Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Ponte Metálica e Ponte dos Ingleses

Ponte Metálica - Antigo Porto de Fortaleza


Caminho para a Ponte Metálica em 1910. Arquivo Nirez

Ponte Metálica e Ponte dos Ingleses
A construção da ponte teve início em 18 de dezembro de 1902, sendo inaugurada a 26 de maio de 1906.

Antes da construção da Ponte Metálica, existiram vários trapiches, usados pra embarque e desembarque de passageiros e mercadorias.
Ponte metálica vista da terra para o mar vendo-se seus guindastes e os trilhos de trem. Foto do inicio da década de 1930. Arquivo Nirez
Devido ao comprometimento da estrutura metálica a mesma foi reconstruída em concreto pelo engenheiro Francisco Sabóia de Albuquerque sendo reinaugurada no dia 24 de fevereiro de 1929.


Ponte Metálica, início do século XX. Arquivo Nirez

A princípio, a armação era de ferro e o lastro de madeira. Depois, o piso passou a ser de aço e, por ser toda em estrutura metálica, recebeu o apelido de Ponte Metálica. Com a construção do Porto do Mucuripe, a ponte foi desativada.

Fortaleza vista da ponte em 1919.
Final da década de 30. Vemos a ponte Metálica e a dos Ingleses
Um pouco de história

Vista aérea da Ponte Metálica, já com a estrutura de concreto
que é posterior à sua construção.
Localizada na Praia de Iracema, a ponte situa-se numa área na qual por diversas vezes existiu a construção de trapiches. O primeiro que se sabe foi um trapiche datado de dezembro de 1804.
Depois foram construídos outros trapiches. O mais famoso foi o chamado trapiche do Ellery, construído pelo inglês Henry Ellery, provavelmente no ano de 1844.
Em 21 de junho de 1857, foi concluído um terceiro trapiche, sendo seu construtor Fernando Hitzshky. Este trapiche mediu 154 metros de comprimento por 17,60 metros de largura.


A antiga Ponte Metálica com duas estruturas laterais de madeira que serviam de diques. Livro Caravelas, Jangadas e Navios.
No século XIX, Fortaleza desenvolveu-se muito como cidade, e ainda não possuía um porto para exportar produtos como algodão e café.
Isto impulsionou muitos estudos e projetos. O mais conhecido é de Charles Neate, datado de 1870, o qual incluía a construção de um quebra-mar, um canal, um porto e uma ponte de acesso ao litoral.
Ponte Metálica. Acervo Renato Pires
Em 1875, Sir John Hawkshaw, agilizou esta ideia e a construção de um quebra-mar de 670 metros de comprimento, no antigo porto, ligado ao litoral por uma ponte de acesso. Este ainda projetou a construção do Prédio da Alfândega de Fortaleza e armazéns de depósitos no ancoradouro (iniciados em 1833 e finalizados em 1891), bem como a ligação do porto com a Estação Central de Fortaleza,da Estrada de Ferro de Baturité, e um canal de grande profundidade (o canal do Barreta).


Seminaristas na Ponte Metálica assistindo o embarque e desembarque de viajantes. Fotografia de 1914 de Ronald Tavares

Em 1883, a empresa inglesa "Ceara Harbour Corporation Limited" iniciou as construções da futura estrutura portuária de Fortaleza. Neles também estava incluído o prédio da Alfândega. Porém a construção do quebra-mar iniciou-se somente em 1887, devido as grandes dificuldades para obtenção de pedras necessárias às obras e o acumulo de areia causada pela ação dos ventos, na bacia abrigada pelo quebra-mar.


Antigo porto de Fortaleza - Nogueira Acióli sendo deposto.
Antigo porto de Fortaleza - Nogueira Acióli sendo deposto.
Pavilhão Atlântico - Restaurante e café que antecedia a
ponte metálica e onde as pessoas ficavam aguardando
 os embarques ou desembarques. Foto de 1926. Nirez
Em 1897, quando o quebra-mar já alcançava 432 metros, essas obras foram suspensas. Devido ao fracasso do Plano Hawkshaw, as condições de serviço de embarque e desembarque no antigo porto tornaram-se intoleráveis para os viajantes e para o comércio. Mas mesmo assim o café de Baturité continuou a ser exportado deste porto.

A estrutura da Ponte Metálica contava ainda com o Pavilhão Atlântico de Fortaleza, que era um prédio que servia de sala de espera e restaurante para os passageiros em trânsito ou que iriam embarcar.


Canteiro de obras da ponte Metálica em 1921
Em 18 de dezembro de 1902, teve início a construção da Ponte Metálica, com estrutura de ferro e piso de madeira, sendo inaugurada a 26 de maio de 1906. A responsabilidade e direção coube ao engenheiro Hildebrando Pompeu (cearense) e Robert Grow Bleasby (escocês).


Apêndice da Ponte Metálica onde ficavam os guindastes para embarque e desembarque de produtos. Foto de 1915.
Arquivo Nirez
Ponte Metálica em atividade em 1940. Arquivo Nirez
Devido ao comprometimento da estrutura metálica a mesma foi reconstruída em concreto, pelo engenheiro Francisco Sabóia de Albuquerque, sendo reinaugurada no dia 24 de fevereiro de 1929, com o nome de 'Viaduto Moreira da Rocha', em homenagem ao Des. Moreira da Rocha, então Presidente do Ceará.


A Ponte Metálica era dotada de escada móvel para subida e descida de passageiros que não merecia a menor segurança, e guindastes para as cargas de mercadorias.
Os navios ficavam ao largo enquanto lanchas, botes e alvarengas faziam o percurso entre eles e a ponte.
Serviu por mais de 10 anos, mas deteriorou-se pela maresia e foi reconstruída na década de 20, sendo inaugurada em 24/02/1929 com o nome de Viaduto Moreira da Rocha, já em concreto armado, sob fiscalização do engenheiro Francisco Sabóia de Albuquerque, da IFOCS (atual DNOCS). Acervo Lucas

Ponte dos Ingleses
Foto1: Ponte dos Ingleses no momento da construção.
Déc. de 20. Acervo Aderson Costa.
Foto2: A ponte por volta de 1930. Acervo Carlos A. R. Cruz
A Ponte dos Ingleses, equivocadamente chamada de Ponte Metálica, foi um projeto de melhoramento da estrutura portuária de Fortaleza. 
No Início do século XX o Porto de Fortaleza (Ponte Metálica) necessitava de melhoramentos e vários estudos foram realizados com este fim. Em dezembro de 1920 foi aprovado o famoso projeto de Lucas Bicalho, Inspetor Federal de Portos, Rios e Canais. Um plano de melhoramentos menos dispendioso, semelhante ao Plano Hawkshaw, que satisfizesse a condição de oferecer uma suficiente extensão de cais, bem preparado, até 8 metros de profundidade.
Em 1921, a firma inglesa Norton Griffths & Company Limited foi contratada para a realizações da obra portuária. Em 24 de setembro daquele ano, teve início a construção, durante o governo do presidente Epitácio Pessoa, e foram suspensas no governo de Artur Bernardes, no qual permaneceu inconclusa...


Ponte dos Ingleses, que nunca foi terminada, ficando aqueles espigões mar a dentro e todos pensam que é porque caiu, mas ela é inacabada.
Registro da construção da Ponte dos Ingleses que nunca chegou a cumprir sua função de entrada do porto, pois foi substituída pelo atual Porto do Mucuripe.

Ponte dos Ingleses inacabada ainda nos anos 80.
Acervo Edinardo de Souza
As obras ficaram a cargo o engenheiro J. H. Kirwood, assessorado por George Ivan Copo, Robert Bleaby e Sebastião Flageli. Como os engenheiros eram ingleses, esta passou a ser conhecida com 'Ponte dos Ingleses'.

Um porto nunca finalizado


A ponte foi construída para servir de porto da cidade de Fortaleza, em substituição da antiga Ponte Metálica (ponte ao lado, próxima da Avenida Almirante Tamandaré). No entanto, nunca funcionou como porto. O viaduto integrava o ante-projeto de um porto-ilha proposto pelo engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira, e desenvolvido pelo engenheiro Lucas Bicalho.

Ponte dos Ingleses inacabada. Site oficial Poço da Draga

As obras do projeto foram suspensas por falta de crédito orçamentário A partir disso, a construção se desvirtuou, passou a ser frequentada enquanto mirante por sua visão privilegiada e ganhou apelo turístico. O local, então, nunca chegou ser usado como porto.


Viaduto Lucas Bicalho, a Ponte dos Ingleses em 1923

Em 1994, foi aprovado um projeto de recuperação da ponte através da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará. A ponte foi recuperada e urbanizada para o uso público, além de ter recebido uma armação de madeira sobre parte do viaduto, projeto dos arquitetos Fausto Nilo e Delberg Ponce de Leon, também responsáveis pelo projeto arquitetônico do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

A Ponte dos Ingleses tem uma longa história de fascínio sobre a população de Fortaleza e sobre os seus visitantes. Nenhuma outra área da cidade possui um carisma tão especial quanto esta. Nenhum outro espaço da cidade mantém uma relação de tanta cumplicidade com os poetas, boêmios e insubmissos de Fortaleza quanto esse bucólico recanto à beira mar. Essa relação de afetividade foi consolidada através de décadas de convivência carinhosa.
Com a desistência de transformá-la também em porto, a gigante e bela ponte assumiu uma outra grande e significativa vocação: ela passou, a partir de então, a ser o ponto de encontro preferido dos jovens, artistas e boêmios, que para ali convergiam para contemplar o por do sol mais bonito da cidade, para namorar, para pescar descomprometidamente com o resultado da pescaria, para estimular sua sensibilidade poética ou simplesmente para usufruir do seu saboroso aconchego. Nesse lúdico e democrático espaço de conivência havia sempre lugar para todos.

Essa tradição foi se consolidando durante os anos. Em Fortaleza, por muito tempo, falar em boemia, poesia ou espaço bucólico era falar de Praia de Iracema, com o seu velho e aconchegante Estoril. Era falar do seu símbolo maior: a Ponte dos Ingleses.


°°°Fotos Raras do Centro da cidade°°°

A rua Major Facundo, no quarteirão entre as ruas Guilherme Rocha e São Paulo, fotografada do sobrado que ocupava o local do atual Hotel Savanah.

(Clique nas fotos para ampliá-las)


Fachada do Cine Majestic Palace


Interior

Cine Majestic Palace-com cadeiras da Áustria-Não existe mais foi destruido após um devastador incêndio


Na década de 1950 o centro abrigou charmosos cafés e lojas de artigos finos e elegantes
“A Praça do Ferreira era o coração de Fortaleza", lembra com saudade o senhor Raimundo Clemente de Oliveira, 76 anos, contando que testemunhou o incêndio do cine Majestic, na década de 1950. Explica que o fogo começou pela Lojas de Variedades. “Eu morava no terceiro andar do prédio”, recorda, assim como não sai da memória a época em que a Praça do Ferreira contava com seus charmosos cafés, o Abrigo Central e a Coluna da Hora.“Os cafés eram freqüentados por políticos ilustres”, conta. O quadrilátero do espaço mais acolhedor da cidade concentrava lojas que comercializavam artigos finos, sendo freqüentadas por senhoras da alta sociedade, completa Oliveira.

Hoje, pode-se perceber o contraste dos hábitos da Fortaleza do início dos anos 1950 com a atual, diz. Naquela época, quando chegou a Fortaleza, uma das opções de lazer preferida do povo era passear nas tardes de domingo pelo Centro. Clemente se entusiasma ao falar da Praça do Ferreira de outrora. ´Tinha a tabacaria do Pimentel, o Café Presidente e o Pedão da Bananada´.
Cine Moderno

Hotel Excelsion inaugurado em 1931

Nos dias de hoje, a área central está sempre vazia aos domingos e nos feriados diferente daquele tempo, o Centro de Fortaleza aos domingos é quase vazio. As lojas cerram as portas de ferro, impedindo que as pessoas admirem as vitrines. Em outras épocas, elas enchiam os olhos das pessoas, sobretudo das mulheres, que aproveitavam para copiar os modelos.
Foto da Praça do Ferreira ainda da época do bondinho

A Praça do Ferreira antiga era o ponto de encontro das famílias que realizavam passeios dominicais, após a sessão de cinema. “Gosto muito de apreciar o Centro”, revela Abner Ferreira Sales, 72 anos, que confessa não dispensar uma conversa na Praça do Ferreira.“A gente fala sobre tudo: política, economia e da vida dos outros também”, ri, confessando que freqüenta o local há mais de 40 anos.
Neste belo prédio ainda preservado funcionava o Café Sport


Praça do Ferreira 1930

A saudade é apenas do tempo que não volta mais, justifica, afirmando que, hoje, é bem melhor do que antigamente. No entanto, lamenta a demolição do abrigo central e da Coluna da Hora. “Sinto saudade”, revela. O advogado André Real, 60 anos, lembra da época em que havia a sessão das 21h30, no Cine Luiz. “Era o programa preferido da alta sociedade de Fortaleza”. A juventude vinha paquerar na Praça do Ferreira, recorda. Conta que “a primeira vez que usei terno foi para ir ao Cine São Luiz com a minha namorada”, relembra. Diferente de hoje, os namorados não saíam sozinhos. Era comum levar a mãe e a irmã dela também. Caso contrário, não tinha a permissão do pai. Sentado no banco da Praça do Ferreira, diz que tudo surge como um filme na sua cabeça. Mais jovem do que os outros, André Real alcançou o tempo em que a Beira-Mar concentrava os bares e os restaurantes da cidade. Fala da Fortaleza boêmia, citando os bares e as boates localizadas no Centro.
Hotel Savanah, e Sul América, centro, anos 60








Antigo palacete Ceará Chamado popularmente Rotisserie-Uma das mais lindas fachadas de Fortaleza-Sediava o aristocrático Clube Iracema



Hoje sedia a Caixa Econômica e continua com a sua bela fachada preservada.

Abrigo central - Praça do Ferreira



Abrigo Central em 1949

"A foto antiga data de meados da década de 1950 e mostra o movimento daquele logradouro que deixou saudades. Ali havia o encontro de classes, tendo lugar determinado para todos, como o local de reunião dos músicos, dos alfaiates, dos melômanos, dos aficionados de futebol, etc. Existiam ali os cafés "Presidente", "Hawaí", "Wal-can", o "Pedão" da bananada, a "Livraria Alaor", um box de venda de selos de consumo, a "Discolândia", além dos engraxates, bancas de jornal e revistas como as do Bodinho e do Holien, a banca de venda de discos de segunda mão do Raimundo, onde adquirimos muitos discos de cera.
Por trás do Abrigo vemos o Edifício Sul América e o Edifício Jereissati (Savanah) ainda em construção, mas com o andar térreo já pronto, abrigando a Loja Brasileira de Preços Limitados - Lobrás, loja que trouxe uma novidade para a cidade, a primeira escada rolante."
Nirez



Abrigo Central na década de 50 - Arquivo Nirez

Existia na Praça do Ferreira um quarteirão entre as ruas Floriano Peixoto, Guilherme Rocha, Major Facundo e Travessa Pará, com várias casas comerciais entre elas as mais famosas como a "Casa Mundlos", a "Crysanthemo", a "Livraria Edésio", o "Café Emygdio", o "Auto-Volante", além do antigo sobrado que abrigava a Intendência Municipal. Em 26 de agosto de 1941 após ocorrer um incêndio em algumas casas comerciais do quarteirão, o mesmo foi demolido, sob a alegativa de que seria ali construída a sede da Prefeitura Municipal de Fortaleza - PMF que nunca foi construída. Foi então feita uma praça provisória, separada da Praça do Ferreira apenas pela Rua Guilherme Rocha.
Em 1949, na administração do prefeito Acrísio Moreira da Rocha, foi aberta uma licitação para construção ali de um abrigo para pessoas que esperavam ônibus, sendo vencida pelo comerciante Edson Queiroz. Foram iniciadas as obras da construção do Abrigo Central, que vemos na foto antiga, que data do final daquele ano. Ele ainda não estava pronto, sua inauguração deu-se no dia 15 de novembro do mesmo ano. Tinha o nome oficial de Abrigo três de Setembro.

No Abrigo Central existiam as paradas de ônibus, as reuniões profissionais, discussão de classes, comentários em torno de esportes, política, música, enfim, todos os assuntos. Nos boxes funcionavam cafés, casas de merendas, vendas de selos de consumo, armarinhos, casas de vender discos, além dos boxes portáteis como a banca do Bodinho e do Raimundo - este vendia diversas coisas, entre elas discos de segunda mão e onde parte do acervo discográfico do Arquivo Nirez e do pesquisador Christiano Câmara foi adquirido.


"Praça construída na administração do prefeito José Walter Cavalcante, em 1967 - Após a demolição do abrigo, foi iniciada a construção da então nova Praça do Ferreira, que agora seria maior, pois até então no comprimento ia da Rua Pedro Borges até a Guilherme Rocha e agora iria até a Rua Pará. A nova praça trouxe no local do abrigo, imenso caixote de concreto muito sem graça e sem função, como pode ser visto na foto." Nirez

Em 1967, na administração José Walter Cavalcante, sob a alegativa de que estava para ruir, foi demolido o Abrigo Central, que para afrouxar suas fundações necessitou até de dinamite. Depois foi feito o prosseguimento da Praça do Ferreira que foi construída pelo prefeito José Walter e que agora, felizmente, foi demolida. 


Em 1957, a imprensa começou a publicar notícias sobre as rachaduras no Abrigo Central, que ameaçavam a estrutura do prédio construído por Edson Queiroz, vencedor da licitação. Em entrevista ao jornal Gazeta de Notícias, Dr. Luiz Sabóia protestou contra a falta de impermeabilização quando as mesmas surgiram. Colocou-se cimento e dez anos depois, foi ao chão pelas mãos do homem. De acordo com o memorialista Nirez, a atitude lamentável foi devido a ditadura para impedir as grandes concentrações populares. Fotos Manuel Lima.
Acervo Lucas Jr

Acervo Lucas Jr



A foto mostra as bancas de jornais e revistas, tendo ao fundo uma casa de bingos no local onde foi a Lobrás no Edifício Jereissati (hotel Savanah) e onde foi inaugurada a primeira escada rolante de Fortaleza.

A atual praça foi construída na gestão de Juraci Magalhães.


No local onde antes funcionou a Lobrás, vemos o Savanah Bingo
Há telefones públicos, alguns bancos entre os quiosques, algumas árvores, sobre um piso quadriculado. A iluminação é moderna e graciosa. Por trás, os mesmos edifícios, porém abrigando outras casas de comércio.

Praça do Ferreira ainda com o Abrigo



Atual configuração da Praça do Ferreira. Ao centro, a nova Coluna da Hora. Nos cantos da Praça, quiosques modernos.



Messejana


O monumento tem 12 metros de altura e pesa 16 toneladas. A sua estrutura é de aço

A solenidade de entrega da Estátua de Iracema, na Lagoa de Messejana foi no dia 01/05/2004

Messejana era um aldeamento indígena e chamava-se São Sebastião de Paupina. Em 1759, com a expulsão dos Jesuítas, esta passou a ser chamada Vila Nova de Messejana. Em 1921 deixou de ser um município independente e é anexado à Fortaleza .

Em Messejana nasceu o escritor José de Alencar.
O bairro é conhecido também pela Lagoa da Messejana, onde há uma estátua representando a personagem Iracema, da obra de José de Alencar. Outros lugares e instituições referenciais do bairro são: o Hospital de Messejana (construído em 1930 pelo arquiteto Emílio Hinko), Hospital de Saúde Mental de Messejana, Vila Olímpica de Messejana, Terminal integrado da Messejana e a própria casa onde nasceu José de Alencar, transformada hoje em museu.
Messejana também é conhecida pelo cemitério mais antigo de Fortaleza, o Cemitério Público de Messejana (1836) e pela Feira de Messejana, uma das maiores feiras de Fortaleza que acontece todos os domingos.

Uma cidade chamada Messejana

No passeio pelo cotidiano de um dos maiores bairros de Fortaleza, um retrato das contradições que marcam a vida da Capital. Messejana, que já foi cidade de Pernambuco, é hoje um bairro que, entre outros paradoxos, ostenta dois grandes hospitais públicos.

Um dos maiores bairros de Fortaleza já foi município. Messejana, antes mesmo do Ceará ser Ceará, era uma cidade pertencente aos domínios de Pernambuco. Já há muitos anos incorporado à municipalidade de Fortaleza, o bairro guarda uma particularidade: compreende vários "bairros" - mais conhecidos como "comunidades" - dentro de si. Isso faz com que seja formado por realidades totalmente diferentes e, às vezes, conflitantes.

No bairro, está um hospital que é referência nacional e que é motivo de orgulho para todos os seus vizinhos. O Hospital do Coração atende gratuitamente pacientes de todo o Brasil e faz dele um dos equipamentos públicos mais conhecidos de Messejana. Além disso, Messejana também conta com o Hospital Gonzaguinha, outra unidade de saúde de grande porte.

É um dos bairros mais tradicionais e antigos de Fortaleza. O comércio ferve por aqui. Não só na atividade formal, mas também nas feiras do bairro. E foi exatamente por causa do comércio que a aldeia indígena, antes conhecida como Paupina, se transformou na Grande Messejana.

Messejana é um bairro sobre duas rodas. O comerciante Edson Maia é quem organiza a motoromaria para Canindé todos os anos. E garante, por aqui não faltam aventureiros.
É também um local de forte espiritualidade. A igreja na praça é um símbolo do local. Dentro dela está guardado um presente pela comemoração dos 402 anos do bairro. O governo português enviou uma coroa de prata e ouro e uma bandeira do divino Espírito Santo.

Foi em Messejana que nasceu um dos gênios da literatura brasileira, José de Alencar. E uma homenagem a esse filho ilustre do bairro foi feita no local, a estátua que hoje é um dos principais cartões postais da Capital. A personagem mais famosa da obra alencarina. O banho da índia Iracema na lagoa é apreciado por quem passa por lá. Por quem vai pescar, ou só aproveitar a vista. De fato, encantadora.

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