Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Direto para a Belle Epoque II

Começaremos com uma bela fotografia da estátua de general Tibúrcio, podemos observar que nessa época ela ainda estava conservada.

Essa eu até já postei - Belíssima foto de 1923 da garagem Elite

Rara foto da antiga Praça do Largo do Palácio - 1856

Agora uma da maravilhosa Beira-mar do final dos anos 20


Foto rara vendo-se a Praça do Ferreira em seus primordios e a Caixa d'Água



Fotografia rara do Passeio Público - Data desconhecida


Foto montagem reproduzindo o provável aspecto do Palacio do Bispo, final do sec. XIX



Vamos viajar nessa foto até 04 de Junho de 1937, nossa bela Fortaleza vista das alturas


Fortaleza em 1962, detalhe para o veículo da época



Essa maravilhosa foto é de 1930, eu também já postei em outra ocasião, mas não me canso de olhar, é da Floriano Peixoto



Fotografia aérea onde aparecem o Mercado de ferro(desmontado em 1938), os Correios e Telegrafos(1934) e o antigo Mercado Central restaurado pela Prefeitura Municipal de Fortaleza no ano 2000, para transforma-lo no Centro de Referência do professor - Foto do final dos anos 30


Final dos anos 20 - Rua Barão do Rio Branco, raro postal da Loja Trianon



Foto do antigo Uirapuru - Fica ao lado da atual praça da Bandeira. Hoje abriga o DCE da UFC



Faculdade de Direito, inicio sec. XX

Outra da Faculdade de direito - 1910



Fachada do Asilo do Bom Pastor destinado as moças solteiras que engravidavam - data desconhecida




Ex-prédio da Intendencia Municipal



Estação João Felipe




Escola José de Alencar - Data desconhecida

Ed. Vicentino, inaugurado em 1912


Meio de transporte na Belle Epoque



Conj. Arquitetonico na Av. Alberto Nepomuceno. Imagem antiquissima ao lado do Palacete da Fazenda. Ocupa quase um quarteirao de extensão, ainda existe.




Foto do comecinho do século



CAFÉ DO COMÉRCIO, registro de 1908, mostrando a elegância fortalezense

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Otávio Bonfim - Farias Brito



Igreja Nossa Senhora da Dores - Foto Júnior

Bairro localizado ao oeste do centro histórico de Fortaleza, oficialmente chama-se Farias Brito.

Este bairro surgiu de uma povoação ao lado da antiga Estrada para o Soure(atual Caucaia). Na época do Ciclo do Charque aqui existiu a Capela de São Sebastião, que mais tarde deu o nome ao mercado erguido neste bairro, o Mercado São Sebastião. No local da capela, a antiga Estrada do Gado(atual Rua Dr. Justiano de Serpa), os frades Franciscanos oriundos da Alemanha, construíram a Igreja de Nossa Senhoras das Dores.

Com a construção da Estrada de Ferro de Baturité em 1873, aqui foi construído uma estação de trem que funciona até os dias de hoje.

A Igreja de Nossa Senhora das Dores, inaugurada em 1932, foi uma parte do investimento dos frades Franciscanos, que além desta construíram ainda o Convento de São Francisco e o Cine Familiar. O Convento de São Francisco chegou a ser invadido por um dia durante a Segunda Guerra Mundial, pois os frade eram alemães. Neste período propriedades de famílias alemãs(família Lundgren), famílias italianas(família de Francesco) e famílias japonêsas(família Fugita) ligadas a este local sofreram represálias da população de Fortaleza.

Foto de data desconhecida da Fábrica Gurgel

O Cine Familiar funcionou até a década de 60 como opção de lazer para os moradores das adjacências.

Local com atração econômica, chegou a sediar a Siqueira Gurgel. Fábrica que fabricava produtos que marcaram história no Ceará: Sabonete Sigel, o óleo Pajeú, a gordura de coco Cariri e o famoso sabão Pavão. Um dos personagens fictícios deste produtos foi a Neguinha do Pajeú. Nos dias de hoje aqui fica um supermercado.

A famosa neguinha do Pajeú - Maninho Batera

Devido a suas tradições agrícolas aqui funcionou até a década de 70 jardins que produziam flores. Onde nos dias de atuais situa-se um supermercado.

No mesmo bairro existe a comunidade do Morro do Ouro. Uma comunidade de pessoas menos abastadas.

Na década de sessenta, por exemplo, o bairro Otávio Bonfim, tinha um charme bem particular. Não era de classe alta. Também não estava na linha da pobreza.

O que mais o diferenciava de outros, existentes em Fortaleza, naqueles idos, era o clima de família que reinava ali, campeando entre as árvores centenárias que se erguiam na Praça com o nome oficial de Libertadores.

Em cada canto, era comum ver-se mulheres com uma banquinha de café, fazendo fogo ali mesmo e lavando os utensílios em alguidar de barro, deixando a água escorrer pelas coxias.

De vez em quando tinha uma espiga de milho cozida, uma tapioca de goma fresca, sem respeito às normas de higiene, é claro, mas tão gostosas que até se esquecia de alguns prováveis transtornos gastrointestinais.

A Estação Ferroviária de Otávio Bonfim 

Os moradores de bairro tinham uma intimidade bem grande com aquela pracinha. Aposentados ficavam ali papeando, casais de namorados aproveitavam o bucolismo do local, para as costumeiras juras de amor, donas de casa levavam os filhos pequenos para andar de velocípede ou mesmo bicicleta, transeuntes iam e vinham despreocupados, ou com alguma preocupação, que isso já era freqüente antes mesmo da virada da economia.

Não havia lugar mais apropriado que a pracinha, para ler os jornais do dia, inclusive a Tribuna do Ceará, de saudosa memória. Muita gente circulava por ali, justo porque lá era ponto de desembarque dos ônibus que vinham do interior, com entrada pelo Antônio Bezerra.

A praça e a Igreja de Nossa Senhora das Dores pareciam geminadas, sequer dando oportunidade de se pensar em uma, sem estar pensando na outra. Até se tinha a impressão de que a primeira era uma extensão da segunda, e vice-versa.

Arquivo Nirez

Era só atravessar o passeio de pedra tosca, entre as ruas Justiniano de Serpa e Dom Jerônimo, e lá se estava em frente ao Santuário de Santo Antonio, parede e meia com a igreja.

Nos dias de terça-feira, acontecia a distribuição do pão dos pobres. Nem se falava do Lula, mas o bairro, ou melhor, os frades franciscanos do Otávio Bonfim, já engatavam movimentos sociais de combate à fome, com a ajuda dos paroquianos.

Uma grata recordação que vem daqueles tempos está ligada ao Cine Familiar, que ficava na lateral esquerda da igreja, fazendo quina com a Rua Dom Jerônimo. O Vavá era o grande artífice da 7 ª arte.

 
O Cine Familiar - Arquivo Nirez


Era ele que cuidava da exibição das películas, já que sabia só tudo sobre como manejar os rolos na velha geringonça, fazendo hoje com que nos lembremos do Cinema Paradiso.

Tudo isso se foi na enxurrada do tempo, mas o que até agora não sai das retinas cansadas, nem dos ouvidos adormecidos, é a imagem do trem, meio sujo, vindo dos lados do Acarape, rodando e rangendo sobre os trilhos presos aos dormentes, que iam dar na Estação João Felipe. Poderia ser o inverso, se o destino mudasse para Maracanaú.

Arquivo Nirez

Nas manhãs de sábado, não tinha passeio melhor do que pegar os filhos menores, subir no trem, e, de joelhos, nas poltronas rasgadas, acompanhar, das janelinhas abertas, o desfile de casas, árvores, pessoas que, indiferentemente à observação, postavam-se à beira do caminho.

Não se sabia, àquelas alturas, o que era uma bala perdida. No entanto, vez por outra, um garoto mais afoito pegava sua baladeira e conseguia estraçalhar a vidraça ou alcançar a cabeça de um passageiro menos avisado. Quem morava nas imediações da linha férrea, junto à parada do trem, no Otávio Bonfim, costumava despertar com o som estrépito da máquina, anunciando sua chegada à estação.

Muitos dos moradores da área residiam em casas construídas pela RVC, no último quarteirão da Rua Domingo Olimpio e já na Av. José Bastos, indo para a Av. Bezerra de Menezes.

Arquivo Nirez

Na verdade, o ícone de maior destaque, naquele quadrilátero urbano, era a Igreja de Nossa Senhora das Dores, apinhada de fiéis, nas missas dominicais, e que, em tempo de festa, ´mandava ver´ com grandes atrações, incluindo, barracas, quermesses, lembrando antigos costumes das cidadezinhas do Interior.

Aquele pedaço de Fortaleza foi sempre um reduto da família Gurgel. Se não era parente, era amigo ou conhecido. Na Rua Justiniano de Serpa, morava D. Dulce Gurgel Valente, mãe do Fernando, dono da Mecesa, do Flávio, funcionário do Dnocs, da Adélia e da Fernanda.

Do outro lado da Bezerra de Menezes, já depois da linha do trem, ficava a Siqueira Gurgel. Era lá onde se fabricava o Sabonete Sigel, o óleo Pajeú, a gordura de coco Cariri e o famoso sabão Pavão.
Havia, na época, um jingle muito popular: ´uma mão lava a outra com perfeição, e as duas lavam roupa com sabão pavão´. O óleo de algodão Pajeú, produzido na Siqueira Gurgel, ficou na história, isso porque a lata trazia estampada a figura de uma negrinha de tranças, bem sapeca em seus modos. Os tempos mudaram, a Siqueira Gurgel foi vendida e a área pertence hoje a uma rede de Hipermercado.

Ninguém lembra mais que na confluência da José Bastos com Bezerra de Menezes havia a Farmácia da D. Rosélia, mãe dos Professores Benito e Lúcio Melo, servindo a toda a população do bairro, necessitada de remédios, curativos e injeções.

A pracinha, mesmo depois de passar por sucessivas reformas, que lhe presentearam com canteiros, mudas de plantas, calçamento novo, perdeu um bocado do seu encanto. Ficou menos bucólica e mais suja.

A Sumov, então, deu lugar à Regional I, tornando-se um ninho de políticos ligados à gestão municipal. O que não mudou, foi a questão física do perímetro. Por um lado, caminha-se para o Beco dos Pintos, por outro, vai-se para o Cercado do Zé Padre.

Essa é uma versão de Fortaleza, em tempo real. Há marginalidade, há religiosidade, há urbanidade, tudo convivendo democraticamente, em que pese a violência instituída que está impondo aos moradores do bairro fechar suas portas, tão logo o sol descamba na linha do horizonte. Sinais dos tempos!

O Morro do Ouro, tão percorrido pelos frades, quando iam levar donativos às crianças e aos velhos, já não é igual àquele que Eduardo Campos imortalizou em peça teatral, de sua autoria.

A linha divisória entre os bairros de Otavio Bonfim e de Monte Castelo, onde os moradores do Morro fizeram ali o seu ´establishment´, está pontuada de balas, saídas das armas dos traficantes e também de desordeiros.

A despeito de tudo, ainda rescende no ar o cheiro bom das flores do jardim japonês, uma bem sucedida iniciativa do Sr. Jusako, nipônico fugido da guerra e que aqui construiu uma família de nobres exemplares.

Cine Nazaré

Essa é uma página da vida, e para caracterizar bem o tempo, é o ´retrato´ de uma época perdida na lembrança.

Parafraseando o fado português ´Mouraria´, não há como deixar de cantar o bairro, em louvação semelhante à que foi feita à Rua da Palma, da antiga Lisboa: ´Ah, meu Otávio Bonfim, contigo deixei minha alma, sem ti que será de mim?´


Fonte: Wikipédia, Diário do Nordeste, Paulo Elba e pesquisas diversas na internet

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Fortaleza nos anos 70

Ginásio Paulo Sarasate, 1979
Ginásio Paulo Sarasate, 1972
Castelão. Postal de Inauguração do jogo Ceará x Fortaleza.73.000 pessoas neste dia


Centro 1972



Volta da Jurema, num postal do final dos anos 70



Esse maravilhoso postal é da Praia de Iracema, final dos anos 70



A nova Catedral de Fortaleza foi inaugurada no dia 22 de dezembro de 1978, pelo então cardeal arcebispo de Fortaleza Dom Aloísio Lorscheider. Um dos postais mais significativo


Postal Volta da Jurema anos 70, vendo-se o ed. Jalcy, demolido em 1993


Postal praia do Mucuripe datado de 1971

Postal Clube Nautico Atletico Cearense anos 70


Centro 1971

sábado, 30 de janeiro de 2010

Direto para a Belle Epoque

Começaremos nossa viagem ao passado com essa rara fotografia do Sobrado do Dr. José Lourenço. Nessa prédio esteve por muitos anos o Tribunal da Relação do Ceará e, por pouco tempo, a prefeitura municipal de Fortaleza. Ao seu lado o sobradinho do Pe Salazar da Cunha, aparecendo ainda, parte do sobrado do pai de Gustavo Barroso, onde o grande escritor conterrâneo passou a sua meninice. Estes dois últimos já desapareceram, para no local levantar-se novo prédio.
Agora uma imagem bem antiga, a Sede da Padaria Espiritual


Programa de inauguração do Cine teatro Majestic-Palace, com a transformista e a orquestra do maestro Arturo Frassinesi, em 1917



Grupo Clã, movimento literario dos anos 40




Agora uma rara fotografia dos escritores da Padaria Espiritual

Essa sem dúvida é uma raridade, a ficha do Excelsior Hotel, 1953



Bilhete da Cia Ferro Carril




Convite do programa de inauguração do Cine Diogo




MAGUARI ESPORTE CLUBE


Sede do Maguary Esporte Clube, na Rua Barão do Rio Branco, palco de festas memoráveis

O chamado “Clube dos Príncipes” foi uma das mais tradicionais e simpáticas agremiações diversionais de Fortaleza. Iniciou-se como clube de futebol, em 24 de junho de 1924, com o nome Maguari Sporting Club. Proporcionou momentos inesquecíveis de alegria e emoção ao competir com as principais entidades desportivas da época: Ceará Sporting Club, Fortaleza Sporting Club, Ferroviário Atlético Club e América Football Club. Sua segunda sede localizava-se no então bucólico e aristocrático Bairro do Benfica, com suas vivendas suntuosas e chácaras sombreadas por frondosos mangueirais. Seu primeiro endereço foi na Avenida Visconde de Cauipe, 2081, hoje Avenida da Universidade, e em frente ao antigo Educandário Santa Maria.
Waldir Diogo de Siqueira, Mário de Alencar Gadelha, Egberto de Paula Rodrigues, aliados a um grupo de amigos, transformaram o antigo clube numa agremiação elegante, com sua nova sede social inaugurada em 20 de abril de 1946, erigida em um amplo terreno, no número 2955, da Rua Barão do Rio Branco.

A construção dessa simpática e aconchegante sede, com seus muros jovialmente arqueados, foi assinada pelo famoso arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman - o construtor do Ideal Clube. Ali, praticava-se o esporte amador e ocorriam atividades festivas que marcaram a vida da cidade, principalmente nos alegres Anos Dourados, na década de 50, com seu entusiasmo prolongando-se pelos anos seguintes. Muitas de suas animadas festas carnavalescas terminavam às dez horas da manhã seguinte - acontecimentos inusitados para a pequena Fortaleza, de 213 mil habitantes.
O Maguari presenteou o Brasil com a primeira cearense que conquistou, o então disputadíssimo título de Miss Brasil. Emília Correia Lima representou, em 1955, a mulher brasileira, destacando-se no concurso de beleza internacional em Long Beach, por seus traços clássicos e postura discreta.
Entre os nomes que marcaram aqueles tempos de pujança social do clube “cinta–negrino”, ou “faixa-preta” – como, carinhosamente, era chamado o Maguari, por conta da tarja negra que ornava sua camisa esportiva - são sempre lembrados: Raimundo de Alencar Pinto, Lauro Maciel, Remo Figueiredo, Mário de Alencar Araripe, pai do diretor Raimundo César de Alencar Araripe, que durante muitos anos, dirigiu a Escola Técnica Federal do Ceará, e de Ary Gadelha de Alencar Araripe, atual Presidente do Conselho Deliberativo do Náutico Atlético Cearense; de Américo Barreira, pai do presente diretor-secretário do Náutico, Luiz Carlos Aires Barreira Nanan; Lúcio Bonfim, Afonso Deusimar, Mauro Jander Braga de Sousa, Francisco Irajá Vasconcelos, Mauro Botelho, Valfredo Monteiro, o jornalista João Clímaco Bezerra; a família Mesquita, representada por Aldo Mesquita, Kerginaldo Mesquita, Valdo Mesquita e Heraldo Mesquita; Waldir Diogo de Siqueira Filho, atual conselheiro do Náutico; Vicente de Souza, pai de Fernanda de Souza, a primeira glamour–girl de Fortaleza, e muitos outros associados. Entre a sua brilhante equipe de tenistas, contava o clube com os irmãos Reno Figueiredo e Viena Maria Figueiredo Ponce de Leão, filhos do diretor Narcílio Bezerra Figueiredo. Campeões brasileiros de tênis, o primeiro chegou a conquistar a Taça Davis. Viena Ponce de Leão é a esposa de Antônio Ponce de Leão Filho, outro baluarte deste esporte. Outros nomes destacaram-se nas quadras do Maguari: Henrique de Oliveira; os filhos do diretor Luciano Granjeiro, Lício e Lucy Granjeiro; Stélio Ribeiro do Vale e seu irmão Stênio Ribeiro do Vale. Em 1976, o porteiro Manuel cerrou, para sempre, as portas do saudoso clube. Uma Assembléia Geral presidida por Lauro Maciel e sob a supervisão do tesoureiro Newton de Castro Alves, tratou de sua liquidação. No ano seguinte, sua sede se tornaria repartição pública, propriedade da Coelce.

O Maguary Esporte Clube, um dos muitos clubes elegantes de Fortaleza, foi fundado por iniciativa dos irmãos José, Raimundo e João Freitas Barbosa e por Armando Guilherme da Silva e Hugo Sanders.

Sua primeira sede ficava localizada no bairro do Alagadiço (atual São Gerardo), na Rua Bezerra de Menezes nº 25. A segunda era situada no então aristocrático bairro do Benfica, na avenida Visconde de Cauípe, nº 2081, hoje avenida da Universidade.

Posteriormente, um grupo de amigos, transformaram o antigo clube numa agremiação elegante, com sua nova e terceira sede social inaugurada em 20 de abril de 1946, em um amplo terreno, no número 2955 da rua Barão do Rio Branco, imóvel situado entre as ruas Padre Roma e Deputado João Pontes, no bairro de Fátima.

Naquela sede do Maguari praticava-se esporte profissional, (principalmente futebol) e amador. Ocorriam atividades festivas que marcaram a vida da cidade, principalmente nos alegres anos dourados, com o entusiasmo dos frequentadores prolongando-se pelos anos seguintes.
Em 14 de agosto de 1975, o clube encerrou suas atividades e sua sede foi vendida para a Coelce. José Leite Jucá foi o último presidente do clube e embora tenha sido contra a venda do imóvel , foi voto vencido.


Sede do Maguary Esporte Clube. Fundada em 1946, a sede antiga do Sport Club Maguary foi palco de bailes carnavalescos, desfiles de miss e disputas esportivas. O prédio, projetado pelo arquiteto Sylvio Jaguaribe Ekman, foi vendido à Coelce (atual Enel) em 1976 e, em seguida, a administração passou para a Fundação Coelce de Seguridade Social (Faelce).
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 2955 – Fátima.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Clube dos Diários - 97 Anos


Diretoria do Clube dos Diários em foto de 1913. Acervo de Nilson Cruz


Em consequência de uma dissensão na sociedade do Clube Iracema, surgiu aos 18 de março de 1913 o Clube dos Diários, aquele que seria o mais requintado clube da “Belle Époque” de Fortaleza. Entre seus fundadores encontravam-se João Garcia Arêas, Francisco da Costa Freire, Martiniano Silva, José de Mendonça Nogueira, João Mac-Dowell, César Cals de Oliveira e Henrique Jorge. Desde sua inauguração, instalou-se no Palacete Guarany, na antiga Rua Formosa, a mais elegante de Fortaleza, no começo do século, hoje rua Barão do Rio Branco. Seu prédio foi construído pela Associação Cearense do Comércio, com planta trazida de Paris, pelo Barão de Camocim, apresentando imponente cobertura de ardósia.

Foto ao lado é de 1931
Contava entre seus primeiros presidentes: Francisco da Costa Freire, Couto Fernandes, Eduardo da Rocha Salgado, Luciano Martins Veras, Eliezer Studart da Fonseca – a mais atuante presidência que dirigiu o clube por um largo período de mais de trinta anos -, Fernando Eduardo Benevides e Evandro Salgado Studart da Fonseca.



O Clube na década de 70 - Arquivo Jane Bandeira

O Clube nos anos 70. Acervo Alexandre Montenegro

Foto histórica do Clube dos Diários na Beira Mar (Ao fundo, o prédio em construção é do Ponta Mar Hotel) - Década de 80. Arquivo do Clube

Anos 80 - Arquivo do Clube

Anos 80 - Arquivo do Clube

Vemos o Clube e a praia dos Diários em março de 1986. Acervo Alexandre Montenegro

Praia dos Diários em março de 1986. Acervo Alexandre Montenegro
O Clube dos Diários preenchia a vida social de Fortaleza com charme e elegância. Grandiosos bailes, apresentações musicais, exposições de pintura ocorriam em seus salões. Acompanhando o desenvolvimento tecnológico, sua diretoria procurava oferecer aos seus associados, o que de mais moderno pudesse ser encontrado na área de lazer e entretenimento. Sob a presidência de César Rossas, em agosto de 1931, foi instalado um cinematógrafo no clube, na antiga sala de bilhar. O cinema contava com 200 cadeiras e as sessões eram quinzenais, exclusivamente para sócios, com danças e distribuição de doces e refrescos, no intervalo e após o término das sessões. Até o final dos anos 20, a vida social e elegante da cidade era conduzida pelos dois clubes: Iracema e Diários. Esses, rivalizavam na apresentação de suas festas, principalmente nos tempos carnavalescos. Seus salões eram alugados pelos clubes menores, sem sede própria, para os bailes vesperais. Com seu entusiasmo e alegria contagiante, essas associações recreativas movimentavam os carnavais de então.


A grande animação ficava por conta do pré-carnaval, com seus “assaltos” e deliciosas “matutadas”, organizadas por grupos carnavalescos, filiados aos dois clubes, nas residências de pessoas a eles ligadas. Por vezes, foi o Clube dos Diários o responsável pela abertura dos festejos de Momo, como em janeiro de 1931, com o grito de carnaval, organizado pelo dr. Pedro Sampaio, com os blocos das Colombinas, dos Pierrôs e dos Arlequins. Membros de sua diretoria, como Fernando Benevides e Afonso Feijó, compunham com Fernando Pinto, do Ideal Clube e Odorico de Moraes, do Iracema, os grandes animadores do antigo Carnaval de Fortaleza. Na segunda metade do século XX, o Clube dos Diários, numa forma de sobrevivência, fundiu-se com o Clube Iracema constituindo o Clube Diários – Iracema.


Antigo baile de carnaval no Diários
Mudanças de endereço - Em 1956, a sede foi transferida para a Beira Mar. Em 2003, por conta de dívidas com a União e com a Prefeitura, o Clube dos Diários encerrou suas atividades na avenida Beira Mar, sendo sua sede vendida por R$ 19 milhões. A nova sede foi inaugurada, no mesmo ano, na Praia do Futuro.



Fonte: Site oficial do Clube

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