José Guilherme da Costa comprou, em 1936, um ônibus para servir aos moradores da região de Acarape e Redenção que necessitavam se deslocar à Fortaleza. Durante 11 anos ele foi o proprietário, motorista e cobrador da linha e também atuava como mecânico.
Ônibus a gasogênio da Empresa Garcia
O veículo trafegava somente no verão, pois com as chuvas as estradas ficavam intransitáveis por um período de cinco a seis meses. Às cheias do Rio Guaiuba também contríbuia para impedir a passagem de veículos durante o inverno. Nesses períodos, o ônibus passava por manutenção, que era feita pelo próprio fundador. Os reparos na estrada também eram feitos pelo mesmo.
Entre 1944 e 1946 houve um grande racionamento de combustível ocasionado pela II Guerra Mundial, com isso o fundador teve também a missão de adaptar o ônibus para receber o gasogênio, aparelho que produzia gás combustível a partir do carvão vegetal.
Assim, rompeu mais dois anos, com muito sacrifício e muita luta não interrompendo os horários da linha Redenção/Fortaleza.
A Evolução
Em 1948, a Empresa obtém o prolongamento da linha Fortaleza/Redenção até Baturité e o irmão do fundador, Ludgero Guilherme da Costa, entra como aliado para explorar o novo trecho.
Continuando sua trajetória de crescimento a Redenção recebeu concessões para atuar em novas linhas e posteriormente ganhou outras através de licitações (instituídas a partir da Constituição de 1988).
Com a parceria, a empresa inicia uma fase de expansão. Mais tarde, em 1955, registram a firma com o nome fantasia Redenção.
Em 1957, com nove veículos, a empresa explorava cinco linhas: Redenção, Baturité, Quixadá, Acaraú e Santana do Acaraú. No mesmo ano inaugura a linha Fortaleza/Boa Viagem, servida pela empresa semanalmente. Ainda em 1957, adquire o mais luxuoso e confortável ônibus da época, um possante FNM “Fenemê”, carroceria CAIO com capacidade para 50 passageiros.
O “Papa-Filas” chegou as estradas cearenses através da Redenção no ano de 1960, quando o mesmo entrou em operação na linha Fortaleza/Baturité. O veículo da marca Scania-Vabis podia transportar de uma vez, mais de uma centena de passageiros, 78 sentados e 40 em pé. Custou cerca de oito milhões de cruzeiros, porém o veículo, colocado em caráter experimental, não foi totalmente aprovado devido ao estado precário em que se encontrava a rodovia.
Formalizado a criação do consórcio em 1966, passou a operar as linhas concedidas às duas firmas, com o nome de Empresa Redenção. Dessa forma, a Redenção se expandiu rapidamente servindo a diversas cidades do interior cearense, constituindo-se na maior Empresa Rodoviária do Estado. Ludgero e José Guilherme Costa conseguiram isso graças ao esforço próprio e a visão administrativa. Na década de 70 a Empresa Redenção operava em mais de 60 municípios cearenses, estendendo uma de suas linhas até Picos, no Estado do Piauí.
No ano de 1978, adiciona à sua frota 25 ônibus novos ônibus de chassis Mercedes-Benz. Destes, 4 modelos plataforma O355, 6 monoblocos O355, 6 chassis OH, 8 chassis LPO e 1 chassi OF. Todos eles com as melhores carrocerias fabricadas no Brasil. Continuando sua trajetória de crescimento, a Redenção recebeu concessões para atuar em novas linhas e posteriormente ganhou outras através de licitações (instituídas a partir da Constituição de 1988).
Durante cinquenta anos, José Guilherme da Costa esteve à frente da presidência da Redenção, quando veio a falecer em 1986, a Empresa passou as mãos de José Andrade, um de seus filhos. Com o fim do “Consórcio Empresa Redenção”, nasce a Empresa Redentora em 1987, graças a iniciativa do consorciado do empresário Ludgero Guilherme. O tradicional logotipo em forma de “R” passa a ser utilizado apenas nos carros da Redentora.
Em 1948, a Empresa obtém o prolongamento da linha Fortaleza/Redenção até Baturité e o irmão do fundador, Ludgero Guilherme da Costa, entra como aliado para explorar o novo trecho.
Continuando sua trajetória de crescimento a Redenção recebeu concessões para atuar em novas linhas e posteriormente ganhou outras através de licitações (instituídas a partir da Constituição de 1988).
Foto de 1951
Ford Alemão -Foto de 1954
Em 1957, com nove veículos, a empresa explorava cinco linhas: Redenção, Baturité, Quixadá, Acaraú e Santana do Acaraú. No mesmo ano inaugura a linha Fortaleza/Boa Viagem, servida pela empresa semanalmente. Ainda em 1957, adquire o mais luxuoso e confortável ônibus da época, um possante FNM “Fenemê”, carroceria CAIO com capacidade para 50 passageiros.
Papa-Filas - Foto de 1960
Ônibus carroceria Grassi Mercedes-Benz LP-321
Veículos adquiridos em 1978
Marcopolo III na Praia do Mucuripe
Monobloco O364 em frente ao Othon Palace
Paradiso 1400 e Diplomata 350 da Empresa Redentora
Sob direção dos descendentes, Redenção e Redentora traçam caminhos diferentes. Mais tarde, a Redentora que também se tornou uma das maiores operadoras de transporte no Estado, veio transferir para a São Geraldo em 1998, as linhas interestaduais para Picos (PI). Em 2001, transfere as linhas de Fortaleza para Arneiroz, Baixio, Boa Viagem, Marrecas, Mombaça, Parambu, Pedra Branca e Tauá para a Expresso Asa Branca. As linhas intermunicipais do Maciço de Baturité e as metropolitanas foram transferidas para a Fretcar. A Redentora encerrou suas atividades em 2004.
Ao longo de quase 75 anos de existência, a Redenção escreveu uma importante página na história do transporte coletivo de passageiros no Ceará, desbravando o sertão cearense e colaborando com o desenvolvimento de muitos municípios, lembrada com muito carinho com aqueles que outrora cruzou as estradas cearenses a bordo de um Redenção, e que ainda hoje continua prestando bons serviços aos seus clientes.
Atualmente atende, com uma frota de luxo na área de fretamento para excursões, eventos e transporte de funcionários.
Fachada da Empresa