Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Igreja de São Pedro
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domingo, 17 de março de 2013

Igreja Nossa Senhora da Saúde (Av. Abolição) - Oito décadas de existência



Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores. Foto da década de 30 - Acervo Carlos Juaçaba 


A Igreja Nossa Senhora da Saúde foi fundada pela própria comunidade de pescadores do Mucuripe. O padre José Nilson marcou a história do bairro por causa da relação próxima com a comunidade e da luta pelas melhorias do local.


"No século XVIII os moradores do local sofreram com a peste bubônica. Uma senhora do Rio de Janeiro trouxe a imagem de uma santa e eles rezaram pela cura. Passado o surto, foi creditado o fim do mal à santa e construíram uma capela em devoção a ela”, conta Rita Cosmo dos Santos, secretária da Paróquia de Nossa Senhora da Saúde há 27 anos.


Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

A primeira capela da Paróquia, erguida no Morro do Teixeira, foi soterrada pelas dunas. Em 1852, os moradores se mobilizaram e construíram um novo templo, agora, às margens da praia (Hoje é a Igreja de São Pedro). Mas, em 1932, por problemas estruturais, o prédio foi interditado.


As novenas da Igreja Nossa Senhora da Saúde

Alunos do Instituto de Humanidades visitam a capela de Nossa Senhora da Saúde no Mucuripe em 1913. Acervo - Nilson Cruz

Por conta disso, a comunidade erigiu nova igreja que permanece como matriz na Avenida da Abolição. Raimunda dos Santos, a Mundinha, 88 anos, participou da obra: “As mulheres e crianças recolhiam pedras próximas ao antigo farol e levavam para a construção. Ajudei a carregar as pedras para o alicerce”, conta.

Igreja Nossa Senhora da Saúde, que após a construção da atual matriz, recebeu o nome de Igreja de São Pedro dos Pescadores - Imagem de 1942

Em 1937, a então Igreja de Nossa Senhora da Saúde (Igreja de São Pedro) reabriu e, no último mês de dezembro, a igrejinha foi tombada como Patrimônio Material do Município.


O sempre querido Pe José Nilson - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Conforme Pe Alderi, “A igreja foi feita pela comunidade em mutirão. As mulheres traziam muitas carradas de areia”.
Durante cerca de 50 anos, quem esteve à frente da comunidade foi o Padre José Nilson de Oliveira Lima, falecido há dois anos.


Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Esquecimento

Conforme conta o padre Alderi, antes da chegada do antigo pároco, a comunidade do Mucuripe era esquecida e nenhum religioso ficava mais de dois anos no comando da paróquia. Em maio de 1950, padre Zé Nilson foi enviado ao Mucuripe por Dom Antônio de Almeida Lustosa, com a previsão de ficar somente dois anos, como seus antecessores. No entanto, o religioso acabou ficando por 50 anos na defesa da comunidade. “Ele estava sempre junto aos pescadores. Pescava com eles e escutava suas histórias”, revela o padre Alderi.


O querido Pe José Nilson-Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

Um símbolo da interação entre pároco e comunidade era uma das histórias sempre contadas por Pe José Nilson. De acordo com padre Alderi, certa vez, José Nilson recebeu um presente inusitado de uma das paroquianas: um tijolo. Conforme a história, o padre estaria preocupado em ampliar a igreja, mas não sabia como. Então, ao entregar o presente, a senhora teria dito que aquele seria o primeiro tijolo para a reforma. “Aquilo foi um estímulo para a vida dele”, revela Alderi.

Cruzes no Morro do Teixeira - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

Senta que lá vem história...


Cortejo indo em direção ao Morro do Teixeira -Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

A devoção a nossa senhora da saúde no Mucuripe é, sem dúvida um ato de fé. Conta a história que corre de boca em boca, pelos antigos moradores, que no século XVIII Fortaleza sofria os horrores da peste bubônica e no Mucuripe a doença fez tantas vítimas que não dando tempo de enterrá-las no Cemitério São João Batista, devido à distância, passaram a sepultá-las nos morros, principalmente no do Teixeira. A dor dos habitantes, pela perda dos entes queridos, não podia mais ser avaliada, quando chegou ao bairro uma senhora vinda do Rio de Janeiro com uma pequena imagem de Nossa Senhora (não identificada pelos depoimentos dos moradores)

Enterro no Morro do Teixeira - Cena do filme Quatro Homens e uma jangada de 1942

Diante do desespero das famílias e do quadro desolador que via à frente, ela implorou a Nossa Senhora da Saúde a cura do mal. Em troca prometeu construir uma capela para que todos pudessem agradecer a graça concedida. A peste foi em pouco tempo debelada e assim foi erguida a primeira capela de Nossa Senhora da Saúde, no Morro do Teixeira. Iniciando assim o novenário sendo celebrado com grande festa, nos dias 29 de agosto até o dia 08 de setembro. Com o tempo, a capela foi soterrada pela areia e os moradores construíram outra capela em homenagem a Nossa Senhora da Saúde, que teve sua Pedra fundamental lançada no 1º de agosto de 1852. (hoje é capela de São Pedro, na Avenida Beira mar). 


Com a quantidade dos fieis aumentando, não se sabe ao certo, mas surgiu um desentendimento entre a comunidade e as autoridades eclesiásticas, provavelmente devido à administração dos rendimentos e da dedicação quase fanática à pequenina imagem que ali era venerada. Com efeito, o arcebispo Dom Manuel anunciou a interdição da igreja (a capela foi interditada em 11 de dezembro de 1930). Quando foram pegar a imagem para levá-la a Catedral de São José (Igreja da Sé) esta havia desaparecido sem se conhecer seu paradeiro por um longo tempo. 

Com a interdição da capela, as missas passaram a ser celebradas em frente à casa do senhor Pedro Rufino, pai de dona Nicota. Nesse período surgiu a necessidade de uma igreja maior, pois quanto mais surgiam dificuldades mais o povo demonstrava sua fé e esperança. 


Igreja Nossa Senhora da Saúde anos 50 - Acervo Nara Gabrielle


Foto da década 60/70 - Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima

No dia 29 de junho de 1931, foi lançada a pedra fundamental da atual Igreja de Nossa Senhora da Saúdecerimônia oficiada pelo monsenhor Otávio de Castro. Seu primeiro vigário foi o padre Luís Braga Rocha, que só assumiria em 8 de setembro. 


O primeiro vigário da igreja, foi o padre Luís Braga Rocha - Arquivo Revista Central

Iniciaram assim em regime de mutirão a construção da Igreja-Matriz, onde os moradores chegaram a carregar pedras na cabeça para auxiliar a construção. A obra levou quatro anos para ficar pronta inclusive com a Casa Paroquial, hoje secretaria paroquial, de frente para o mar, com sua frente virada para a Avenida Abolição, sendo abençoada uma nova e maior imagem da virgem a 06 de setembro do mesmo ano, imagem que continua na igreja até hoje. A pequenina imagem, a original, que ficou desaparecida por anos, foi devolvida, restaurada e colocada aos pés da imagem de Jesus ressuscitado no altar mor da Igreja.




Parquinho que todo ano fica instalado na Praça da Igreja

Fatos Históricos

11/Dezembro/1930 - Por decreto desta data, o Arcebispo D. Manuel da Silva Gomes declara interditada a capela do Mucuripe e excomungados os indivíduos que arrombaram a porta do referido templo e dele retiraram a imagem de Nossa Senhora da Saúde.

29/junho/1931 - Lançada a pedra fundamental da Capela de Nossa Senhora da Saúde, na Volta da Jurema, cerimônia oficiada pelo monsenhor Otávio de Castro.

29/agosto/1931 - Criada a Paróquia de Nossa Senhora da Saúde do Mucuripe, cujo primeiro vigário foi o padre Luís Braga Rocha, que só assumiria em 8 de setembro.

01/Agosto/1957 - Reaparece, tão misteriosamente como havia desaparecido há 30 anos, da Igreja do Mucuripe, a imagem de Nossa Senhora da Saúde.




29/setembro/1972 - Tem novo nome a antiga Praça Nossa Senhora da Saúde, depois Praça Adolfo Silveira Lima, e Praça da Saúde, que pela Lei nº 4.056, publicada no Diário Oficial do Município, passa a denominar-se Praça da Confiança na gestão do prefeito, engenheiro Vicente Cavalcante Fialho (Vicente Fialho).
A praça fica no bairro do Mucuripe, rodeada pela Avenida da Abolição, Rua Manuel Jesuíno, Rua Nossa Senhora da Saúde e uma travessa sem nome.
É a praça que tem no centro a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.
O novo nome é uma homenagem ao Governo Estadual, que tem à frente o engenheiro César Cals de Oliveira Filho.


Ex-presidente Bill Clinton, esteve em Fortaleza em agosto de 2012, comprou artesanato na Praça da Confiança (antiga Praça Nossa Senhora da Saúde) no Mucuripe

Feira de artesanato na Praça da Confiança (antiga Praça Nossa Senhora da Saúde) no Mucuripe

11/março/2000 - O padre José Nilson de Oliveira Lima, da Comunidade do Mucuripe, recebe o título de Cidadão de Fortaleza, em solenidade realizada na Igreja de Nossa Senhora da Saúde.


Acervo do Mucuripe Padre José Nilson de Oliveira Lima


15/04/2010 - O padre José Nilson faleceu aos 88 anos, vítima de falência múltiplas dos órgãos. Era vigário da Igreja Nossa Senhora da Saúde desde 1950.


Foto Joserley Carlos

Igreja Nossa Senhora da Saúde

Av. da Abolição, 3929
Mucuripe, Fortaleza – CE
CEP: 60165-082
(85) 3263-1538



 Fontes: Blog da Igreja, Revista do Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico) de 1955 e o de 1991, Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Jornal Diário do Nordeste, Site da Arquidiocese de Fortaleza e jornal O Povo


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

As Igrejas e suas arquiteturas


Primeira Igreja Presbiteriana de Fortaleza

Postal Igreja do Rosário, início do séc. XX

Construção do século XVIII, a primeira edificação da cidade.
Tombamento Estadual de 1983
Localização: Praça General Tibúrcio - Centro
Prédio mais antigo em pé na cidade. Construída inicialmente em taipa e palha no segundo quartel no século XVIII, teve a capela-mor construída em pedra e cal em 1755, seguindo-se então os trabalhos até sua conclusão. Foi a Matriz de Fortaleza de 1821 à 1854. Sofreu reparos para sua conservação em 1855 e 1872, tendo dessa forma alguns elementos descaracterizados.


1912 - Praça General Tibúrcio vendo-se a Igreja do Rosário

Postal antigo da Igreja do Pequeno Grande

Igreja do Pequeno Grande - Postal antigo

Postal Igreja Cristo Rei - Anos 30

Antiga igreja da de Fortaleza, 1900. Acervo Thomas de Matos - MIS

Antiga Catedral

Antiga Catedral - Anos 30

Fotografia da Antiga Catedral da Sé, que existiu até 1938
Crédito da foto - Arquivo Nirez

O projeto da nova Catedral foi de autoria do engenheiro francês Georges Mounier

Primeiramente em Fortaleza, a Capela de Nossa Senhora da Assunção, localizada dentro da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, era a única igreja da região que se tem registro até 1699. Depois desta data, uma Ordem Régia determinou que fosse construída uma igreja na cidade, esta seria a Igreja Matriz. Porém, somente em 1795, quando o padre Antônio Alvares de Carvalho contrata José Gonçalves Ferreira Ramos é que a obra será terminada. No entanto, em 1820, foi feita uma vistoria nesta igreja e ela acabou sendo demolida por estar completamente deteriorada. Imediatamente, foi iniciada a construção de uma outra igreja. Esta seria a Igreja de São José, cuja construção terminara somente em 1854. Quando Dom Luis Antônio dos Santos foi nomeado Bispo do Ceará, em 1861, a Igreja de São José passou a ser a Catedral. Esta passou a ser, desde então, o regulador da cidade, pois nela existia um grande relógio e todas as pessoas se guiavam por ele. Heis que chega em Fortaleza, um baiano que se tornará uma das figuras mais importantes do Estado no âmbito religioso e social, tanto que seu nome ainda figura numa das principais avenidas de Fortaleza (Avenida Dom Manoel). Manoel da Silva Gomes, nascido em 1874 na Bahia, foi o terceiro Bispo do Ceará e o primeiro Arcebispo de Fortaleza, ele era uma pessoa muito admirada e estimada na cidade por causa de seu posicionamento caridoso. Dom Manoel foi responsável por muitas obras de caridade, como o Circulo Operário Cristão, e fundou ainda o jornal "O Nordeste". Ficou conhecido nacionalmente como o "Bispo da Seca", porque não cansava de viajar para o sul do país para pedir ajuda às vítimas da seca no Ceará. Em 1938, foi feita nova vistoria na Catedral e foi detectado de novo o seu completo deterioramento. Depois de muito refletir, Dom Manoel decidiu que a Igreja deveria ser demolida para que uma outra fosse construída em substituição. Esta decisão causou uma grande polêmica na cidade, pois toda a população estava contra a demolição da Igreja. Mas Dom Manoel alegou que a qualquer momento o teto poderia desabar na hora da missa. Então, ele não teve mais dúvidas, resolveu que a demolição da Igreja seria a única solução segura e correta. Todo material da Igreja fora transferido para a Igreja do Rosário, que foi a Catedral provisória enquanto a construção da outra Igreja não acabava. Em Agosto de 1939, a pedra fundamental desta Igreja foi lançada, início simbólico da edificação desejada. O projeto é de autoria de um engenheiro francês chamado Georges Mounier, que viera para o Brasil durante a 2ª Guerra mundial e trabalhava em Recife. O Arcebispo planejou campanhas com intenção de angariar fundos para a construção da nova Matriz. Houvera muitas doações de particulares e dos poderes públicos, porém não eram suficientes. Só em 1964, quando foi organizada uma nova Comissão de Construção da Catedral é que os serviços se adiantaram. Quando o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider assumiu o Arcebispado de Fortaleza as obras se aceleraram mais ainda. Até que, em 1978, a construção acabou e finalmente a Igreja pôde ser inaugurada. Foram quase quarenta anos e CR$ 18 milhões gastos na construção. "A obra demorou exatamente 39 anos, quatro meses, sete dias e três horas, segundo informações sucintas do padre Tito Guedes. Desde 1964 à frente do curato da Sé." A nova Catedral foi inaugurada no dia 22 de Dezembro de 1978 e ela continua a ser a Catedral até os dias de Hoje. Localizada na Praça da Sé, a atual Catedral herdou da antiga o conjunto de sinos que ainda hoje estão badalando no alto de suas torres de 75 metros de altura. A Planta arquitetônica é em forma de H, sendo que o seu espaço interno é dividido em três naves, uma central e duas laterais, onde estão distribuídos os 375 bancos de madeira. A igreja tem capacidade para um total de 5.000 pessoas. O estilo tem influências do românico e do gótico e isso dá o estilo eclético. Com seus 90 metros de comprimento e 45 metros na parte mais larga (transeptos), na Igreja ainda existem a Capela do Ressuscitado e a do Santíssimo Sacramento, ambas encontram-se na Cripta da Igreja. Esta Cripta foi projetada pelo engenheiro Luciano Pamplona e dedica aos adolescentes. Uma das muitas curiosidades deste lugar é que no altar nós encontramos a imagem de Jesus Cristo adolescente e também estão enterrados os restos mortais de algumas pessoas, tais como: Dom Manoel da Silva Gomes, Dom Antônio de Almeida Lustosa, Monsenhor José Quinderé e Monsenhor Tito Guedes Cavalcante. No interior da Catedral ainda podemos ver maravilhosos vitrais que figuram passagens da Bíblia e personagens eclesiásticos (alguns papas e bispos importantes para o Ceará). Fonte: Ofipro

Construção da Catedral - Nirez

Catedral em construção - Arquivo Nirez

Igreja Nossa Senhora dos Remédios - Benfica / Arquivo Nirez

Igreja de São Pedro - Praia de Iracema/ anos 50 - Arquivo Nirez

Crédito da foto - Jornal O Povo

Igreja S. Coração de Jesus - Postal antigo

Antiga Igreja Sagrado Coração de Jesus, antes de ser demolida - Jornal O Povo

Crédito: IBGE, Enciclopédia - 1959
A construção da Igreja Sagrado Coração de Jesus começou em 1878 e terminou em 1886. A obra foi encomendada pelo casal Albano para um de seus filhos, Antônio Xisto Albano, que estava na Europa se preparando para ser padre e chegou a ser nomeado bispo do Maranhão. Em 1901 ele convidou os capuchinhos para tomar conta da igreja. A primeira construção se assemelhava à Igreja do Carmo. Em 1952, os engenheiros Luciano Pamplona e Valdir Diogo aumentaram a altura da torre e colocaram um imenso relógio trazido de Roma na fachada. Cinco anos depois, em 1957, a torre cedeu e soterrou a entrada da igreja. Não houve vítimas. Em 2001, pequenas reformas marcaram o centenário dos capuchinhos no Ceará. A cúpula ganhou pintura nova. O painel externo inspirado no Cântico do Irmão Sol de São Francisco de Assis, feito em 1961 com pastilhas coloridas, foi substituído por um em alto-relevo.

Anos 50 - Igreja Nossa Senhora das Dores/ Otávio Bonfim

Igreja N. Sra. das Dores - 1960

Igreja do Patrocínio - Anos 40

Crédito - Livro Royal Briar, a Fortaleza dos anos 40, de Marciano Lopes.
Praça José de Alencar, Lado Norte ( Rua Guilherme Rocha, 24 de Maio, Liberato Barroso, General Sampaio). Faz frente à Praça do Marquês de Herval pelo lado do norte, é modesta, regular em proporções, asseada e recomenda-se pela singeleza dos ornatos, que são todos de deslumbrante alvura. Não tem dourados. Externamente, a sua torre, esguia e fina, que se levanta pôr sobre a porta principal, dá-lhe ar alegre e atrativo. Em 1849 o cabo de Esquadra Fortunato José da Rocha, disparando um tiro contra o capitão Jacarandá, acertou no joelho do alferes Luís da França Carvalho, quem em ocasião conversava com dito capitão . França, vendo-se em perigo de vida, fez voto a N.S. do Patrocínio, se escapasse, iria erigir-lhe uma Igreja; e de feito no dia 2 de fevereiro de 1850 foi lançada a primeira pedra. Aquele oficial demorou-se pouco tempo em Fortaleza. Os trabalhos da Igreja iam muito vagarosamente, de sorte que só ao fim de cinco anos foi que se levantou o travejamento da capela-mor. Apesar do auxílio de particulares e das Assembleias Provinciais pôr diversas vezes, os materiais que de ordem do Governo lhe foram dados no período da seca, só chegou a concluir-se devido aos esforços do cônego João Paulo Barbosa, atual vigário, Sociedade Auxiliadora dos Templos. A Planta foi fornecida pelo mestre Antônio da Rosa e Oliveira. Em 1855 foi concluído o travejamento da Capela-Mor, uma associação de fiéis construiu a Capela-Mor à Nossa Senhora do Patrocínio 1859 -1860 e depois fundou uma irmandade; nessa capela celebrava o Padre Pompeu depois Senador Pompeu. Em 15 de Outubro de 1879 a Capela foi elevada a Freguesia João Paulo Barbosa cônego, formado pelo Seminário da Prainha implementou a construção do templo, fez o corpo da Igreja, ampliou a Capela-Mor, e fez o Altar-Mor de madeira; a obra só foi concluída entre 1896 e 1924 . Apresenta uma arquitetura simples no estilo românico e com ausência de decoração rebuscada e objetos de valor no seu interior. Durante muito tempo foi cartão-postal da cidade e rainha da praça. Em 1975 foram demolidas as escadarias laterais. Possui forro e Altar-Mor de madeira decorado com um grande afresco, cenas da via sacra em gesso circundando o templo e alguns vitrais. A praça José de Alencar anterior a 1870 se chamou do Patrocínio por causa da Igreja. 
Fonte: Ofipro

Construção da Igreja nossa senhora de Fátima - Arquivo Nirez

Igreja de Fátima - Antiga - Arquivo Nirez

Construção da Igreja de São Benedito

O Santuário de São Benedito foi inaugurado em 3 de agosto de 1938, pelo Arcebispo Dom Manuel da Silva Gomes. Em 1968 o Santuário ganhou status de Paróquia, por meio de Decreto assinado por Dom José de Medeiros Salgado e tendo como 1º vigário o Padre Pedro Hansen. Em 1972, Padre André Van Der Staak sucedeu o Pe. Pedro, estabelecendo a divisão do perímetro da paróquia por quadras, com responsáveis para visitas às casas. Dentre outras ações, Pe. André iniciou ainda o jornal da Paróquia e o trabalho social na Vila da Condessa. Dando continuidade aos movimentos criados por seus antecessores, Pe. Renato Bivort assumiu a Paróquia em 1982, criando o dízimo na mesma e dedicando-se ao movimento das madrinhas dos seminaristas. Os três primeiros seminaristas do Santuário. Atualmente a Paróquia é comandada por Pe. Jackson Alcântara que foi designado para a missão em 11 de setembro de 2005, com a saída de Pe. Armindo Magalhães. Em apenas quatro meses, o novo Pároco já conseguiu realizar grandes feitos no Santuário como a criação de novas pastorais e a estruturação da Pastoral Social. 
Fonte e foto: Portal Igreja São Benedito

Igreja de São Benedito

Igreja do Bom Jesus dos Aflitos, bairro Parangaba

Crédito: Claudio Lima
A Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos teve sua origem durante o processo de colonização e de instalação das missões e aldeamentos jesuítas e da ocupação indígena no Ceará, por volta de 1664.


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Crédito: Fortal

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