Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O passado de Fortaleza retratado em fotos de época

Anos 30 - A cidade esperava a visita do ministro J. Americo de Almeida
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Barra do Ceará - Anos 30

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Praia do Meireles - Anos 30

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Anos 30 - Volta da Jurema

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Ancoradouro na Belle Epoque
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Aldeota

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A loja Torre-Eiffel 'A Fortaleza dos anos 40'
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A badalada Praia do Futuro de hoje, estava bem deserta nos anos 50
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1939. Rara foto da praia do Meireles e Mucuripe ao fundo - Aba Film
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Beira-Mar 1939
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1937 Cine Moderno, durante a projeção do Filme Lampião

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1936. Panoramica da praça do Ferreira, vista do alto do Excelsior
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1936 Mucuripe - Foto Sales
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1935 registro raro do Mucuripe
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1934 Foto Sales - Excelsior Hotel
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1934, construcão da Coluna da Hora. Ao fundo os cinemas Moderno e Majestic
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1933 Getulio Vargas visita Fortaleza
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Praia de Iracema - 1931
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1931 - Postal vista da cidade, Praça José de Alencar e Lagoinha
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1931, Postal da Antiga Catedral
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Panorama de Fortaleza - 1931
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1930, Vista do Seminário da Prainha
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1930
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1927 - Primeiro avião a pousar em Fortaleza, foi em Iracema, O 118 da Latecoére
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1925 - Postal Praça do Ferreira
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1912 -Passeata em prol da candidatura de Franco Rabelo à presidência do Estado
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1900 - Casa Boris, Porto e Alfândega
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Clube Iracema



Em 1939, o Iracema inaugurou sua sede própria, na Praça dos Voluntários.

A exportação do algodão, acelerada a partir de 1860, enriqueceu Fortaleza. Um crescimento populacional acompanhou esse progresso econômico e cultural. De 16.000 habitantes daquele ano, a cidade, em trinta anos, mais que duplicaria sua população, contando com 35 065 habitantes, no final de 1890. Daí surgiu uma classe média, mais esclarecida e atuante politicamente. A década de 1880 a 1890 foi de grandes transformações sociais, começando com a libertação da escravatura em toda a Província do Ceará, no ano de 1884. Após a Guerra do Paraguai, o país sofreria uma sequência de crises políticas conduzindo à decadência e fim do regime imperial, com a implantação da República, em 1889.


Rara foto do Salão principal do Restaurante do Clube Iracema, no Palacete Ceará em 1924.

Restaurante do Clube Iracema 1924

Naquele ano de 1884, no dia 28 de junho, fundou-se o Clube Iracema, motivado por uma reação democrática ao exclusivismo do aristocrático Clube Cearense. Durante vinte dias, um grupo de jovens comerciantes e intelectuais preparou o baile inaugural que seria realizado no dia 19 de julho. Entre seus fundadores estavam: Francisco Perdigão de Oliveira, Francisco Theóphilo Gaspar de Oliveira, João Barros, Francisco Carneiro Monteiro, os irmãos Antônio e Joaquim Costa Souza, João Guilherme da Silva, W. Aires, José Marçal, Antônio Martins Junior - o cronista Pery- e Papi Junior, tendo este último, sugerido o nome da nova sociedade recreativa.


Carnaval no Clube Iracema - Acervo Sérgio Roberto

Carnaval no Clube Iracema - Acervo Sérgio Roberto

A primeira sede foi instalada em um sobrado, na esquina das ruas Senador Pompeu e Guilherme Rocha. Um ano depois, o Iracema absorveria o “Reform Club” - uma sociedade literária de empregados do comércio - e então, sediada na Rua Formosa, hoje Barão do Rio Branco, onde tempos depois se instalaria a Faculdade de Farmácia e Odontologia


1930. Acervo Sérgio Roberto

Contava em suas dependências, com um pequeno teatro. Com sua origem reivindicatória político-social, tornou-se o Clube Iracema um importante centro de atividades reformistas, liderando campanhas para a emancipação dos escravos e a proclamação da Republica. Nesse clube nasceu o Gabinete de Leitura, o Instituto do Ceará, a Fênix Caixeiral, a Academia de Letras, a Padaria Espiritual, as sociedades abolicionistas Perseverança e Porvir e a Libertadora Cearense.


Festa realizada no 2º andar do prédio em 1930. Acervo Sérgio Roberto

Mas... plus ça change , plus c’est la même chose - isso tanto mais muda, mais fica a mesma coisa. Com o fechamento do Clube Cearense, na passagem para o século XX, o Clube Iracema absorveu a antiga elite econômica fortalezense, que se unindo àquela jovem associação laboriosa e inteligente, adaptou-se aos novos tempos, confirmando sua privilegiada posição social na cidade. O Iracema, como se escreveu na época, tornou-se um ateneu das actividades culturais que nobilitam a sociedade de nossa terra. Festas beneficentes, sessões literárias, concertos e recitais abrilhantavam seus salões, onde se amiudavam os refinados bailes e partidas dançantes. Ali se apresentaram Arthur Napoleão, Dalmau, Galiani, Landário Teixeira, Vicenzo Cernicchero, Alberto Nepomuceno, Ciro Ciarlini, Joaquim Franco, Moreira de Sá, Frederico do Nascimento e outros insignes músicos. Também ali se exibiram a Prima-dona Sidônia Springer e os barítonos Cesare Baracchi e Dominici. O Clube Iracema tornou-se uma legenda na cidade, sem equivalentes, até 1913, quando, então, surgiu o Clube dos Diários. Simbolizava o refinamento na convivência social, a solicitação da inteligência e beleza na alegria do viver. Por muitos anos, o Iracema ocupou vários casarões no centro da cidade. Em 1922, sediou-se no Palacete Ceará, na Praça do Ferreira, hoje ocupado pela Caixa Econômica Federal.

Palacete Ceará - Teve dias e noites de glória, sediando o Clube Iracema.  
Palacete Ceará, foi construído no início do séc. XX

No réveillon de 1939, o Iracema inaugurou sua sede própria, na Praça dos Voluntários. Sua linha arquitetônica traduz um dos mais belos exemplos do “art déco” da cidade. Em 1947, esse prédio foi desapropriado pela Prefeitura Municipal, para ali instalar seu centro administrativo. Depois o clube foi incorporado ao Clube dos Diários na Associação Clube dos Diários - Iracema.

Foto de 1922. Reorganização da Academia Cearense de Letras, no Palacete Ceara 
(Clube Iracema).

O Clube Iracema foi fundado pelos "graúdos do comércio". Nasceu, então, uma rivalidade entre os sócios do Iracema e do Cearense, competindo na ostentação dos desfiles carnavalescos. O Club Iracema privilegiou as atividades culturais, registrando em seus salões intenso movimento artístico-literário.


Carnaval Clube Iracema em 1935 - Acervo Sérgio Roberto

Dançarinas Espanholas. Bloco do Clube Iracema - Acervo Sérgio Roberto

Acervo Sérgio Roberto

Saiba mais:


No dia 28 de Junho de 1884 surge mais um clube diversionário em Fortaleza, o Clube Iracema, fundado naquele dia.
Inaugurou-se no dia 19 de julho.
Funcionou no início em prédio na esquina da Rua Senador Pompeu com Rua Guilherme Rocha (atualmente Edifício Santa Elisa).
Mudou-se depois para a Rua Barão do Rio Branco nº 1321, onde foi depois a Faculdade de Farmácia e Odontologia, Faculdade de Comunicação, uma loja do Grupo Romcy e hoje é uma agência do Banco do Brasil.
Depois mudou-se para o Palacete Ceará e posteriormente para prédio próprio na Praça dos Voluntários, o Palacete Iracema que foi vendido para a Prefeitura Municipal que hoje nele abriga seu setor de finanças.
Depois uniu-se ao Clube dos Diários, tendo o nome de Clube Diários-Iracema com sede na Praia de Iracema na Avenida Beira Mar nº 2120.



Fonte: Portal do Ceará- Gildácio Sá 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Garagem Elite



 Garagem Elite - Acervo Jesuíno Vianna



Em 1921 a firma J. Thomé de Saboya estabeleceu-se na rua Barão do Rio Branco nºs 51 e 53 e Major Facundo nº 48, ocupando todo o quarteirão pela rua Castro e Silva, negociando com automóveis e seus acessórios, denominando-se o estabelecimento, "Garage Elite" com a capital de 300:000$000 (trezentos contos de réis). A firma pertencia ao Dr. José Tomé de Saboya e Silva e tinha como gerente José Amaro Coelho Cintra. O prédio foi construído pelo arquiteto Jacinto Matos. A firma vendia automóveis e peças, além de vender a gasolina "Montano" e alugar carros para casamentos, batizados, etc.


Garagem Elite 1923

A foto antiga data de 1923 e foi batida no canto noroeste do cruzamento da rua Barão do Rio Branco com Rua Castro e Silva. O prédio é o que vemos à esquerda da foto. Além das portas largas para entrada e saída de carros, vemos a rampa da descida principal, ladeada por um combustor de gás carbônico e uma bomba de gasolina "Montana". Os dois automóveis também devem fazer parte da "garage".

A Rua Barão do Rio Branco era calçada com pedras rústicas apiloadas e por ela passavam os trilhos e fios dos bondes elétricos.




A segunda fotografia mostra o mesmo local visto do mesmo ângulo, porém com as diferenças de época. O prédio da "Garage Elite" é o mesmo, com um grande tapume vermelho cobrindo parcialmente a fachada, hoje abrigando o "Palácio das Diversões", Bar, restaurante e sinuca, depois de ter abrigado algumas lojas ou armazéns de tecidos. O número do prédio hoje é 635 e nele estiveram os Armazéns Alvorada.


Vizinho ainda é o mesmo sobrado e as casas que se seguem também são as mesmas, embora alteradas por reformas, até a esquina ao longe que é um prédio novo do Bradesco, em frente à BCP, com frente para a Rua Major Facundo. Ao longe é que vemos novos edifícios de concreto armado.


Hoje o prédio virou um dos muitos estacionamentos de Fortaleza - 2015


Fonte: Fortaleza de Ontem e de Hoje

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Clubes de Fortaleza - Iate Clube




Das dunas do Mucuripe ao Século XXI: a trajetória histórica do Iate Clube

O jangadeiro sempre foi um símbolo da força do povo cearense, singrando os verdes mares bravios e ressaltando a verve náutica de nosso povo. No entanto, as belas praias da capital cearense se ressentiam de um espaço que projetasse ainda mais a prática e o desenvolvimento dos esportes náuticos em nosso Estado. Esta lacuna veio a ser preenchida graças à ousadia de 16 jovens da sociedade local que, após vários encontros, decidiram fundar, no dia 1° de maio de 1954, o Iate Clube de Fortaleza.





Com a certeza de terem criado um clube de vida longa, os primeiros sócios logo trataram de escolher o local da sede. A dúvida inicial entre o Mucuripe, a Volta da Jurema e a Barra do Ceará logo foi dissipada, tendo sido escolhida a primeira opção, graças às melhores condições para a implantação da infra-estrutura do clube. A organização administrativa também mereceu atenção especial, com a elaboração de um estatuto, a eleição do primeiro Conselho Deliberativo e a indicação do primeiro Comodoro, Adriano Borges Martins. Um galpão de madeira passou a reunir os sócios e suas famílias, em especial nos domingos e feriados. A pauta de discussões sempre girava em torno do iatismo e das melhorias para o clube.




Inicialmente, os sócios e seus familiares se reuniam em um ambiente muito simples e tinham que trazer toda a alimentação de casa, uma vez que não havia bar ou restaurante no local. Os barcos eram ancorados também de forma simples. Com o passar dos anos, novas conquistas foram obtidas e a infra-estrutura do Iate Clube cresceu em proporção direta ao interesse por parte da sociedade local.

Acervo Isabella Monteiro

As primeiras 100 ações para sócios-proprietários foram lançadas no mercado e logo vendidas. Na área náutica, a sede começou a se equipar e se modernizar, inicialmente com a ampliação da garagem dos barcos, a substituição das rampas por um guindaste e a construção de um flutuante moderno e uma escada com pilastras intermediárias. A sede ganhou um restaurante e banheiros e teve suas áreas internas e externas arborizadas. Pouco a pouco, o clube começava a criar espaços de convivência para os sócios e frequentadores  O que fazia com que o número de pessoas que acorriam à sede fosse gradativamente aumentando, não apenas entre adeptos do iatismo, mas mesmo entre aqueles que desejavam usufruir do espaço social do clube. Esse aumento na demanda por um espaço mais adequado levou a diretoria a decidir pela construção de uma nova sede.



Primeiro Terreno - Anos 50


Pelos idos de 1956, tinha início o processo de erguimento da nova sede, que contou com o apoio de diversas autoridades cearenses, do então Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis e do Serviço de Patrimônio da União, bem como da extinta Serviluz. As obras de fundação da futura e definitiva sede do Iate Clube, no local onde se situa até hoje, no final da Avenida Abolição, no Mucuripe, levaram cerca de dois anos. Surgia, assim, um novo espaço, com uma área bem mais ampla para ancoragem dos barcos e oferecendo maior conforto aos sócios e seus familiares. Era a consolidação do nome do Iate Clube de Fortaleza.

Ao longo dos anos, as atividades promovidas e as relações firmadas pela diretoria com os poderes públicos e com a iniciativa privada conquistaram definitivamente o respeito de toda a sociedade cearense. O número de sócios crescia de forma constante, e fazer parte do late Clube começava a se tornar motivo de orgulho. O conceito de clube íntegro e atento aos seus objetivos básicos
de fomentação dos esportes náuticos e congraçamento entre seus frequentadores veio sendo desenvolvido de forma natural. Por outro lado, o iatismo cearense encontrou no Iate Clube o espaço indicado para formar grandes campeões e competidores ou simplesmente para saciar a paixão pelo mar de milhares de desportistas.


Vista da praia do Mucuripe com a construção do Iate Clube de Fortaleza, vendo-se ao fundo as dunas e outras dependências do clube. Foto da década de 50 - Arquivo Nirez.

Postal Iate Clube anos 60

Os esportes náuticos a motor e a vela, a pescaria, a motonáutica, e o ski foram modificando a paisagem na orla marítima cearense.
A já clássica imagem das jangadas saindo e chegando do Mucuripe foi acrescentada a saída e chegada de barcos das mais diferentes classes e categorias. E todos numa convivência sempre pacífica. Em paralelo, a sede do iate Clube seguia se reciclando e ganhando novos equipamentos que permitiam este incremento na parte náutica. A construção de um novo flutuante, a recuperação da escada, a fixação de duas colunas dentro do mar, o balizamento dos obstáculos que constituíam perigo para a navegação, as construções da primeira prancha do nordeste para competições de ski e de uma área coberta para os barcos. O Iate Clube de Fortaleza acompanhava o progresso sempre se equipando da melhor forma, com visão administrativa de futuro.




Em sua trajetória, o lado social nunca esteve esquecido pelo Iate Clube, desde a realização de eventos que ficaram na história da sociedade cearense, como a Festa do Hawaii e o Réveillon  até encontros nacionais e internacionais de diversas origens sediados no belo espaço do late Clube, que traz consigo uma privilegiada vista da orla marítima da capital cearense.

A história do Iate traz ainda belas páginas na área de responsabilidade social, com um trabalho constante de realização e apoio a campanhas assistenciais e de trabalho humanitário, em especial junto a comunidades carentes de Fortaleza e do entorno da sede do clube. Destaca-se a participação ativa do Iate Clube em 1960, após o arrombamento da barragem do açude Orós, quando sócios do clube deslocaram-se para a região com lanchas e barcos e, durante três dias, ajudaram a resgatar e salvar pessoas ilhadas nos municípios atingidos pelas enchentes, em especial Limoeiro do Norte, Russas, Jaguaruana e Jaguaribara. Atualmente, o Iate Clube mantém a escola Thais Pinheiro, em homenagem à esposa do Comodoro Manoel Cavalcante Pinheiro, voltada para crianças carentes do bairro Mucuripe, contando, este ano com 26 alunos. Os custos com os salários dos professores e o material escolar estão sob a
responsabilidade do Iate Clube.

A proximidade com as Forças Armadas sempre foi uma característica do clube. E não apenas com a Marinha do Brasil, parceira constante desde o final dos anos de 1950 e apoiadora de todos os eventos náuticos promovidos pelo Iate Clube, em especial com o apoio da Capitania dos Portos do Ceará. O Exército Brasileiro também promoveu dezenas de atividades conjuntas com o Iate Clube ao longo destes 50 anos, como a tradicional regata alusiva ao Dia do Soldado, realizada em agosto. Já a Aeronáutica, por meio da Base Aérea de Fortaleza, tem em seu calendário anual de atividades desde o início da década de 1990 a promoção da Regata Santos Dumont, congregando amantes do ar e do mar em competições esportivas. Nos jardins da Praça Comodoro Etevaldo Nogueira Lima figuram três peças bélicas doadas pelas armas brasileiras: um míssil anti-submarino Ikara utilizado pelas fragatas da classe Niterói, doado
pelo Ministério da Marinha em 06 de dezembro de 1998; um estabilizador vertical de uma aeronave AT-26 Xavante da Força Aérea Brasileira, doado pelo Comando da Aeronáutica em 22 de outubro de 2000; e um canhão Krupp 75 mm, doado pelo Exército Brasileiro em 25 de setembro de 1998.



Barcos dispõem de infra-estrutura moderna de ancoragem e garagem

Já no início dos anos 80, crescia a preocupação de se reformar novamente a sede do clube para enfrentar de cabeça erguida os desafios da virada do século que se aproximava. A sede já então sofria o desgaste do passar dos anos e começava a se tornar pouco atraente para os sócios. Era preciso reverter esse processo. Para tanto, numa iniciativa ousada, o Comodoro Francisco Martins decidiu mudar as feições do Iate Clube de Fortaleza, fazendo obras estruturais importantes, até se chegar à decisão de construir um novo edifício sede.

Com três andares, sala de jogos, mirante e terraço panorâmico, piano bar, restaurante ampliado e uma área específica para a administração, era inaugurada em 1984 a atual sede social denominada "Edifício Comodoro Francisco Martins de Lima". Com este novo espaço, o Iate Clube mais uma vez passou a viver dias de glória e a receber importantes eventos sociais em sua sede.



Vista interna do Clube

A ampliação do Parque Náutico Comodoro Fernando Hugo Borges Martins e a criação do Parque Infantil Comodoro Adriano Borges Martins garantiram fôlego novo para despertar nas futuras gerações de cearenses o mesmo espírito de companheirismo e dedicação que reuniu há 50 anos um grupo de jovens em torno de um ideal comum.
Essa história com várias páginas de sucesso veio sendo construída por todos aqueles que, direta ou indiretamente, ajudaram a tornar o Iate Clube de Fortaleza em um exemplo de agremiação social e desportiva.


Fachada atual

Fonte: Site oficial do Iate Clube e pesquisas de internet

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