terça-feira, 13 de julho de 2010
Casarões que resistem ao tempo
Manoel de Oliveira Paiva - A inspiração
Absolvição de Marica Lessa
Maria Francisca de Paula Lessa (Marica Lessa), conhecida no romance como Dona Guidinha do Poço, era uma rica senhora que detinha sob seus poderes grandes fazendas no município de Quixeramobim, no século passado. Era casada com o Coronel Domingos Vítor de Abreu Vasconcelos (...) a primeira pessoa a inaugurar a cadeia pública do munícípio. Segundo alguns autores, o prédio tinha sido construído por ela.
Graça Braga levanta a tese contrária aos resultados das investigações sobre a tragédia, de que Dona Marica Lessa não haveria mandado matar o marido.
Graça Braga lança seu terceiro romance, “Absolvição de Marica Lessa”, onde vislumbra a possibilidade de reverter um crime histórico que movimentou o Sertão Central cearense a 150 anos. Nascida em Quixeramobim, a escritora conta que sempre foi fascinada pela história de sua conterrânea, uma latifundiária condenada a 30 anos sob a acusação de ser mandante do assassinato do ex-marido.
FICÇÃO LIBERTÁRIA
Pode sim a ficção transformar a realidade. Os exemplos são muitos, no terreno da literatura, do teatro, do cinema. Em geral, a intenção dos recriadores é desvendar alguns aspectos mais simpáticos da biografia de seus assuntos. Com a escritora Graça Braga, não foi diferente. Conhecendo a história da sua conterrânea desde os treze anos, a escritora tratou de dar-lhe um alento que ela teve, após ser acusada e condenada por um crime. Uma história que manchou o passado da pequena Quixeramobim, há 150 anos. Tempo em que seu filho mais ilustre, Antonio Conselheiro, era apenas um afilhado da personagem redimensionada por Graça Braga no romance histórico “Absolvição de Marica Lessa” (...)
Para recontar a história dos dias mais terríveis da vida de Maria Francisca de Paula Lessa, mais conhecida como Marica Lessa, Graça Braga percorreu algumas dimensões do tempo e do espaço. Foram sete anos de pesquisa, entre jornais, referências bibliográficas e depoimento orais, recuperados na própria Quixeramobim. Mas o interesse pelo assunto foi despertado ainda em sua adolescência, quando a escritora percebeu a possibilidade de proporcionar uma nova chance à latifundiária, invejada e abandonada por quase todos os seus conterrâneos, como uma vítima da ignorância e do machismo de uma sociedade.
Herdeira do Capitão-mor José dos Santos Lessa, Marica foi educada com os brios de uma formação rigorosa. Generosa com os muitos retirantes que se deslocavam pelo Sertão Central, Marica era invejada por sua discrição e suas maneiras finas. Segundo Graça Braga, a tragédia de sua vida tem início em 1827, quando ela é desposada por um aventureiro, o Coronel Domingos Vítor de Abreu Vasconcelos. O casamento de interesse logo trouxe decepções e o desquite, pedido pelo próprio “coronel”, sob a falsa alegação de adultério.
Com metade dos bens herdados por Marica, Domingos Vítor vivia esbaldando os recursos obtidos graças à sua conquista, também gastos para sustentar os luxos de sobrinhos, vindo de Pernambuco e que diziam ser um parricida fugitivo. As coisas estavam nesse estado, até que um afilhado de Marica, Manoel Ferreira do Nascimento, conhecido apenas como Corumbé, assassinou o novo latifundiário. Diante do temor de ser enforcado, sua única reação era repetir o nome da madrinha, na esperança de que fosse salvo por ela.
Coadunado com a polícia, Antonio da Silva Pereira, o sobrinho do Coronel, acabou propagando que Marica era a mandante do crime atiçando na população a ira contra a senhora que não tinha mais ninguém que lhe valesse os interesses. Apenas uns poucos empregados e amigos, ousaram transgredir o clima de acusação que levou a latifundiária a ser conduzida, de maneira humilhante, de sua fazenda à cadeia pública, construída com seus próprios recursos. Entre os que se mantiveram fiéis a Marica Lessa estava o futuro beato que construiria o Arraial de Canudos, Antonio Mendes Maciel, seu afilhado.
Condenada antes de seu inquérito, Marica Lessa mantinha uma atitude de placidez, diante das acusações que lhe foram feitas sem qualquer critério, “Não se sabe qual a razão de tanto silêncio. Na realidade, Marica era uma mulher forte do sertão que possuía os seus meios de defesa com um sentimento de orgulho e integridade” descreve Graça.
Sua obra não é a primeira a narrar as desventuras de Marica Lessa. Bem antes, Manoel de Oliveira Paiva inspirara-se em sua história, oficial, para produzir “Dona Guidinha do Poço”, lançada apenas em 1952. Agora, Graça Braga redimensiona o episódio, livrando Marica de sua condenação a 30 anos e seu desterro final, como mendiga pelas ruas de Fortaleza. “Em momento algum, prova-se que ela foi a mandante do crime. Mas esse era a lógica da sociedade machista de Quixeramobim”, diz.
Graça Braga conta que aprofundou sua pesquisa inclusive nos estudos jurídicos. “Durante seis meses assisti a vários julgamentos”, conta a escritora que coloca-se como a advogada de defesa de Marica, absolvendo-a, finalmente, de todas as suas seculares acusações. O romance foi escrito entre 97 e 99, concluído sete anos de pesquisa. É às vésperas do século XXI que a “Princesa dos Poetas Cearenses”, membro da Academia Feminina de Letras Municipais do Estado do Ceará, liberta a latifundiária, através das armas de “uma perspectiva feminina e ficcional”.
MEDO E CONDENAÇÃO
“Uma voz unânime surgia do meio da multidão gritando pelo nome Corumbé. O rapaz, ao presenciar a ferocidade daquela gente correndo ao seu encalço, procurou livrar-se da multidão, descendo a ladeira do Rio Quixeramobim. Corumbé imaginava ser ele um afilhado muito querido da Senhora, e sentindo o desespero na hora da acusação, queria chamar o nome de sua madrinha, pois não seria preso devido à grande influência político-econômica que ela detinha. E nesse cerco irremediável prenderam-no. Como era de hábito na vila, acontecia tudo assim muito rápido, a justiça era feita com as próprias mãos para atender as conveniências dos poderosos. (...) O rapazola (...) deixou para sempre a dúvida imensurável. Ficou o chuleado das palavras mal cozidas que levou a fazendeira Marica Lessa ao banimento e ao escárnio de um povo que coseu a sua própria condenação”.
A Absolvição de Marica Lessa
Esse livro é o romance de estréia da já laureada poetisa e jornalista Graça Braga. Em 20 de setembro de 1853, acontecia na Vila do Campo Maior, em Quixeramobim, um dos crimes de maior repercussão na história do nosso estado, chegando inclusive a incomodar autoridades da Corte Brasileira, inclusive o Imperador Pedro II.
Graça Braga através da pesquisa e da inventividade revisitou esse fato e escreveu Absolvição de Marica Lessa. O crime já havia sido inspirador para o romance “Dona Guidinha do Poço”, escrito por Oliveira Paiva e publicado apenas após a morte do autor.
Graça Braga levanta a tese contrária aos resultados das investigações sobre a tragédia, de que Dona Marica Lessa não haveria mandado matar seu marido. Há uma teoria de que Manoel Ferreira do Nascimento, vulgo Corumbé, seria o verdadeiro autor do crime, motivado por um desentendimento banal entre a vítima e o assassinato quando ainda criança.
Baseada nestes fatos, principalmente em documentos antigos, relatos orais e nos autos do júri da época, com perspicácia e intuição feminina, Graça Braga vislumbra a possibilidade de inocência de Maria Francisca de Paula Lessa.
No prefácio da obra está dito: “... a polêmica esta lançada, embora não seja pensamento da autora contradizer ou mesmo se opor a Oliveira Paiva. Os críticos literários, os juristas e, de uma maneira geral a população, que façam a análise dos acontecimentos e julguem a ré, ou melhor, a suposta co-autora do crime e lancem seus veredictos.”
O histórico líder messiânico de Canudos, Antonio Conselheiro, que era natural de Quixeramobim, foi afilhado de Marica Lessa. Ele, assim como a seca avassaladora do sertão também estão contidos no romance. Ali o leitor saberá como foi o julgamento, três anos após o crime; a viagem para Fortaleza, e por fim o júri simulado em 1999, em que a ré foi absolvida.
Somente o leitor pode julgar a história e Marica Lessa.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Manoel de Oliveira Paiva - A obra
Manoel de Oliveira Paiva - O Escritor
Biografia completa
Filho de João Francisco de Oliveira e de D. Maria Izabel de Paiva Oliveira nasceu a 12 de julho de 1861 em Fortaleza na então Rua Amélia, hoje Senador Pompeu, casa nº162. Estudou no Seminário do Crato e foi aluno da Escola Militar do Rio de Janeiro, que deixou em 1883, já doente de infecção pulmonar(tuberculose) a que sucumbiu. De colaboração com João Lopes e Antonio Martins escreveram A semana, crônica que o Libertador publicava aos sábados, assinada por Gil, Pery & Cia. É o autor de um romance com o titulo A afilhada, que foi publicado no rodapé do Libertador, como foram também uns sonetos seus sob o titulo Sons da viola. Zabelinha é um trabalho de propaganda abolicionista como muitos outros de Oliveira Paiva, entre os quais o panfleto intitulado Vinte e cinco de Março, de 25 p. de 1884. Em 1887, com João Lopes, Antonio Martins, Abel Garcia, José de Barcellos e José Olympio redigiu A Quinzena, propriedade do Club Literário, publicando nela vários contos como A corda sensível, O velho vovô, O ar do vento Ave Maria, A Paixão, De preto e de vermelho, A melhor cartada. No jornal Cruzada, da Escola Militar do Rio de janeiro, escreveu o romance Tal filha, tal esposa e uma serie de sonetos sob a epigrafe Transparencianas. Faleceu a 29 de Setembro de 1892, tendo desempenhado as funções de Secretario do Governo e de 1º oficial da Secretaria do Ceará. A Padaria Espiritual publicou em 9 de Outubro uma poliantéia com seu retrato e traços biográficos por Antônio Sales. Oliveira Paixa deixou um romance D. Guidinha do Poço, que foi publicado em 1899 na Revista Brasileira, Rio de Janeiro.
Sobre Manoel de Oliveira Paiva escreveu o seguinte Araripe Junior no Tempo, do Rio de Janeiro, em artigo sob titulo - Um romancista do norte:
"No momento em que as letras pátrias parecem receber um poderoso impulso e, com as agitações políticas, todas as forças vivas da nação se levantam para amparar o futuro e consolidar a crença no próprio valor; não estranharão os leitores do Tempo que um amoroso da terra venha lembrar aqui o nome de um escritor desconhecido, que muito trabalhou para oengrandecimento das letras de seu país com o amor de um artista e a coragem de um batalhador. Trata-se de um moço cearense, que dispersou muito talento e sensibilidade pelos jornais de sua província, e que estava destinado a representar um papel brilhante entre os romancistas brasileiros. Infelizmente refiro-me a um morto, porque, quando os seus escritos prometiam a conversão dos projetos em formosa realidade, a eterna inimiga desmoronou os castelos, que se esboçavam numa imaginação já perfeitamente cultivada para as fortes construções do romance de observação.
Chamava-se Manoel de Oliveira Paiva esse moço, que a 29 de Setembro de 1892 sucumbiu do mal dos poetas brasileiros, aos 31 anos de sua idade, deixando atrás de si uma saudade imorredoura traduzida no soluço da nova geração do Ceará. Sentimento igual a este pungiu o coração do autor destas linhas, em 1878, quando se finou Raimundo da Rocha Lima, outro cearense de grandes esperanças, que a fatalidade surpreendeu no amanhecer de glória, justamente no momento em que no seu cultivado espírito se conjuravam os elementos para a factura de dois monumentos de critica — um sobre a “Revolução” e outro sobre “Jesus”.
Era Oliveira Paiva um observador e um forte, no qual juntavam-se qualidades poéticas que o tornariam um mestre na arte de compor se continuasse a viver. Pobre, sem proteção teve de lutar com a vida para abrir caminhos ao exercício de suas faculdades. Foi Seminarista no Crato, para obter os primeiros rudimentos de educação, e depois sentou praça, para ilustrar-se num curso de guerra. O que fez durante esse período de sua existência dizem as tradições da escola Militar, a “Cruzada” onde o poeta ensaiou as suas primeiras armas publicando versos humorísticos e romances, que desde logo anunciaram a sua aptidão para o gênero descritivo e para análise dos caracteres. Pouco tempo depois abriu-se a campanha abolicionista e Oliveira Paiva foi um dos incendiados por essa convulsão sentimental, em que o Ceará devia tomar a dianteira e os seus filhos representar o papel de imediatos precursores da República. Nessa época o propagandista audacioso já era minado pela cruel enfermidade, que o levaria a sepultura.
Obrigado a voltar á sua terra em busca de lenitivo aos males que o atormentavam, longe de achar ali o repouso de que carecia, encontrou a febre do “Libertador” e a tormenta que João Cordeiro, Amaral, Frederico Borges e outros haviam desencadeado contra os proprietários de escravos. A jangada do “Dragão do Mar” desfraldara a vela branca da libertação dos cativos nos verdes mares do Mucuripe; e os negreiros aterrados diante da propaganda enérgica capitularam por toda parte, entregando a presa secular aos novos conquistadores a “Terra da luz”. Nesse tumulto de entusiasmo, Oliveira Paiva extenuou-se em discursos e versos, e, no auge da excitação, deu á estampa dois poemetos de propaganda, vibrantes de cólera e de um lirismo estranho, quase desconexo. “Zabelinha” intitulava-se um desses poemetos, e um dos poetas da nova geração cearense, Antônio Sales, quis descobrir nele “certa allure” imprevista, de que dão idéia muito aproximada os produtos da atual escola “decadista” ou “simbolista”. Terminada a faina libertadora, começou então para o poeta uma fase tranqüila, durante a qual, no “Libertador”, órgão literário, dirigido pelo atual deputado João Lopes, dedicou-se mais calmo aos trabalhos de sua vocação, Afirmam todos os que conheceram o autor da “Zabelinha” nesse período, que apesar de minado pela enfermidade, ele mostrou na prosa uma fecundidade que de dia a dia tomava maiores proporções. Foi nesse jornal e na “Quinzena” que tive ocasião de apreciar o talento artístico de Oliveira Paiva, que á primeira inspeção se apresentava como um namorado de formas goncourianas. Logo depois, fui surpreendido com a publicação, em folhetim no “Libertador”, de um romance de fôlego, intitulado “A afilhada”, no qual não sabia o que mais admirasse, sua habilidade com que o romancista adotava o naturalismo no meio que descrevia, se as audácias propriamente “cearenses”, que davam ao romance um sainete só apreciável aos filhos da terra. Esta obra, por motivos secundários, não se editou em livro, o que é uma pena. Com o advento da República nasceu a atividade política, do poeta.
Escolhido para secretário do governo provisório do Estado foi depois escolhido para 1° oficial de uma das respectivas secretarias, quando se organizaram os serviços públicos. A medida da vida desse moço, porém, tinha enchido. A morte, que o namorava havia tantos anos, escolheu; para fulminá-lo justamente no momento em que os seus esforços iam ser coroados, não só por uma colocação definitiva na sociedade, mas também pela confirmação do conceito em que os amigos tinham no seu talento. Pode-se afirmar que com Oliveira Paiva baixou á sepultura uma das aptidões mais enérgicas, que o Ceará tem produzido para o romance de costumes. Agora chega-me a noticia de que no espolio literário do morto encontrou-se o manuscrito de um romance de extenso desenvolvimento, o qual ele tinha promto para o prelo.
Diz-me um dos seus saudosos amigos, após a leitura em roda competente, que D. Guidinha, tal é o nome do livro, “tem por motivo” principal um desses dramas sanguinolentos a que serviam de cenário as nossas fazendas, revestidos de circunstâncias ao mesmo tempo bárbaras e cavalheirescas que davam á vida dos antigos sertanejos um acentuado tom medieval.” Pela natureza do assunto vejo que se trata de um livro escrito sob tese idêntica a que serviu de arcabouço ao “Sertanejo” de José de Alencar. Sucede, porém, que o autor do “Guarani”, não conhecendo os sertões do Ceará “de viso”, ficou muito a barlavento da verdade, e no romance deu-nos apenas uma sombra poética da vida do interior e das fazendas. Se não mentem os meus vaticínios, se é exato que Oliveira Paiva pôs em contribuição todos os processos modernos denotação para compor o livro que se anuncia, não recuso pensar que D. Guidinha virá preencher uma lacuna no gênero romance, oferecendo-nos um quadro violento de situações quentes, no qual se agitam tipos os mais curiosos criados pela vida crioula na região central, onde os horrores da seca triunfam periodicamente."
Obras de Manoel de Oliveira Paiva:
Contos
A barata e a vela (1887)
A melhor cartada (1887)
Corda sensível (1887)
O Ar do vento, Ave Maria (1887)
O ódio (1887)
O velho vovô (1887)
Pobre Moisés que não foste! (1887)
Variação sobre um tema de Buffon (1887)
De pena atrás da orelha (1888)
De preto e de vermelho (1888)
A paixão (1888)
Ao cair da tarde (1888)
Romances
Dona Guidinha do Poço(1891)
A Afilhada(1889)
Poesias
A tacha maldita (1883)
Vinte e cinco de março (1884)
Sons de viola (1884)
Aos 55 (1884)
Oliveira Paiva tentou a vida eclesiástica e, depois, a militar, no Rio de Janeiro(retornando à terra natal em 1883, devido a tuberculose). Engajou-se nas lutas pela abolição e pela república. Colaborando no jornal O libertador, publicou ali, no formato de folhetim, o romance A afilhada. Destacou-se, também, como membro do Clube Literário.
Sua única obra publicada em vida foi A Afilhada, novela que saiu em folhetins no Libertador em 1889. Neste jornal e em A Quinzena saíram alguns de seus poemas abolicionistas e seus contos realistas. Em livro, porém, seus escritos só seriam publicados postumamente, algumas dezenas de anos depois da sua morte.
Sua obra-prima, Dona Guidinha do Poço, escrito em 1892, é um dos maiores romances do Naturalismo brasileiro e possui uma história interessante: seus originais foram entregues pelo próprio autor ao amigo Antônio Sales, que entregou uma cópia a Lopes Filho, que a perde, e outra a José Veríssimo, que iniciou a publicação, interrompida com a falência da sua Revista Brasileira; no fim dos anos 40, porém, Lúcia Miguel Pereira encontra uma cópia com Américo Facó, depois de intensa pesquisa. Ela publicou, finalmente, Dona Guidinha do Poço em 1952.
Devido a problemas de saúde, transferiu-se para o sertão cearense, onde escreveu seu romance mais famoso, Dona Guidinha do Poço, história de paixão e crime, baseada em fatos reais e narrada em linguagem densamente poética.
Após sua morte, Dona Guidinha do Poço começou a ser publicado na Revista Brasileira. Com o fechamento da revista, os originais passaram muito tempo desaparecidos, sendo redescobertos, em 1950, pela pesquisadora e crítica literária Lúcia Miguel Pereira, que os fez publicar dois anos mais tarde.
A Afilhada ganhou edição em livro no ano de 1961. Em 1976, a Academia Cearense de Letras publicou um volume de contos inéditos de Manoel de Oliveira Paiva.
Participou das campanhas abolicionista e republicana. Como escritor, só se tornou conhecido mais de meio século após sua morte, com a publicação póstuma, em 1952, de Dona Guidinha do Poço, obra que retrata com força dramática o meio social do sertão nordestino.
Editado(correção): Diferente do que foi dito sobre o local da morte de Oliveira Paiva, conforme explicou Lúcia Paiva(descendente de Manoel), ele não faleceu em Quixeramobim, mas sim em Fortaleza.
Postagem em homenagem a Lúcia Bezerra Paiva, uma pessoa maravilhosa que conheci através do blog, e que sempre me presenteia com ricas e belas histórias de sua vida e de seus antepassados, o que me enriquece a cada dia que passa. Obrigada Lucinha, por ser essa pessoa tão gentil e amiga!
Crédito: Portal da história do Ceará e pesquisas na internet
domingo, 11 de julho de 2010
Instituto Bom Pastor - Jacarecanga
Fortaleza Belle Époque: Reformas Urbanas e Controle