velhos tempos...

Na década de sessenta, por exemplo, o bairro Otávio Bonfim, oficialmente Farias Brito, na zona oeste da capital, tinha um charme bem particular. Não era de classe alta. Também não estava na linha da pobreza.






Tragédia na inauguração da Av. Leste-Oeste


Foi como se, por alguns segundos, tudo houvesse ficado em silêncio. Como se o tempo houvesse parado um pouco para que as pessoas pudessem entender o que estava acontecendo. Acho que eu nem respirava.

- Caiu! – gritou alguém.

E o tempo voltou a funcionar. Houve gritos e correria. Verdadeiro pânico tomou conta da multidão. Lembro bem de um caminhão de bombeiros saindo, com a sirene ligada, um de seus soldados correndo e se pendurando nele.


Espaços da elite na capital cearense

No século XIX, a capital cearense sofre intervenções no seu traçado urbano. Em um primeiro momento, no ano de 1818, quando o urbanista Silva Paulet projeta a planta de Fortaleza em formato xadrez, e em um segundo momento, no ano de 1875, por Adolfo Hebster, que deu continuidade ao projeto, finalizando a “Planta Topográfica de Fortaleza” que tinha por finalidade disciplinar a expansão urbana e racionalizar os espaços da cidade, eliminando becos e vielas...

Avenida Pessoa Anta - Rua da Praia

A Avenida Pessoa Anta que até então era apenas um caminho chamado "Caminho da praia", foi surgindo com a chegada do progresso e dos históricos prédios, passando a chamar-se Rua da Praia em 1932.













50 Anos da Avenida 13 de Maio

Depois da inauguração da Paróquia de Fátima, na Av. 13 de Maio, no ano de 1955, o bairro veio a ser cobiçado como promissor, e, em grau de importância, chegou a ser dito por muitos que seria o bairro do futuro, tão importante quanto a Aldeota. 

Greve dos portuários - A Construção da trama


Durante o quatriênio de 1900 a 1904, o Governo do 
Ceará estava nas mãos de Pedro Augusto Borges, aliado de Nogueira Accioly que administrou o Estado de maneira a reforçar o poderio da Oligarquia Acciolina. 


Escola Johnson - 50 Anos

...Mais tarde, com o regresso da família Johnson aos Estados Unidos, a escola passou para o quadro da Secretaria de Educação do estado do Ceará, em novas instalações no Bairro Engenheiro Luciano Cavalcante e hoje é denominada Escola de Ensino Fundamental e Médio Johnson.

O cordão das "Coca-colas"

Nos idos de 45, terminada a Segunda Guerra Mundial, os soldados americanos retornavam ao seu país de origem e as "coca-colas" ficaram desativadas. Mas não estavam mortas, tanto assim  que continuavam a desfilar seu charme e sua elegância pelas streets da urbe, motivando as mais variadas reações: as velhas e respeitáveis matronas, guardiãs da sagrada moral cristã, resmungavam, olhavam de esguelha, condenavam as meninas ao fogo eterno do inferno e até benziam-se. "T'esconjuro, filhas do mal!"...







Escola Normal do Ceará -  De 1884 à 1922 (Parte I)

Fundada em princípios filosóficos e educacionais, defendidos por intelectuais da época, como Thomaz Pompeu de Souza Brasil Filho, os professores José de Barcellos e Amaro Cavalcanti, dentre outros, a Escola Normal  do Ceará concretiza, oficialmente, ao final do século XIX os anseios de igualdade, mesmo que fosse de uma “igualdade formal”, presentes na ideia de criação de uma escola pública de formação de professores. 

Colégio da Imaculada Conceição - Fatos Históricos

...Pela manhã, os congressistas visitaram o Colégio da Imaculada Conceição. Às 15 horas, foram recepcionados pelo Interventor Carneiro de Mendonça, depois do que visitaram o Sanatório de Messejana e a casa em que nasceu José de Alencar.

Bairro Vila União

O crescimento populacional da Vila começa depois da Segunda Guerra Mundial com o loteamento de terras da área. É um bairro com uma população dividida entre classe média, média alta e pobre.

É isso amigos! O ano está acabando e eu só tenho a agradecer o carinho de todos e espero contar com vocês no próximo ano!

Forte abraço

Leila Nobre


*FN = Fortaleza Nobre

quarta-feira, 23 de maio de 2012

De Serviluz a Coelce - A Companhia Energética do Ceará


Em primeiro de fevereiro de 1965, chega finalmente a Fortaleza, a energia da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso, às 18h30min, na Praça dos Libertadores, no Otávio Bonfim, com a presença do presidente da República, general Humberto de Alencar Castelo Branco.

Praça dos Libertadores, no Otávio Bonfim, local da chegada da energia elétrica. 
Foto de 1963  - Arquivo Nirez

Desde 1912 a Capital era servida pela luz e força da Light, companhia inglesa que explorou o bonde, ônibus, além de luz e força, sempre com precariedade.
A empresa foi municipalizada, transformou-se em Serviluz, Conefor e finalmente em Coelce.

Promissória Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda - Acervo Carlos Juaçaba


Usina Elétrica Serviluz no Mucuripe. Década de 50/60 - IBGE


Naquele dia chegava a energia da Companhia Hidro-Elétrica do São Francisco - CHESF.
A cerimônia da chegada da Luz de Paulo Afonso realizou-se com discurso do Governador Virgílio de Moraes Fernandes Távora (Virgílio Távora) e ligação da chave da luz pelo Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco.

Quando foi criada a CHESF, em outubro de 1945, sua área de concessão abrangia um “circulo de 450 km de raio a partir da usina a ser construída em Paulo Afonso”. Incluía, portanto, Salvador, Aracajú, Maceió, Recife e João Pessoa. Excluía Fortaleza e grande parte do Ceará.

Em 1960, a energia hidrelétrica produzida em Paulo Afonso passou a suprir a região sul do Ceará, incluída no “círculo” original. Para a distribuição da energia fornecida pela CHESF, foi criada a CELCA - Companhia de Eletricidade do Cariri, empresa de economia mista, subsidiária da SUDENE, mas com a participação acionária da própria CHESF, de Prefeituras municipais da região e, em escala bem menor, de particulares. Em 16 de setembro de 1960 era criada a CENORTE - Companhia Centro-Norte de Eletrificação do Ceará, empresa também de economia mista cuja maioria acionária era em sua quase totalidade do Governo Estadual, a qual pelo fato de não dispor de energia, muito pouco fez nos seus primeiros anos de existência. Ainda em 1960, o serviço público de energia elétrica em Fortaleza era operacionalizado de forma precária, pela SERVILUZ - Serviço de Luz e Força de Fortaleza, a partir de energia gerada por usinas termelétricas. 
A SERVILUZ era uma autarquia pertencente ao município de Fortaleza, resultante da encampação da antiga Ceará Tramways, Light & Power. No restante dos municípios do interior cearense, onde existia o serviço de energia elétrica as próprias prefeituras o realizavam por administração direta, a partir de pequenos e precários grupos geradores, dentro de horários restritos, geralmente das 18 às 20 horas.

 
Prédio do antigo Hotel do Norte que já abrigou a Coelce. 
Situado em frente ao Passeio Público, na esquina das ruas Floriano Peixoto e Dr. João Moreira. Anos 40 - Livro Royal Briar

O prédio atualmente

Em 1962 o controle acionário da SERVILUZ passou da prefeitura de Fortaleza para a ELETROBRÁS, quando então a empresa transformou-se na CONEFOR - Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza. Paralelamente, a SUDENE criava a CERNE - Companhia de Eletrificação Rural do Nordeste, que passou a atuar também no Ceará, mas apenas em algumas cidades na região do baixo e médio Jaguaribe e na serra da Ibiapaba, na fronteira com o Piauí, produzindo e distribuindo energia proveniente de pequenos grupos geradores termelétricos.

Em 1964, aconteceu a chegada da energia de Paulo Afonso em Fortaleza. Na época, este foi um feito extraordinário dos técnicos da CHESF, uma realização importante da engenharia elétrica brasileira e uma conquista inesquecível do povo cearense: ficaram implantadas as condições básicas para que todo o Ceará pudesse contar com os benefícios da energia da CHESF. Nessa época, o Governo Estadual dotou a CENORTE de condições operacionais adequadas.

Vista aérea da usina de Paulo Afonso, que abastece o Ceará - 
Acervo do Blog do Eliomar de Lima

Quando a expansão do sistema já estava em fase avançada, pois a energia distribuída já representava quantidades significativas de MWh e o consumidor passava a ser um dependente muito direto e exigente da qualidade do serviço oferecido, impunha-se uma mudança de rumos. A expansão não poderia parar ou mesmo diminuir o ritmo, deveria continuar de forma acelerada, para proporcionar ao maior número possível de cearenses os benefícios da energia elétrica da CHESF. Mas a operação eficiente e econômica, bem como uma manutenção adequada do sistema não poderia ser relegada ou postergada. Deveria ser inserida no rol das prioridades básicas do Estado. Com esse objetivo, o Governo do Ceará criou, mediante lei estadual de 05 de julho 1971, a COELCE - Companhia de Eletricidade do Ceará, autorizada a funcionar pelo Decreto Federal 69.469 de 05 de novembro de 1971.

 
Desde o ano de 1976, o prédio da sede do Sport Club Maguary, localizado na Rua Barão do Rio Branco, pertence à Companhia Energética do Ceará (Coelce). Posteriormente, a administração passou para a Fundação Coelce de Seguridade Social (Faelce). 
Foto de Luana Andrade

Em 13 de março de 1987 a COELCE mudou sua razão social para Companhia Energética do Ceará, ampliando seus horizontes de atuação, passando a considerar todas as potencialidades energéticas locais como insumos para o desenvolvimento do Ceará.

Uma vez criada a COELCE, a ela foram incorporadas: a CENORTE (em 07/04/72), a CELCA (em 23/11/72), o acervo local e parte do pessoal da CERNE (em 23/02/73) e por fim a CONEFOR (em 04/05/73), com o Governo do Estado do Ceará mantendo o controle acionário da empresa, já que proprietário majoritário das ações ordinárias com direito a voto. Devido às parcelas das quotas estaduais do Imposto Único sobre Energia Elétrica - IUEE recebidos pelo Ceará e aplicadas integralmente pelo Estado na COELCE, em poucos anos foi ampliada a maioria acionária da participação estadual no capital da empresa, já que os demais acionistas limitavam-se a reaplicar seus dividendos garantidos pelas ações preferenciais.

Sede da Coelce na Rua Padre Valdevino

A Coelce na atualidade

2000 - 2006
Período de investimento significativo no reposicionamento de imagem e planejamento estratégico, visando à contínua expansão e melhoria dos serviços, com foco no relacionamento com o cliente e no lançamento de produtos e serviços, em resposta ao crescimento do mercado e suas necessidades.
Em 2006, o compromisso com ações de responsabilidade social classifica as ações da Coelce como ações preferenciais classe A no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo.
Também em 2006 a Coelce conquista, pela primeira vez o título de Mehor Distribuidora de Energia Elétrica do Nordeste, em premiação realizada pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee).
2007
Ressaltando o resultado de um intenso trabalho de aproximação com o clientes e melhoria contínua da qualidade dos serviços, a Coelce lança uma nova plataforma de imagem - "A nossa ideia é conhecer você" - marcando o fechamento do ciclo de reposicionamento junto à sociedade. Pelo segundo anos consecutivo, Coelce é eleita a Melhor Distribuidora de Energia do Nordeste (Prêmio Abradee).
2008
A empresa passa a utilizar um novo conceito de assinatura de marca: Coelce - Cada vez mais próxima de você. Ao mesmo tempo, moderniza e adequa toda sua rede de atendimento para garantir um serviço cada vez melhor e mais acessível aos clientes.
Nesse ano, a empresa ganha destaque mundial com o projeto Ecoelce, que possibilita a troca de lixo reciclável por bônus na conta de energia. Ele foi um dos dez ganhadores do prêmio World Business and Development Awards, da Organização das Nações Unidas, pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável.
Mais uma vez, a Coelce é eleita, pelo terceiro ano consecutivo, a Melhor Distribuidora do Nordeste (Abradee) e permanece entre as 150 Melhores para Trabalhar (Guia Exame-Você S.A.).
2009
Coelce conquista o título de Melhor Distribuidora de Energia do Brasil e mantém, pelo quarto ano consecutivo, a primeira posição no ranking das melhores da região Nordeste.


Fotos e croqui da Usina Elétrica Serviluz - Mucuripe 

 Croqui da Serviluz. Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. Acervo Alex Mendes

Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes
 
 Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes
 
 Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes
 
 Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes
 
 Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes
 
 Foto do livro sobre as obras da Prefeitura Municipal de Fortaleza em 1953. 
Acervo Alex Mendes


Fonte: http://www.ilumina.org.br, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo e Portal Coelce



sábado, 7 de maio de 2011

Hotel do Norte - Clube, Hotel e Museu – Um prédio, várias histórias!



Hotel do Norte

Durante o período imperial, mais precisamente em 1871, foi construído o belo sobrado da Rua Dr. João Moreira, 143 (esquina com a Rua Floriano Peixoto). Situado em frente ao Passeio Público, emoldurando o logradouro mais elegante da cidade, foi inicialmente a segunda sede do primeiro clube social de Fortaleza, o Sociedade União Cearense (Club Cearense), que antes esteve instalado num sobrado residencial na rua senador Pompeu.

O prédio em 1908.
(Ao lado, o prédio em 1910). Com a ida do Club Cearense para o palacete da esquina seguinte (hoje ocupado pela Associação Comercial do Ceará), instala-se no sobrado, em novembro de 1882, o Grande Hotel do Norte, de Silvestre Rendall, que no mesmo ano recebeu como hóspede o ilustre casal José Carlos do Patrocínio (abolicionista José do Patrocínio) e D. Maria do Patrocínio. Depois o hotel pertenceu ao francês Norberto Paulo Golignac (Norberto Golignac). Interessante salientar que no hotel foi instalada a primeira sorveteria do Ceará.  


(Ao lado, o prédio em 1930). Com a desativação do hotel, o prédio serviu de sede para a repartição dos Correios e Telégrafos (Adquirido por contrato de 24 de setembro de 1894 celebrado entre o administrador dos Correios Antônio Moreira de Sousa, e o representante da associação “União Cearense”, Alfredo Salgado - Este Contrato foi aprovado pelo Diretor Geral dos Correios em ofício de 13 de dezembro do mesmo ano). Nos cômodos do andar superior ficaram a primeira seção (Expediente) dirigida pelo Administrador e a segunda seção, a Contadoria; e no andar inferior a terceira seção, a Pagadoria e a quarta seção, compreendendo a Posta Restante e a Expedição das malas. A repartição dos Correios esteve no prédio de 04 de março de 1895 até 1935, quando é adquirido pela companhia inglesa The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda, que explorava o serviço de energia e bondes elétricos de Fortaleza. A partir de 1948, pela Lei Federal nº 25.232, os serviços elétricos da capital cearense ficaram a cargo do governo municipal e com a nacionalização, a companhia passou a se chamar Serviluz - Serviço de Luz e Força do Município de Fortaleza. Com o decorrer dos anos, a empresa teve outras denominações: Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), Companhia Elétrica do Ceará e atualmente Companhia Energética do CearáCoelce.

O prédio ocupado pelos Correios.

Prédio espaçoso e elegante, com dois pavimentos, a edificação tem planta de forma retangular, ligados por escadaria trabalhada em ferro fundido, importada da Europa. Construída no sistema de alvenaria autoportante e com coberta em telha de barro e estrutura de madeira oculta pelas platibandas das fachadas. O prédio possui características da arquitetura eclética cearense. Em seu interior merecem destaque os amplos salões do pavimento superior, que ainda conservam o piso original, em tábua corrida. Apesar das seguidas reformas e alterações no prédio, suas fachadas ainda mantém as linhas originais. As aberturas são todas com vergas em arco pleno, sendo as do piso superior protegidas por balcões de ferro. Na fechada principal, voltada para o Passeio Público, uma armação em ferro fundido marca as portas centrais. O coroamento do prédio é feito por cornija e platibanda, onde, na parte central, é interrompida por elementos metálicos. Sobre a platibanda, pináculos de alvenaria trabalhados fazem os arremates. 


Na parte interna, foram feitas obras de importância como, a construção do mezanino que comprometeram especialmente a edificação, e em fachadas a marquise foi um agregado que comprometeu o prédio não só no aspecto estético, mas também no aspecto estrutural.
No ano de 1995, o prédio foi finalmente tombado pelo patrimônio histórico do estado, que reconheceu seu valor histórico e arquitetônico. Em abril de 2001, abandonado, o prédio desmoronou parcialmente durante uma chuva de inverno. As causas que provocaram a deterioração foram centradas fundamentalmente na falta de manutenção, provocando infiltrações na coberta, o que ocasionou o deterioro da madeira das vigas da estrutura do telhado, pisos, etc. com o conseguinte derrube. Ressaltando que, segundo o Jornal O Povo, em 1991, parte da estrutura interna do prédio já havia desabado. 

A situação em que se encontrava o prédio ao ser adquirido pela FIEC.
 Foto de Luís Carlos Sabadia.

Após 20 anos sem uso (Desde a saída da Coelce), no final de 2001 o prédio é adquirido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará FIEC. Suas obras de restauração são iniciadas em 2005 com apoio de leis de incentivo. Obra concluída, o prédio permaneceu fechado– com um único período aberto, para receber a Casa Cor de 2007 – mostra anual de arquitetura e decoração. As ações de restauro foram pensadas aliando a permanência das características originais às adequações de usos.  Para melhor compreensão desse processo de restauração, as intervenções do prédio que estão nas cores verde e branca são restauros e as novas intervenções estão na cor vermelha.

O prédio durante a restauração. Foto de Luís Carlos Sabadia.

Editado em 2014:

Nove anos após o início das obras de restauro – o espaço reabre em 10 de setembro de 2014, dando abrigo ao Museu da Indústria, projeto da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Serviço Social da Indústria (SESI). O prédio do Museu é um equipamento que conta com salas de exposição, espaços para realização de palestras, desfiles, espetáculos, seminários e eventos sociais. Também possui salas para apresentações de teatro, cineclubes e biblioteca. Possui ainda dois ambientes para encontros: o jardim e o bistrô que tem funcionamento independente do museu, com cardápio diversificado e apresentações musicais. A edificação possui mais de dois mil metros quadrados de área disponível, distribuídos em espaços diversos, voltados para ações museológicas e culturais em geral. Foi devolvido para a cidade o centenário casarão todo restaurado!

O Museu da Indústria fica aberto de terça a sábado, das 09 às 19h.

Cronologia do Monumento: 

A edificação foi construída no final do século XIX . Inicialmente sediou a Sociedade União Cearense. Entre 1895 e 1935, serviu de sede para a Repartição dos Correios. 
Neste ano, o edifício foi adquirido pela “The Ceará Tramway Light & Power Co. Ltda”, companhia inglesa que explorou a energia elétrica e o serviço de bonde na cidade.

A partir de 1948, pela Lei Federal nº 25.232, os serviços elétricos da capital cearense ficaram a cargo do governo municipal. A companhia passou a se chamar SERVILUZ, Serviço de Luz e Força do Município de Fortaleza
Com o decorrer dos anos, a empresa teve outras denominações: Companhia Nordeste de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), Companhia de Eletrificação do Ceará (COELCE), e atualmente foi privatizada para uma empresa espanhola.
“Num prédio particular, o de nº 1 da Praça dos Mártires e nº2 da Rua da Boa Vista (Rua Floriano Peixoto), funciona o Correio”.

É um edifício espaçoso, com dois pavimentos, se prestando perfeitamente ao fim a que é destinado, e nesse sentido não tem igual nos estados, sendo somente excedido pelo o que funciona a repartição chefe no Rio de Janeiro.

Fachada Rua João Moreira

Foi adquirido por contrato de 24 de setembro de 1894, celebrado entre o administrador
Antônio Moreira de Sousa, e o representante da associação “União Cearense”, Alfredo Salgado, por nove anos. 
Este Contrato foi aprovado pelo Diretor Geral dos Correios em ofício de 13 de dezembro do mesmo ano. 
Mudou-se a repartição do correio do pavimento térreo do edifício da Assembléia Legislativa, onde estava, para este no dia 7 de março último, como da alta da instalação.

Depois instalou-se The Ceará Tramway Light and Power Co., cujo contrato foi rescindido na Interventoria do Capitão, depois Major Roberto Carneiro de Mendonça (1934). Substituiu na exploração da iluminação pública e particular o Serviço de luz e Força de Fortaleza (SERVILUZ), depois chamado Companhia de Eletrificação de Fortaleza (CONEFOR), mais tarde Companhia de Eletricidade de Ceará (COELCE).” 

Notas de: Raimundo Girão.
Antônio Bezerra de Menezes.
Descrição da Cidade de Fortaleza.

Fachada Rua Floriano Peixoto

Modificações realizadas:

Se adicionou mezanino, em a parte este da edificação, Rua Floriano Peixoto, e marquise corrida na esquina, abarcando as duas fachadas o que interferiu na arquitetura da edificação resultando um elemento totalmente anacrônico.

Análise dos elementos componentes da edificação: 


Edificação de dois pavimentos com mezanino, portas, e janelas ao largo de ambas fachadas e portas e janelas no andar superior, de arco pleno.

Análise da estrutura e possibilidades de recuperação:


O Monumento necessitava de uma intervenção urgente, já que se derrubou parte dele com as chuvas de inverno. Foram realizados alguns trabalhos de emergências, mas que precisava continuar em outras área do prédio.

Critérios específicos de recuperação:

Os critérios para a recuperação das fachadas principais foram fundamentados na restauração em linhas gerais, recuperação de alguns elementos perdidos e recomposição formal de outros.

  •  Manutenção geral de fachadas: rebocos, limpeza, eliminar plantas, parasitas, etc.
  •  Revisão e recuperação de coberta.
  •  Finalizar trabalhos de recuperação na parte demolida.
  •  Revisão e recuperação de calhas.
  •  Revisão de pontos de drenagem pluvial.
  •  Recuperação de janelas no térreo, ver projeto.
  •  Recuperação de aberturas de portas originais.
  •  Recuperação de grades de ferro.
  •  Eliminar revestimento de pedra em molduras de portas.
  •  Restaurar calçada com materiais originais.
  •  Eliminar e redesenhar entradas de fiação de redes elétricas e telefônicas.
  •  Recuperação de portas e janelas originais.
  •  Completar portas e janelas, com materiais e desenhos indicados em    projetos.
  •  Recuperar cores originais nas 4 fachadas do prédio.


O prédio completamente restaurado. Foto de Luís Carlos Sabadia



Fonte: Secult, Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Jornal O Povo, Site oficial do Museu da Indústria e http://www.ofipro.com.br



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