Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga : Praça Coração de Jesus
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.
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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pelas praças da cidade - Nomes antigos


Como ponto de encontro e locais de lazer, foram sendo construídas as praças.
Assim como as ruas e avenidas, as praças recebem nomes de pessoas ilustres ou fatos históricos que, muitas vezes, são representados por monumentos localizados em um ponto visível da praça.


É de responsabilidade do Governo a manutenção das praças e monumentos, mas as pessoas que as frequentam, devem conservá-las, pois fazem parte do patrimônio da cidade!

Agora, vamos lembrar antigos nomes que nossas praças já tiveram:

Praça Castro Carreira - Senador Carreiro, Campo da Amélia, Da Via Férrea ou Da Estação.

Relatório Carneiro de Mendonça.

A Praça Castro Carreira do Livro os Descaminhos de Ferro do Brasil. 
Vemos a estátua de General Sampaio no centro.

Praça da Sé -  Caio Prado, Do Conselho e Largo da Matriz.

Praça Caio Prado em 1913, ainda sem a estátua de D. Pedro II. Acervo Nilson Cruz

Monumento D. Pedro II na Praça da Sé. Foto de 1925. Arquivo Nirez

Praça Waldemar Falcão - Do Mercado Público, Da Carolina, Da Assembléia e, a parte sul, Capistrano de Abreu.

Mercado de Ferro na Praça Waldemar Falcão. Arquivo Clóvis Acário Maciel

Praça Waldemar Falcão nos anos 40. Arquivo Nirez

Praça General Tibúrcio - 16 de Abril, Do Palácio e 16 de Novembro e hoje é mais conhecida como Praça dos Leões.

Arquivo Nirez

Arquivo Nirez

Praça Filgueira de Melo - Do Asilo, Dos Educandos, Da Escola Normal e Do Colégio.


Linda normalista Maria Cecilia. Acervo pessoal de Sérgio Roberto

Praça Benjamin Constant - Barão de Ibiapaba e Do Colégio Militar. Hoje é Praça da Bandeira.

Foto da década de 30/40. Acervo Carlos Juaçaba


Praça do Coração de Jesus - Dr. José Júlio, Parque da Liberdade e Boa Vista.

A Praça com a igreja em 1913. Arquivo Nilson Cruz

Arquivo Nirez

Praça Cristo Redentor - Senador Machado e Da Conceição.

Acervo Raimundo Gomes

Foto de 1938 - Arquivo Nirez

Praça José de Alencar - Marquês de Herval e Nogueira Acióli.


Acervo Carlos Juaçaba

10ª Praça Clóvis Beviláqua - Da Bandeira e Visconde de Pelotas.

Praça Clóvis Beviláqua antes da Faculdade de Direito - 1931

Foto provavelmente de 1933, quando na praça foi armado o Circo Nerino.

11ª Praça do Carmo - N. S. do Livramento e Gonçalves Ledo.

Praça do Carmo. Arquivo Nirez

Foto de 1990 - Marcos Vale

12ª Praça do Ferreira - Municipal, Feira Nova, Largo das Trincheiras e Pedro II.

Foto de 1936


13ª Praça Comendador Teodorico - Cel. Teodorico, 16 de Outubro, Capistrano de Abreu (Lagoinha).

Fonte na Praça da Lagoinha. Arquivo Clóvis Acário Maciel

Praça da Lagoinha em 05 de dezembro de 1966 - Regina Célia

14ª Praça da Polícia - Comendador Coelho, 24 de Maio, Dos Coelhos e José Bonifácio.

Arquivo Nirez

15ª Praça Paula Pessoa - Senador Paula Pessoa, 25 de Março e São Sebastião.

Mercado na Praça São Sebastião. Arquivo Clóvis Acário Maciel

Mercado São Sebastião em outubro de 1997. Acervo O Povo

16ª Praça Gustavo Barroso - Fernandes Vieira, 14 de Março e Da Jacarecanga. Mais conhecida como Praça do Liceu.

Então Praça Fernandes Vieira - Acervo Carlos Juaçaba

Foto de 1962

No dia 08 de abril de 1888, inaugurou-se a primeira estátua a ser erigida em Fortaleza, a do General Tibúrcio, na Praça do mesmo nome. A estátua veio de Paris. A segunda, foi a primeira feita aqui em Fortaleza, a do General Sampaio, que foi inaugurada na Praça da Estação, depois levada para a Avenida Bezerra de Menezes e hoje está em frente a 10º Região Militar.

A estátua do General Tibúrcio, primeira estátua erguida em Fortaleza em 8 de abril de 1888. Arquivo Assis de Lima

Estátua de General Sampaio na Praça Castro Carreira. Arquivo Assis de Lima


Fonte: Fortaleza Somos Nós - Aurileide Silva/Sara Braga - Editora Mundial 1994

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Especial Fortaleza 288 anos - Praças da cidade (Parte III)



Limitada pela Avenida Dom Manuel e as ruas Franco Rabelo, Rufino de Alencar e 25 de Março, a praça antes de 1881, era conhecida pelo nome de Praça da Conceição, em homenagem a Nossa Senhora da Conceição da Prainha, pela igreja do Seminário
Já se chamou Praça Senador Machado, em homenagem ao Dr. Antônio José Machado, que foi membro da corte e exerceu os cargos de chefe de polícia do Ceará e deputado federal em 1861.
Chamou-se de novo Praça da Conceição e novamente Senador Machado seis meses depois. 

Recebeu a denominação de Praça do Cristo Redentor, em 1922, em razão ao monumento que abriga uma coluna com Cristo no topo, com 35 metros de altura, montada sobre uma base cúbica. Desenvolvida sobre um eixo vertical gerado por uma escada com 115 degraus. Está revestida e decorada exteriormente com elementos jônicos, frisos, cornijas, moldura e outros detalhes executados com argamassa de cal e areia. Sobre sua base se encontram um conjunto de placas de mármore onde podemos ler a lista dos nomes dos amantes desta luminosa cidade praieira, vinculados à história da cidade através deste singelo e elegante monumento.
O nome foi dado por lei em 1924.


A praça foi construída na metade do século XIX e já foi conhecida como: Praça do asilo, Praça dos Educandos, ou Praça da Escola Normal, ou ainda Praça do Colégio. Era conhecida assim devido o Colégio da Imaculada Conceição fundado em 1867.
Em 1855 o edifício já havia sido construído para abrigar órfãs e foi considerado resultado do crescimento urbano da cidade. É limitada pela Avenida Santos Dumont, ruas Coronel Ferraz, Franklin Távora e 25 de Março

O nome atual (Praça Filgueira de Melo), é em homenageado a Figueira de Melo, que ocupou os cargos de Juiz de Direito, Presidente do Maranhão, Juiz dos feito da Fazenda, Secretário do Governo de Pernambuco, Chefe de Polícia de Pernambuco e membro do tribunal da relação da mesma província, Presidente do Rio Grande do Sul, Ministro do Supremo Tribunal, Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, Desembargador do Tribunal do Rio, Deputado geral e provincial de Pernambuco, Deputado geral do Ceará, Senador do Império pelo Ceará e tinha o foro de Fidalgo Cavaleiro da Imperial Casa, ganhou o título de Barão de Sobral.Nasceu em 1809 em Sobral/CE e morreu em 1878 por hemorragia cerebral. Em 1832 formou-se em Direito em Olinda – PE.


Em 07 de março de 1940, é inaugurada a Praça Fernandes Vieira, após remodelação e ajardinamento.
Em 1945, o Liceu do Ceará teve sua administração transferida para as proximidades da então Praça Fernandes Vieira. Ainda que, com o passar do tempo, tenha havido mudança de nome para Praça Gustavo Barroso.

No dia 31 de agosto de 1962, ocorre a inauguração do monumento à Gustavo Barroso com as presenças de Luis Sucupira, Raimundo Girão, Albano Amora e Mozart Soriano Aderaldo.

O nome que batiza a praça é em homenagem ao ex-liceísta Gustavo Barroso. Advogado, professor, político, contista, folclorista, cronista, ensaísta e romancista. Nasceu em Fortaleza, em 29 de dezembro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1959.


Limitado pelas ruas: General Bezerril, Pedro I, Pedro Pereira e Visconde do Rio Branco. O parque tem uma área de 26.717 metros quadrados e foi iniciada a sua urbanização em 1890, quando recebeu o nome de Parque da Liberdade, referência à libertação dos escravos no Ceará.

Em 1922, recebeu o nome de Parque da Independência, em homenagem ao centenário da Independência do Brasil. Inaugura-se a estátua de um índio quebrando os grilhões no portão de entrada.

No ano de 1936, recebe o nome de Cidade da Criança, pelo notável empreendimento educacional infantil. Jardim de infância para meninos de 3 a 6 anos e Parque para educação física e Social de 7 a 14 anos.

Em 1948, na gestão do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, volta a receber o nome de Parque da Liberdade.


Limitada pela Avenida Duque de Caxias, ruas Pedro I, Solon Pinheiro e Jaime Benévolo.

Batizada como Praça da Boa Vista, a Praça foi inaugurada em 1880. Em 1881, em homenagem a José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, passou a chamar-se Praça Dr. José Julio.
Em 1886 recebe o nome de Praça do Coração de Jesus, depois da construção da igreja em frente à Lagoa do "Garrote", iniciada em 1878, construída pelo Barão de Aratanha.

Em 1890, por resolução do Conselho da Intendência Municipal, recebe a denominação de Praça da Liberdade.

"Na sexta-feira, 15 de março de 1957, um "estrondo ensurdecedor", no dizer da imprensa local, às 13 horas e 20 minutos, abalou e surpreendeu a população fortalezense". Gustavo Barroso

No ano de 1960, toma o nome oficial de Coração de Jesus.


Veja também:

Parte I

Parte II
Fontes: Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza de Miguel Ângelo de Azevedo, Livro Fortaleza - Praças, Parques e Monumentos de Lídia Sarmiento e José Capelo Filho e Portal do Ceará de Gildásio Sá.

Fotos: Arquivo Pessoal, Arquivo Nirez, Acervo Jornal O Povo e Arquivo Assis Lima.



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Praça Coração de Jesus



Foto rara e antiga, infelizmente não datada

Não importa se é manhã, tarde ou noite. Com a presença dos boêmios, a Praça Coração de Jesus está sempre movimentada. Limitada pela Avenida Duque de Caxias, no Centro de Fortaleza, a praça tem como principal referência a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, que fica entre as ruas Pedro I, Sólon Pinheiro e Jaime Benévolo. As árvores frondosas, bancos e um comércio movimentado proporcionam encontros agradáveis de amigos e vizinhos.
Batizada como Praça da Boa Vista, a Praça Coração de Jesus foi inaugurada em 1880, algum tempo depois que a igreja foi construída. Em 1881, em homenagem a José Júlio de Albuquerque Barros, o Barão de Sobral, passou a chamar-se Praça Dr. José Julio. Em 1890, por resolução do Conselho da Intendência Municipal, recebe a denominação de Praça da Liberdade.
Os principais motivos do movimento nas manhãs e tardes no entorno da igreja são as inúmeras paradas de ônibus e o terminal que fica ao seu lado direito.
O vai-e-vem dos passageiros faz com que vendedores ambulantes circulem diversas vezes ao redor da praça.
Os ônibus não passam pelos principais terminais da cidade.

A antiga igreja, antes do desabamento

Fazem a rota de um bairro específico e voltam para o centro. Funcionários da Empresa de Transporte Urbano (ETUFOR), instalados em uma pequena cabine branca, localizada ao lado do terminal, monitoram a ida e a volta do transporte coletivo mais usado pelos cearenses. As principais linhas de ônibus são: Conjunto José Walter/BR 116; Castelão/Visconde do Rio Branco; Av. Antônio Sales e o Bairro de Fátima e 13 de Maio/Rodoviária.
Ao embarcar ou desembarcar em qualquer parada de ônibus do terminal, as pessoas são abordados por vendedores de vale-transporte e passe card. Eles cobram 10 centavos mais barato e assim tiram o seu sustento.
“Olha o vale, olha vale”, é o apelo mais usado pelos vendedores.
Além do terminal de ônibus, a praça conta também com pontos de referência conhecidos como: o Tribunal Regional Eleitoral, o Supermercado Lagoa, a Faculdade Tecnológica(FATECI), a Padaria Romana e a Pousada Ideal.
No interior da praça, personagens do seu cotidiano: banqueiros de jogo do bicho, engraxates, comerciantes e funcionários de lojas propondo cadastro de cartão de crédito. Antes de voltar para casa, pessoas que aguardam a condução passam nas barracas para fazer um lanche ou comprar água. Os bancos servem de dormitórios para sem-tetos e são pouco usados pela população.
O engraxate mais antigo o e mais famoso da praça é José Ferreira. O “seu Zé” como é conhecido, trabalha há 15 anos na praça e também conserta sapatos. O horário de trabalho é de 7 da manhã às 18 horas. Torcedor do Ceará, muitos amigos se juntam perto do seu local de trabalho e conversam sobre futebol. Em final de ano, o movimento aumenta e o serviço de engraxate requer mais esforço e a hora de ir para casa (bairro Aerolândia) passa ligeiro. Muitas mulheres o procuram para consertar os sapatos. “Vem todo tipo de cliente engraxar sapato, do mais pobre ao mais rico”, afirma “seu Zé”.

A nova, já com a cúpula

Com bancas de guaraná e açaí, a praça é um ponto de encontro para quem gosta da fruta exótica. São sete bancas espalhadas na sua área. E pra quem deseja comprar cartão telefônico ou cartão de celular pré-pago, quatro cabines vendem cartões de todas as operadoras. A praça possui 12 bancas de revistas. A mais antiga é a banca O Freitas. Manoel de Freitas trabalha há 31 anos no ponto e é muito conhecido. “Eu moro aqui. Essa banca é minha casa”. A rotina é diária e o seu horário vai de 7 da manhã às 19 horas. Uma característica marcante que o dono da banca tem, é ajudar as crianças que necessitam de alguns trocados para comer. Seu Freitas oferece caixas de bombons e chocolates para que os meninos vendam ao redor do centro. Com isso, parte do arrecadado serve para que as crianças tenham como pagar o almoço e o lanche. “Ajudo as crianças porque sei como elas sofrem e serve de estímulo para outros banqueiros também possam ajudar”.




O número de meninos de rua é um problema. Eles circulam na praça e no Parque da Criança, bem ao lado. Antes de ir para a escola, o adolescente Daniel Monteiro, 15 anos, tem de trabalhar para ganhar algum trocado.
Daniel mora e estuda no bairro Tancredo Neves. Deixa a praça às 17h45min e entra na escola às 19 horas. “Meu pai está desempregado e minha mãe trabalha como dona de casa, por isso tento ajudar minha família a sobreviver."
Não apenas de bancos e bancas de revista vive a praça. Há outras inúmeras barracas que vendem de lanches a cds e dvds, e se misturam no patrimônio público. Se duvidar há 30 barracas espalhadas no local, com pessoas tentando sobreviver. Cerca de 20 orelhões também fazem parte do cenário e ajudam a quem deseja se comunicar. “Ei chapa, me arranja um trocado pra inteirar o almoço?”, pede um homem moreno, sem camisa, acompanhado de cinco amigos. O pedido veio de Francisco Leonardo Rocha Neto, morador de rua que, junto com os amigos, realiza trabalhos artísticos com o lixo que encontra nas ruas. Sem dinheiro e sem material, Leonardo pede esmolas para comer. Leonardo diz que,estudou até a 6ª série e há dois anos abandou a família para viver nas ruas com as drogas. “A gente está sem dinheiro, sem material. E o que a gente consegue é para comer, tomar uma pinga e fumar nosso baseado”, revela a rotina de todos os dias. Para se lavar e tomar água, Leonardo tem que ir ao Parque da Criança usar a torneira e o bebedouro. Mas quase sempre ocorrem problemas com os seguranças do parque. “Os homi não deixa nem agente lavar as mão, só porque agente tá mal vestido. Eles não deixa os moradores de rua usar o patrimônio. Prá nois eles não bota queixo porque se não eles come chibata."



"Para que a gente paga imposto? Eu sei que não tenho casa, mas se eu comprar uma caixa de fósforos eu pago imposto”. E a vida segue, com o entra e sai dos ônibus no terminal da praça.

Crédito: Mario Jorge Teles

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