Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Postais antigos II

Postal antiquíssimo do Correio do CE




Postal Agência do Lloyd Brasileiro, 1905



Fênix Caixeiral, postal de 1910

Data desconhecida

Palácio Placido

Palacete-Hotel Brasil, raro postal
Hotel Central_Em estilo neoclássico esta construção pertenceu ao comerciante Plácido de Carvalho

Cine Theatro Majestic Palace, inaugurado em 1917



Cine Theatro Majestic Palace 1917-1920 Antiga Rua da Palma, Major Facundo, no cruzamento com a Travessa Municipal, em destaque o Majestic Palace de 1917
Centro Literário



Banco Frota & Gentil, postal de 1925



Postal de data desconhecida - Detalhe para as casas de época


O antigo Mercado Publico, ou Mercado de Ferro, na rua Floriano Peixoto, num postal editado por volta de 1910. Desmontado em 1937, no mesmo local, situa-se, hoje, o palácio do Comercio.



Antiga R. da Palma e Casa Placido

Antiga Igreja da Sé
1904. Praça do Ferreira. Rua Major Facundo


Mucuripe



terça-feira, 17 de novembro de 2009

Secretaria da Fazenda


Antigamente as arrecadações das províncias eram feitas por repartições que eram denominadas Almoxarifado e que enviavam depois para a junta de fazenda da sede, em nosso caso, Pernambuco. Depois passou a chamar-se Provedoria, mas continuava subordinado à Junta. No dia 24 de janeiro de 1799 foi criada a Junta da Fazenda do Ceará, diretamente subordinada ao Real Erário. Em 1831 todas as Juntas foram extintas e surgiram as Tesourarias; posteriormente as tesourarias estaduais passaram a Inspetorias. Em 1891 surgiu a Secretaria dos Negócios da Fazenda, dividida em vários setores como o Tesouro, a Recebedoria, a Contadoria, a Procuradoria e o Departamento de Estatística, além do Gabinete do Secretário. Somente em 1905 entrou em vigor a Secretaria da Fazenda.



O prédio da Secretaria da Fazenda (Edifício Edson Ramalho) teve sua pedra fundamental lançada em 08 de julho de 1924 e foi inaugurado em 27 de novembro de 1927. Iniciada a construção no governo do prefeito Ildefonso Albano e concluído na administração de Moreira da Rocha, no ato da inauguração, realizado em um dos salões do andar superior, a solenidade contou com a participação do Presidente do Ceará, Desembargador Moreira da Rocha, autoridades eclesiásticas e do alto escalão militar. A edificação em estilo eclético preserva até hoje sua estrutura original, com dois pavimentos, sendo o piso superior em concreto armado. As fachadas apresentam vários elementos decorativos e são marcados pelos acessos principal e lateral. O acesso principal é encimado por um torreão com linhas barrocas, que possui uma escada central em madeira, iluminada por amplo e colorido vitral. Devido sua importância histórica, artística e cultural, foi o primeiro prédio tombado no Ceará. Seu conjunto arquitetônico é um dos mais belos de Fortaleza. Créditos: Fortaleza Convention & Visitors Bureau

Endereço: Localizado no cruzamento das avenidas Nepomuceno e Pessoa Anta.



A Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará ou simplesmente SEFAZ Ceará é uma das mais antigas instituições públicas da administração estadual, considerando a sua criação por meio da Lei nº 58, de 26 de setembro de 1836, há 170 anos, quando José Martiniano de Alencar - pai do escritor cearense José de Alencar - era o Presidente da Província do Ceará.

Inicialmente o órgão recebeu a denominação de Thesouraria Provincial, em cujo Art. 1º da lei consta a seguinte constituição: “Art. 1: Haverá um inspector, um contador, um thesoureiro, um primeiro escripturario, dous segundos, um porteiro e um continuo, que formarão a repartição, por onde se arrecadará a receita, e se fará a despeza da provincia.” Desde então são decorridos 170 anos de uma história institucional que se confunde com a do próprio Estado, de incontáveis serviços em defesa dos reais interesses dos cearenses, haja vista que muitos “cobradores de impostos e taxas”, como são chamados os agentes do fisco, perderam a vida no cumprimento do dever.



Em 1993 foi comemorado o “Centenário da Sefaz”, na gestão do então Secretário João de Castro Silva, período marcado por uma série de eventos institucionais que abrangeram a capital e o interior do Estado, procurando integrar os fazendários do passado e do presente, aproximando ainda mais a organização do contribuinte.

Referido marco histórico-temporal aludia às mudanças político-administrativas decorrentes da Proclamação da República (15 de novembro de 1889). Com a Constituição Política do Ceará em 1891, o órgão arrecadador do Estado teve seu nome alterado para Secretaria dos Negócios da Fazenda, ocorrendo a sua instalação em 28 de setembro de 1891. Esta mudança ocorrida há 115 anos foi tão significativa que a feição institucional da Sefaz de hoje, a despeito das sucessivas atualizações de gestão do fisco estadual ao longo dos decênios, deram-se a partir de um novo país que emergia com o fim da Monarquia, com a destituição de D. Pedro II.

THESOURARIA

Em 22 de junho de 1837, ainda no período imperial, foi baixado o Regulamento de nº 9 para organização da Thesouraria Provincial, atendendo ao disposto nos arts. 3 e 7 da Lei que a instituiu, do qual destaque-se: “Art. 1. Fica creada uma thesouraria, cujos empregados serão na forma do 1º artigo da lei, um inspector, um contador, um thesoureiro, um primeiro escripturario, dous segundos, um porteiro, e um continuo, a qual será a repartição por onde o governo provincial arrecade a receita e faça a despeza na província na forma da lei do orçamento, e mais leis e regulamentos em vigor. Esta repartição é inteiramente subordinada ao presidente da província, e considerada como secretaria das finanças do governo provincial.”

Sete anos depois, a necessidade de interiorização e descentralização das atividades fazendárias resultou na criação das Coletorias, por meio da Lei nº 252, de 15 de novembro de 1842, que em seu Art. 13 consta: “Em todos os lugares onde o inspector, depois de ouvir o contador e procurador-fiscal julgar conveniente, haverão collectorias, que serão compostas de um collector e um escrivão.”

Fazendo jus às suas origens, à missão institucional de “Captar recursos financeiros para atender às demandas da sociedade”, a Secretaria da Fazenda prossegue célere na construção do futuro, no cotidiano de suas ações, tendo no desempenho de seus profissionais do passado e do presente o testemunho de comprometer-se com um Estado que seja digno do Ceará, “Terra da Luz".

Secretários de 1950 à 1979








A Secretaria da Fazenda em Fortaleza tinha prédio próprio na antiga Avenida Sena Madureira (hoje Alberto Nepomuceno), no local onde foi o Fórum Clóvis Beviláqua que foi implodido. O atual prédio, na mesma avenida esquina com Rua Adolfo Caminha foi projetado e iniciada sua construção em 1924, sendo terminado e Inaugurado em 27 de novembro de 1927. O projeto foi do engenheiro-arquiteto José Gonçalves da Justa.


A foto antiga data de 1938, colhida pela Aba Film e foi feita em negativo de vidro no tamanho 13x18cm, que dá um ângulo não conseguido pelas máquinas de hoje, cujo negativo tem apenas 35mm. A distância do prédio para o fotógrafo também mudou, pois na foto antiga havia mais espaço (ver a ponta da calçada). Atualmente há construções novas no local onde o antigo fotógrafo ficou.


A segunda foto mostra algumas diferenças no alto do prédio e à frente, a estátua de Alberto Nepomuceno, o maestro cearense de projeção mundial que hoje é patrono da avenida.

Arquivo Nirez

Saiba mais sobre a Av. Alberto Nepomuceno aqui

PADARIA ESPIRITUAL 1892-1898


O documentário resgata a história da Padaria Espiritual, o mais original e irreverente movimento artístico-literário que aconteceu no Ceará.

Em janeiro de 1890, O Bond, jornal humorístico que circulava em Fortaleza, ao focalizar Ulisses Bezerra num dos seus "Perfis elétricos", dizia dele, entre outras coisas: "É sócio do grêmio do Café Java." Parece-nos evidente que esse grêmio do Café Java era nada mais nada menos que o embrião da Padaria Espiritual, que surgiria dois anos mais tarde para ser uma das mais originais e importantes agremiações da história cultural do Ceará.


Definição: era uma sociedade literária de grande prestígio, liderada por Antônio Sales. Tinha como filosofia prover o pão do corpo e o pão da alma, passou por duas vezes no seu trajeto existencial;
Pão: Nome do Jornal que publicava os trabalhos realizados pelos membros da sociedade, era também o resultado da produção desenvolvida pelos padeiros (membros da associação).
Fundação:30 de maio de 1892, quando foi inaugurada a 1ª fornada; seu 1ºforno ou sede localizou-se na Rua Formosa N.º 105. A festa terminou com a valsa Pão Duro, composta por Henrique Jorge e a Padaria Espiritual do flautista Nascimento. A 1ª sessão preparatório realizou-se no Café Java – Praça do Ferreira ao ar livre.

Fundadores: Juvino Guedes, Antônio Sales, Raimundo Teófilo de Moura, Álvaro Martins, Henrique Jorge, Livio Barreto, Adolfo Caminha...; eram 20 ao todo, os Padeiros e cada um adotou um nome de guerra.
Composição da Mesa: Padeiro-Mor (Presidente), Juvino Guedes – de 30 de maio de 1892 a 5 de outubro de 1894; dois forneiros(secretário); um Gaveta (tesoureiro), um Guarda Livros (Bibliotecário) e um Investigador das coisas e das gentes (olho de providência). Além de Juvino ocuparam as funções de Padeiro-Mor:
José Carlos Júnior: 1894 a 29 de maio de 1896 quando faleceu ,foi o período mais brilhante da instituição.
Rodolfo Teófilo: 19 de junho de 1896 a 20 de dezembro de 1898. Houve ainda um Padeiro-Mor honorário: Juvenal Galeno, recebeu o título em 27 de setembro de 1895 , no seu 59º aniversário.
A 1ª fase da Padaria terminou em 28 de setembro de 1894 e caracterizou-se pela excentricidade dos atos e dos gestos , foi quase que somente em divertimento , boêmia e desordem (alegria, despreocupação e desordem); mesmo assim já eram produzidos trabalhos literários importantes; uma das sessões realizadas em outubro de 1892 era lido um capítulo do romance A Normalista obra de Adolfo Caminha que gerou grande polêmica.
A 2ª fase da Padaria de 25 de setembro de 1894 a 20 dezembro de 1898, data de sua extinção. Houve uma reorganização tendo sido admitido mais 14 sócios, entre eles: Rodolfo Teófilo, Antônio Bezerra, Roberto de Alencar, Cabral de Alencar e Eduardo Sabóia; foi eleita uma nova diretoria. Nessa fase apresenta-se como “uma sociedade literária grave; preocupou-se com a publicação de livros, sem eliminar o espírito brincalhão época de seriedade e trabalho.
Jornal "O Pão": periódico quinzenal e porta voz da Padaria; teve 2 fases.




Carimbo da Padaria - 1992 – Centenário da Padaria Espiritual (de 20 a 25/01/1982)


1ª fase: de 1º de junho de 1892 a novembro; estampava em suas páginas em maior escala a irreverência - espírito de troça.
2ª fase: janeiro de 1895 até outubro de 1896, nesse período publicaram alguns capítulos dos principais livros e muitos dos trabalhos principais produzidos pelos padeiros. Foi publicado inicialmente pela Tipografia da República e depois pela Tipografia Studart, na Rua Famosa 46.
Locais das Sessões: O Forno funcionou inicialmente na Rua Formosa (Barão do Rio Branco) nos n.ºs. 105, 106 e 11 consecutivamente, tinha como mobília uma mesa rústica com cadeiras utilizadas nas sessões, daí saiu e passou a realizar as sessões nas residências dos padeiros, com a presença de senhoras e cavalheiros que assistiam a leitura de versos e prosas, faziam música e acabava em urna mesa de chá e bolos. Quando não aconteciam no forno, as reuniões eram realizadas no Café Java, num quiosque preparado especialmente ao lado, pelo proprietário Mané Côco. Na última fase a em que Rodolfo Teófilo era Padeiro-Mor (1896 1 1898), a Padaria teve como única sede a sua casa e como padroeira intelectual e domestica sua esposa D. Raimundinha; as reuniões eram semanais.
Livros editados pela Padaria: Phantos, de Lopes Filho; Flocose Vargas, de Sabino Batista (1894 - 1896); Contos do Ceará, de Eduardo Sabóia; Trovas do Nordeste, de Antônio Sales; Os Brilhantes, Maria Rita e Violação, de Rodolfo Teófilo; Versos e Marinhas, de Antônio de Castro; Chromos, de Xavier de Castro; Dolentes, de Lívio Barreto; Perfis Sertanejos, de José Carvalho. A Padaria representou o período áureo da história das letras regionais, fazendo com que a intelectualidade brasileira se voltasse para o Ceará aumentando positivamente o conceito do Estado a nível nacional.

A instalação contou com programa escrito por Antônio Sales, o qual foi transcrito em um jornal da então capital federal, o Rio de Janeiro, o que deu notoriedade ao movimento. A cada domingo, um jornalzinho de oito páginas chamado O Pão era "amassado" e fez circular 36 números, até que em dezembro de 1898, depois de 6 anos de atividades, a Padaria fecha. Os títulos dos membros desta academia seguiam o padrão usado nas padarias reais:

Forno: a sede do movimento
Padeiro-mor: o presidente
Forneiros: os secretários
Gaveta: tesoureiro
Investigador das cousas e das gentes: bibliotecário
Amassadores: sócios
Em 1992, ano do centenário da Padaria Espiritual, um grupo que reuniu escritores, artistas plásticos, músicos e amantes da arte decidiu por as mãos na massa e voltar a produzir O Pão que, da mesma forma que seu antecessor, passou a oferecer alimento fino para a alma: literatura.

Alguns amassadores e seus nomes de guerra


Adolfo Caminha - Félix Guanabarino
Antônio Bezerra - André Carnaúba
Antônio Sales - Moacir Jurema
Artur Teófilo - Lopo de Mendoza
Cabral de Alencar - Abdhul Assur
Eduardo Sabóia - Braz Tubiba
Henrique Jorge - Sarasate Mirim
José Carvalho - Cariri Braúna
José Maria Brígido - Mogar Jandira
José Nava - Gil Navarra
Juvenal Galeno
Jovino Guedes - Venceslau Tupiniquim
Lívio Barreto - Lucas Bizarro
Roberto de Alencar - Benjamim Cajuí
Rodolfo Teófilo - Marcos Serrano
Sabino Batista - Sátiro Alegrete
Temístocles Machado - Túlio Guanabara
Ulisses Bezerra - Frivolino Catavento

O poeta Lívio Barreto, se vivo fosse, teria completado 139 anos em 18 de fevereiro de 2009.
  

Com o pseudônimo de Lucas Bizarro, foi um dos fundadores da Padaria Espiritual, irreverente grêmio literário cearense.

“Dolentes”, seu livro póstumo é o maior representante cearense do Simbolismo, movimento artístico de ruptura ao Realismo, cuja vertente poética foi denominada Parnasianismo. O Simbolismo, assim, redescobre a subjetividade, o sentimento, a imaginação e a espiritualidade. Em justiça à memória do poeta que faleceu aos 25 anos, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará publica Dolentes, único livro de Lívio Barreto, e faz o lançamento no dia 23 de abril de 2009, às 19h, na Casa de José de Alencar, dentro das comemorações do Dia Internacional do Livro.







<---1ª Edição e 


















Edição póstuma 2009--->



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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

°°°Postais antigos°°°

Faculdade de Direito
Século XX

Praia de Iracema

Praça do Ferreira - 1935

Palacete Plácido de Carvalho

Praia do Mucuripe

Mucuripe

Parque das crianças


Clube Náutico Atlético Cearense

Mucuripe

Mucuripe
Mucuripe

Mucuripe


Loja Torre Eiffel magazine de Paulo Moraes inspirado nos moldes parisienses. Uma das lojas mais chiques do antigo centro

Hotel Central - Em estilo neoclássico esta construção pertenceu ao comerciante Plácido de Carvalho
Foto do final dos anos 30

Escola Preparatória
Enseada do Mucuripe


Centro da cidade


A cidade em 1933

Praça do Liceu - Jacarecanga

Parque das Crianças






NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: