Resistindo heroicamente à voragem do tempo, o Cine São Luiz, hoje Centro Cultural SESC Luiz Severiano Ribeiro, é o último cinema do Centro. Ali mesmo, na Praça do Ferreira já estiveram o Cine Teatro Majestic Palace e o Cine Moderno. Hoje a diversão proporcionada pela grande tela se concentra nos shopping centeres e singulares investidas criam espaços como o Cine Benjamin Abrahão, na Casa Amarela Eusélio Oliveira, na Universidade Federal do Ceará.
Completos 52 anos, o Cine São Luiz foi inaugurado no dia 26 de março de 1958, mas sua construção foi iniciada em 1939. Quando de sua inauguração o São Luiz foi elogiado pela imprensa da época como a mais bela casa de espetáculos cinematográficos do país.
Há exatos 52 anos, o fortalezense se deslumbrava com a inauguração do São Luiz, considerado o mais belo cinema do Brasil.
Na Fortaleza de 1958, provinciana cidade com aproximadamente 500.000 habitantes, o cinema era ainda a maior e mais concorrida diversão. No Centro, predominavam salas imponentes como o Diogo, com seu majestoso balcão e platéia de 1.000 lugares; o Moderno e sua bela fachada de palácio egípcio; e o imenso Majestic Palace, em forma de teatro elisabetano, à semelhança do Theatro José de Alencar. Todos pertenciam ao grupo exibidor do cearense Luiz Severiano Ribeiro, proprietário da então maior cadeia de cinemas existente no País.
Durante 20 anos, a cidade havia aguardado com grande interesse a inauguração da monumental sala anunciada como a mais moderna e suntuosa do Brasil. A construção do edifício São Luiz foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, em parte pelas dificuldades da compra de material importado para o cinema, que utilizou mármore de Carrara e lustres tchecos em sua monumental sala de espera.
Os trabalhos só foram reiniciados em 1952, motivando, na época, um entusiasmado artigo do jornalista João Jacques Ferreira Lopes, sob o título “O segundo tapume”. A partir daí, decorreram seis anos de intensa expectativa, motivadores, inclusive, do surgimento de lendas urbanas, entre elas a de que o São Luiz jamais seria inaugurado porque uma falha técnica de engenharia estava fazendo o prédio inclinar-se para a frente. Na realidade, foi perfeita a execução do projeto idealizado pelo engenheiro civil e arquiteto cearense Humberto da Justa Menescal, formado pela Escola de Trabalhos Públicos de Paris.
Auge esplendoroso
Completos 52 anos, o Cine São Luiz foi inaugurado no dia 26 de março de 1958, mas sua construção foi iniciada em 1939. Quando de sua inauguração o São Luiz foi elogiado pela imprensa da época como a mais bela casa de espetáculos cinematográficos do país.
Há exatos 52 anos, o fortalezense se deslumbrava com a inauguração do São Luiz, considerado o mais belo cinema do Brasil.
Na Fortaleza de 1958, provinciana cidade com aproximadamente 500.000 habitantes, o cinema era ainda a maior e mais concorrida diversão. No Centro, predominavam salas imponentes como o Diogo, com seu majestoso balcão e platéia de 1.000 lugares; o Moderno e sua bela fachada de palácio egípcio; e o imenso Majestic Palace, em forma de teatro elisabetano, à semelhança do Theatro José de Alencar. Todos pertenciam ao grupo exibidor do cearense Luiz Severiano Ribeiro, proprietário da então maior cadeia de cinemas existente no País.
Durante 20 anos, a cidade havia aguardado com grande interesse a inauguração da monumental sala anunciada como a mais moderna e suntuosa do Brasil. A construção do edifício São Luiz foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, em parte pelas dificuldades da compra de material importado para o cinema, que utilizou mármore de Carrara e lustres tchecos em sua monumental sala de espera.
Os trabalhos só foram reiniciados em 1952, motivando, na época, um entusiasmado artigo do jornalista João Jacques Ferreira Lopes, sob o título “O segundo tapume”. A partir daí, decorreram seis anos de intensa expectativa, motivadores, inclusive, do surgimento de lendas urbanas, entre elas a de que o São Luiz jamais seria inaugurado porque uma falha técnica de engenharia estava fazendo o prédio inclinar-se para a frente. Na realidade, foi perfeita a execução do projeto idealizado pelo engenheiro civil e arquiteto cearense Humberto da Justa Menescal, formado pela Escola de Trabalhos Públicos de Paris.
Auge esplendoroso
Após sucessivos adiamentos, o São Luiz abriu suas portas a um sofisticado público, na noite de 26 de março de 1958, com a exibição do filme “Anastácia, a Princesa Esquecida”, de Anatole Litvak, no qual a atriz sueca Ingrid Bergman brilhava na interpretação de uma suposta sobrevivente do massacre perpetrado contra a família do Czar russo, em 1917. Os convites para a inauguração foram acirradamente disputados por importantes personagens da sociedade fortalezense, alguns dos quais chegaram a fazer ameaças no sentido de obter acesso ao grandioso evento.
Durante seu primeiro mês de existência, o São Luiz exibiu um festival com lançamentos diários das mais importantes produções cinematográficos em cartaz na época. Multidões se aglomeravam na Praça do Ferreira, em imensas filas que faziam a volta do quarteirão e chegavam a encontrar-se na paralela Rua Barão do Rio Branco. Não se mediam esforços para assegurar um lugar qualquer na platéia de filmes como “Trapézio”, com Gina Lollobrigida e Burt Lancaster; “O Homem Que Sabia Demais”, clássico de Alfred Hitchcock, mestre do suspense; “O Príncipe Encantado”, com os ícones Marilyn Monroe e Sir Laurence Olivier, e o popular épico “O Manto Sagrado”, várias vezes reexibido em Fortaleza. Três dos maiores sucessos de bilheteria da mostra inaugural foram “Marcelino, Pão e Vinho”, película espanhola com ingênua temática religiosa; “Tarde Demais Para Esquecer”(Foto ao lado em cima), êxito maior dos atores Deborah Kerr e Cary Grant, e a chanchada brasileira “De Vento em Popa”, na qual o cômico Oscarito, já com 52 anos, dançava o “rock´n´roll” à maneira de um adolescente.
Durante seu primeiro mês de existência, o São Luiz exibiu um festival com lançamentos diários das mais importantes produções cinematográficos em cartaz na época. Multidões se aglomeravam na Praça do Ferreira, em imensas filas que faziam a volta do quarteirão e chegavam a encontrar-se na paralela Rua Barão do Rio Branco. Não se mediam esforços para assegurar um lugar qualquer na platéia de filmes como “Trapézio”, com Gina Lollobrigida e Burt Lancaster; “O Homem Que Sabia Demais”, clássico de Alfred Hitchcock, mestre do suspense; “O Príncipe Encantado”, com os ícones Marilyn Monroe e Sir Laurence Olivier, e o popular épico “O Manto Sagrado”, várias vezes reexibido em Fortaleza. Três dos maiores sucessos de bilheteria da mostra inaugural foram “Marcelino, Pão e Vinho”, película espanhola com ingênua temática religiosa; “Tarde Demais Para Esquecer”(Foto ao lado em cima), êxito maior dos atores Deborah Kerr e Cary Grant, e a chanchada brasileira “De Vento em Popa”, na qual o cômico Oscarito, já com 52 anos, dançava o “rock´n´roll” à maneira de um adolescente.
Filmes que estiveram em cartaz no São Luiz:
Trapézio
O homem que sabia demais
Astros e estrelas participantes de filmes exibidos, há mais de 50 anos, no festival de inauguração do Cine São Luiz, famoso pela imponência e suntuosidade e dono de um glamour raro nos cinemas atuais.
Gravação do filme Príncipe encantado
O idealizador do Cine São Luiz
Luiz Severiano Ribeiro (1885-1974), nasceu em Baturité-Ceará e tornou-se famoso por criar e fazer expandir aquela que é hoje a segunda maior cadeia exibidora do Brasil, no campo cinematográfico. Com o São Luiz, Severiano Ribeiro presentou o Ceará com a mais suntuosa de suas salas exibidoras, hoje a única remanescente dos inúmeros cinemas de rua existentes no Centro de Fortaleza.
O Cinema São Luiz é o maior cinema da cidade com capacidade para 1.500 pessoas. Teve sua construção iniciada em 1939, sob projeto de Humberto da Justa Menescal. A decoração em gesso, o teto e as paredes laterais ficaram a cargo de Osório Pereira e Marcelino Guido Budini. No local funcionava o Cine Polytheama, também do grupo e vizinho era a residência da família Severiano Ribeiro que foi parcialmente destruída para abrigar passagem lateral do prédio.
Prédio do Cine São Luiz em construção - 1940
Em 1958, a edificação foi concluída e inaugurada. Sua primeira sessão foi em 26 de Março, com a exibição do filme "Anastácia, a princesa esquecida" e a renda revertida em benefício da Campanha de Benfeitores da Santa Casa de Misericórdia e do Asilo do Bom Pastor. Estiveram presentes à solenidade as autoridades locais e o Senhor Luiz Severiano Ribeiro, idealizador e proprietário do Cinema São Luiz. A programação ainda se estendeu por um mês, tendo projeção de filmes diariamente.
O edifício possui um hall, cujas escadarias têm piso e revestimento em mármore de Carrara, além de três grandes lustres de cristal importados da antiga Tchecoslováquia. Tem Tombo Estadual segundo a Lei nº 9.109, de 30 de julho de 1968, através do decreto nº 21.309, de 13 de março de 1991. A edificação passou por algumas modificações para acompanhar as inovações tecnológicas, como a implantação de equipamento de som mais moderno.
O edifício possui um hall, cujas escadarias têm piso e revestimento em mármore de Carrara, além de três grandes lustres de cristal importados da antiga Tchecoslováquia. Tem Tombo Estadual segundo a Lei nº 9.109, de 30 de julho de 1968, através do decreto nº 21.309, de 13 de março de 1991. A edificação passou por algumas modificações para acompanhar as inovações tecnológicas, como a implantação de equipamento de som mais moderno.
Em 1995 o São Luiz passa a ser o espaço de apresentação do Cine Ceará. É também o principal espaço de outros festivais de cinema que ocorrem em Fortaleza.
Atualmente está arrendado à Fecomércio (Federação do Comércio do Estado do Ceará). O referido cinema sofreu com a concorrência das modernas salas de projeção dos shoppings centers e com a desvalorização do centro da cidade. Desde Outubro de 2005, o Centro Cultural é palco de Festival de Jazz e Blues e de shows, além das típicas exibições de filmes.
O Grupo Severiano Ribeiro é uma empresa de exibição de filmes de cinema do Brasil. Atualmente possui 215 salas de cinema, distribuídos em 35 complexos de exibição que totalizam aproximadamente 46.568 poltronas. Está presente em 16 cidades de 10 Estados do país, e utiliza a marca Kinoplex para a rede de cinemas multiplex do grupo.
O grupo surgiu nas mãos de Luiz Severiano Ribeiro, em Fortaleza no ano de 1917 com a inauguração do Majestic, primeiro grande cinema da cidade. Posteriormente mudou-se para o Rio de Janeiro, alugando um palacete de três andares para sua morada. logo associa-se à Metro-Goldwyn-Mayer. Pelo acordo, a companhia americana fica responsável pelas reformas das casas e fornecimento de filmes, enquanto a empresa brasileira ficava a cargo do arrendamento e administração dos cinemas. O primeiro cinema próprio foi o Cine Odeon, no Centro do Rio. Depois veio o Cine Palácio, tendo sido este o primeiro cinema carioca a exibir um filme com som.
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O Grupo Severiano Ribeiro é uma empresa de exibição de filmes de cinema do Brasil. Atualmente possui 215 salas de cinema, distribuídos em 35 complexos de exibição que totalizam aproximadamente 46.568 poltronas. Está presente em 16 cidades de 10 Estados do país, e utiliza a marca Kinoplex para a rede de cinemas multiplex do grupo.
O grupo surgiu nas mãos de Luiz Severiano Ribeiro, em Fortaleza no ano de 1917 com a inauguração do Majestic, primeiro grande cinema da cidade. Posteriormente mudou-se para o Rio de Janeiro, alugando um palacete de três andares para sua morada. logo associa-se à Metro-Goldwyn-Mayer. Pelo acordo, a companhia americana fica responsável pelas reformas das casas e fornecimento de filmes, enquanto a empresa brasileira ficava a cargo do arrendamento e administração dos cinemas. O primeiro cinema próprio foi o Cine Odeon, no Centro do Rio. Depois veio o Cine Palácio, tendo sido este o primeiro cinema carioca a exibir um filme com som.