Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

sábado, 12 de junho de 2010

Escola de Jesus, Maria, José


Foto de 1925

RUA CORONEL FERRAZ - ESCOLA DE JESUS, MARIA, JOSÉ

A Escola de Jesus, Maria, José, consagrada aos meninos desvalidos, teve construção iniciada em 14 de setembro de 1902 e inaugurada no dia 22 de janeiro de 1905, sob os auspícios de Dom Joaquim José Vieira, Bispo do Ceará.

A foto antiga, que data de 22 de janeiro de 1905, dia da inauguração do estabelecimento, conseguimos através de cartão postal da época, propriedade da "Libro-Papelaria Bivar". Devido à quantidade de pessoas que estão em frente ao prédio, não nos é possível ver o muro com grades de ferro que havia então e que hoje não mais existe.

A casa ainda existe, como pode ser vista na segunda foto, mas sem o muro da frente, como já foi dito acima. A casa já foi Serviço de Profilaxia, Cine Paroquial, auditório da Rádio Assunção Cearense, que tinha seus estúdios vizinho, pela rua Visconde de Sabóia, Organizações O Gabriel, a Marcosa, firma de venda de equipamentos pesados para agricultura, como tratores e depois funcionou a Escola Nossa Senhora Aparecida.

Vemos em frente a curva dos trilhos dos bondes de tração animal que faziam a linha do Outeiro (atual Aldeota), vindo do centro da Cidade pela atual Rua Sobral, passando em frente ao Palácio do Bispo (hoje Paço Municipal), entrando na Rua São José, dobrando na Rua Visconde de Sabóia, Coronel Ferraz, que é esta da foto e seguindo pela Avenida Santos Dumont.

As diferenças entre as fotos são basicamente as mesmas das demais ruas já mostradas aqui no blog: calçamento substituído pelo asfalto, advento do meio-fio, iluminação pública elétrica, postes de concreto, sinalização de trânsito e também a presença nefasta dos grafiteiros, além dos aparelhos de ar condicionado.

Bonde de tração animal passando entre a Escola Jesus, Maria José e a Igreja do Pequeno Grande - Arquivo Nirez

Foto de Ricardo Sabadia


Detalhe da entrada da Escola - Foto de Ricardo Sabadia

Hoje, o prédio corre risco de desabamento, alerta a Defesa Civil - Arquivo O Povo

Fatos Históricos

*14/setembro/1902 - Lançada a pedra inicial do Colégio Jesus Maria José, destinado aos meninos pobres, na Rua Coronel Ferraz nº 120.

*22/janeiro/1905 - Inaugura-se, em Fortaleza, a Escola Jesus Maria José sob os auspícios de Dom Joaquim José Vieira, para os meninos desvalidos, dirigida por irmãs de Caridade.
A construção se iniciou em 14/09/1902, na Rua Coronel Ferraz ao lado da Igreja do Pequeno-Grande, compreendendo todo o quarteirão da Rua Visconde de Sabóia até a Rua do Pocinho.
Depois, funcionou no prédio, o Serviço de Profilaxia, o Cine Paroquial, a Rádio Assunção Cearense, Organizações O Gabriel, a Marcosa e por último, a Escola Nossa Senhora Aparecida.

*1980 - A Escola Nossa Senhora Aparecida, fundada em 1963, muda-se para o prédio da antiga Escola Jesus Maria José, na Rua Coronel Ferraz nº 120, sendo transferida da paróquia do Cristo Rei passando a pertencer à Paróquia da Catedral.



Saiba Mais


Durante os primeiros anos do século XX, devido às constantes secas e à falta de recurso do Estado, coube ao bispado cearense dar conta da educação e da evangelização de grande número de crianças desvalidas. Para tanto, inicia a construção da Escola Jesus, Maria e José em 14 de setembro de 1902, sob a atenção de Dom Joaquim José Vieira, 2º Bispo do Ceará, sendo inaugurada em 22 de janeiro de 1905 e dirigida por irmãs de caridade da congregação de São Vicente de Paulo: “O mais belo patrimônio moral das nossas tradições”.

A referida escola nasce para implementar, através da educação infantil, um modelo de orientação moral e de atuação do sacerdócio no Ceará. Em regra, essa era uma prática comum de religiosos em busca de aceitação e prestígio; prova disso é que lá o ensino era baseado no estudo prático da escrita, da matemática, da leitura, voltada para as artes e ofícios, e o aprendizado das “instruções religiosas”. Com isso, tais religiosos, apoiados pelo governo, listam a Escola Jesus, Maria e José entre os primeiros prédios construídos para atender demandas escolares, pois, segundo Plácido Castelo, a normatização desse tipo de edificação acontecerá apenas em 1905, embora existissem o Liceu (1845) e a Escola Normal (1884).

O prédio da escola foi tombado em 05 de dezembro de 2007


Fonte: Portal do Ceará/Gildácio Sá/http://www.fortaleza.ce.gov.br/

Estádio Presidente Vargas - O P.V.


Presidente Vargas - Anos 40

Falarei hoje sobre o Estádio Presidente Vargas, mais conhecido como PV.
O estádio sedia principalmente os jogos do Fortaleza, Ceará e Ferroviário.
Está localizado na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 1187.
O estádio Presidente Vargas foi construído no ano de 1941 com instalações "super modernas" para a época. O P.V. era murado, tinha arquibancadas de madeira, cerca (também de madeira) separando o campo das torcidas e, a grande maravilha, um gramado (até então todos os campos na cidade de fortaleza ao invés de gramado tinham barro batido que era molhado antes das partidas). O estádio foi inaugurado oficialmente em 14 de setembro de 1941, mas a primeira partida ocorreu uma semana depois, em 21 de setembro com o jogo Ferroviário 1 x 0 Tramways-PE, sendo o primeiro tento do estádio marcado pelo jogador coral Chinês, aos 20 minutos do primeiro tempo.


Primeiro gol do Estádio Presidente Vargas, feito por Chinês - Acervo Airton Fontenele

Hasteamento da bandeira no antigo PV - Acervo Airton Fontenele

O maior público já registrado foi de 38.515 pagantes, no jogo Ferroviário 1 x 1 Ceará, no dia 7 de maio de 1989, mas há registros de um público de 41.099 pagantes no jogo Ceará 0x1 Corinthians pelo Campeonato Brasileiro de 1971 porém não há confirmação de que esse tenha sido o público oficial.

Ceará e Ferroviário - Anos 60 no P.V.

Atualmente, devido à reformas no estádio e às normas de segurança mais rígidas, a capacidade do PV foi reduzida para 22.000 espectadores.
De setembro a novembro de 2005, o PV ficou interditado para a realização de uma série de melhorias. Os precários degraus de acesso às arquibancadas foram demolidos e substituídos por rampas. Houve também a reforma dos vestiários e dos banheiros, além da adequação do sistema de prevenção de incêndio às normas do corpo de bombeiros. Atualmente o PV está interditado para reformas em virtude da segurança do estádio que de acordo com o Ministério Público está comprometida estruturalmente, a previsão de reabertura é para esse ano (2010).
O PV teve suas arquibancadas em cimento na década de 60. Para 2014, o estádio servirá para treinos para a Copa. Atualmente passa por reforma, padrão FIFA, 20 mil lugares assentados.

Foto de 1972

Requalificação do PV estabelece padrão de segurança e conforto

O lançamento do edital para a reforma do estádio Presidente Vargas (PV) é mais uma etapa no processo de requalificação daquela praça esportiva pautado por um princípio básico: o respeito à vida dos torcedores. Foi em nome da segurança que a Prefeitura fechou o PV e há 19 meses tem trabalhado para elaborar o melhor projeto para que o PV volte a receber jogos não só do Campeonato Cearense, mas também de torneios nacionais como a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Após a reforma, o estádio também estará adequado a servir de apoio, como campo de treinamento, para a Copa do Mundo de 2014. O tempo despendido com os estudos para avaliar o estágio de degradação será compensado na execução da obra, porque o projeto de reforma, que inclui a recuperação e reforço das estruturas e a modernização das instalações, está estruturado para agilizar ao máximo o trabalho da construtora que vier a vencer a licitação. Desta forma, a reforma que foi iniciada em janeiro de 2010 cumprirá o prazo estipulado de oito meses e resultará numa obra de qualidade, uma marca da Gestão Fortaleza Bela. E Fortaleza vai receber um novo PV, com capacidade para 20 mil pessoas, que atende às normas de segurança em dois aspectos principais. O primeiro é a resistência da estrutura de concreto às vibrações causadas pelo público. As fundações serão recuperadas e reforçadas. O segundo diz respeito aos fluxos de acesso e evacuação adequados. Serão eliminadas as escadarias, que darão lugar a rampas. O conforto de quem frequentar o estádio também estará garantido. Novos banheiros, bares e assentos individualizados são algumas das características do novo PV. E uma novidade de alto valor simbólico. O espaço dos bares e sanitários será construído como uma espécie de rua, ficando aberto ao público em dias normais como espaço de lazer e garantindo uma interação ainda maior da comunidade do entorno com o PV.


Estádio Municipal Presidente Getúlio Vargas em 1957- Ceará 0 x 1 Gentilândia, quando este sagrou-se campeão. Fonte Livro: História do Campeonato Cearense de Futebol - Nirez de Azevedo.

PV anos 60 desfile do grupo de árbitros


Postal dos anos 80 do Presidente Vargas

Tradição e modernidade convivem no novo estádio

Um novo PV, mas que vai preservar duas marcas registradas do estádio. O pórtico de entrada e as torres de iluminação permanecem. A entrada da rua Marechal Deodoro com sua fachada em art-déco é um patrimônio arquitetônico do Bairro Benfica e a sua preservação foi uma determinação da prefeita Luizianne Lins desde o começo das discussões sobre a reformulação do PV. No projeto de modernização, três entradas serão acrescentadas ao estádio dentro da proposta de maior acessibilidade à área interna. Os estudos sobre a conservação do estádio apontaram que as torres funcionam bem e não há motivos para substituí-las. No restante do PV a marca será a modernidade. Não apenas visual. Instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias serão completamente novas, partindo do zero. Assim como as cabines de imprensa. Para a instalação dos assentos individuais e numerados, os degraus das arquibancadas serão alargados acrescentando a elas quatro degraus, que garantem uma maior aproximação do campo e, consequentemente, uma melhor visibilidade. Além disso, dois trechos do estádio serão cobertos. Com as alterações, o PV estará totalmente adequado ao Estatuto do Torcedor e ainda poderá receber outros tipos de eventos, além do futebol, dentro da perspectiva atual de que os estádios transformem-se em arenas multiuso.


Programação de investimentos de Fortaleza para Copa recebe aval da FIFA

O parecer é da própria Fifa: Fortaleza é a capital que apresenta o melhor plano de investimento entre as 12 cidades brasileiras selecionadas para sediar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O trabalho em conjunto das equipes da Prefeitura e do Governo Estadual resultou numa Programação Sistêmica de Investimentos para a Copa que engloba projetos já em curso, a exemplo do Transfor (municipal) e o Metrofor (estadual), e novos empreendimentos, como a reforma do Castelão (estadual), a duplicação do aeroporto internacional Pinto Martins (federal) e a ampliação das avenidas do entorno do Castelão (municipal). Esses projetos demonstram a integração entre as políticas públicas municipal e estadual. Para a Fifa, além da qualidade das praças esportivas, a mobilidade urbana tem um peso considerável na análise dos projetos. Sua principal exigência é que os deslocamentos urbanos sejam feitos de maneira ágil e segura. Os projetos do Transfor e do Metrofor atendem a essa demanda. Além dos Estádios e do Transporte e Logística, a Programação Sistêmica de Fortaleza divide-se em outros quatro eixos Meio-Ambiente e Saneamento Básico, Segurança, Saúde, Energia e Telecomunicações, e Turismo.

Fachada preservada e tombada como antigamente



Treinos para a copa de 2014


Projeto novo estágio Presidente Vargas padrão FIFA - Que servira para treinamentos e amistosos de seleções Fonte: Prefeitura de Fortaleza


O charme que só o PV tem - Por Geraldo Accioly (Titular da Coordenadoria de Projetos Especiais, Relações Institucionais e Internacionais (Cooperi) e Controlador Geral do Município de Fortaleza.)

As arquibancadas e o gramado do Presidente Vargas contam uma história de gols e golaços. Vitórias dramáticas e goleadas históricas. Rivalidades figadais e camaradagem. Cânticos de vitória e choros de derrota. As arquibancadas e o gramado do PV contam a história dos últimos 68 anos do futebol cearense. Ceará, Fortaleza e Ferroviário são personagens fundamentais do estádio fundado em 1941. Mas outros clubes também se destacaram em campo, inclusive nacionais, como Flamengo, Botafogo, São Paulo e Palmeiras. Até o Rei Pelé jogou no PV. Menino ainda, mas já campeão mundial, o craque do Santos disputou um amistoso contra o Fortaleza em 1959, que acabou 2 x 2.

1968 - Marta Brayde, rainha do futebol do CE, entregando ao rei Pelé um buquê de flores antes do jogo entre Santos e Ferroviário

E os demais times cearenses também contabilizam suas conquistas. Inclusive, um clube nascido no próprio Bairro Benfica que abriga o PV, o Gentilândia Atlético Clube. Fundado em 1934, portanto antes mesmo da inauguração do estádio, o Gentilândia triunfou no campeonato de 1956. Infelizmente, na década seguinte o clube foi desfeito. Aliás, muito do carisma do PV vem da sua relação com o Benfica. Quem anda pelo entorno do estádio sente a presença do futebol nas calçadas, casas e estabelecimentos comerciais. É uma bandeira do Ceará pendurada numa varanda, um escudo do Fortaleza pintado numa fachada ou um torcedor solitário passando vestido com a camisa do seu time de coração, cearense ou nacional. Com certeza, todos fortalezenses estão com saudade do sábado ou domingo à tarde no PV, não apenas os moradores do Benfica. Em 2010, eles vão matar essa saudade. E o que é melhor: vão ganhar um estádio moderno e seguro, mas com o charme que só o PV tem será preservado.

Gentilândia clube 1957, no PV

Curiosidades:

O Campo do Prado perdeu importância a partir de 1941, com o surgimento do Presidente Vargas. "As arquibancadas do campo, na época de madeira, foram levadas para o PV"

Uma vila olímpica no prado

Depois de quase 90 anos de sua fundação, o Campo do Prado, primeiro estádio do futebol cearense, deixará de existir. A área será um parque olímpico. Até o momento, nenhuma homenagem ou menção de despedida foi programada.
O primeiro estádio de futebol do Ceará está prestes a sair de cena de forma silenciosa. A um passo de ter seus últimos metros de grama e de arquibancada retirados para a construção de um moderno parque olímpico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), o Campo do Prado não terá nem uma homenagem de despedida. O curioso é que o portão de entrada da obra fica a poucos metros da sede da Federação Cearense de Futebol (FCF) - no bairro Gentilândia, em Fortaleza, que não planeja nenhuma menção ou homenagem para o local que já foi a praça esportiva onde foram realizadas as primeiras competições oficiais do Estado. "Não nos programamos para nenhum tipo de homenagem ao estádio, embora a gente lamente muito e reconheça a importância história do Prado para o nosso esporte", admite o presidente da FCF, Mauro Carmélio. Um desfecho que nada se compara aos tempos de glamour do estádio, construído em 1913 e que foi palco dos jogos do Campeonato Cearense entre as décadas de 1910 e 1940. Desde então, o Campo do Prado, chamado assim porque recebia também corridas de cavalo, nunca mais foi o mesmo. Primeiro porque nessa época perdeu espaço para o recém-construído Presidente Vargas (PV). Logo em seguida, o terreno do estádio foi incorporado pela então Escola Técnica Federal do Ceará, que depois virou Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Na década de 1970, para atender à expansão da instituição de ensino, o Campo do Prado teve suas dimensões reduzidas para 85x42 metros e para se ter uma ideia, um campo de jogos internacionais varia entre 110x75 metros e 100x64 metros. Em 2009, quando o Cefet ascendeu a Instituto, cresceu o sonho de ampliar ainda mais a estrutura esportiva da instituição, com a liberação de R$ 1,8 milhão pelo Governo Federal. Depois de licitada, a obra do Centro Poliesportivo do Instituto começou há pouco mais de um mês. "Eu jamais cederia a área que um dia foi o Campo do Prado, que foi tão importante para nosso futebol, se não houvesse um consenso entre alunos e professores do Instituto. Fizemos uma consulta e todos estão empolgados, pois poderemos sonhar com grandes conquistas e muitos novos atletas formados", comenta o coordenador de esportes do IFCE, Cléber Lopes.

E mais, o projeto de construção do Centro Poliesportivo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que ocupa hoje a área que um dia foi o Campo do Prado, é ousado. Uma parte do terreno será usada para construção de um campo society (para cinco jogadores de linha), uma quadra indoor (para esportes coletivos), um ginásio coberto, uma piscina de hidroginástica e uma pista de atletismo. A outra área servirá para surgimento de um prédio com sala de musculação, fisioterapia, clubes de xadrez, sala de judô, laboratórios e salas para aulas teóricas e práticas de educação física. A previsão é de que as obras estejam prontas até setembro.


Em 1913 foi construído o primeiro estadio do CE, o Campo do Prado. 

Lembranças dos bons tempos

Quem jogou ou viu jogos no antigo Campo do Prado um dia nunca esquece. O historiador Airton Fontenele, 83, conta que presenciou grandes jogos e cenas inusitadas no estádio. Ele revive uma das histórias: "O Bahia veio fazer uma temporada aqui em Fortaleza e pegou o Ceará. O primeiro tempo foi 4 a 0 para o Bahia. No intervalo, descobriram que, no meio da torcida, todo de paletô, estava o goleiro Pintado, que foi ídolo do time e veio visitar a família aqui. Convenceram o homem a ir para o jogo. Ele trocou de roupa e foi mesmo. Fechou o gol no segundo tempo e saiu de campo nos braços dos torcedores, aclamado". O ex-jogador Zé Cândido Silveira, 88, garante que viveu um jogo inesquecível no Campo do Prado. "A primeira partida do Campeonato Cearense de 1940 foi Ferroviário e Penarol, meu time na época. Para surpresa de todos, nós vencemos por 4 a 3. Ninguém acreditou, porque o Ferrim era imbatível, um time espetacular", conta ele, que no Prado jogou ainda pelo Maguary e São João.

Prado em tarde de jogo entre Ceará e Maguary, em 05 de junho de 1927




crédito: Acervo do filme Historia Viva do Futebol Cearense 
(publicado no jornal Diário do Nordeste), 
O Povo, Nirez, Ercio Flavio, Pedrinho Simões, revista Manchete, 
Wikipédia, Edimar Bento e pesquisas na internet


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fortaleza no séc. XIX

Visão panorâmica da Estação central João Felipe



Sociedade Cearense Libertadora, fundada em 1880. Na foto, Francisco Nascimento, o Dragão do Mar, aparece em pé, o segundo da direita.


Praia de Iracema, fim do século XIX


Planta de Fortaleza - 1888 (A. Herbster)


Movimento de carroças na Estacão Central, final séc. XIX


Estacão João Felipe, final do séc. XIX


Anos 1880; presidente da provincia do CE, Caio Prado e seus amigos na chácara do livreiro Gualte.


1899 - Rua Floriano Peixoto


Crédito: Fortal

Casa do estudante - CEC


ORGULHO DE SER CEQUIANO!!!


Início das obras. Jornal do Estudante de 1936.
Acervo Renato Pires
"Ser cequiano é fazer parte de ex-morador e morador da Casa do Estudante do Ceará, que fica na Rua Nogueira Acioly, Bairro Meireles, perto do Coração de Fortaleza. Fui morador desta Casa durante 5 anos da minha Juventude. Entrei em junho de 1996 para fazer os meus preparativos para a UFC. Lá fiz muitas amizades, como os estudantes divertidos de Várzea Alegre, amigos como os da Serra Grande. Mas, foi com um amigo de Hidrolândia que fomos irmãos, estudamos muito. Muitas noites até 5 hora da madrugada. Lá tive contatos com o Movimento Estudantil de Fortaleza. Fiz muitas amizades também. Em 2000 passo para ser Estudante da Escola Técnica para o Curso de Turismo, naquele momento a Escola passava a ser Centro Federal de Educação (CEFET) e agora é Instituto Federal de Educação. E fiquei morando e estudando para o Vestibular da UFC e Turismo CEFET


Início das obras. Acervo Renato Pires
Em 2002 passo no Vestibular de Filosofia da UFC. Saí para a Residência UFC em 2002. Foi tempos maravilhosos. Amigos... amigas... Saudades... Jardim, Tabuleiro, Catarina. Milagres, Barbalha, Sobral, Crateús, Canindé, Juazeiro, Potiretama, Hidrolândia, Ipueiras, Pacujá e muitas outras cidades do Ceará. Estavam lá os estudantes do Ceará. Fomos muitas vezes lutar por melhores condições para a nossa Casa. Lembro da nossa ida à Câmara Municipal de Fortaleza e Assembléia do Ceará. E hoje a História se repete... Até quando vamos ter uma casa independente com recursos próprios... Quero aqui, desejar vida longa a Casa do Estudante do Ceará. Solidariedade...Casa do Estudante, um Direito que se conquista...
CANIDIA como era conhecido por todos cequianos. "


Danúsio Almeida



A Casa do Estudante é um importante equipamento dentro da realidade educacional do Estado. Sua pedra fundamental foi lançada em 11 de agosto de 1934, projeto do competente arquiteto Emílio Hinko. A casa foi inaugurada em 11 de agosto de 1958. Sua sede localiza-se à rua Nogueira Acioly. Desde o início de seu funcionamento, a CEC tem prestado relevantes serviços à educação de nosso Estado, abrigando em suas dependências estudantes vindos do interior, oriundos - em sua grande maioria - de famílias carentes.


Casa do Estudante em 1950
Pela CEC passaram nomes ilustres de nosso Estado, tais como os deputados Barros Pinho e Raimundo Macêdo e o ex-prefeito Evandro Aires de Moura. O que deveria ser motivo de orgulho para os cearenses é hoje, na verdade, o retrato perfeito da carência educacional da juventude brasileira. A situação da CEC é de total abandono por parte das autoridades estaduais. Os estudantes residentes vivem em situação extremamente precária.

As condições estruturais da CEC são as piores possíveis. Os sistemas hidráulico e elétrico da Casa estão completamente danificados. Não existem funcionários e nem material para fazer a limpeza do local. Deste modo, os estudantes têm de se cotizar para comprar o mínimo necessário, além de articularem escalas de serviços para que eles mesmos realizem estas tarefas. Há ainda necessidade de recuperação e atualização da biblioteca, quadra de esportes, informatização.



Estas condições obrigaram alguns estudantes a regressar às suas cidades de origem por não poderem se manter.Este problema porém não deveria existir. Existe toda uma legislação que obriga as entidades estudantis a repassarem 20% dos valores arrecadados com a emissão de carteiras de estudante para a Casa do Estudante do Ceará. Atualmente, a Lei 7.489, de 30 de dezembro de 1993, que estabelece normas para fiscalização da emissão das carteiras estudantis, em seu artigo 13, é taxativa: "fica assegurada à CEC o repasse de 20% sobre o valor de custo da identidade estudantil dos secundaristas". Esta lei é de autoria do vereador Idalmir Feitosa, com nossa contribuição através de várias emendas, que permitiram garantir os direitos dos estudantes.
Infelizmente, as entidades estudantis não a cumprem. Esses repasses, devidos legalmente, certamente mudariam a situação de penúria em que vivem os moradores daquela casa estudantil.

A Casa do estudante pede socorro. Seriam necessários hoje, dentro dos tristes padrões nos quais vivem a educação cearense, um esforço conjunto - Estado, associações estudantis e mesmo outras entidades da sociedade civil - para viabilizar o funcionamento em condições mínimas da CEC. É o mínimo que se pode fazer em prol da única instituição que se preocupa com o futuro dos alunos do nosso interior.


Dificuldades na Casa do Estudante

Funcionários demitidos, restaurante fechado, racionamento de energia elétrica, falta de dinheiro para pagar as contas. São muitas as dificuldades que enfrenta a casa do estudante por falta de recursos.


75 anos de história, 120 moradores. Todos do interior do estado. A única fonte de renda da casa do estudante vem dos 20% da confecção das carteiras de estudante. A decisão da Prefeitura de revalidar os documentos de alunos da rede pública acabou em prejuízo, segundo o presidente da Casa do Estudante, Daniel Monteiro.
A Prefeitura foi procurada e a resposta não agradou.
A situação ficou tão grave que os estudantes contam que já organizaram apagões para economizar energia elétrica. Demitiram quatro funcionários, o restaurante está fechado desde o começo do ano e a tão sonhada reforma da casa vai ser mais uma vez adiada.
Enquanto isso, os estudantes se revezam nas atividades.
A estudante Zilma Costa, de Juazeiro do Norte, mora na casa há sete anos. Ela disse que não é a primeira vez que o local passa por crises, mas dessa vez é diferente.
Segurança e alimentação são por conta dos estudantes. Cada um por si, mas quem será por todos?
O coordenador, Afonso de Souza, informou que o processo de revalidação das carteiras estudantis do município é um processo irreversível. E que a casa do estudante deve procurar parcerias com outras entidades para aumentar a arrecadação.
Tv verdes mares


Entidade sempre passou por dificuldades

Fundada em 1934, a Casa do Estudante abriga estudantes do Interior do Ceará que não têm família na Capital, nem condição de se sustentar enquanto estão na universidade. Apesar da capacidade para 180 moradores, somente 130 vagas estão ocupadas por conta da escassez de recursos. Segundo o presidente da Casa, doações são raras. Por isso, a administração pretende realizar também campanhas de arrecadação de alimentos.

Durante os último anos, a Casa do Estudante do Ceará ganhou a imagem de ser palco de festas e bebedeira. Mas desde o ano passado, moradores vem mudando esse perfil. Houve a proibição do consumo de bebidas alcoólicas e da realização de festas no ambiente.

Diário do Nordeste







A casa do estudante completará 76 anos em 2010

O local serve de moradia para adolescentes e jovens vindos do Interior do Estado e abriga 164 estudantes secundaristas e universitários. Para o atual presidente da casa, Daniel Monteiro, a instituição tem prestado um importante serviço à sociedade. Ele lembra que nomes conhecidos da sociedade cearense, como o jornalista Edilmar Norões e o deputado federal Eunício Oliveira, já moraram no local. Ao longo de sua história, a Casa passou por muitas dificuldades para se manter. Atualmente, Daniel Monteiro comemora o funcionamento de um laboratório de informática no local. Mas diz que a instituição precisa de doações de livros para a biblioteca e de ajuda para reformar sua estrutura. Uma exposição, com fotos e documentos do movimento estudantil, abriu as comemorações dos 73 anos em 2007.

Diário do Nordeste



A única fonte de receita da casa vem da confecção da carteira de estudante dos ensinos fundamental e médio de Fortaleza, mas desde o ano passado, a Prefeitura optou por não confeccionar novas carteiras. Por este motivo, o restaurante da casa teve que ser fechado. Apesar das dificuldades, os estudantes tem esperança de que alguma coisa melhore.
Estudar é um direito. Dar abrigo ao estudante, também. A queixa é sempre a mesma: falta de apoio. Junto com Samuel, outros 119 jovens moram na Casa do Estudante. Filhos do interior que largam a família e vem para a capital tentando ser alguém na vida, apostando nos livros. Os pais não vão gostar nada de saber que estão em dificuldades. Falta dinheiro para as despesas básicas. O restaurante está fechado desde maio. Os recursos que vinham de arrecadações com a carteira de estudante foram reduzidos mais da metade. Problema é o que não falta, desde que foi construída a Casa do Estudante.
A ideia é criar a Associação dos Ex-moradores da Casa do Estudante, um antigo sonho. Juntos, a nova e a velha geração da Casa do Estudante.



Tv verdes mares



Casa do estudante terá novo jardim

A Casa do Estudante, terá um novo jardim a ser inaugurado a partir desta sexta-feira (11). No local terão mais de 2.000 mudas de plantas nativas do Ceará – como a carnaúba, coco catolé e a grama gengibre – além de outras árvores do Nordeste e da flora brasileira.

A Casa do Estudante, fotografada do 7° andar do Hospital São Camilo (Cura d'Ars), na Nogueira Acioly.
 Foto Mary Viana
De acordo com o engenheiro agrônomo e doutor da área, José Wilmar da Silveira Neto, o objetivo é preservar a flora cearense. “As pessoas querem decorar jardins com plantas invasoras, de outros países, e esquecem que a flora brasileira, as nossas plantas do Ceará além de deixar um ambiente mais bonito ainda podem dar frutos, como palmeira coco catolé”, diz o engenheiro. De acordo com José Wilmar, a cera da carnaúba, por exemplo, é exportada para outros países a altos custos. Na Alemanha, o quilo da carnaúba pode chegar a R$ 20 mil.

Todo o projeto paisagístico e a doação das plantas foram realizados pela Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização de Fortaleza (Emlurb).

Demais reformas no local

Além da preocupação com o meio ambiente, a Casa do Estudante modernizou todo o espaço dos jardins com 10 novos bancos feitos de marmorite (mármore pedra), 28 jarros de plantas ornamentais e pintura do piso do pátio. A idéia é transformar os jardins num espaço de leitura, lazer e entretenimento.

Monique Oliveira



Créditos: Tv Verdes Mares, Diário do Nordeste e pesquisa na internet

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