O bairro é pequeno, com pouco mais de 4 mil habitantes.
O bairro é muito movimentado, mas de nome pouco conhecido. Você sabe onde fica oMata Galinha?
O bairro é um lugar pequeno, que fica entre aRua Alberto Craveiroe oRio Cocó. OCastelãotambém é um dos limites, um dos maiores estádios do País.
Chamado oficialmente de Mata Galinha, mas é o nome ‘Boa vista’ a preferência dos moradores. E assim começa a grande dúvida, de onde vem esse nome tão estranho? Alguns dizem que seria referência a um antigo conjunto habitacional, mas quase ninguém sabe o motivo de um nome tão estranho. E quem sabe, mesmo assim tem dúvidas sobre uma história tão antiga.
Alguns moradores dizem que somente aPrefeituraconsidera a área pelo nome de Mata Galinha e que a idéia é mudar oficialmente o nome paraBoa Vista, como é conhecido há muito tempo.
Deixando de lado a polêmica do nome, o bairro tem muitos pontos positivos, um deles é a organização dos moradores. Trabalho de consciência ambiental para a juventude.
Li um comentário muito interessante doJosé Arnaldo Leo de Oliveira que colocarei aqui:
O nome de Mata Galinha
"Nos anos 50 quando ainda era vendidas galinhas em galão, ou seja, homens saiam vendendo em porta em porta as galinhas caipiras penduradas na vara em cima dos ombros. Cada homem levava aproximadamente vinte galinhas (dez em cada lado). Um dia, como sempre acontece ainda hoje, houve uma enchente nas proximidades da Avenida Alberto Craveiro com aRua Pedro Dantasquando vários vendedores de galinhas tentaram atravessar o local que fica hoje a estação da Chesf noDias Macedoe então tropeçaram e devido à grande correnteza tiveram que soltar a vara com todas as galinhas que eram amarradas pelos pés e todas morreram. Naquela época as duas vias ainda eram de chão batido. Todos os vendedores de galinha eram muito conhecidos pela comunidade e dai então a família Oliveira (meus bisavós) batizou o local comoMata Galinha. Vale lembrar, que obairro Dias Macedoe o Boa Vista era um bairro só. Depois de alguns anos o senhor empreendedor falecidoBenedito Macedo, genro do entãoAlberto Craveirodono das terras que hoje é aFazenda Esperançae que antes era aFazenda Uirapuru(uma das mais moderna do nordeste) montou a referida fazenda e fundou com o seu irmão Zé Macedo (família Macedo) uma fundação. por serem políticos, colocaram o nome do bairro de Dias Macedo.
O bairro Mata Galinha começou com a família dos Oliveiras. todas as terras do grande aeroporto pertenciam à família Oliveira quando na segunda guerra o governo confiscou uma grande parte para construir o aeroporto.
Dalagoa do Opaiaaté aBR 116e av. Pedro Dantas era a fazenda da família. Eles doaram a terra e construíram aIgreja de São Franciscono Mata Galinha.
O ria Cocó ainda era nos anos 60 potável. Quase toda grande região daAldeotavelha era construída com areia grossa retirada do leito do rio Cocó que era explorada pela própria família. Eles comercializavam a areia, o tijolo onde uma grande parte era produzida na lagoa do Opaia (antigo aeroporto) e também fabricavam a cera de carnaúba em todo o Mata Galinha, ou seja, doMakroaté as proximidades doCastelão.
O Manuel de Oliveira chegou aqui nos anos de 1600 e tarara… vindo dePortugalonde se instalou primeiramente emAracati. Seu filho Francisco de Oliveira que era pai do João de Oliveira que era pai do Raimundo de Oliveira que era pai do Adalberto de Oliveira que era meu pai. todos esses homens tiveram cada um aproximadamente 15 filhos. A minha avó Argentina Saraiva de Oliveira, 102 anos (viva) ainda no mesmo local esposa do meu avô Raimundo Nogueira de Oliveira e tiveram 24 filhos. meus pais tiveram 18 filhos. Eu tenho 52 nos.
Ainda existe hoje a grande casa que pertencia o meu tataravô que fica ao lado da igreja e em frente à av. Alberto Craveiro que hoje pertence ao senhor Geraldo.
Onde se encontra o Makro também pertencia à família. Em frente ao Makro por trás da transportadora JPNainda existe um pequeno terreno (virgem) que ainda restou de todas as terras do grande aeroporto que e de propriedade da família. Dentro do aeroporto tem uma nascente que deságua neste pequeno terreno através de um córrego que por sua vez passa por baixo do Makro se encontrando com o nosso poluído ria Cocó. Talvez seja ainda dentro de Fortaleza que temos um riacho com águas cristalinas e pouca gente sabe disso. Precisamos de vocês para que seja preservada essa nascente do aeroporto. Meus bisavós doaram algumas terras para ao senhor Pedro Dantas (hoje av.), então avô da minha avó. Ajudou também a construir a igreja.
Um fato curioso: antes da igreja matriz, existia uma capelinha. Meus bisavós e avós vendo o crescimento da comunidade resolveram então fazer uma grande igreja (hoje a São Francisco). Minha avó sempre pedindo ao marido e ao sogro donativos e dinheiro para o termino da obra. Os mesmos não aguentava mais tanto gasto. Um belo dia a dona Argentina foi até ao senhor Benedito Macedo, dono da Fazenda Uirapuru e pediu uma ajuda para dar continuidade a obra, já que o mesmo também fazia parte da comunidade. Então o senhor Benedito perguntou pra minha avó o que estava faltando para igreja ser concluída. Dona Argentina disse que estava faltando apenas o piso e a coberta para que a comunidade fosse atendida, já que a capelinha não suportava mais de tantos fiéis. O senhor Benedito Macedo disse então para a minha avó (jovem ainda) que não se preocupasse que o piso e a coberta seria por conta dele. “E assim temos uma grande igreja construída pela família Oliveira com uma grande ajuda dos Macedos.”
Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. Da esquerda para a direira da foto. O segundo, o Padre Francisco Máximo Feitosa e Castro. Em quinto, já provécto, o seu irmão, Lourenço Alves Feitosa e Castro. Por seguidas vezes presidente. Aguerridos aliados de Nogeuira Accioli. Crédito da foto: Pedro Albuquerque
As origens da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará remontam a 1835. No dia 7 de abril daquele ano, o senador José Martiniano de Alencar, que ocupava a presidência da Província do Ceará, abria os trabalhos da primeira sessão do Poder Legislativo cearense. Cumpria-se naquele momento o Ato Adicional assinado pela Regência em 1834, que criava as Assembléias Legislativas Provinciais. Em sua primeira legislatura, a Assembléia era composta por 28 deputados e 7 suplentes e se localizava nas proximidades da Praça da Sé. O primeiro presidente do Poder foi o Capitão-Mor Joaquim José Barbosa. No ano de 1871, o Legislativo transfere-se para o chamado Paço da Assembléia, napraça Capistrano de Abreu (rua São Paulo, no Centro de Fortaleza), lá permanecendo por mais de um século. Foi lá onde a Assembléia elaborou a primeira Constituição do Estado do Ceará em 1891, ano em que foi instituído o Congresso cearense, com Senado e Câmara dos Deputados no Legislativo estadual. A segunda Constituinte veio apenas um ano depois, em 1892, quando ficou decidida a extinção do Senado cearense, após breve existência, tornando a Assembléia novamente um legislativo unicameral. No período da chamada República Velha (1889-1930), o Ceará teve ainda mais três Constituições Estaduais, elaboradas em 1917, 1921 e 1925. A Assembléia voltaria a se reunir em Constituinte em 1935, com a Era Vargas e o retorno da eleição do Governador pelo voto indireto, a exemplo das Constituições de 1891 e 1892. O período de redemocratização (1946-1964), trouxe uma nova Carta Magna estadual em 1947, em período de restabelecimento da normalidade democrática do País. O regime militar de 1964 fez o Legislativo estadual novamente adaptar a Constituição do Estado à nova realidade política brasileira. Foi neste período em que a Assembléia ganhou sua atual sede, o Palácio Deputado Adauto Bezerra, inaugurado em 1977, na avenida Desembargador Moreira. Com o fim do regime militar, após José Sarney assumir a presidência da República em 1985, é convocada nova Constituinte no Congresso Nacional, que elabora a Constituição de 1988. Um ano após, a Assembléia elabora a atual Constituinte do Estado, que repercute os ideais democráticos trazidos pela Constituição Federal de 1988. O Poder Legislativo cearense atravessou, portanto, em seus mais de 170 anos de existência, diversos períodos da História cearense e brasileira, passando por Império e República, sempre como a Casa onde são discutidos os interesses dos diversos segmentos da população cearense.
Quem nunca ouviu falar no seu Lunga? Seria ele realmente tão mal humorado quanto dizem? Joaquim Rodrigues dos Santos nasceu emCaririaçu, em 18 de agosto de 1927. Mais conhecido como Seu Lunga, é um comerciante que se tornou conhecido no Brasil por seu temperamento forte. Teve sete irmãos e viveu sua infância “no meio dos matos”, afastado da cidade. O apelido lhe acompanha desde esta época, quando uma vizinha de sua família, que ele só identifica como preta velha, começou a lhe chamar de Calunga, que virou Lunga e pegou. Começou a trabalhar na roça aos oito anos de idade, e admira a criação rígida que teve de seu pai, o que marca um aspecto psicossocial do homem Lunga. Aos 16 anos mudou-se para Juazeiro do Norte, passando a ser ourives por dois anos. Depois começou a comercializar no Mercado Público da cidade e a trabalhar no comércio com sua loja de sucata.
Lojinha de seu Lunga - crédito da foto Inovavox
Casou-se em 1951, teve treze filhos, que, apesar da pouca instrução, conseguiu manter-lhes pelo menos com a educação básica. A pouca instrução de “Lunga”, por outro lado, não o impediu de candidatar-se a vereador da cidade de Juazeiro em 1988, eleição que não ganhou.
Conhecido pela falta de paciência nas respostas, diversos contos são atribuídos a sua pessoa aonde nem sempre pode ser comprovado sua autenticidade.
Ele é proprietário de uma loja de quinquilharias. Vende de tudo: pneu velho, tapete puído, sapato furado, prego torto, parafuso enferrujado, faca cega, chuveiro queimado, rádio quebrado, mala sem alça e, enfim, toda parafernália que alguém possa imaginar.
Vez por outra está nas grandes redes de tevê, como exemplo de quem é impaciente, direto, mal-humorado, irônico e chato. Mas que, ao mesmo tempo, detesta o óbvio e a falta de sinceridade.
É considerado pela população de Juazeiro do Norte, como uma lenda viva.
"Causos" do seu Lunga:
O funcionário do banco veio avisar:
- Seu Lunga, a promissória venceu.
- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória...
°°°
Seu Lunga, no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta:
- Sobe?
Seu Lunga:
- Não, esse elevador anda de lado.
°°°
Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:
- Tá doente, Seu Lunga?
- Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério, eu tava morto???
°°°
Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Tá bom? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.
°°°
O amigo de seu Lunga o cumprimenta:
- Olá, seu Lunga! Tá sumido! Por onde tem andado?
- Pelo chão, não aprendi a voar ainda…
°°°
Na década de 70, Seu Lunga chega num bar e fala pro atendente:
- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!
- Desculpe seu Lunga, não posso botar música hoje…
- Mas por que??
- Meu avô morreu!
- E ele levou os discos, foi?
°°°
Durante a madrugada, a mulher do seu Lunga passa mal:
- Lunga! Ta me dando uma coisa..
- Receba!
- Mas é uma coisa ruim!
- Então devolva!!
°°°
O telefone toca. Seu Lunga:
- Alô!
- Bom dia! Mas quem está falando?
- Você!
Editado:
'Seu Lunga' morre aos 87 anos em Barbalha, no Ceará - Matéria do G1 de 22 de novembro de 2014.
Joaquim Santos Rodrigues, o "Seu Lunga", morreu por volta das 9 horas deste sábado (22) na cidade de Barbalha, no Cariri cearense. "Seu Lunga" tinha 87 anos e estava internado no Hospital São Vicente de Paulo há três dias, em Barbalha, por causa de um câncer de esôfago. O sepultamento será neste domingo(23) no Cemitério do Socorro, em Juazeiro do Norte.
O cearense é um dos mais folclóricos nomes da cultura popular nordestina. Tornou-se personagem de inúmeras anedotas por suas respostas ao ''pé da letra'', diretas e intempestivas.
Casado com dona Carmelita Rodrigues Camilo, era pai de 13 filhos, dos quais, dois morreram.
Em entrevista veiculada na TV Verdes Mares em abril de 1996, um morador conta que o prefeito de Juazeiro do Norte precisou construir uma praça e avisou aos moradores das casas que retirassem os veículos, já que a praça fecharia o acesso às garagens. “Seu Lunga” cismou e disse que não retirava. O resultado é que o carro ficou “preso” na garagem, segundo o morador.
Perguntado pela repórter se o comentário era verdadeiro, ele respondeu: “Tudo no mundo tem jeito. O que não tem jeito é esse bando de desocupado que fica inventando estória e fazendo pergunta imbecil”. "O senhor é popular na cidade", pergunta o repórter. "Não. É que eu não gosto de pergunta imbecil e o povo gosta de fazer pergunta imbecil. Tem de pensar antes de falar. Eu não tenho esse jeito de falar bobagem e de ouvir besteira". A entrevista continua: "O senhor vende tudo aqui, não é, “Seu Lunga”?". O comerciante reponde de pronto: "Não. O mundo não tem tudo, como é que você quer que eu venda tudo aqui na minha mercearia?"
Sobre os políticos, “Seu Lunga” também tinha opinião formada é não era das melhores. “No nosso Brasil tá faltando homem de fibra, de caráter, homem que faça as coisas de maneira honesta. Esse povo que está aí no poder, mandando, é de fazer vergonha”.
Fonte: Danosse, Wikipédia, Dirceu Galvão e http://g1.globo.com/ceara.