Início da rua das Flores (Castro e Silva), ao lado da Praça Caio Prado (Da Sé) em 1911.
Arquivo Assis Lima
Rua Castro e Silva vista da Praça da Estação - Arquivo Assis Lima
Historicamente, Fortaleza, nossa cidade, já foi mais romântica. Como exemplo, a Belle Époque. Refletia em nomes de ruas, na confraternização do Passeio Público e nas andanças pelas praias Formosa e Iracema, terminado o percurso na inacabada ponte dos ingleses, hoje ponto turístico. Tomemos por exemplo nomes primitivos de ruas: antes, nada contra a memória dos patronos, porém, rua das Flores não é mais bonito do que Manuel do Nascimento de Castro e Silva ou Castro e Silva? Essa rua foi aberta em meio a um matagal da Sesmaria de Jacarecanga, no segundo quartel do século XIX. A Confraria de São José construiu essa carroçável estrada no mesmo ano em que inaugurou o Hospital da Misericórdia, desativando os Lazaretos de Jacarecanga e Lagoa Funda. O Cemitério São João Batista tem um frontispício de 1866. Os familiares levavam flores nos cortejos e, para postumamente homenagear os seus, e esse movimento criou um florilégio que deu nome a estreita e carroçável estrada RUA DAS FLORES. O assentamento de pedras toscas veio em 1872 e a consequente urbanização.
A rua Senador Alencar, nada também contra o Padre Rebelde pai do romancista, mas ela era a TRAVESSA DAS HORTAS, e não era melhor esse nome? Em cada residência tinha os quintais recheados de hortaliças e, diga-se de passagem, foi onde se instalou ao lado da Residência do Barão de Ibiapaba (Hoje Bradesco), o primeiro Mercado de Verduras e carnes verde, na gestão do Luís Barba Alardo de Menezes em 1809.
Cruzando a rua Trilho de Ferro (rua Tristão Gonçalves) em 1911.
Arquivo Assis Lima
O Palacete Guarani na rua das Hortas (Senador Alencar). O detalhe é que o fotógrafo colheu essa imagem no local onde havia funcionado o mercado. Arquivo Assis Lima
Assis Lima
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Colaborador: Assis Lima
Ex-Ferroviário, Assis Lima é radialista e jornalista.
Idealizou e mantêm o Blog Tempos do rádio