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quarta-feira, 5 de março de 2014

Os bancos da Praça do Ferreira - Parte III


AS RODAS E OS BANCOS

A roda composta e liderada pelo então jovens José Elias Bachá e Renê Dreyfus, nela se discutia tudo, inclusive atividades esportivas, em que a maioria era "vidrada", vibrando cada um por seu clube de adesão. Bachá- é claro - torcia pelo "Ceará", do qual viria a ser dinâmico Presidente. A roda se reunia a princípio em torno de mesa do Café Globo e depois se deslocava para um banco da Praça, integrando-a ainda Lívio Bessa Noronha (meu colega de turma no Liceu do Ceará), José Pompeu Gomes de Matos (filho do professor Gomes de Matos), Ivan Paraíba (filho do juiz Hermes Paraíba, que me casaria no civil e seria alçado e desembargador), José Maria Catunda (alto funcionário da Secretaria de Polícia e Segurança Pública), Edilberto Góis Ferreira (dono do referido Café) e mais José Weyne, Clóvis Holanda e Francisco Cordeiro. Eu, às vezes, adejava em torno dela, bem como o então jovem Tarcísio de Oliveira Lima, Secretário do Ceará Sporting Club no período em que meu irmão Tarciso foi presidente dessa agremiação esportiva (1948). 

Em banco fronteiriço à Livraria Alaor sentavam-se alguns estudantes que exploravam a ingenuidade de um rapaz de boa família, costumeiro em dar definições estapafúrdias acerca de tudo, inclusive sobre Deus, que, para ele, era "um invertebrado gasoso, semi-nuvem e semi-além". Refiro-me a Moisés Leitão, irmão do dono da mercearia Joana D'Arc (foto ao lado - de Carlos Juaçaba) e que, por isso, era conhecido como Moisés da Joana D'Arc. Eram integrantes dessa roda Américo Barreira (que viria a ser Vice-Presidente de Fortaleza), Wagner Barreira (que se tornaria brilhante professor da Faculdade de Direito e grande advogado) e o próprio Alaor (filho do dono do estabelecimento em frente e seu atual proprietário). Visceralmente irônicos, os componentes dessa turma quase tornam insano o Moisés da Joana D'Arc, tão constantes eram as instigações, as pilhérias, os trocadilhos e os comentários que faziam a respeito de tudo e de todos, especialmente de sua "vítima" predileta. 

Não propriamente na Praça, mas nas suas imediações reunia-se outro grupo, cujo decano era o bondoso patriarca José Manassés Pontes, pai do juiz Osmundo Pontes e meu antigo vizinho de frente na rua Barão do Rio Branco. "Gente fina", como se diz, haveria Manassés de aglutinar em seu derredor uma plêiade de amigos, tendo como polo a Farmácia Santa Helena (rua Guilherme Rocha nº 167), de Nilo Mendes, seu conterrâneo de Massapê, local da atual Farmácia Confiança
Compunham esse grupo, que vez por outra se deslocava até a praça para uma rodada de cafezinho, Geraldo Lira Aguiar (representante do Laboratório Piam e, depois, alto funcionário da Assembléia Legislativa e do Conselho de Contas dos Municípios), Valdevino Castelo (gerente da Ródia no Ceará e um dos espíritos mais pilhéricos que conheci na vida), José do Nasci­mento (procurador da Fazenda Estadual), Severino César (também agente de laboratório farmacêutico do sul do país no Ceará e genro do Dr. João Saraiva Leão), o Dr. Luís Rolim da Nóbrega (juiz aposentado e pai de José Rolim da Nóbrega, fraterno co­lega meu no Liceu do Ceará e pela vida afora), meu irmão Aluísio (médico pediatra e professor da Faculdade de Medicina do Ceará), Joaquim Morizé de Andrade (depois Conselheiro do Conselho de Contas dos Municípios) e eu, além de outros me­nos assíduos. 


Não em banco, mas na porta da Farmácia Pasteur, com deslocamentos invariáveis ao escritório da empresa, ao andar superior do prédio, pra fruição de gostoso cafezinho, reuniam-se, também, figuras da mais alta projeção político-social, como o Governador Raul Barbosa, O Ministro do T. C. Eduardo Ellery Barreira, o advogado Josias Correia Barbosa e os sócios da firma Moacir Bezerra, Raimundo Freitas Ramos e João Moisés Ferreira, além de outros.
Relativamente à ultima roda, que resiste (1987) à descaracterização da velha Praça do Ferreira, era primeiramente constituída pelo Dr. Rafael de Codes Y Sandoval e por Humberto Patrício Ribeiro, o futuro governador Paulo Sarasate Ferreira Lopes, José Marinho (corretor), João Campos (do Car­tório João de Deus e tio de Luís Campos), Dr. Vinícius Ribeiro (advogado), José Denizard Macedo de Alcântara (professor), Dr. Turbay Barreira, Dr. Carlos Ramos (que seria desembargador no Rio de Janeiro), General Carlos Cordeiro, General Dr. Carlos Studart Filho, desembargador Eugênio de Avelar Rocha, enge­nheiro Hugo Rocha (da Rede de Viação Cearense), Abraão Romcy, Pedro Riquet e Omar dos Martins Coelho, todos faleci­dos, e mais Sebastião Arruda Boto (outro líder do grupo), Ed­gar Patrício Ribeiro, Dr. Elcias Viana Camurça, o jornalista Stênio Azevedo, o professor Geraldo da Silva Nobre, Samuel Tabosa (gerente da Empresa Ribeiro no Ceará), Lourival Pereira (ir­mão do deputado Horácio Pereira), Jaime Leite (dono da "Casa de Borracha"), Francisco Ferreira Costa (Costinha, alto funcionário aposentado do Banco do Brasil, ex-Diretor do Banco Central no Ceará e membro do Conselho Fiscal do Banco do Nordeste do Brasil e do Banco do Estado do Ceará, mercê de seu dotes de inteligência e preparo, e cunhado de meu irmão Aluísio), o Acadêmico João Jacques Ferreira Lopes, Alfredo Moreno (antigo proprietário do Eden Café), Antônio Braga, Jaime Cavalcante, Jaime Ferreira, Nelson Caracas, Sílvio Braga e mais alguns, todos vivos, graças a Deus. Eu, por vezes, ando por lá, fruindo a gostosa prosa desses recalcitrantes, que resistem à massificação da Praça, consequente de sua última reforma (1968/69), pois hoje, não dispondo de um cômodo banco de madeira no logradouro, seus membros se reúnem, mesmo em pé, no início (lado leste) da galeria do Edifício São Luís, pela manhã e principalmente à tarde. 



Que eu não peque por omissão, deixando de registrar a existência de nova roda que teima em formar-se na Praça, em frente ao Cine São Luís, de pé, na proximidade de uma de suas duas bilheterias, a do lado norte do prédio. Compõe-se de funcionários aposentados do Bando do Brasil e do Banco do Nordeste do Brasil, dentre os quais distingo meus amigos Tomás Pompeu Gomes de Matos, José Osmar Nobre e Francisco Ferreira Costa (Costinha), integrante também da roda anteriormente referida. E ainda o professor de direito Alcimor Aguiar Rocha e os bancários José Ícaro Loureiro Maia, Mauro Rodrigues Oliveira, Airton Saboia Valente e Geraldo Coelho de Sousa



Os bancos da Praça não serviam apenas para aglutinar grupos mais ou menos homogêneos. Eram, por vezes, tribunas improvisadas para oradores de todas as colorações políticas, até que o Prefeito Godofredo Maciel construiu, em 1925, o afamado "Co­reto", de vida efêmera, pois já em 1933 o Prefeito Raimundo Girão o derrubaria, para substituí-lo (não no seu exato local) pela também já desaparecida Coluna da Hora
Se podemos classificar de mais românticas a Praça da Lagoinha, se a Castro Carreira sempre mereceu a preferência de tipos exóticos e malandros, se as praças do Coração de Jesus, do Carmo e do Patrocínio notabilizavam-se pelos novenários, a do Ferreira foi, durante muitas décadas, "o centro de atração de intelectuais, políticos e comerciantes, que debateram a crise brasileira"


De zona a princípio residencial (não esquecer que o boticário Ferreira tinha nela, como outros, o seu estabelecimento comercial, mas nela também residiam eles), passou a estritamente comercial e política, social e cultural. E nesta metamorfose seus quiosques, Cafés, casas de pasto, livrarias, cinemas e bancos exerceram papel preponderante. (Abelardo Montenegro, idem, p. 42). 


Tem sido ela, desde o tempo em que disputou e ganhou do Passeio Público a condição de coração da cidade, a sede do Ceará Moleque, de saudosíssima memória, quase inexistente hoje com a influência massificadora dos programas importados de televisão. 


Mozart Soriano Aderaldo

Fim

Leia também:

Parte I
Parte II
Fontes: Portal da História do Ceará (Gildásio Sá), ACL 1995/1996, Nirez


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Os bancos da Praça do Ferreira


Não pense que a sociedade e a intelectualidade conterrâneas se reuniam somente em Cafés, restaurantes, confeitarias e demais casas do gênero, assim como nas livrarias da terra.

As esquinas e os bancos da Praça do Ferreira eram, também, pontos de reunião de pessoas representativas dos setores social e econômico, político e intelectual de Fortaleza.

O costume, aliás, nascera no Passeio Público, antes do embelezamento da Praça do Ferreira a partir da administração Guilherme Rocha, no começo do século em curso, ou mesmo antes, com a construção dos quiosques em seus quatro cantos e da escolha da Praça para ponto central dos veículos coletivos
(bondes a burro, a partir de 1880, substituídos por bondes elétricos em 1913/14 e posteriormente pelos ônibus, no fim da década de 1920. 



Era o Passeio Público, naquela época, o centro de convergência da sociedade fortalezense, dando-nos disso notícia o his­toriador Gustavo Barroso: - "Ventilado, agradável sobretudo pela manhã, à tarde e à noite, era o Passeio Público nos bons tempos passados o ponto de reunião preferido pela população fortalezense. Do porto se avistava a linha multicor de sua iluminação festiva. Num coreto chinês, as bandas militares tocavam às quintas e do­mingos. A gente fina enchia a avenida Caio Prado" (alameda que, no sentido leste-oeste, se debruça sobre o segundo plano do Pas­seio), "cujas batalhas de confete no Carnaval se tornavam famo­sas. A gente de menos tom frequentava a Carapinima" (alameda do centro do Passeio, naquele mesmo sentido, ligando o prédio da 10ª Região Militar à porta principal da Santa Casa da Misericórdia). "O povo miúdo ficava na Mororó" (alameda paralela à rua João Moreira). "Separação de camadas sociais natural e esponta­neamente feita. Nas tardes comuns, diante do mar, onde floriam os lenços brancos das jangadas voltando da pescaria, à sombra das castanholeiras, havia o Banco dos Velhos, reunião de homens de prol para um bate-papo erudito, e o Banco dos Moços, no qual se juntavam estudantes de direito e jovens jornalistas. O Banco dos Velhos transferiu-se mais tarde para a Praça do Ferreira, onde se tornou famoso sob esta singela rubrica - O BANCO"
("À Margem da História do Ceará", Fortaleza, Imprensa Universitária do Ceará, 1962, ps. 279 e 280, com parênteses do autor destas relembranças). Para Antônio Bezerra de Menezes, o Passeio Pú­blico era "a mais notável de todas" as praças da cidade na penúl­tima década do século passado. 

("Descrição da Cidade de Fortaleza", in Revista do Instituto do Ceará, 1885, p. 148.)


Ao lado do BANCO DA OPINIÃO PÚBLICA, na Praça do Ferreira, formou-se o OUTRO BANCO, o qual era presidido pelo Dr, Irineu Filho. Nas constantes reformas por que passou o principal logradouro de Fortaleza, o OUTRO BANCO foi arrancado. Ficou no seu lugar um banquinho de cimento, apertado, sem comodidade. Eis uma fotografia dos áureos tempos, mostrando a maioria de seus componentes. Da esquerda para a direita - sentados: O poeta Cruz Filho, Josafã Linhares, Gomes de Matos, Prof. Clodoaldo Pinto, Prof. Humberto Fontenele, Dr. Irineu Filho, Jornalista Daniel Carneiro Job e A. Batista Fontenele. De pé, na mesma ordem - Carlos Braga, Dr. Fidelis Silva, Aderbal Pamplona, Dr. Belo da Mota, Egídio Lobo, Prof. Martins Filho, Dr. Guilherme Sátiro Rabelo e João Gaspar. Deixaram de figurar nesta fotografia os habitués - Ubatuba de Miranda, Aluízio Gurgel do Amaral, Meton Lima, J. Leitão, Julio Albertino e outros. Foto Publicada no Almanaque do Ceará de 1962.

Enquanto isto a Praça do Ferreira hibernava, frequentada de dia pelos feirantes vindos de Messejana, Parangaba e Caucaia, que nela vinham vender seus produtos agrícolas, e durante todo o dia, principalmente à tardinha e à noite, pelos fregueses dos quiosques existentes nos quatro cantos do logradouro. Após os esforços do boticário Ferreira para tornar a chamada Feira Nova o polo central de Fortaleza, bem como depois da fixação dos pon­tos de estacionamento das linhas de bondes a burro em seu derredor, e a construção dos quiosques em seus quatro cantos a partir de 1880, foi o Prefeito Guilherme Rocha quem deu o passo decisivo no sentido de deslocar o movimento do Passeio Público para a Praça do Ferreira, com a inauguração do Jardim 7 de Setembro, no centro do quadrilátero, em 1902. 

Jardim 7 de Setembro

A afluência ao Passeio foi diminuindo aos poucos, à proporção que crescia a agitação na Praça do Ferreira. A construção do edifício em que passou a funcionar o Cine Majestic, em 1917, precedida da instalação do Cine Polytheama seis anos antes e da inauguração dos bondes elétricos em 1913/14, foi igualmente fator preponderante na já indisfarçada preferência de todos, elite e povo, pela Praça. Seria inevitável que o velho Banco do Passeio
para a Praça do Ferreira se transferisse, o que de fato ocorreu em torno de 1918, já sob a denominação de "Banco da Opinião Pública" ou simplesmente "o Banco" persistindo até 1968, pois a última reforma da Praça ocorrida neste ano e no seguinte não mais permitiria esse tipo de lazer. 

(Otacílio de Azevedo, "Fortale­za Descalça", Fortaleza, Edições da Universidade Federal do Ceará, 1980, p. 66). 

Situava-se O BANCO quase em frente ao Cine Majestic e à Farmácia Pasteur, esta sucedida pela loja Binoca (nº 538 da rua Major Facundo). Quem integrava O BANCO detinha as melhores e mais altas posições sociais, econômicas ou culturais de nossa terra: o alto comerciante Antônio Diogo de Siqueira (Sogro do futuro Prefeito, por duas vezes, médico César Cals, avô do futuro Governador Coronel César Cals Filho e bisavô do futuro Prefeito engenheiro César Cals Neto), João Quinderé (irmão do Pe. Quinderé, que a ele atribuiu a iniciativa da transferência de O BANCO do Passeio para a Praça), o médico Meton de Alencar, os comerciantes Vicente de Castro, Tibúrcio Targínio e José Rola, o professor Guilherme Moreira, o engenheiro João Nogueira, o Cartorário Felino Barroso, tendo este último participado dessa roda e de outras até quando passou a residir com seu filho Gustavo no Rio de Janeiro, em 1924. De uma dessas fazia parte Miguel Soares, pai do ex-seminarista, meu colega no Liceu e futuro Juiz Lourival
Soares e Silva
, o "Frei Joaquim", assim apelidado pelo professor Martinz de Aguiar. Miguel Soares tinha a delicadeza de levar, to­das as noites, Felino Barroso à sua residência na rua Major Facundo nº 170.

Porque se ausentassem do Ceará, porque a idade não mais permitisse o seu comparecimento ou porque a morte os fisgasse, foram uns sendo substituídos por outros, passando a comparecer às reuniões do grupo o jornalista Demócrito Rocha, João Mac Dowell, Manuel Pombo, Adolfo Siqueira (prefeito interino da ci­dade, como Presidente da Câmara Municipal, em substituição a Ildefonso Albano, que assumira a Chefia do Executivo Estadual com a licença e a morte de Justiniano de Serpa), o bancário Antônio Ferreira Braga (o Braguinha, do London Bank), os futuros desembargadores Eugênio Avelar Rocha, José Pires de Carvalho e
João Jorge de Pontes Vieira, os professores Luís Costa, Hermenegildo Firmeza, Raimundo Gomes de Matos e José Vítor Ferreira Nobre (os dois primeiros meus mestres de História Natural e História Universal no Liceu do Ceará, respectivamente, en­quanto os dois últimos eram consagrados catedráticos da Facul­dade de Direito), o banqueiro Luís Vieira (irmão de João Jorge), Joaquim Lima (irmão de Herman), o proprietário Afonso Medeiros, o assim chamado major Henrique Ellery e o próprio monsenhor José Quinderé ou, como toda a cidade o tratava, padre Quinderé.

(Raimundo Girão, "Geografia Estética de Fortaleza", 2ª edição, Fortaleza, Banco do Nordeste do Brasil, 1979, p. 195). 

Com as alterações feitas na fisionomia da Praça (em 1920 e 1925 pelos Prefeitos Ildefonso AlbanoGodofredo Maciel, em 1933 pelo Prefeito Raimundo Girão e em 1959/62 pelo Prefeito Cordeiro Neto, que abriu quatro passagens para carros, duas de cada lado, com sacrifício da área do logradouro), o banco sofreu 
deslocamentos que muito prejudicaram o comparecimento de seus membros. 


Nenhum outro endereço foi tão relevante para a história cultural do Ceará como a Praça do Ferreira, onde até mesmo os bancos sediavam encontros. As rodas de conversas justificavam denominações como o Banco dos Católicos e o Banco da Opinião Pública, reduzido depois para simplesmente "O Banco".


Outros bancos da Praça do Ferreira tiveram também frequentadores certos, podendo de logo ser citado um que somente funcionava à noite. Tinha-se de imediato a impres­são de que seu líder era o poeta Irineu Filho, e se compunha de gente do estofo do jornalista Perboyre e Silva, do profes­sor Clodoaldo Pinto, do cartorário Francisco Ponte (que chegou a exercer, interinamente, a chefia do Executivo cearense), do médico Antônio Belo da Mota, do agrônomo Renato Braga, do jurista Oswaldo Aguiar, do juiz Alerano Bandeira Barros, do economista Josaphat Linhares, do mais industrial do que médico Tomás Pompeu de Sousa Brasil Filho (neto do Sena­dor do mesmo nome), dos advogados Manuel Pinheiro de Sousa e Guilherme Sátiro Rabelo, do bancário Carlos Braga e do repórter Daniel Carneiro Job. (Raimundo Girão, idem, p.195). E de Tibúrcio Mota, acrescento eu. 

Esclarecido fique que, bem antes desses dois bancos, muito conhecidos e comentados por quantos cronistas falam da Praça, e ainda quando os quiosques permaneciam de pé (dos fins do sé­culo passado ao ano de 1920), organizaram-se outras turmas em torno dos assentos do principal logradouro da cidade, como aquele em que Otacílio de Azevedo se sentava, nas proximidades do Café Iracema (esquina sudoeste do quadrilátero), cujas tertúlias tinham início na barbearia de João Catunda (sita em modesto prédio da rua Floriano Peixoto), prolongavam-se em um banco próximo e findavam invariavelmente em torno de uma mesa daquele restaurante. Era a Academia Rebarbativa e dela faziam par­te, além de outros e do memorialista citado, Genuíno de Castro, Carlos Severo e José Gil Amora. (Obra citada, idem, p. 55).


Mozart Soriano Aderaldo


Continua...


Fontes: Portal da História do Ceará (Gildásio Sá), ACL 1995/1996, Nirez


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