Em 1890, de acordo com a resolução aprovada em 29 de outubro daquele ano pelo Conselho da Intendência, foi implantada a nomenclatura das vias públicas da cidade.
Importante observar que, em geral, eram chamadas Ruas aquelas vias que tinham a largura de sessenta palmos ou 13,20 metros ou mais, tendo a direção Norte-Sul ou do mar para o sertão.
Designava-se por Travessas aquelas vias que tinham a largura de 11,00 metros ou cinquenta palmos ou menos, tendo direção Leste-Oeste. Becos e Corredores os de menor largura, termos que ainda hoje estão em uso.
Para as numerações das vias públicas foram tomadas como eixos Norte-Sul a rua Barão do Rio Branco e Leste-Oeste as Avenidas Duque de Caxias e Heráclito Graça.
Rua Barão do Rio Branco, entre as ruas Antônio Pompeu e Meton de Alencar aproximadamente, lá na frente à esq., vemos a silhueta do Ed. Diogo. A foto é da déc. de 40.
Arquivo Nirez
Avenida Duque de Caxias.
Na relação abaixo, adotei o seguinte ornamento:
- Em primeiro lugar o número atribuído à via pública;
- Em segundo, o nome atualmente adotado;
- Em terceiro, o nome possuído na ápoca em que se passou a usar a nomenclatura numérica.
Ruas Ímpares
Nº 3 - Rua Major Facundo - Chamou-se da Palma, em 1856, desde o Passeio Público até a altura da Praça do Ferreira, e, para o sul do Fogo. Denominou-se também de rua Nova D'el Rei em 1845.
Rua Major Facundo
Nº 5A - General Bezerril - do Quartel e o trecho final, rua da Alegria, que recebeu o Nº 7A.
Nº 7 - Rua Assunção - Possuiu os nomes de Cons. Liberato Barroso e Cel. João Brígido.
Nº 7C - Avenida Alberto Nepomuceno, Conde D'eu e Sena Madureira - João Nogueira afirma que é uma das ruas mais antigas da cidade. Em 1856, o trecho que vai da praia ao Largo da Sé se chamava Rua da Ponte, rua da Matriz e, posteriormente, rua de Baixo a parte compreendida entre o Largo e a rua São Paulo atual. Daí para o sul - Rua dos Mercadores e do Riacho, em 1828. Rua Direita dos Mercadores em 1810. Atualmente, a rua da Ponte é a Avenida Alberto Nepomuceno; a da Matriz, Conde D'eu e a dos Mercadores, Sena Madureira.
Foto aérea, vendo-se a Avenida Alberto Nepomuceno em 1933. Arquivo Nirez
Rua Sena Madureira nos anos 30.
Nº 7D - Rua Governador Sampaio - Rua do Sampaio. Possuiu também os seguintes nomes: Nova do Outeiro e Beco de Apertada Hora, em 1812, José de Alencar e, em 1930, D. Bárbara.
Nº 7E - Rua São José - Essa rua denominou-se Beco das Almas, o trecho atrás da Praça da Sé em 1810. Em 1875, Travessa da Sé e em 1888 passou a possuir o nome atual.
Nº 7F - Rua Baturité - Travessa do Outeiro - Pela nomenclatura de 1933 era Travessa das Escadinhas.
Ao lado, vemos a esquina das ruas Jaime Benévolo e Antônio Pompeu. Marciano Lopes. -->
Nº15 - Conselheiro Tristão da Cruz.
Nº 17 - Rua 25 de Março - Em 1888 era do Pajeú e, anteriormente, em 1856, era rua do Outeiro.
Rua 25 de Março esquina com Pinto Madeira. Arquivo Ivan Gondim
Avenida Dom Manuel em época de carnaval. Foto da década de 60 - Acervo Carlos Juacaba
Nº 21 - Rodrigues Júnior - da Glória, também Conselheiro Rodrigues Júnior.
Rua Rodrigues júnior, um pouco antes da Avenida Heráclito Graça. Arquivo Nirez
Nº 23 - Rua Dona Leopoldina - Leopoldina, foi conhecida ainda como D. Joaquim.
Nº 27 - Rua Nogueira Acióli - da Aldeota, popularmente era conhecida como João Pedro.
Esquina da Rua Dona Leopoldina com a Padre Valdevino. Vemos a residência do desembargador Álvaro de Alencar.
Fonte: Fortaleza Somos Nós - Aurileide Silva/Sara Braga