Fachada da "Padaria Lisbonense", na Rua Pedro Borges, surgida em outro local em 1916 e ali chegada em 1927 onde ficou até 1983. Foto do arquivo Nirez
O bolso da camisa listrada cheio de papel. Em uma ponta da mesinha na praça de alimentação do seu Edimar, um copo de whisky com muito gelo. Na outra extremidade, uma garrafinha d'água. Fim da última terça-feira. É ali, o Shopping Lisbonense, um dos locais em que o aviador aposentado Flávio Remo Correia Barbosa costuma se distrair. Cinco filhos, nove netos e 77 anos nos ombros, ele sai da Aldeota, onde reside, para o Centro Histórico, "onde é mais alegre".
O lugar é referência para seu Flávio desde os tempos de mocidade. Época em que o artigo que definia o local era feminino: Padaria Lisbonense. "Se eu me lembro? Me lembro demais! O balcão era bem ali na frente e ocupava de um lado ao outro. Da metade pra cá era o forno, onde também tinha um depósito de lenha", ia descrevendo, cheio de detalhes. Flávio costumava comprar bolo para a mãe, já que moravam perto dali, na rua João Lopes.
As lembranças iam se aproximando cada vez mais claras. Contou da "enorme" moto Harley Davidson que o português tinha. "Ele não tinha carro. Tinha só essa motocicleta que guardava aqui", disse, referindo-se a um dos antigos proprietários da padaria. O espaço chegou a ser alugado, onde funcionou por muitos anos a loja A Esmeralda, e em 2000 retornou ao nome original, desta vez, em forma de shopping. Segundo a gerente, Audilene Rodrigues, os proprietários são quatro irmãos portugueses ainda da família que criou a antiga padaria e mantiveram o nome original após a transformarem em um shopping, hoje com 45 lojas.
O Shopping Lisbonense está localizado em um dos pontos mais conhecidos da cidade. A edificação que mistura tons de azul e amarelo fica nas proximidades do Leão do Sul, numa das extremidades da Praça do Ferreira, na rua Doutor Pedro Borges. Em tempos outros, ela era o Beco dos Pocinhos. Nessa época, em frente ao que era então Padaria ficava a "Pensão da Amélia Campos". Tempos de Cine Majestic, em que o então meninote Flávio descobriu nos dias de sábado a Sessão Colosso. "Era assim: dois filmes pelo preço de um, só pra estudantes", explicou. "É que a praça era ponto de encontro das linhas dos bondes".
O lugar é referência para seu Flávio desde os tempos de mocidade. Época em que o artigo que definia o local era feminino: Padaria Lisbonense. "Se eu me lembro? Me lembro demais! O balcão era bem ali na frente e ocupava de um lado ao outro. Da metade pra cá era o forno, onde também tinha um depósito de lenha", ia descrevendo, cheio de detalhes. Flávio costumava comprar bolo para a mãe, já que moravam perto dali, na rua João Lopes.
As lembranças iam se aproximando cada vez mais claras. Contou da "enorme" moto Harley Davidson que o português tinha. "Ele não tinha carro. Tinha só essa motocicleta que guardava aqui", disse, referindo-se a um dos antigos proprietários da padaria. O espaço chegou a ser alugado, onde funcionou por muitos anos a loja A Esmeralda, e em 2000 retornou ao nome original, desta vez, em forma de shopping. Segundo a gerente, Audilene Rodrigues, os proprietários são quatro irmãos portugueses ainda da família que criou a antiga padaria e mantiveram o nome original após a transformarem em um shopping, hoje com 45 lojas.
O Shopping Lisbonense está localizado em um dos pontos mais conhecidos da cidade. A edificação que mistura tons de azul e amarelo fica nas proximidades do Leão do Sul, numa das extremidades da Praça do Ferreira, na rua Doutor Pedro Borges. Em tempos outros, ela era o Beco dos Pocinhos. Nessa época, em frente ao que era então Padaria ficava a "Pensão da Amélia Campos". Tempos de Cine Majestic, em que o então meninote Flávio descobriu nos dias de sábado a Sessão Colosso. "Era assim: dois filmes pelo preço de um, só pra estudantes", explicou. "É que a praça era ponto de encontro das linhas dos bondes".
Crédito: Jornal O Povo (Demitri Túlio)