Diz a matéria do Jornal O Nordeste de 19 de agosto de 1962:...Mostra-se o clichê um aspecto da igreja matriz da paroquia de São Francisco de Assis, de Jacarecanga, cujo vigário é o dinâmico padre Mirton Lavor que se empenha nas obras de construção do majestoso templo, iniciado ao tempo em que era vigário ali o Monsenhor Hélio Campos, atualmente na cura espiritual do Pirambu. Oportunamente focalizaremos detalhes da grandiosa obra. Agradecimento ao amigo Lucas Júnior
Agradecimento ao amigo Lucas Júnior
Esta Igreja foi iniciada nos anos 60 para ser a matriz da Paróquia de Jacarecanga, porém nunca foi concluída.
A Paróquia de São Francisco de Assis é palco de missas e celebrações cristãs como batismos, casamentos e eucaristias. Sua planta original foi misteriosamente roubada e, desde então, houve muita discussão sobre sua arquitetura, a princípio muito imponente e posteriormente singela.
D. Maria do Socorro narrou histórias suas que se relacionavam com a Igreja, como o “vôlei do fim-de-semana” com os amigos, as festas religiosas, além dos trabalhos sociais envolvidos com a Igreja.
DECRETO DE CRIAÇÃO
Desvinculada da Paróquia do Patrocínio, a Paróquia de São Francisco
de Assis ( Jacarecanga ) foi instalada oficialmente com a posse, aos 06 de fevereiro de 1944, do Pe. Abelardo Ferreira Lima. Por causa da grande extensão da paróquia ele tinha de se locomover a cavalo, pois sua jurisdição ia até a Barra do Ceará e parte de Antônio Bezerra.
Com a transferência do Pe. Abelardo, assumiu a nova Paróquia o Pe. Mauro. Com a nomeação de Mons. Lauro para as funções de Pro-Vigário Geral, é nomeado seu substituto o Pe. Antonio Frederico Rodrigues de Andrade. Com a transferência deste para a Paróquia de Anacetaba, veio substituí-lo o Pe. Francisco Hélio Campos, que permaneceu no pastoreio até 1958, quando foram desmembradas da paróquia e constituídas autônomas as capelas Monte Castelo ( Senhor do Bonfim), Carlito Pamplona ( N.S.P.Socorro) e Pirambu ( N.S.das Graças). Com a saída do Pe. Hélio foi nomeado seu irmão, Pe. Gerardo Campos que ficou até 15 de fevereiro de 1958 a 01 de julho de 1958. Logo a seguir, assumiu o paroquiato, em caráter interino, Pe. Ivanildo Bastos Pinheiro até a vinda aos 15 de março de 1959, do Pe. Francisco Mirton Bezerra de Lavor, que foi muito ajudado pelos Revmos. Pe Pio Pinho, Pe. Teógenes Gondim capelão da EAM e Pe. Rinaldo Guimarães também cooperador. Vale destacar que a Paróquia de São Francisco, sempre teve como matriz a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, a qual durante vários anos fora assistida pelos Padres Franciscanos da Igreja Nossa Senhora das Dores. É inesquecível a atuação de Frei João Batista.
Os que transitam na Avenida Presidente Castelo Branco, popularmente conhecida como Leste Oeste, observam, na altura da Escola de Aprendizes Marinheiros, uma construção inacabada, que bem lembra uma fortaleza inexpugnável, por seu piso elevado a suportar espessas paredes, desprovida de qualquer cobertura, deixando-a inteiramente exposta às intempéries ambientais.
Essa obra permanece paralisada, lastimavelmente, há cerca de cinco décadas, dando uma péssima impressão ao espírito empreendedor do povo cearense que, por impulso público ou por motivação privada, é capaz de grandes realizações.
Crédito da foto: Glauton
No final dos anos cinquenta do século passado, os moradores do bairro Jacarecanga e suas redondezas, em Fortaleza, estavam bastante estimulados para construir um novo templo que substituísse a diminuta Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, inviável para comportar o considerável número de devotos que a buscavam.
Sob o lema da campanha “Em prol da construção da Igreja de São Francisco de Assis”, havia um esforço coletivo, com vasto envolvimento de paroquianos, para captação de doações ao lado de outras ações, com vistas à obtenção de recursos financeiros, para a concretização da obra.
Uma combinação de causas, todavia, concorreu para minar a pretensão daquela comunidade paroquial de contar com essa sacra edificação, cujo projeto estava a cargo do engenheiro e professor Amauri Araújo. Por certo, o afastamento do seu timoneiro, o Padre Hélio Campos, deslocado inicialmente para o Pirambu, onde faria um duradouro trabalho social em favor dos carentes e oprimidos, e depois quando guindado foi, em definitivo, ao bispado, deixou a nau à deriva, ou mesmo estagnada na calmaria.
Vários templos católicos foram levantados nos últimos anos, em Fortaleza, mercê da capacidade de alguns padres seculares para arregimentar recursos, humanos, financeiros e materiais, a exemplo do Pe. Ferreira e do Pe. Dourado, que premiaram a capital com a Igreja de Sta. Edwirgens, na Leste Oeste, e a Igreja de N. Sra. de Lourdes, nas Dunas.
Retomar as obras e soerguer a Igreja de São Francisco de Assis, pode ser um grande desafio para o Pe. Haroldo Coelho, atual vigário coadjutor da paróquia a que pertence essa igreja. Esse feito, somado ao engajamento político e social desse prelado, um defensor permanente dos descamisados e dos marginalizados, dar-lhe-á, certamente, uma dimensão pública ainda maior, além do reconhecimento dos fiéis e dos devotos franciscanos.
Que venha a nova igreja. Mãos à obra, Pe. Haroldo.
A construção da Igreja de São Francisco está paralisada há quase 50 anos. Mesmo com a estrutura comprometida, ainda são realizadas celebrações no local.
Diante do número crescente de devotos, a previsão é de que as obras sejam retomadas.
Até agora apenas 30% dos recursos foram arrecadados, através de doações. A obra deve custar R$ 3 milhões. A nova igreja terá capacidade para 2,5 mil pessoas.
Crédito: Patrimônio para todos, Jornal o Povo, 23/05/09. Jornal do Leitor. pág 3 e Ceará é notícia