Fortaleza Nobre | Resgatando a Fortaleza antiga
Fortaleza, uma cidade em TrAnSfOrMaÇãO!!!


Blog sobre essa linda cidade, com suas praias maravilhosas, seu povo acolhedor e seus bairros históricos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Escola Preparatória de Fortaleza



1942 - 196


O Decreto nº 4.006, de 09/01/1942, criou a Escola Preparatória de Cadetes de Fortaleza, subscrito pelo Presidente Getúlio Vargas e referendado pelo então Ministro da Guerra, o General Eurico Gaspar Dutra. A instalação oficial teve lugar em 26 de março de 1942 e as aulas tiveram início a 19 de maio daquele ano. Extinguiu-se em dezembro de 1961.


Entrada Novos Alunos

Formatura Matinal

Desfile de 07 de setembro

Comandaram a Escola Preparatória o Cel Inf Mário Travassos, que lançou os fundamentos de sua indestrut1vel organização, mais tarde elevado ao generalato, tendo comandado a Academia Militar e foi Diretor do Ensino do Exército; Cel Inf Otávio da Silva Paranhos; Cel Cav Alberto Dias do Santos; Cel Inf João Batista Rangel; Cel Art Amangá Liberato de Castro Menezes; Cel Inf José Ventura Pinto; Cel Inf Vitor Hugo de Alencar Cabral; Cel Inf Mário Barros Cavalcanti; Cel Inf Raimundo Teles Pinheiro, o último a quem coube encerrar a Escola e dirigir a abertura do novo Colégio Militar de Fortaleza, do qual foi também primeiro comandante.

Aula de Geografia

Juramento a Bandeira

Desfile na EPF

A inolvidável Escola Preparatória de Fortaleza, possuidora de excelente corpo docente tendo visto concluir seu curso cerca de 1.928 alunos, a maioria destinando-se à carreira militar, foi um estabelecimento modelar cujos docentes e discentes souberam honrar as tradições da casa, pela decisiva influência exercida na sociedade cearense quiçá no Brasil.

Parada de 07 de setembro

Alunos em Cortejo Fúnebre

Visita do Governador

Ginástica Acrobática







Crédito: Site CMF

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Colégio Militar de Fortaleza



Colégio Militar - Arquivo Nirez

As raízes históricas deste estabelecimento de ensino remontam ao fim do Brasil Império, quando foi criada pelo decreto 10.177, em 1 de fevereiro de 1889, a Escola Militar do Ceará tendo sido seu primeiro diretor João Nepomuceno de Medeiros Mallet. Em 1897 foi extinta e nos vinte anos que sucederam à extinção, funcionou no prédio o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, a Força pública do Estado do Ceará e o 9º Regimento de Artilharia Montada da Polícia Militar.


Matéria do O POVO em comemoração ao aniversário de 15 anos do Colégio Militar do Ceará.
Jornal O POVO, 1 de junho de 1933.
"A Data de hoje marca um acontecimento de grande relevo para o Ceará, visto festeja-se com a fundação do Colégio Militar deste Estado, a 15 anos passados."

Colégio Militar - Arquivo Nirez

No ano de 1919, foi criado o Colégio Militar do Ceará - CMC, iniciando o ano letivo em 1 de junho, data de inauguração e, como tal festivamente comemorada. Destacou-se, neste período, o General de Divisão, graduado e reformado, Eudoro Corrêa, que exerceu o comando por mais de treze anos (1923 a 1936), fato pelo qual o CMF é conhecido por seus integrantes como "Casa de Eudoro Corrêa". O CMC foi extinto em 1938. Neste período de extinção, funcionou no prédio o Colégio Floriano.

O Prédio: Origem e Destino



Colégio Militar - Arquivo Nirez

Corria o ano de 1877, assinalado na história cearense pela maior seca registrada na memória das nossas populações. Governava o Ceará o Presidente da Província, o Desembargador Caetano Estelita Cavalcante Pessoa, designado para a função pelo gabinete conservador de 25 de junho de 1875, presidido pelo Duque de Caxias


Colégio Militar em 1937

Em 22 de novembro daquele ano, o prestigioso comerciante e político cearense Joaquim da Cunha Freire, Barão de Ibiapaba, procura o Presidente da Província e, no desejo de amparar a pobreza da Capital, cuja situação se agravara com a seca, faz a oferta ao governo provincial da quantia de dez contos de réis (10:000$000) e de um terreno localizado entre as Ruas do Sol (atual Costa Barros), da Leopoldina, da Soledade (atual Nogueira Acioly) e a Rua do Colégio das Órfãs (atual Santos Dumont), devendo ali o governo provincial construir um Asilo de Mendicidade.



Colégio Militar - Arquivo Nirez


Terreno e dinheiro eram doados com a condição de que, enquanto o edifício não ficasse concluído, seria de exclusiva propriedade do doador e de seus herdeiros, no caso de sua morte. Logo, porém, que estivesse ultimada a construção passaria ao patrimônio da Província do Ceará, nos termos da Escritura lavrada pelo Escrivão Augusto Barbosa de Castro e Silva. As obras foram iniciadas quase imediatamente, recebendo-se mais donativos e utilizando-se nas mesmas o trabalho dos flagelados da seca, não só na construção como na fabricação de telhas e tijolos.



Caderneta escolar de 1970- Arquivo de Daniel C. de Figueiredo



1970 - Arquivo de Daniel C. de Figueiredo

Desconhecem-se dados que positivem ter o Asilo de Mendicidade chegado a funcionar. Assim a Lei nº 2.152, de 10/08/1889, determinava a entrega da construção ao Sr. Bispo da Diocese do Ceará para servir de Asilo de Mendicidade. Poucos meses depois, já na República, o Decreto nº 04, de 24/02/1890, revogou a Lei citada e restituiu o prédio ao Patrimônio do Estado do Ceará, que não o utilizou até 1892, praticamente abandonado. Em 17 de março daquele ano, o Vice-Presidente do Estado, capitão Benjamin Barroso, telegrafava ao Presidente Floriano Peixoto, oferecendo-o para sede da Escola Militar, feitas as reformas e adaptações necessárias, aliás já projetadas e orçadas pelo Coronel Carlos Eduardo Saulnier de Pierrelevée, Diretor das Obras Militares, condicionando-se a oferta ao funcionamento ali da Escola Militar.



Colegio Militar - Humanistas/1971- Arquivo de Daniel C. de Figueiredo


Colégio Militar de Fortaleza - Humanistas de 1971 - Arquivo de José Jairo Santana

Em 1897, com a extinção da Escola Militar, retorna o imóvel à posse do Estado do Ceará. Somente pela Lei nº 1.931, de 05/11/1921, o poder Legislativo Estadual transferiu em definitivo para o Ministério da Guerra o velho casarão do Outeiro, onde já vinha funcionando desde 1919 o Colégio Militar do Ceará.

Postal Colégio Militar 

Em 1894, o edifício constava somente da ala fronteira à Praça da Bandeira, sendo o restante cercado por muros, sem nenhuma edificação interna. Mesmo a fachada não estava terminada: segundo documentação da época, apresentava 31 janelas do lado direito e 10 do esquerdo. A parte central da frente, com andar superior, é de 1910, completado o segundo andar na reforma iniciada em 1958. Numerosas modificações, obras novas e ampliações, foram feitas ao longo do tempo pelos Estabelecimentos de Ensino que ali funcionaram, destacadamente pelo antigo Colégio Militar do Ceará, Escola Preparatória de Cadetes e o atual Colégio Militar de Fortaleza.


Nesta histórica edificação, a partir de 1892, funcionaram quatro Estabelecimentos de Ensino do Exército: a Escola Militar do Ceará, o Colégio Militar do Ceará, a Escola Preparatória de Cadetes de Fortaleza, o Colégio Militar de Fortaleza; dois estabelecimentos civis de ensino: o Colégio Nossa Senhora de Lourdes e o Colégio Floriano. Nela aquartelaram a Policia Militar do Ceará e o 9º Regimento de Artilharia Montada.

Campo de futebol do colégio militar 1970-71- Arquivo de Daniel Caetano de Figueiredo

Interior do colégio militar de fortaleza 1970 - Arquivo de Daniel Caetano de Figueiredo

Colégio Militar de Fortaleza

1961 - Dias atuais

O novo estabelecimento, criado pelo Decreto nº 166, de 17 de Novembro de 1961, foi implantado a 1º de Janeiro de 1962, considerando-se o herdeiro do antigo Colégio Militar do Ceará e por isto comemora como data aniversária o 1º de junho, a exemplo daquele estabelecimento anterior.




Turma de 1971

Exerceram o comando do mesmo o Cel Inf Raimundo Teles Pinheiro; Cel Inf João Perboyre de Vasconcelos Ferreira; Cel Inf Petrônio Maia Vieira do Nascimento e Sá; Cel Art Haroldo Erichsen da Fonseca; Cel Art Hyran Ribeiro Arnt; Cel Art Roberto Pinheiro Klein; Cel Art Mario dos Santos André; Cel Inf Roberto Pontual Pinto de Lemos; Cel Eng Ricardo Moniz Aragão; Cel Inf Domingos Miguel Antônio Gazzineo; Cel Inf Roberto Luiz D’Avila Saraiva; Cel Art Adelson Leite Julião; Cel Inf Nilo Guilherme da Silva; Cel Inf Hiran de Freitas Câmara; Cel Inf Júlio Lima Verde Campos de Oliveira; Cel Art Nelson Marcelino de Farias Filho; Cel Art Eduardo Fernandes Ferreira, Cel Inf Adyr da Silva Sampaio; Cel Cav Luiz Alberto Roggia Pithan; Cel Art Estevam Cals THEÓPHILO Gaspar de Oliveira; sendo seu atual comandante o Cel Eng José Antonio MENDONÇA da Cruz.

O Colégio Militar de Fortaleza desfila na Avenida Heráclito Graça em 7 de setembro de 1970. Acervo Dan Fig

Os quatro estabelecimentos de ensino militar que funcionaram no casarão do Outeiro mantêm uma continuidade histórica, garantindo-lhe a unidade de uma tradição comum. Muitos dos que passaram pelo Estabelecimento anterior comandaram, serviram, exerceram o magistério, educaram filhos e netos no estabelecimento seguinte pela ordem cronológica, assegurando a permanência de seus valores e princípios tradicionais.

Foto do Governador Waldemar de Alcântara e General Sérgio Pires no desfile do Colégio Militar, publicada no Jornal O POVO, em 03-06-1988



O Colégio Militar de Fortaleza, fundamentalmente órgão de assistência social do Exército para o seu pessoal e, subsidiariamente, colaborando com alta eficácia na educação de jovens oriundos de pais civis, é o herdeiro inconteste desta tradição quase secular.


Foto de 1928



Fonte: Wikipédia, Site CMF e pesquisa de internet

domingo, 12 de setembro de 2010

Expresso de luxo




Foi a Expresso de Luxo responsável pela implantação em Fortaleza dos transportes interestaduais, desafio assumido pelos irmãos Raimundo de Paula Joca e José de Paula Joca, no dia 17 de agosto de 1950, quando pela primeira vez colocaram suas duas camionetes Fargo no percurso Fortaleza-Recife, numa estrada carroçável, viagem difícil e duradoura. Assim surgiu uma empresa que entrou para a história do transporte de passageiros não só do Ceará, mas de todo o Nordeste.


Primeiro carro da empresa

Tudo começou quando os irmãos Joca formaram uma sociedade na qual adquiriram duas camionetes Fargo, com capacidade de 15 a 17 passageiros. Dispondo de um capital de apenas Cr$ 200 mil, a empresa iniciou sob a razão social de “Irmãos Paula Joca Ltda”. Em 1951, a empresa transferiu-se para a rua senador Pompeu, 474, onde funcionou a agência de passagem e toda a estrutura inicial da empresa.

Com a expansão da empresa em um curto período de tempo, fez com que em 1958 a “Irmãos Paulo Joca” já com o nome fantasia “Expresso de Luxo”, possuísse 8 carros operando também nas linhas Fortaleza-Teresina e Fortaleza-São Luis, marcando o início do ingresso dos carros Mercedes-Benz em sua frota.


EXPRESSO DE LUXO Mercedes-Benz

Em 1968, a Expresso de Luxo adquiriu o controle acionário da Expresso Fortaleza. Na época a Luxo tinha 47 carros e a Fortaleza 45 unidades. Enquanto a Expresso Fortaleza fazia as linhas Fortaleza/ Rio /São Paulo a luxo também já avançava, aumentando seu número de linhas ligando Fortaleza a Recife, Parnaíba, Campina Grande e quase todas as capitais do nordeste.

No ano de 1972, convidam Pedro Paulo Carapeba para fazer parte das duas empresas, com a dedicação do novo sócio começam uma nova fase. Naquele ano, a Luxo inaugurava a linha Fortaleza-Recife-Fortaleza (Via litoral), proporcionando maiores vantagens aos passageiros, obedecendo ao roteiro turístico da Emcetur. Para o trecho foram utilizados confortáveis ônibus leito e semi-leito.



EXPRESSO DE LUXO SCANIA VABIS

No ano de 1973, a Expresso Fortaleza, então com 40 ônibus, foi vendida para o Sr. Camilo Colla, proprietário da Viação Itapemirim. Com o dinheiro da venda, Raimundo de Paula Joca, que detinha o maior número de ações da Expresso Fortaleza, adquiriu do seu irmão, José de Paula Joca, o controle acionário da Expresso de Luxo. Em 1978 a Luxo trouxe o primeiro rodoviário articulado do nordeste, expondo em sua garagem um Marcopolo III B-111RS de 18 metros de comprimento, cedido pela própria Scania para divulgação na região nordeste.


EXPRESSO FORTALEZA E EXPRESSO DE LUXO

Na ida ao Castelão em julho de 1980, o Papa João Paulo II utilizou um dos ônibus cedidos pela Expresso de Luxo à Casa Civil. O Papa presidiu a celebração eucarística na parte da tarde e na volta ao Seminário da Prainha. Inicialmente destinado à condução dos membros da comitiva, a escolha do Papa era permanecer o mais próximo do seu povo, além de representar uma opção para recuperar o atraso da programação desde o seu desembarque em fortaleza.


EXPRESSO DE LUXO PAPA

Com muito empenho de seus fundadores, diante de todas as dificuldades, a Expresso de Luxo cresceu e se tornou uma gigante do nordeste, conquistando a preferência de seus usuários, pioneira nos mais diferentes aspectos relacionados ao transporte rodoviário. Foi ela a primeira a patrocinar a reciclagem dos seus motoristas, com cursos de direção defensiva e relacionamento com o público. Pioneira também com o serviço de “corujões”, ônibus que viajam preferencialmente à noite proporcionando maior conforto aos passageiros devido à menor temperatura ambiente. Motoristas educados e rodomoças especialmente treinadas, tripulando veículos de primeira categoria, com ar-condicionado e música-ambiente, transportavam os passageiros com conforto e segurança pelas estradas nordestinas.



EXPRESSO DE LUXO LIDER

Ao completar 37 anos em 1987, a Luxo tinha uma frota de 138 ônibus, dos quais 53 eram Marcopolo Viaggio. Além de interligar as principais capitais nordestinas e cidades interioranas da região, dedicava também especial atenção à organização de viagens turísticas pelo Brasil e exterior.


EXPRESSO DE LUXO MARCOPOLO  III

José de Paula Joca morreu em 1987, depois de transformar a pequena camioneta numa frota de mais de uma centena de ônibus, a ligar as capitais e as cidades do interior nordestino. Hoje ele faz parte do quadro da Ordem do Mérito do Transporte Brasileiro, da CNT. O reconhecimento nacional pelo seu pioneirismo.



UM EXPRESSO DE LUXO CARGAS EM SEGUNDO PLANO

Em 1992 seus 111 ônibus e 16 linhas foram vendidos para o grupo carioca Jacob Barata, passando então todas as atividades do transporte rodoviário de passageiros para a Expresso Guanabara S/A. O transporte de passageiros ficou sendo administrado por Daniel Barata, filho de Jacob Barata. Foi acertado verbalmente o aproveitamento dos funcionários da Expresso de Luxo que trabalhavam no setor de transportes. A Expresso de Luxo continuou somente no setor de cargas, ampliando o setor com abertura de uma filial em São Paulo. O Grupo Irmãos Paula Joca atuava também nos setores de confecção, informática, agropecuária e representação comercial com as marcas Bosch e Cummins. A venda do setor de transporte de passageiros significou o fim da atividade inicial do grupo, fundado em 1950.


EXPRESSO DE LUXO EM FRENTE A RODOVIÁRIA


EXPRESSO DE LUXO ANTIGO - 160 CIFERAL 


GARAGEM DA EXPRESSO DE LUXO - Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Arquivo César Maia

Itinerário da Expresso de Luxo - Arquivo César Maia




Agradecimento aos amigos do Fortalbus

NOTÍCIAS DA FORTALEZA ANTIGA: