Rua Padre Mororó em 1943 - Arquivo Nirez
"Fotografo de costas para o sertão e de frente para o Pirambú. Logo mais a frente, no final da rua, à esquerda, está o Cemitério São João Batista. Fotógrafo no cruzamento das ruas Pedro Pereira com a Padre Mororó.
Esta casa à esquerda era uma belíssima chácara pertecente ao Dr. Jadir Weyne, filho de um grande cearense, Álvaro Weyne. Hoje esse trecho está quase todo descaracterizado. A chácara do Dr Jadir hoje é uma Cooperativa. A maioria das casas hoje deram espaço a bares, restaurantes, oficinas... Este Ficus à direita ainda está lá, cada vez mais bonito e frondoso. O fotógrafo estava em frente à Padaria Modelo, que ainda existe, desde 1930." Nirez
Em 29 de outubro de 1890, todas as ruas e avenidas de Fortaleza, por resolução do Conselho da Intendência Municipal, passam a ter números no lugar de nomes, modismo que durou alguns meses.
A rua Padre Mororó passou a ser a Rua Nº16.
Outros exemplos: a Rua Formosa (Rua Barão do Rio Branco) passou a ser a Rua Nº 1; o Boulevard Duque de Caxias, Travessa Nº 1, etc.
No dia 28 de abril de 1891, a Sessão do Conselho torna sem efeito a resolução do dia 29/10 do ano anterior, que mudou os nomes das praças e ruas, retirando nomes próprios e colocando nas ruas números, voltando todos os nomes anteriores.
Parece que o intuito era retirar todos os nomes próprios de todos os logradouros públicos.
Em 30 de abril de 1825, são executados por sentença da Comissão Militar, o padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó* (Padre Mororó), nascido na povoação de Riacho Guimarães (Groaíras) em 29/07/1778 e o coronel de milícias João de Andrade Pessoa Anta, nascido em Granja, a 23/12/1787. Ambos hoje são nomes de vias públicas em Fortaleza, Rua Padre Mororó e Avenida Pessoa Anta.
Parece que o intuito era retirar todos os nomes próprios de todos os logradouros públicos.
Em 30 de abril de 1825, são executados por sentença da Comissão Militar, o padre Gonçalo Inácio de Loiola Albuquerque e Melo Mororó* (Padre Mororó), nascido na povoação de Riacho Guimarães (Groaíras) em 29/07/1778 e o coronel de milícias João de Andrade Pessoa Anta, nascido em Granja, a 23/12/1787. Ambos hoje são nomes de vias públicas em Fortaleza, Rua Padre Mororó e Avenida Pessoa Anta.
A Escola Moura Brasil na Rua Pe. Mororó, 189 - Acervo do Blog da Escola
A Praça do Muriçoca fica em frente a Rua Padre Mororó - Foto de Ápio
Prédio do DNOCS na Rua Padre Mororó - Foto de Ney Madeira
Fatos históricos da rua Padre Mororó
- 05/04/1866 - É inaugurado o Cemitério São João Batista para substituir o Cemitério de São Casemiro que ficava no local onde hoje está construída a Estação João Felipe. Fica na Rua Padre Mororó, 487.
- 18/novembro/1893 - Fundada em Fortaleza a Cal-Marmórea Cearense, de Álvaro Teixeira de Souza Mendes e Manuel Vila Nova, na Rua Padre Mororó nº 27/27 (antigos), em frente ao Cemitério de São João Batista e também no km 73 da Estrada de Ferro de Baturité em frente à estação de Itapaí.
- 1931 - A firma A. Beleza & Cia. Ltda., na Rua Padre Mororó nº 67 (antigo), lançou os Cigarros Ideal Club Cearense, onde aparecem na carteira (maço) a bandeira do clube e as instalações localizadas na Avenida João Pessoa, nas Damas.
- 1935 - O português Manuel da Silva Praça estabelece-se com a Padaria Globo, na Rua Padre Mororó nº 1155, esquina com Rua Pedro Pereira.
- 23/junho/1955 - Inaugura-se o primeiro bloco da nova sede da Sociedade Cearense de Fotografia e Cinema - SCFC, na Rua Guilherme Rocha nºs 1264/1296 entre a Rua Padre Mororó e a Rua Luís Hortêncio, fazendo esquina com esta. A construção ficou a cargo do arquiteto Enéas Botelho.
Rua Padre Mororó - Foto de J. Reginaldo C.
- 10/maio/1976 - Criado em Fortaleza o Clube do Chorinho, na Rua Padre Mororó nº 1072, por Raimundo Dias Calado (Mundico Calado). Com a morte do fundador, a família continuou as apresentações.
- 27/dezembro/2002 - Fundação, na rua que tem o nome de um rebelde da Confederação do Equador, o Padre Mororó, na casa em que morou um padeiro da Padaria Espiritual, o escritor Eduardo Sabóia, e o seu quintal dá comunicação para a casa do polêmico escritor Jáder de Carvalho, com endereço Rua Padre Mororó, 952, o Instituto de Filosofia da Práxis, que é um espaço de reflexão, discussão e divulgação da teoria da Crítica Radical, que defende o projeto da emancipação humana.
Rua Padre Mororó - Foto de Ápio
Rua Padre Mororó vendo-se os muros do Cemitério São João Batista - Foto de Ápio
Praça do Muriçoca - Foto de Ápio
*Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello - O Padre Mororó
Mais conhecido como Padre Mororó, Gonçalo Inácio de Loyola Albuquerque e Mello, foi sacerdote, jornalista e revolucionário brasileiro.
Nasceu em Groaíras (então chamada de Riacho dos Guimarães), em 29 de julho de 1778 e morreu em Fortaleza, em 30 de abril de 1825.
Filho de Félix José de Sousa e Oliveira e de Teodósia Maria de Jesus Madeira. Era primo-irmão do padre Miguelinho e primo-tio de Tomás Pompeu de Sousa Brasil. Avós (paternos): Francisco de Sousa Oliveira Catunda e Tecla Rodrigues; Avós (maternos): Manuel Madeira de Matos e Francisca de Albuquerque e Mello. O pai do Pe. Mororó era do Norte Rio Grandense e sua mãe, era filha de português casado com uma Albuquerque (de Pernambuco). Gonçalo teve o sobrenome registrado o de sua avó materna.
Iniciou seus estudos no interior do Ceará, partindo, aos vinte e dois anos, para Pernambuco, onde se matricula no curso de Teologia. Ordenou-se sacerdote em 1802 no Seminário de Olinda, que segue orientação iluminista e com influencia na formação de idéias anti-absolutistas numa geração de jovens. No seminário teve como colegas Frei Caneca, Padre Miguelino e Padre João Ribeiro.
Exerceu a atividade religiosa em várias cidades do interior do Ceará, onde chegou a pregar contra a Revolução de 1817. Aos poucos, porém, começou a ter contato com as idéias liberais, graças à leitura do jornal Correio Braziliense.
Quando soube da notícia do fechamento da Constituinte de 1823, liderou o repúdio de Quixeramobim ao autoritarismo do D. Pedro I. Formou-se, então, o movimento que culminaria na Confederação do Equador. Utilizou-se como veículo de comunicação dessas idéias o Diário do Governo do Ceará, o primeiro jornal publicado no estado, cuja redação e direção coube ao Pe. Gonçalo Inácio de Albuquerque Mororó. Em pouco tempo o jornal deixou a condição natural de porta voz do governo para transformar-se em peça de artilharia da campanha por um Nordeste independente e que posteriormente se passasse para todo o Brasil.
O nome Mororó, surgiu por nacionalismo típico da época, assim como de muitos líderes revolucionários nordestinos, que substituíram os seus cognomes por nomes que lembrassem alguma coisa do país e traduzissem adesões a independência como: Araripe, Ibiapina, Arerê, Sucupira, Buriti, Anta, Sussuarana, Carapinima, Capibaribe, Montezumas e tantos outros. Era uma afirmação pública de nacionalismo, ou melhor, brasilidade. Dando origem assim ao sobrenome, que famílias locais posteriormente adotariam, buscando assim resgatar e manter viva a memória do mártir que sacrificou a sua vida em prol dos nordestinos.
Com o fracasso do movimento, foi preso e condenado à morte pela forca. Entretanto, a pena foi convertida em fuzilamento já que ninguém se prontificou a exercer a vil tarefa de ser o carrasco. Assim, Padre Mororó foi executado no antigo Campo dos Mártires, hoje chamado Praça dos Mártires ou Passeio Público.
Iniciou seus estudos no interior do Ceará, partindo, aos vinte e dois anos, para Pernambuco, onde se matricula no curso de Teologia. Ordenou-se sacerdote em 1802 no Seminário de Olinda, que segue orientação iluminista e com influencia na formação de idéias anti-absolutistas numa geração de jovens. No seminário teve como colegas Frei Caneca, Padre Miguelino e Padre João Ribeiro.
Exerceu a atividade religiosa em várias cidades do interior do Ceará, onde chegou a pregar contra a Revolução de 1817. Aos poucos, porém, começou a ter contato com as idéias liberais, graças à leitura do jornal Correio Braziliense.
Quando soube da notícia do fechamento da Constituinte de 1823, liderou o repúdio de Quixeramobim ao autoritarismo do D. Pedro I. Formou-se, então, o movimento que culminaria na Confederação do Equador. Utilizou-se como veículo de comunicação dessas idéias o Diário do Governo do Ceará, o primeiro jornal publicado no estado, cuja redação e direção coube ao Pe. Gonçalo Inácio de Albuquerque Mororó. Em pouco tempo o jornal deixou a condição natural de porta voz do governo para transformar-se em peça de artilharia da campanha por um Nordeste independente e que posteriormente se passasse para todo o Brasil.
O nome Mororó, surgiu por nacionalismo típico da época, assim como de muitos líderes revolucionários nordestinos, que substituíram os seus cognomes por nomes que lembrassem alguma coisa do país e traduzissem adesões a independência como: Araripe, Ibiapina, Arerê, Sucupira, Buriti, Anta, Sussuarana, Carapinima, Capibaribe, Montezumas e tantos outros. Era uma afirmação pública de nacionalismo, ou melhor, brasilidade. Dando origem assim ao sobrenome, que famílias locais posteriormente adotariam, buscando assim resgatar e manter viva a memória do mártir que sacrificou a sua vida em prol dos nordestinos.
Antigo Campo dos Mártires - Arquivo Nirez
Com o fracasso do movimento, foi preso e condenado à morte pela forca. Entretanto, a pena foi convertida em fuzilamento já que ninguém se prontificou a exercer a vil tarefa de ser o carrasco. Assim, Padre Mororó foi executado no antigo Campo dos Mártires, hoje chamado Praça dos Mártires ou Passeio Público.
Fonte: Blog Maracatu Fortaleza, Livro Cronologia Ilustrada de Fortaleza
de Miguel Ângelo de Azevedo e Wikipédia